Capital Humano ● 2019
Maria Inês Camarate de Campos Lynce de Faria (Docente DEI)
Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.
Mais informações contacte:
Ines.lynce@tecnico.ulisboa.pt
Maria Inês Camarate de Campos Lynce de Faria (Docente DEI)
Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.
Mais informações contacte:
Ines.lynce@tecnico.ulisboa.pt
Rodrigo Seromenho Miragaia Rodrigues (docente DEI)
Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.
Mais informações contacte:
rodrigo.miragaia.rodrigues@tecnico.ulisboa.pt
Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE)
O NAPE Skills Factory consiste num ciclo semestral de workshops promovido pelo Núcleo de Apoio ao Estudante, que procura desenvolver as competências e complementar os conhecimentos adquiridos pelos alunos do Técnico ao longo do curso, enriquecendo o seu percurso académico. Este ciclo de workshops decorre habitualmente nos meses de outubro e março de cada ano letivo, incluindo temas diversificados que vão de encontro aos interesses da comunidade académica, nomeadamente dirigidos ao desenvolvimento de soft skills, mas também hard skills.
Os workshops são destinados a toda a comunidade académica do Técnico, incluindo bolseiros, docentes e não docentes, estando também abertos à restante comunidade da ULisboa, consoante disponibilidade de vagas. A participação é gratuita, havendo uma caução associada ao processo de inscrição para aumentar a responsabilização. No final de cada workshop é atribuído um certificado de participação.
Os formadores destes workshops são especialistas convidados pelo NAPE em função dos temas dos Workshops, contando até à data com a participação de alunos, professores, investigadores e empresas exteriores ao Técnico nas mais diversas áreas.
As salas de cada Workshop são adaptadas às necessidades do mesmo, sendo o NAPE o responsável por fazer este levantamento e posterior contacto com o Gabinete de Organização Pedagógica para marcação das salas.
O NAPE Skills Factory realizou a sua primeira edição em março de 2015 e a sua mais recente (9ª edição) em março de 2019, totalizando 9 ciclos de workshops e mais de 120 formações dadas ao longo destes últimos 5 anos.
O número de participantes tem crescido ao longo dos últimos anos, sendo que temos atingido uma marca consistente de 250 participações desde o ano letivo 2016/2017. Este número de participações traduz-se também numa rápida taxa de resposta à nossa divulgação, uma vez que preenchemos grande parte das vagas nos primeiros três dias de divulgação.
Outro aspeto relevante a referir está relacionado com a visibilidade que o NAPE Skills Factory tem vindo a ganhar dentro e fora do Técnico, uma vez que a maioria destes Workshops são oferecidos por grandes empresas e organizações, reforçando ainda mais a qualidade e o interesse no nosso público alvo.
Em termos de taxa de sucesso, os resultados são bastante satisfatórios, uma vez que mais de 80% das nossas formações foram avaliadas entre o 4 e o 5 (numa escala de 1 a 5).
Na última edição envolvemos a Área de Transferência e Tecnologia do Técnico, articulando o contacto com a Rede de Parceiros do Técnico. Consideramos que esta foi uma contribuição muito positiva, já que foram dois dos nossos Workshops com avaliações muito elevadas.
Apesar de existir uma linha condutora do projeto, cada edição do NAPE Skills Factory é independente. Como tal, temos a liberdade de edição após edição, olhar para as antecedentes e planear a próxima com um maior detalhe e rigor.
Isto só é possível devido aos inúmeros canais de comunicação a que o NAPE recorre para obtenção de feedback sobre cada edição. Estes incluem a percentagem de vagas preenchidas, os inquéritos de feedback preenchidos pelos participantes sobre cada sessão, a monitorização de cada workshop, em tempo real, por parte de um ou mais Guias do NAPE e, pontualmente, o feedback dado pelos próprios Formadores.
