Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

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Programa Mentorado do Técnico

quinta, julho 26th, 2018

Capital Humano ● 2018

Margarida Barros, Ana Isabel Ferreira, Filipe Amaral, Ana Luísa Carvalho, Samuel Ramos, Filipa Guimarães, Mafalda Magro, Samuel Franco, Pedro Prata, Francisco Sá, Joana Fonseca, Alina Dahmen, Luís Alves, Mágui Lage, Pedro Galvão Pereira, Sara Correia (NAPE); Ana Moura Santos (docente DM); Ana Marcelino, Carla Boura (NAGT)

Implementação da Boa Prática

Um dos principais objetivos do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) consiste na promoção do sucesso escolar através do apoio próximo aos alunos.

O Programa Mentorado do Técnico visa o acolhimento e a integração de todos os novos alunos na nossa Escola, funcionando este como um acompanhamento personalizado, onde cada aluno do IST de anos avançados (Mentor) compreende muito bem as especificidades dos obstáculos que vão surgindo no caminho dos novos alunos (Mentorandos). O apoio do Mentor é bastante diversificado, abrangendo questões académicas, pessoais e, também, profissionais. A experiência do Mentor é, sem dúvida, uma ferramenta muito útil para o esclarecimento de dúvidas, o relacionamento com colegas e professores, entre outras questões.

O Programa Mentorado encontra-se em funcionamento tanto no campus Alameda como no campus Taguspark, ao cargo do Núcleo de Apoio Geral do Taguspark (NAGT), apresentando algumas diferenças devido às diferentes realidades apresentadas em cada um dos campi. No entanto, estes mantêm os mesmos moldes e objetivos.

No campus Alameda, os Mentores são alunos que se voluntariam, sendo os principais requisitos a sua prestação como Mentores em anos anteriores e a disponibilidade para frequentarem um conjunto de formações iniciais, de carácter obrigatório e absolutamente necessárias, onde são fornecidas todas as informações sobre o programa, seus objetivos, bem como estratégias de resolução de problemas que possam surgir no decorrer do mesmo. Relativamente ao campus Taguspark, existem alunos que são convidados a participar, tendo em conta o seu curriculum e sucesso académico, nomeadamente a sua aprovação às unidades curriculares de Álgebra Linear e Cálculo Diferencial I. A indicação de professores, como por exemplo a Prof.ª Ana Moura Santos, também é contabilizada, já que se conseguem identificar alunos com apetências para o apoio escolar.

Resultados Alcançados

De ano para ano, o número de alunos que participam neste Programa tem aumentado significativamente, tendo atualmente um total de 560 Mentores, número que superou as estimativas iniciais. Em termos de aproveitamento curricular por parte dos novos alunos, este tem também aumentado. Relativamente aos dados recolhidos no campus Taguspark, esta melhoria verificou-se em todos os cursos aí lecionados ao longo dos últimos sete anos, sendo em alguns casos a redução do insucesso escolar em mais 50%.

Uma das diferenças entre os campi na implementação deste Programa prende-se com o tipo de acompanhamento e monitorização efetuado ao longo do ano letivo. No campus Taguspark, é da função dos Mentores reportarem as notas dos testes e projetos dos seus Mentorandos aos responsáveis do Programa nesse campus (Drª Carla Boura). Se os Mentorandos apresentarem uma ou duas unidades curriculares por concluir, o Mentor é alertado para um apoio mais incisivo. Se o Mentorando apresenta três ou mais unidades curriculares não concluídas, este é chamado para uma entrevista com a Drª Carla Boura, onde se despista o problema e, consoante o resultado, se realiza um plano de estudo ou uma reunião com tutor e coordenador, de modo a encontrar uma solução e/ou encaminhamento para outro serviço.

Já no campus Alameda, o Programa é coordenado pela equipa de Guias do NAPE e implementado pelos Mentores, sendo que cabe a estes a monitorização do aproveitamento escolar dos seus Mentorandos, bem como a sinalização de situações mais graves aos Guias, que farão um acompanhamento mais personalizado do Mentor e Mentorando, propondo estratégias e aconselhando o aluno acerca do que fazer, indicando, se necessário, outros gabinetes da estrutura organizacional do IST.

Este Programa possui um conjunto de atividades ao longo do ano letivo que têm como objetivo o estreitamento de relações entre Mentor e Mentorando, bem como dotar os Mentores de mais conhecimentos que lhes permita serem cada vez melhores no exercício das suas funções.

