Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Divulgação’ Category

Visitas ao Técnico

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

Núcleo de Apoio ao Estudante

Implementação da Boa Prática

O Técnico oferece a possibilidade de realizar visitas em duas modalidades: Visitas Individuais (até 10 elementos) e Visitas de Grupo Escolar. No âmbito do Programa de Divulgação do Técnico, o NAPE organiza as visitas no campus Alameda, dinamizadas por Guias do NAPE, que por vezes são acompanhados por Embaixadores do Técnico. O envolvimento de alunos do Técnico nesta prática promove uma abordagem mais eficaz, na medida em que há uma maior proximidade, por identificação do candidato com o aluno e vice-versa, facilitando o esclarecimento de dúvidas sobre a escolha da oferta formativa. As Visitas Individuais têm a duração média de 1h e destinam-se a potenciais candidatos ao Técnico, habitualmente, alunos do Ensino Secundário com dúvidas específicas sobre alternativas de formação, serviços e infraestruturas de apoio ou atividades extracurriculares, que necessitam de acompanhamento individualizado para consolidar as suas escolhas. Dado o caráter personalizado, são também procuradas por estudantes com necessidades específicas (ENEE) e alunos internacionais. Já as Visitas de Grupo Escolar surgem da necessidade das Escolas motivarem os seus alunos para a frequência do Ensino Superior e para a Ciência, constituindo muitas vezes o primeiro contacto dos alunos com o contexto universitário. Estas visitas incluem uma apresentação institucional com duração variável, dependendo do número de espaços a visitar e do número de alunos a receber. Para cobrir as áreas de interesse identificadas, é necessário contactar os Departamentos, Laboratórios, Projetos ou Núcleos de Alunos, aferindo a disponibilidade para receber as escolas. Para agendar uma visita, o aluno, encarregado de educação ou professor preenchem um formulário próprio disponível na página do NAPE e os pedidos são posteriormente analisados e agendados pela equipa. Também os restantes campi (CTN e Taguspark) disponibilizam visitas em modalidades relacionadas com o respetivo contexto.

Resultados Alcançados

A possibilidade de visitar o Técnico tem atraído cada vez mais escolas e alunos interessados, tendo-se dado resposta, no passado ano letivo (2018/2019), a 14 escolas, 539 alunos e 43 professores, além dos 292 participantes em visitas individuais.

No final de cada visita, é preenchido um inquérito de satisfação que avalia diversos parâmetros como a rapidez e facilidade da marcação da visita, os espaços visitados e prestação dos Guias do NAPE, tendo todos estes parâmetros uma classificação entre Bom e Excelente. Os alunos que fornecem feedback de visitas individuais destacam sobretudo a possibilidade de colocar dúvidas sobre os cursos e o Técnico, a boa preparação dos Guias para responder a um grande leque de questões, bem como utilidade da visita para consolidar a sua decisão de se candidatarem ao Técnico. Estes inquéritos permitem a constante melhoria desta prática, resultando em alterações a procedimentos já implementados, como a optimização do processo de marcação de visitas. Através das mesmas avaliações, foi possível perceber que seria útil aos alunos/potenciais candidatos ter um contacto mais próximo com atividades letivas e professores, razão pela qual está em curso um projeto que visa implementar um programa estruturado de atividades organizadas pelos Vogais de Divulgação dos Departamentos e Coordenadores de Curso, incluindo também a Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico, núcleos de alunos, projetos e serviços do Técnico.

Avaliação e Monitorização

No final de cada visita, é aplicado um inquérito de avaliação da satisfação. Para as visitas individuais solicita-se o preenchimento de cada participante. No caso dos grupos escolares, é o professor acompanhante a responder por todo o grupo. De modo complementar regista-se o feedback dos Guias que apoiaram a visita. Os dados obtidos são analisados periodicamente para aferir a necessidade de implementar alterações.

Para recolher os pedidos de marcação, são disponibilizados no site do NAPE, formulários para visitas individuais e de grupo escolar. As respostas dão entrada no sistema de email RT e são transferidas para a respetiva base de dados, onde podem ser geridos e monitorizados. No caso das marcações individuais, o processo interno passa por preencher a folha com os dados do participante, confirmar a data e horário da visita através da consulta do mapa de disponibilidade dos Guias, e fazer um contacto telefónico prévio para confirmar a presença. Já para as visitas de grupo escolar, o processo é mais complexo, porque requer o contacto com Departamentos/Projetos do Técnico, no sentido de se aferir a disponibilidade para receber os alunos e assegurar apresentações ou atividades. Assim, foi criada uma folha de cálculo com os dados do pedido e uma checklist para as diferentes fases do processo e dos contactos a estabelecer com a escola e com os intervenientes. A construção deste registo permite saber, a qualquer momento, em que ponto se encontra cada marcação e que informação foi transmitida a cada parte. Implementaram-se também prazos de resposta aos pedidos, tendo o conjunto destas medidas contribuído para uma clara melhoria das avaliações sobre o processo de marcação.

Em curso, está ainda a criação de, em conjunto com os responsáveis de cada Departamento, um catálogo com os diferentes laboratórios/projetos visitáveis.