Tudo isto contribui para que possamos obter uma melhoria constante. Com efeito, no final de cada edição, avaliamos se cada um dos workshops poderá ou não repetir-se na seguinte, de acordo com o feedback obtido. Por seu lado, no início de cada edição estas considerações são avaliadas em conjunto com outras propostas, normalmente sugeridas por participantes, para elaborar a lista de temáticas pretendidas. Para além disto, o feedback dos participantes e dos Guias do NAPE sobre cada workshop é sempre avaliado e transmitido à entidade que o organizou, de forma a que, caso a colaboração se repita, possa ser igualmente positiva ou melhorar.
O NAPE Skills Factory veio responder aos interesses comuns dos estudantes do Técnico, que frequentam cursos nas mais diferentes áreas científicas, contribuindo para o desenvolvimento de competências em áreas complementares à sua formação académica.
Face à oferta existente no Técnico, o NAPE Skills Factory diferencia-se por ser um ciclo de Workshops que oferece simultaneamente formações técnicas (hard skills), formações no âmbito do desenvolvimento pessoal (soft skills) e formações distintas e exclusivas (out-of-the-box-skills).
A capacitação e o caráter inclusivo da participação nos nossos Workshops são dos fatores de principal destaque, uma vez que levamos a toda a comunidade um conjunto de formações do mais elevado nível sem quaisquer custos associados para os participantes, quer de alunos dentro e fora do Técnico, quer dos restantes membros da Escola (funcionários, professores e bolseiros).
O sucesso desta prática resulta do enquadramento, planeamento e estratégia da equipa de Guias do NAPE, que selecionam cuidadosamente cada organização na construção de cada edição, promovendo ativamente a ligação à sociedade.
Margarida Barros, Ana Isabel Ferreira, Filipe Amaral, Ana Luísa Carvalho, Samuel Ramos, Filipa Guimarães, Mafalda Magro, Samuel Franco, Pedro Prata, Francisco Sá, Joana Fonseca, Alina Dahmen, Luís Alves, Mágui Lage, Pedro Galvão Pereira, Sara Correia (NAPE); Ana Moura Santos (docente DM); Ana Marcelino, Carla Boura (NAGT)
Um dos principais objetivos do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) consiste na promoção do sucesso escolar através do apoio próximo aos alunos.
O Programa Mentorado do Técnico visa o acolhimento e a integração de todos os novos alunos na nossa Escola, funcionando este como um acompanhamento personalizado, onde cada aluno do IST de anos avançados (Mentor) compreende muito bem as especificidades dos obstáculos que vão surgindo no caminho dos novos alunos (Mentorandos). O apoio do Mentor é bastante diversificado, abrangendo questões académicas, pessoais e, também, profissionais. A experiência do Mentor é, sem dúvida, uma ferramenta muito útil para o esclarecimento de dúvidas, o relacionamento com colegas e professores, entre outras questões.
O Programa Mentorado encontra-se em funcionamento tanto no campus Alameda como no campus Taguspark, ao cargo do Núcleo de Apoio Geral do Taguspark (NAGT), apresentando algumas diferenças devido às diferentes realidades apresentadas em cada um dos campi. No entanto, estes mantêm os mesmos moldes e objetivos.
No campus Alameda, os Mentores são alunos que se voluntariam, sendo os principais requisitos a sua prestação como Mentores em anos anteriores e a disponibilidade para frequentarem um conjunto de formações iniciais, de carácter obrigatório e absolutamente necessárias, onde são fornecidas todas as informações sobre o programa, seus objetivos, bem como estratégias de resolução de problemas que possam surgir no decorrer do mesmo. Relativamente ao campus Taguspark, existem alunos que são convidados a participar, tendo em conta o seu curriculum e sucesso académico, nomeadamente a sua aprovação às unidades curriculares de Álgebra Linear e Cálculo Diferencial I. A indicação de professores, como por exemplo a Prof.ª Ana Moura Santos, também é contabilizada, já que se conseguem identificar alunos com apetências para o apoio escolar.
De ano para ano, o número de alunos que participam neste Programa tem aumentado significativamente, tendo atualmente um total de 560 Mentores, número que superou as estimativas iniciais. Em termos de aproveitamento curricular por parte dos novos alunos, este tem também aumentado. Relativamente aos dados recolhidos no campus Taguspark, esta melhoria verificou-se em todos os cursos aí lecionados ao longo dos últimos sete anos, sendo em alguns casos a redução do insucesso escolar em mais 50%.