Do ponto de vista do visitante, esta ferramenta permitirá a pré-seleção de temas dentro das áreas de interesse. Internamente, facilitará a marcação de visitas, permitindo conhecer os laboratórios e projetos existentes, respetiva lotação máxima, horários em que está disponível, entre outras informações essenciais. Frequentemente, as escolas e os alunos pedem informações sobre iniciativas abertas do Técnico. Não havendo um espaço centralizado com este tipo de informação, está a ser construída uma base de dados com intuito de permitir, no futuro, compilar e divulgar as diferentes ações destinadas a alunos do Ensino Básico e Secundário.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A grande dimensão do Técnico e o elevado número de interessados coloca constrangimentos à realização de um Dia Aberto, prática comum na maioria das instituições de Ensino Superior e, por isso, procurada pelos alunos do Ensino Secundário. Assim, a possibilidade de realizar uma visita ao Técnico, ao longo de todo o ano letivo, visa responder às solicitações de candidatos e escolas de modo personalizado, abrangendo um grande número de destinatários e adaptando a abordagem às respetivas necessidades. As visitas de grupo escolar organizadas pelo NAPE permitem conjugar os diversos interesses manifestados pelos alunos numa mesma sessão, envolvendo Departamentos, Projetos e/ou Núcleos de estudantes de modo a enriquecer a experiência do público-alvo. De referir o carácter inovador e diferenciador da dinamização de visitas por parte de Guias do NAPE – além da vantagem da proximidade da faixa etária, que permite ao candidato projetar-se num futuro aluno do Técnico, também o aluno do Técnico vê facilitada a relação e comunicação com os visitantes pelo facto de ter estado recentemente no papel de candidato. Sendo objetivo do NAPE a divulgação do Técnico, principalmente junto de potenciais candidatos e fazendo estes uma avaliação positiva do impacto da visita na sua escolha de curso/instituição, justifica-se o investimento e melhoria constante desta prática, que pode ser facilmente reproduzida noutro contexto com o fim de dar a conhecer a instituição e captar alunos.

 

Sessões de Divulgação das Candidaturas Projectos Erasmus +

sábado, julho 27th, 2019

Comunicação 2019

Rui Mendes, Ana Pipio, Ana Lucas, Joanne Laranjeiro, Joana Salgueira (AAI)

Implementação da Boa Prática

As Sessões de Divulgação dos Projetos Erasmus +, realizam-se anualmente e dirigem-se aos docentes e não docentes do Instituto Superior Técnico e têm como principal objetivo apresentar as diferentes linhas de candidatura dos Projetos Erasmus +. As Sessões assumiram o atual formato após 2013, altura em que a Education, Audiovisual and Culture Executive Agency (EACEA) introduziu a linha de financiamento Erasmus + 2013-2020.

A mudança de paradigma na tipologia de Projectos financiados criou a necessidade da realização de Sessões de Divulgação focadas nas diferentes linhas de ação, nomeadamente os Joint Master Degrees, Strategic Partnerships, Capacity Building e Knowledge Alliances, linhas predominantemente não científicas, e maioritariamente assentes na criação de novos programas de Mestrado e no desenvolvimento e partilha de práticas de conhecimento entre o IST e Instituições de Ensino Superior Internacionais.

As Sessões de Divulgação realizam-se anualmente, e têm como objetivo divulgar, informar e esclarecer qualquer questão que os docentes, investigadores e funcionários possam ter relativamente a qualquer uma das linhas de ação suportadas pelo Programa Erasmus +, mas também apresentar à escola o apoio que o Núcleo de Relações Internacionais presta a qualquer elemento da comunidade IST que queira submeter um Projeto Erasmus +. A Sessão de Divulgação é suportada pela existência de uma página web que contém informação detalhada sobre cada uma das linhas de ação, bem como documentos de suporte para a submissão da candidatura – esta página é de acesso restrito à comunidade IST.

Resultados Alcançados

As Sessões de Divulgação têm apresentado resultados bastante positivos, estes resultados podem ser identificados e medidos em diferentes áreas:

– maior número e heterogeneidade dos participantes: observa-se um crescimento global no número de participantes nas Sessões. Inicialmente apenas docentes e investigadores participavam nestas Sessões, por via da sua participação noutras linhas de ação, é natural que seja entre os docentes que se denota uma maior pró-atividade e interesse neste tipo de ações. Contudo nos últimos 2 anos o número de funcionários que participam ativamente nestas Sessões tem aumentado. Observa-se assim um maior interesse por parte dos serviços do IST em submeterem propostas, ou participarem enquanto parceiros em propostas, maioritariamente projetos Strategic Partnership e Capacity Building.

 – maior número de propostas submetidas: o aumento do número de proposta submetidas pelo IST, quer enquanto Coordenador ou parceiro, tem crescido em todas as linhas de ação. Este crescimento resulta indubitavelmente da informação disponibilizada, nas Sessões de Divulgação e no site, mas também do apoio prestado pelo NRI durante todo o processo de conceção e submissão das Propostas. É assim possível concluir que foram criadas as condições operacionais para que a Escola se sinta apoiada na submissão de Projetos Erasmus +, e que este apoio facilita o interesse e a participação no processo de internacionalização do IST.

No período de 2015 a 2019 o IST submeteu enquanto Coordenador ou foi convidado para participar enquanto parceiro em 126 propostas de Capacity Building, Strategic Partnership, Knowledge Alliances e Erasmus Mundus Joint Master Degrees. Em 2015 tinham sido submetidas um total de 4 propostas com participação do IST, em 2019 foram submetidas um total de 39 propostas.

– sinergia entre diferentes áreas: a presença de diferentes departamentos, áreas e núcleos nas Sessões de Divulgação fomenta o espírito de colaboração entre diferentes áreas no IST, a identificação de temáticas de interesse comum é um facilitador para o desenvolvimento de Projetos conjuntos.

– maior impacto na internacionalização do IST: a divulgação de oportunidades de Projetos financiados e cofinanciados pela Comissão Europeia e a subsequente participação nas diferentes linhas de ação do Programa Erasmus + tem contribuído para a internacionalização do IST. Todas as presenças e participações em Projetos contribuem para aumentar a presença e a projeção do Técnico na Europa e no Mundo, contribuindo também para um verdadeiro trabalho colaborativo no âmbito internacional, assente na partilha de práticas e no apoio ao desenvolvimento de Instituições de Ensino Superior que beneficiam da reconhecida experiência do IST.