Uma das diferenças entre os campi na implementação deste Programa prende-se com o tipo de acompanhamento e monitorização efetuado ao longo do ano letivo. No campus Taguspark, é da função dos Mentores reportarem as notas dos testes e projetos dos seus Mentorandos aos responsáveis do Programa nesse campus (Drª Carla Boura). Se os Mentorandos apresentarem uma ou duas unidades curriculares por concluir, o Mentor é alertado para um apoio mais incisivo. Se o Mentorando apresenta três ou mais unidades curriculares não concluídas, este é chamado para uma entrevista com a Drª Carla Boura, onde se despista o problema e, consoante o resultado, se realiza um plano de estudo ou uma reunião com tutor e coordenador, de modo a encontrar uma solução e/ou encaminhamento para outro serviço.
Já no campus Alameda, o Programa é coordenado pela equipa de Guias do NAPE e implementado pelos Mentores, sendo que cabe a estes a monitorização do aproveitamento escolar dos seus Mentorandos, bem como a sinalização de situações mais graves aos Guias, que farão um acompanhamento mais personalizado do Mentor e Mentorando, propondo estratégias e aconselhando o aluno acerca do que fazer, indicando, se necessário, outros gabinetes da estrutura organizacional do IST.
Este Programa possui um conjunto de atividades ao longo do ano letivo que têm como objetivo o estreitamento de relações entre Mentor e Mentorando, bem como dotar os Mentores de mais conhecimentos que lhes permita serem cada vez melhores no exercício das suas funções.
Ao longo do ano letivo realizam-se diversas atividades que promovem, não só o contacto entre Mentores e Mentorandos, mas também nos permitem assegurar a boa implementação do Programa Mentorado. Como incentivo à participação ativa no Programa, foi implementado um sistema de pontos que permite ao Mentor ter acesso ao Certificado de Participação ou ao Suplemento ao Diploma. São apresentados exemplos de atividades desenvolvidas:
Para que o Mentor obtenha o Certificado de Participação deverá assistir às Formações Iniciais, participar na Semana das Matrículas e responder aos três Relatórios ao longo do ano. Para se obter o Suplemento ao Diploma, o Mentor deverá estar apto a receber o Certificado e fazer um determinado número de pontos, conjugando as atividades referidas da maneira que desejar.
O Programa Mentorado do Técnico Lisboa é uma referência a nível nacional dentro desta temática.
O facto de existirem alunos de anos mais avançados a receber e acolher os novos alunos não só veio facilitar a transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior, mas também melhorar o aproveitamento escolar e diminuir da taxa de desistências curriculares. Atualmente, já várias universidades seguem o exemplo do Programa Mentorado do IST, sendo este um verdadeiro sucesso.
A aplicabilidade deste programa é transversal a vários contextos, quer intra IST, entre departamentos, núcleos e gabinetes, como até em empresas e organizações externas.
Isabel Cristina Gonçalves (NDA)
O programa PAX – IST Shaping the Future foi desenvolvido pelo Conselho Científico do IST com o objetivo de promover a adaptação dos professores auxiliares e investigadores em início de carreira à cultura do IST, bem como de os apoiar na construção da sua identidade profissional e na construção de um plano de desenvolvimento. Pretende-se possibilitar aos professores a liderança de equipas e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino – aprendizagem produtivos.
Este programa envolve as seguintes vertentes: formação fundamental , formação complementar (selecionada de entre a fornecida pelo Núcleo de Desenvolvimento Académico aos docentes do IST), observação de aulas e um programa de mentoring pela parte de docentes sénior do IST (validados pelos Presidentes de Departamento).