Avaliação e Monitorização

As Sessões de Divulgação dos Projetos Erasmus + nunca foram submetidas a um processo de avaliação formal, atendendo à sua natureza e ao perfil dos participantes. Não obstante, o NRI e a Área de Assuntos Internacionais está atenta ao feedback informal que os docentes e não docentes partilham no final das sessões ou em outras interações com a equipa.

Como consequência destes contactos foram realizadas as seguintes alterações ou melhorias:

– Estrutura e momento da realização das Sessões de Divulgação: as Sessões tornaram-se mais específicas relativamente às tipologias dos Projetos Erasmus + e começaram a realizar-se mais próximo da data de lançamento das candidaturas – potenciando assim a submissão das mesmas em tempo útil.

– Apresentação de tópicos de Projetos: resultante da partilha dos anos anteriores, no presente ano foi sugerido aos participantes que indicassem temas e tópicos do seu interesse, para a realização de Projetos. Esta medida teve como objetivo identificar áreas de interesse comuns com as escolas das Redes nas quais o IST participa, nomeadamente a rede Magalhães e a rede CLUSTER, facilitando a criação de consórcios europeus e não-europeus que potenciem o desenvolvimento de Projetos e futuras sinergias e colaborações.

– Tipo de Informação disponibilizada: a informação disponibilizada na página web foi incrementada e melhorada seguindo as opiniões e sugestões dos participantes, de modo a melhor responder às suas necessidades. Esta é uma melhoria constante, que não estando indexada às Sessões de Divulgação, encontra neste formato o palco ideal para a recolha de sugestões.

Não obstante o facto de até ao presente não se ter realizado nenhum questionário de satisfação relativamente às Sessões de Divulgação dos Projetos Erasmus +, tal não significa que esta não seja uma medida a considerar e a introduzir em futuras edições das Sessões de Divulgação, de modo a garantir que os participantes encontram neste espaço de divulgação toda a informação necessário e que o modelo de partilha é ajustado eficaz.

Relativamente à qualidade dos Projetos e dos Consórcios, aqui medida através do número de Projetos aprovados e aqueles que ficaram em reserva, é também possível observar um impacto positivo. Em 2018, dos 33 Projetos submetidos, 11 obtiveram aprovação e 5 ficaram colocados em reserva, observando-se assim uma taxa de sucesso de 48% (33% se considerarmos apenas os Projetos aprovados).

Carácter Inovador e Transferibilidade

As Sessões de Divulgação dos Projetos Erasmus + apresentam como aspetos inovadores o seu carácter transversal, unindo a comunidade IST e fomentando a colaboração conjunta entre diferentes áreas, nomeadamente os Departamentos e a Área de Assuntos Internacionais, e a Área de Assuntos Internacionais e outros Núcleos ou Áreas de Serviços do IST. Esta transversalidade contribui para a projeção do IST no panorama internacional, e para a afirmação da comunidade IST como um ator no panorama do Ensino Superior Europeu e Mundial.

As Sessões de Divulgação apresentam ainda como fator inovador a conjugação de uma atividade presencial, com o suporte eletrónico, que disponibiliza toda a informação e documentação necessária para a submissão das propostas. Na página web, também as apresentações realizadas durante cada Sessão são disponibilizadas.

A prática é facilmente transferível para outros serviços que necessitem de comunicar com a comunidade IST, num formato presencial – a sucesso da implementação da prática passa por uma eficaz e atempada divulgação da data da Sessão de Esclarecimento, acompanhada por uma Ficha de Inscrição, que permite também à equipa do NRI e da AAI, preparar a adaptar os conteúdos da apresentação, antecipando questões e dúvidas, tornando assim as Sessões mais informativas e esclarecedoras.

 

Laboratórios Abertos DBE

sábado, julho 27th, 2019

Comunicação 2019

Maria Margarida Fonseca Rodrigues Diogo (DBE)

 Implementação da Boa Prática

A atividade Laboratórios Abertos DBE é um evento anual realizado desde 2012 pelo Departamento de Bioengenharia do Técnico e com o apoio dos núcleos de alunos de Engenharia Biológica e Biomédica e que se destina a alunos do ensino secundário. O evento tem a duração total de 1 semana e encontra-se dividido em 10 turnos distintos (2 turnos por dia, 1 na parte da manhã e outro na parte da tarde) tendo cada um destes turnos a duração de 2,5 horas.

Durante cada um destes turnos os vários grupos de alunos, que poderão ser provenientes de escolas secundárias distintas (máximo de 100 alunos por turno), começam por se reunir numa sala do Técnico onde assistem a um conjunto de palestras que incluem uma apresentação de cerca de 20 minutos sobre o DBE, incluindo as suas várias áreas científicas de intervenção bem como as suas ofertas formativas, seguida de duas pequenas apresentações sobre os núcleos de alunos associados ao DBE (núcleo de alunos de Engenharia Biomédica e núcleo de alunos de Engenharia Biológica) e suas principais atividades e que são realizadas por elementos destes mesmos núcleos. Finalmente, os alunos assistem a uma palestra de 30 minutos por parte de um docente ou investigador do DBE que irá falar sobre a sua área de investigação e respetivos projetos em curso. Em seguida, os alunos deslocam-se para vários laboratórios de ensino e investigação do DBE para realizarem visitas e algumas experiências laboratoriais que são coordenadas pelos docentes e estudantes de pós-graduação que desenvolvem investigação nesses mesmos locais bem como por monitores dos núcleos de alunos. Previamente à visita, os alunos das escolas secundárias são chamados a selecionar os laboratórios que irão visitar de acordo com a sua área de maior interesse. Poderão assim selecionar visitas a laboratórios na área da Engenharia Biomédica (Biomecânica do Movimento, Robótica, Biossinais e Imagiologia Biomédica) ou na área da Engenharia Biológica (Ciências Biológicas e Bioengenharia).

Resultados Alcançados

O objetivo principal da iniciativa Laboratórios Abertos DBE é dar a conhecer junto dos alunos e professores participantes provenientes das escolas secundárias, as várias atividades de investigação que se realizam no âmbito do Departamento de Bioengenharia do Técnico bem como as várias ofertas formativas existentes neste mesmo departamento, e respetivas saídas profissionais, e que se encontram alicerçadas nestas áreas de investigação. Pretende-se desta forma promover o recrutamento de alunos de elevada qualidade, bem como mais informados e motivados, para as várias ofertas formativas do DBE e de outros departamentos do Técnico e contribuir para a divulgação à sociedade da investigação que se realiza no Técnico, nas várias áreas da Bioengenharia, contribuindo desta forma para esclarecer o que é a Bioengenharia e as suas áreas de intervenção e fortalecendo deste modo a ligação do DBE e do Técnico com a sociedade.

A iniciativa Laboratórios Abertos tem vindo a ser levada a cabo anualmente, desde o ano de 2012, com os seguintes números de participantes: 899 (2012), 621 (2013), 550 (2014), 361 (2015), 760 (2016), 750 (2017) e 710 (2018). No presente ano de 2019 foi atingido o número de 760 participantes que de acordo com a avaliação levada a cabo não deverá aumentar em próximas edições pois este é o número máximo que o modelo estabelecido permite comportar para que os objetivos da atividade sejam atingidos.

O elevado número de participantes revela, pois, uma satisfação geral por parte dos professores e alunos relativamente a esta atividade pois ao longo dos anos várias escolas/professores têm participado repetidamente neste evento. No contacto informal com os alunos e professores das várias escolas secundárias envolvidas, tem sido referido que esta atividade tem um papel informador e motivador junto dos alunos. Tem sido nomeadamente referido que o evento é muito importante para apoiar os alunos no seu processo de discernimento vocacional, permitindo-lhes fazer uma escolha mais informada no acesso ao ensino superior. A atividade tem também motivado muitos dos alunos participantes para o desejo de iniciar uma carreira profissional na área da Engenharia, em particular da Bioengenharia, verificando-se mais tarde que alguns deles ingressam no Técnico, quer em ofertas formativas do DBE quer de outros departamentos. Como outro dos resultados muito importantes e positivos desta iniciativa, verificou-se um forte envolvimento de muitos professores e investigadores de diferentes áreas do DBE com a realização muito empenhada de palestras bem como com a organização das visitas e experiências laboratoriais. É de realçar também a forte participação dos núcleos de alunos bem como dos alunos do 1º ao 5º anos dos mestrados integrados em Engenharia Biológica e Biomédica e a sua interação muito positiva com os professores e investigadores do DBE. Todas estas interações contribuem fortemente para a criação de um espírito de corpo no seio do DBE.

Avaliação e Monitorização

Na sequência da mais recente edição dos Laboratórios Abertos, que foi levada a cabo no passado mês de fevereiro de 2019, foi realizada uma reunião de avaliação envolvendo a docente do DBE responsável pelo evento e os alunos responsáveis dos núcleos de alunos para fazer um levantamento dos aspetos positivos bem como dos aspetos a melhorar no âmbito desta atividade. Para além disso, foram também preparados e enviados inquéritos de satisfação aos professores do ensino secundário que participaram no evento. Estes inquéritos destinaram-se a inquirir os participantes relativamente a vários aspetos do evento nomeadamente o seu local, duração, desempenho dos palestrantes, desempenho dos monitores, interesse para os alunos e interesse das atividades laboratoriais. Foi também solicitado aos professores o envio de sugestões para melhoria da atividade. Na sequência desta avaliação foi sugerido por alguns professores do ensino secundário o envio com antecedência de um resumo dos conteúdos das palestras bem como das atividades e visitas laboratoriais a organizar pelos docentes e investigadores do DBE bem como pelos núcleos de alunos. Desta forma, estes professores poderão levar a cabo uma preparação prévia mais detalhada da visita, bem como dos seus alunos, e poderão também realizar posteriormente com os seus alunos atividades de avaliação no âmbito das palestras e das visitas e experiências laboratoriais. Foi também identificada a necessidade de dedicar uma maior percentagem do tempo disponível à realização das visitas aos laboratórios, dedicando assim uma menor percentagem de tempo para as palestras. Foi também sugerido que os grupos de alunos fossem menores para possibilitar uma maior interação e mais pessoal com os monitores e os professores e investigadores durante as atividades laboratoriais. Foi também sugerido, nomeadamente no âmbito do módulo de Engenharia Biomédica, a realização de visitas a mais do que um laboratório desta área. Foi também identificado por parte da equipa da organização da atividade, como aspeto a melhorar neste evento, o alargamento do período de permanência dos alunos no Técnico para cerca de 3 horas por cada turno para que os alunos possam disfrutar das visitas laboratoriais por mais algum tempo e com mais tranquilidade. No geral, estes inquéritos revelaram um elevado um grau de satisfação por parte dos participantes tendo todos os professores referido que repetiriam e recomendariam a atividade a outros.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Os Laboratórios Abertos DBE é uma iniciativa inovadora no Técnico na medida em que, de uma forma organizada e periódica, é dado a conhecer a um grupo muito específico da sociedade (alunos do ensino secundário) um departamento do Técnico nas várias vertentes da sua atividade. A grande inovação em relação a outras atividades semelhantes que se realizam no Técnico e noutras instituições do ensino superior assenta na combinação de vários aspetos e que incluem a realização de palestras sobre a oferta formativa do DBE e as suas áreas científicas de investigação nos vários domínios da Bioengenharia, as palestras de caráter científico no âmbito destas mesmas áreas e a realização de visitas e experiências laboratoriais.