A primeira edição da formação fundamental realizou-se a 9, 10, 11 setembro 2015, no Centro de Caparide do Ministério da Educação, com o seguinte programa:
DIA 1 – COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPAS
DIA 2 – GESTÃO DE CARREIRA E COMPETÊNCIAS CIENTIFICAS
DIA 3 – COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS
A segunda edição realizou-se também em Caparide, nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2016 e a terceira edição realizar-se-á, previsivelmente nos dias 6, 7 e 8 de setembro de 2017. Todo o programa de formação complementar, observação de aulas e programa de mentoring têm sido executados de acordo com o previsto no Fluxograma criado para a monitorização e acompanhamento deste Programa. Vídeo com a mensagem de Boas Vindas do Presidente do IST aos mentores participantes na primeira edição.
Não é possível descrever ainda os resultados obtidos em relação aos objetivos globais previstos, estando embora já disponíveis os dados da avaliação da 1ª edição da formação fundamental, bem como da 2ª edição da mesma. A 1ª edição da Formação dos Mentores esteve a cargo de uma empresa externa -Sofia Calheiros e Associados, e realizou-se a 12 de setembro de 2015, em Caparide e foi avaliada (satisfação global) pelos 14 participantes como muito boa, atingindo um valor de 91,5%. Os aspectos mais positivos considerados foram os seguintes: Relacionamento com colegas que não conhecia; Atividade prática; Conhecimentos de ciências sociais/métodos; Dinâmica da formação, clareza e pureza da formação; Conhecer o GROW; Partilha entre mentores; Conhecer colegas mentores; Autoavaliação; Dia escolhido, local, organização, temática, colegas presentes e formadores.
Os aspectos a melhorar incluíam: Mais próximo, com melhores transportes, marcado durante asemana com 6 meses de antecedência; Conhecer de antemão os objetivos traçados para os mentees; Aumentar a duração da ação; Aumentar a duração da ação, para mais um dia. Existem também dados relativos às primeiras observações de aulas.
O Programa “Shaping the Future“, que entra agora na sua terceira edição, não dispõe ainda de uma avaliação de impacto nas dimensões inicialmente identificadas (liderança de equipas e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino –aprendizagem produtivos), nem os dados estariam facilmente acessíveis ao fim de um período de tempo tão breve. Os dados de avaliação relativos às 1ª e 2ª edições da Formação Fundamental, bem como os dados relativos às Observações de Aulas e Formação de Mentores são, contudo, muito positivos, e corroboram a informação qualitativa recolhida junto dos participantes (através do coaching por parte da equipa do Núcleo de Desenvolvimento Académico e de encontros entre os novos docentes e investigadores com elementos dos órgãos de gestão do IST, incluindo o Presidente, Prof. Arlindo Oliveira e os Presidentes do Conselho Científico (CC) e Pedagógico (CP). A monitorização das atividades do Programa conduziu, ao longo destes três primeiros anos, à introdução de algumas melhorias ao nível dos procedimentos, nomeadamente:
O Programa PAX IST Shaping the Future é enquadrado pelos seguintes documentos: Programa de Acompanhamento dos Professores e Investigadores Auxiliares em Período Experimental, pelo Programa de Formação Adicional dos Professores e Investigadores Auxiliares em Período Experimental do Instituto Superior Técnico, pelo programa de startup funds e pelo Regulamento Relativo ao Regime de Vinculação e Avaliação da Atividade Desenvolvida no Período Experimental pelos Professores do Instituto Superior Técnico (documentos publicados e que descrevem o Programa aprovado pelos órgãos de gestão da escola). Este programa inspira-se nas boas práticas de Escolas de referência para o IST, nomeadamente Standford e o MIT.
É um Programa inovador no Espaço de Ensino Superior Português e passível de ser replicado, tendo gerado interesse junto de outras Escolas da Universidade de Lisboa e outras Universidades
portuguesas. Existem, contudo, alguns constrangimentos à transferibilidade deste Programa para outras Instituições de Ensino Superior (IES): o envolvimento dos órgãos de gestão das IES é fundamental, bem como a existência de uma cultura académica que sustente este tipo de práticas; a existência de recursos financeiros e humanos que permitam operacionalizar as várias dimensões deste Programa é também crucial para o seu bom funcionamento.