A atividade assume, pois, o objetivo claro de promover o futuro recrutamento dos melhores alunos do ensino secundário para o Técnico, e em particular para o DBE, sendo direcionada apenas para este grupo muito específico de estudantes, sem no entanto descurar uma vertente de divulgação científica e de ligação à sociedade em geral. O evento combina assim, de forma harmoniosa, três vertentes distintas. Na maioria dos eventos desta natureza que se realizam noutros departamentos do Técnico e noutras universidades, estas vertentes não estão todas presentes na mesma atividade, sendo os eventos apenas focados na divulgação científica para a sociedade em geral ou no recrutamento de alunos.

O evento Laboratórios Abertos DBE poderá ser replicado com facilidade e elevada probabilidade de sucesso por outros departamentos do Técnico, bem como por outros departamentos de outras escolas da Universidade de Lisboa, nomeadamente aqueles no âmbito dos quais se levam a cabo atividades de investigação e ensino que assentam na experimentação. Dado que o Técnico é por excelência uma escola em que o ensino está alicerçado em atividades experimentais, este modelo poderá facilmente ser replicado para outras áreas da Engenharia e/ou Científicas. Esta replicabilidade foi aliás já demonstrada pelo facto de esta atividade ter sido inicialmente implementada no âmbito do antigo Departamento de Engenharia Química (DEQ) tendo depois sido replicada com sucesso pelo Departamento de Bioengenharia, após a sua criação em 2011, embora com alguns aspetos inovadores. De facto, os Laboratórios Abertos DEQ são abertos a um grupo mais amplo de participantes, incluindo alunos de diferentes ciclos de ensino, e apresentam objetivos de caráter mais lúdico.

Programa Embaixadores do Técnico

sábado, julho 27th, 2019

Comunicação 2019

Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE)

Implementação da Boa Prática

De entre as várias áreas de atuação do NAPE, a Divulgação do Técnico e da sua oferta formativa junto dos alunos do ensino secundário por todo o país toma um lugar de destaque e envolve diariamente a equipa de Guias.

O orgulho que cada um dos alunos do Técnico sente pela sua instituição de ensino superior, assim como a ligação que frequentemente mantém com a sua escola secundária motivaram o lançamento do Programa Embaixadores do Técnico no ano letivo 2015/2016. Esta iniciativa junta um grupo de alunos de diferentes cursos do 1º, 2º ciclo e ciclos integrados, que, acompanham o NAPE em atividades de Divulgação diversificadas, em regime de voluntariado. A implementação deste Programa e o aumento da presença nas escolas secundárias culminou em setembro de 2016, quando os cursos de engenharia do Técnico atingiram as notas de acesso nacionais mais elevadas.

Aquando da sua criação, o objetivo principal do Programa consistia em proporcionar aos Embaixadores a oportunidade de regressar à sua escola secundária e dar a conhecer a sua nova Escola, o Técnico, partilhando a sua experiência enquanto alunos. Face ao crescente interesse e adesão às sucessivas edições, este Programa expandiu o seu alcance, aumentando a frequência e o tipo de participação, desde visitas a escolas, Feiras e visitas escolares ao campus Alameda.

No início de cada ano letivo, o NAPE conduz um processo de seleção dos alunos que integram a rede de Embaixadores, com base na sua motivação, dinamismo, facilidade de comunicação e disponibilidade, proporcionando material e formação específica sobre questões de acesso ao ensino superior e funcionamento dos cursos do Técnico, ao longo do ano letivo.

No ano letivo 2018/19, foram introduzidas novas medidas, como a opção por um número inferior de elementos (20), com vista ao aumento da qualidade e manutenção da participação ativa nas várias atividades de representação do Técnico, passando a ser reconhecido como atividade extracurricular no Suplemento ao Diploma.

Resultados Alcançados

O Programa Embaixadores potencia a divulgação do Técnico e da sua oferta formativa e oferece vantagens para os seus intervenientes – os alunos do Técnico e os alunos do ensino secundário. Os Embaixadores têm a oportunidade de “vestir a camisola” de uma Escola de renome, de desenvolver diversas competências de comunicação e de, por isso, enriquecer o seu currículo.

A formação proporcionada pelo NAPE a mais alunos do Técnico resulta no aumento do conhecimento da instituição e de toda a sua oferta formativa, com especial ênfase nas Licenciaturas e Mestrados Integrados. Consequentemente, esta informação é propagada a mais alunos do ensino secundário, potenciais candidatos ao Técnico. Além disso, a divulgação da nossa Escola é algo que, sendo realizado por estudantes do Técnico, se revela mais eficaz junto de alunos do ensino secundário, devido à proximidade de idades, identificação e maior envolvimento com os mesmos. O feedback positivo das visitas realizadas diariamente entre janeiro e junho é recorrente por parte das Escolas e dos alunos, que revelam interesse crescente na participação das atividades do NAPE, candidatando-se a Guias.

Avaliação e Monitorização

Em primeira instância, os Embaixadores são selecionados pelo NAPE de entre um elevado número de candidatos. Antes de iniciar a participação em atividades de divulgação, os Embaixadores participam num conjunto de formações Iniciais, que têm como objetivo dar a conhecer detalhadamente cada Licenciatura e Mestrado Integrado que o Técnico oferece, assim como outras informações relevantes para as atividades que irão desenvolver.

A monitorização da participação nestas atividades é feita por meio de diversos canais: em primeiro lugar, os Embaixadores são sempre acompanhados por um ou mais Guias do NAPE, estabelecendo-se assim uma colaboração em que o Embaixador começa a aprender a esclarecer questões e a expor a oferta formativa junto de candidatos ao Técnico através do exemplo do Guia – on-the-job training. Com efeito, os Embaixadores contribuem para o sucesso de grandes Eventos de Divulgação, como é o caso da Futurália, que contam com mais de 80.000 participantes todos os anos.

Os Guias do NAPE monitorizam de perto a performance dos Embaixadores e têm como responsabilidade transmitir-lhes feedback sobre o seu desempenho, de modo a melhorar continuamente a divulgação da nossa Escola. Além disso, no final de cada atividade, tanto o Embaixador como o Guia preenchem um inquérito online em que é avaliado o sucesso da atividade de divulgação e a participação do Embaixador. Consoante a mesma, poderá ser transmitido feedback ao Embaixador, com vista a sua melhoria constante. No final do Programa, que tem a duração de um ano, os Embaixadores preenchem um Relatório Final, que promove a melhoria do Programa em todas as edições.

Na edição do presente ano letivo 2018/19, os Embaixadores que participem num conjunto de atividades que corresponda a cerca de 40 horas poderão ver a sua participação nesta iniciativa reconhecida no Suplemento ao Diploma. Para isso, foi criado um sistema em que vão sendo atribuídos a cada Embaixador um número de pontos correspondentes às atividades em que participam – o objetivo será que cada Embaixador some 40 pontos até ao final do Programa.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa Embaixadores do Técnico veio complementar a Divulgação do Técnico, já levada a cabo previamente por alunos – os Guias do NAPE – dando a oportunidade a mais alunos de promover a Escola junto dos colegas do ensino secundário com maior representatividade da sua oferta formativa, tornando este processo mais eficiente e eficaz.

Além da maior disseminação de informação, este Programa contribui para uma maior capacitação dos alunos do Técnico, que além de contactarem com uma perspetiva geral e informada sobre os cursos que o Técnico oferece, vivenciam experiências enriquecedoras e desenvolvem competências diversas, nomeadamente a capacidade de comunicação.

Os resultados obtidos através da avaliação das atividades e do feedback dos participantes atestam o sucesso deste Programa e o seu impacto positivo, quer ao nível da melhoria da experiência dos alunos do Técnico, quer ao nível da captação de novos alunos.

 

 

Programa de Embaixadores Internacionais do Técnico

quinta, julho 26th, 2018

Internacionalização ● 2018

Sílvia Santos (NMCI)

Implementação da Boa Prática

O Técnico é contactado com regularidade pelos seus parceiros no sentido de incentivar os seus estudantes, que se encontram a realizar um período de mobilidade nessas escolas, a participarem nas suas feiras, aproveitando para fazer a divulgação do Técnico.

Neste sentido, a Área Internacional criou o Programa de Embaixadores Internacionais do Técnico em 2016, operacionalizado pelo NMCI, com vista à criação de uma rede de embaixadores Internacionais que colaborarão na divulgação e na promoção do Instituto Superior Técnico junto dos nossos parceiros, durante o seu período de mobilidade.
Estes embaixadores poderão ser estudantes nacionais que farão a representação do Técnico aquando da sua mobilidade ou, por outro lado, estudantes estrangeiros que se encontram a realizar um período de mobilidade no Técnico, e que demonstrem interesse em se tornarem nossos embaixadores Internacionais, atuando também como interlocutores e promotores privilegiados do Técnico.

Este programa aposta ainda numa ação de sensibilização aos estudantes, capacitando-os para apresentarem institucionalmente o Técnico, divulgar os seus programas de mobilidade e de estudo. A formação em imagem (Powerpoint e Prezzi) e em Comunicação (Como comunicar eficazmente, Assertividade, Do’s e Dont’s) é efetuada por colaboradores do Núcleo de Desenvolvimento Académico. A formação sobre o Técnico (Factos e Números, História do IST, apresentação programas de Mobilidade/regras, etc) é efetuada pelo NMCI.

O trabalho dos Embaixadores Internacionais será apoiado e complementado por suportes físicos e digitais, entre outros: flyers, booklets, apresentações de PowerPoint e vídeos.

São abertos dois períodos de candidaturas, no 1º e 2º semestre de cada ano letivo, respetivamente nos meses de outubro e abril.

Resultados Alcançados

Em 2016/17 foram formados 24 embaixadores internacionais. Destes 24 embaixadores apenas 6 estudantes já submeteram o relatório, sendo uma aluna italiana de Génova e 5 estudantes Portugueses que fizeram mobilidade na Alemanha, na China e na República Checa no 2º semestre de 2016/17. Estão a ser emitidos os respetivos Certificados de Participação.

Aguarda-se o envio dos restantes relatórios.

De acordo com a informação que consta destes relatórios, o interesse e participação dos alunos locais foram bastante significativos.

Em termos práticos ainda é cedo para obter resultados, uma vez que este trabalho de divulgação do Técnico pelos embaixadores foi desenvolvido no 2º semestre de 2016/17, pela primeira vez. Uma grande parte dos embaixadores formados em 2016/17 efetuou a mobilidade apenas durante este ano letivo de 2017/18.

Avaliação e Monitorização

Após a participação nas várias ações de formação, os estudantes têm de efetuar a sua própria apresentação, que será feita em Inglês, com exceção do Brasil, que pode ser em Português. São agendadas várias sessões de apresentação de 15 minutos cada. Estas apresentações são enviadas para o NMCI, que coloca as melhores numa Google drive, à qual têm acesso todos os estudantes envolvidos. É-lhes recomendado que melhorem as suas apresentações, tirando exemplos das melhores apresentações disponibilizadas e sempre que necessário são chamados à atenção quando falham alguma informação importante nas suas apresentações.

É ainda fornecido aos estudantes uma pen com a apresentação do Técnico, com informação sobre cada slide da apresentação e outras informações úteis. Após a realização das apresentações é oferecido aos alunos um pack que contém uma T-shirt, uma Hoodie, um identificador com uma fita do Técnico.

Quando os estudantes estrangeiros regressam às suas universidades de origem, ou os estudantes Portugueses (ou Internacionais regulares) realizam os seus períodos de mobilidade nas universidades de acolhimento, tentam envolver-se nos eventos internacionais organizados nas respetivas universidades (de origem ou de acolhimento). Para isso devem contactar os gabinetes Erasmus ou de Relações Internacionais, solicitando o seu envolvimento nas várias atividades de internacionalização organizadas localmente.

Alguns estudantes tiveram dificuldade em conseguir integrar-se num evento e solicitaram ajuda ao NMCI para contactar diretamente os parceiros. Pontualmente conseguiram-se ultrapassar as dificuldades e a maior parte conseguiu integrar-se num evento local.

O NMCI pode ainda ajudar os embaixadores internacionais contactando antecipadamente os parceiros e informando-os da presença nas suas universidades destes embaixadores, solicitando que os integre nos seus eventos internacionais.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Pela primeira vez no Técnico os estudantes tiveram preparação para ajudar na divulgação do Técnico no estrangeiro, efetuando campanhas de marketing para atrair estudantes internacionais.

O programa teve bastante sucesso entre os alunos regulares do Técnico selecionados para um período de mobilidade e os alunos internacionais em mobilidade no Técnico.

De acordo com os seus testemunhos, todos eles sentiram orgulho em poder representar o Técnico.

MOOC Técnico: Cursos abertos online

quarta, julho 26th, 2017

Educação Superior ● 2017

Ana Moura Santos (docente DM)

Implementação da Boa Prática

A iniciativa MOOC Técnico consiste no desenvolvimento de cursos abertos online, desenhados para promoverem uma experiência de aprendizagem onde e quando se quiser, nos quais qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo se pode inscrever e participar.

Os cursos abordam diversos tópicos de ciências básicas e de engenharia e tecnologia, e estão disponíveis em diferentes níveis de formação: (i) iniciação nas ciências básicas e de engenharia e tecnologia; (ii) temas transversais de áreas científicas e tecnológicas; e (iii) cursos que se relacionam intrinsecamente com unidades curriculares do 1º e 2º ciclos do Técnico Lisboa.

O percurso desta iniciativa iniciou-se em 2013, com o levantamento de boas práticas e a análise de concorrência em Massive Open Online Course (MOOC), nomeadamente de projetos e iniciativas internacionais. Seguiu-se a definição de um plano de desenvolvimento de MOOC no Técnico e as principais linhas de ação, quer em termos de estratégia institucional, quer em termos de organização curricular de um curso, que permitissem orientar o desenho, o planeamento e a produção de cursos MOOC no Técnico.

No MOOC Técnico cada curso corresponde a um tema de aprendizagem, organizado em tópicos que são desenvolvidos habitualmente ao longo de cerca de 4 semanas. Em cada semana, prevê-se uma dedicação, em termos de carga de trabalho por parte do participante, que pode variar entre 4 a 6 horas. Os participantes nos cursos online obtêm um certificado de participação no caso de concretizarem pelo menos 60% das atividades previstas no curso.

Na sua maioria os cursos baseiam-se em vídeos, de curta e média duração, de demonstração e realização de exercícios ou de experiências, de exposição e explicação de conceitos com uso frequente de ilustração e animação e/ou entrevistas. Durante a implementação de um curso estão disponíveis várias formas de avaliação formativa e sumativa, e é possível interagir e debater questões com os outros participantes, em fóruns moderados pelos instrutores.

 

Resultados Alcançados

Os primeiros cursos MOOC Técnico foram disponibilizados online no final de 2016, sendo eles: Matrizes de Markov (19 out. – 23 nov), em língua portuguesa com tradução para língua inglesa que contou com cerca de 430 participantes; Energy Services (14 nov. – 15 jan.), em língua inglesa com tradução para língua portuguesa, que totalizou 510 participantes; e Física Experimental (21 nov. – 8 fev.), em língua portuguesa e vocacionado para a realização de experiências “em casa” e no e-lab, laboratório remoto, atingiu os 125 participantes. Em 2 meses alcançaram-se mais de 1000 inscritos no MOOC Técnico.

Em termos de caracterização do perfil dos participantes destacam-se alguns atributos. Na sua maioria são do sexo masculino (cerca de 80%), com idades compreendidas entre os 14 e os 60 anos e com grau académico completo que varia desde o ensino básico ao doutoramento, com preponderância dos graus de mestrado, licenciatura ou ensino secundário consoante a natureza de cada curso. A participação dos alumni do Técnico nos cursos tem rondado os 20% do total de participantes em cada curso. No caso das Marizes de Markov 48% dos participantes não tinham qualquer vínculo com o Técnico.

Relativamente à conclusão do curso e, especialmente quando os participantes o fazem com sucesso (realização de 60% ou mais das atividades de avaliação do curso com sucesso) os resultados não poderiam ser mais animadores. No primeiro curso, Matrizes de Markov, 25% dos participantes concluíram com sucesso, sendo que no curso Energy Services foram 58% os participantes que obtiveram o certificado. Se compararmos com os 7,7% de certificação média para os participantes dos 236 cursos referidos no relatório “HarvardX and MITx: Four Years of Open Online Courses” que oferecem cursos gratuitos, temos os primeiros cursos MOOC Técnico com uma taxa de sucesso muito acima da média.

Para além dos resultados apresentados, muitos são os contactos de utilizadores que felicitam a iniciativa MOOC Técnico, valorizando e reconhecendo a sua importância no panorama do ensino superior em Portugal e, em especial, terem oportunidade de realizar cursos com o rigor e excelência que caracteriza o Técnico.

Após 3 meses da realização do primeiro curso, Matrizes de Markov, voltou a estar disponível para ser realizado entre 1 março e 9 de abril, contando com cerca de 300 participantes. Um valor excelente, nomeadamente se for comparado com os dados divulgados por parte de iniciativas internacionais de desenvolvimento de MOOC em plataformas como é o caso do edX ou do Coursera. Por exemplo, este número pode ser comparado com o valor expectável em média de menos 25% de participantes para uma 2ª edição de um curso, de acordo com o relatório citado acima de HarvardX e MITx.

Avaliação e Monitorização

Foi elaborado um relatório preliminar (Primeiros Números MOOC Técnico, 5 de dezembro 2016) com os primeiros números dos cursos, que se encontra disponível no site mooc.tecnico.ulisboa.pt. Neste relatório, para além de outros números, é possível perceber-se que os participantes nos cursos MOOC Técnico têm idades compreendidas entre os 14 e os 60 anos e, na sua maioria, têm uma formação académica completa igual ou superior à licenciatura (cerca de 70%). Cerca de 15% dos participantes são provenientes de outros países, entre os quais cerca de 8% são dos PALOP’s. Quanto à situação profissional, mais do que 50% dos participantes trabalham e cerca de 40% são estudantes. E mais de 40% dos participantes nos cursos não tem qualquer vínculo com o Técnico (quer seja aluno, alumni, professor, investigador, funcionário).

Estes dados foram recolhidos a partir da plataforma de inscrição nos cursos, e de um questionário de preenchimento voluntário distribuído aos participantes no final de cada curso. Neste momento, a coordenação científico-pedagógica do projeto está a fazer o tratamento destes dados e ainda a processar as sugestões e contributos partilhados pelos participantes nos fóruns de discussão dos cursos, nos emails enviados à coordenação e aos instrutores dos cursos (alguns dos primeiros comentários e testemunhos podem ser lidos no referido relatório, Primeiros Números MOOC Técnico, 5 de dezembro 2016). Alguns dos participantes mais ativos dos primeiros cursos disponibilizaram-se a deslocar ao Técnico Lisboa para participarem em entrevistas e recolha de testemunhos. Alguns destaques dessas entrevistas e testemunhos encontram-se também no site mooc.tecnico.ulisboa.pt, mas a maior parte dos materiais recolhidos está a ser tratado para divulgação posterior, esperando-se a sua publicação até junho de 2017.

Com base na reflexão da equipa sobre o feedback dos participantes da 1ª edição do curso Matrizes de Markov, antes do lançamento da 2ª edição (1 março a 9 de abril), foram regravados 5 dos cerca de 20 módulos de vídeo da 1ª edição, melhorados os transcripts (legendas) de muitos vídeos, revistos alguns enunciados de questões de auto-avaliação e implementados 3 novos exercícios com parâmetros aleatórios, além de pequenas alterações à organização dos conteúdos. Finalmente, foi implementada uma Wiki para o curso também como consequência da necessidade demonstrada por alguns participantes na consulta rápida e organizada dos conceitos básicos.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Ao longo do último ano, o projeto evoluiu de modo profícuo, tendo sido criado conhecimento sobre o desenvolvimento de cursos, de acordo com os pressupostos originalmente assumidos no MOOC Técnico.

Durante a criação dos conteúdos para os cursos, abertos e online, que apresentam uma natureza distinta do que costuma ser a prática habitual no ensino presencial, realizaram-se alguns ajustes e afinaram-se detalhes, nomeadamente em termos de: (i) elementos curriculares equacionados no desenho e organização curricular do curso (objetivos, conteúdos, estratégias, avaliação) e respetivos tópicos, módulos ou unidades didáticas; (ii) pertinência do planeamento e preparação detalhada dos conteúdos a incluir nos cursos, em particular dos vídeos (storyboard), antecipando-se a dinâmica pedagógica que se irá ser proporcionada junto dos participantes, através da estrutura e organização dada aos conteúdos, recursos e materiais que serão disponibilizados; (iii) a sua qualidade visual, áudio e vídeo, a sua acessibilidade e o seu licenciamento em termos de direitos de utilização.

A preparação e reflexão antes de se começar a produzir conteúdos também ajudam a diminuir custos adicionais ao nível de recursos humanos, materiais e outros meios. É pertinente ainda acrescentar que os desafios colocados e as oportunidades que daí decorreram, no que se refere à colaboração estabelecida entre docentes e uma equipa de profissionais de diferentes áreas na produção dos conteúdos multimédia, constitui uma fonte de experimentação científico-pedagógica para ambas as partes. Esta dimensão poderá tornar-se ainda mais significativa se a referida colaboração for mobilizada para além do desenvolvimento de MOOC, nomeadamente para a produção de conteúdos de suporte ao ensino presencial.

Acredita-se, portanto, que o conhecimento criado sobre o ciclo de desenvolvimento de um curso online, baseado em vídeos e outros recursos multimédia, sobre o seu desenho e organização curricular e dos respetivos conteúdos multimédia criados, e sobre o planeamento e a preparação da produção desses conteúdos possam ser úteis em iniciativas e projetos semelhantes. Especialmente alguns dos recursos e instrumentos desenvolvidos e partilhados, acredita constituírem contributos profícuos para outras equipas. De referir que, para além da documentação interna produzida pela equipa, é possível consultar no site mooc.tecnico.ulisboa.pt os artigos e capítulos de livros, aceites e publicados em atas de conferências, revistas e livros nacionais e internacionais, sobre o trabalho desenvolvido desde o início do projeto.