Avaliação e Monitorização

Ao longo do ano letivo realizam-se diversas atividades que promovem, não só o contacto entre Mentores e Mentorandos, mas também nos permitem assegurar a boa implementação do Programa Mentorado. Como incentivo à participação ativa no Programa, foi implementado um sistema de pontos que permite ao Mentor ter acesso ao Certificado de Participação ou ao Suplemento ao Diploma. São apresentados exemplos de atividades desenvolvidas:

  • As Formações Iniciais consistem em sessões de preparação dos Mentores para a Semana das Matrículas, abrangendo o funcionamento da mesma, os possíveis cenários envolvendo os Mentorandos e as boas práticas que se devem manter ao longo do ano.
  • As Formações Complementares são workshops planeados em parceria com diversas empresas e organizações que permitem o enriquecimento pessoal e curricular do Mentor dentro da temática das soft skills – Liderança, Negociação, Coaching, Personal Branding, Comunicação, Entrevista de Emprego, entre outros.
  • As Sharing Sessions são breves encontros semestrais entre os Mentores e Guias do NAPE com o intuito de fazer o ponto de situação geral, identificar as principais dificuldades que possam surgir e fomentar a partilha de situações e opiniões sobre o Programa.
  • De modo a se obter feedback da parte dos Mentores, são também realizados três Relatórios ao longo do ano letivo.
  • O Mentorado Outdoor Challenge é um evento “out of the box”, que tem como principais objectivos a prática de atividades desportivas e o enriquecimento dos laços entre o Mentor e os Mentorados. São exemplos deste tipo de atividade a ida ao Bounce, a aula de Surf, a aula de bodyboard, a Canoagem e a Atividade de Arborismo.
  • O Rally Mentorado é uma atividade com vários desafios, que conta com a participação de Mentores e Mentorandos e que visa dar a conhecer a cidade de Lisboa e o campus aos novos alunos.
  • As Atividades Extra consistem, por exemplo, nas atividades que envolvem alunos de mobilidade – visita aos Departamentos, City Rally, entre outras.
  • Atividades que fomentem o espírito de Voluntariado Social.

Para que o Mentor obtenha o Certificado de Participação deverá assistir às Formações Iniciais, participar na Semana das Matrículas e responder aos três Relatórios ao longo do ano. Para se obter o Suplemento ao Diploma, o Mentor deverá estar apto a receber o Certificado e fazer um determinado número de pontos, conjugando as atividades referidas da maneira que desejar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa Mentorado do Técnico Lisboa é uma referência a nível nacional dentro desta temática.

O facto de existirem alunos de anos mais avançados a receber e acolher os novos alunos não só veio facilitar a transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior, mas também melhorar o aproveitamento escolar e diminuir da taxa de desistências curriculares. Atualmente, já várias universidades seguem o exemplo do Programa Mentorado do IST, sendo este um verdadeiro sucesso.

A aplicabilidade deste programa é transversal a vários contextos, quer intra IST, entre departamentos, núcleos e gabinetes, como até em empresas e organizações externas.

 

Projeto Observar e Aprender da Universidade de Lisboa

quinta, julho 26th, 2018

Educação Superior ● 2018

Maria Beatriz Silva (docente IST DEM, CP); Luís Castro (docente IST DECivil, CG); Miguel Mourato (docente, CP, ISA), Luísa Louro (docente, CG, ISA); Maria Henriques (docente, CP, FF); Helena Iglésias Pereira, (docente, CP, FC); Luís Tinoca (docente, CP, IE), Marta Almeida (docente, IE); Carla Crespo (docente, CP, FP); Isabel Gonçalves, Natália Rocha, Helena Borges (IST NDA.GATu); Marta Graça, Filipa David (IST AEP/NEP)

https://sites.google.com/site/observareaprender/

Implementação da Boa Prática

O projeto Observar e Aprender visa estimular a atividade de docência no Ensino Superior, promovendo espaços de experimentação interdisciplinar e apoio aos docentes da Universidade de Lisboa (ULisboa), constituindo-se como um fórum de formação interdisciplinar.

O projeto, pioneiro na ULisboa, engloba representantes do Instituto Superior Técnico (IST), da Faculdade de Farmácia (FF), da Faculdade de Psicologia (FP), do Instituto Superior de Agronomia (ISA), da Faculdade de Ciências (FC) e do Instituto da Educação (IE).

O modelo de observação de pares tem como base um quarteto constituído por quatro docentes, oriundos de diferentes Escolas com diferentes formações e formando grupos de trabalho nos quais todos os intervenientes observam e são observados, no mínimo duas vezes.

Para apoio das observações foram criados um guião de procedimentos de observação e um manual de apoio.

Semestralmente é realizado um seminário para apresentação dos principais resultados da edição anterior do projeto, identificar as acções e a sua calendarização junto dos participantes da edição em curso, facilitando um primeiro contacto pessoal entre os participantes nos quartetos de observação. Em cada seminário é realizada uma palestra sobre uma temática do interesse dos participantes e associada ao projeto, e incentivada a apresentação de testemunhos.

As inscrições são realizadas via um google form, e a calendarização típica por semestre é a apresentada da Tabela 1.

Tabela 1 – Calendarização do projeto Observar e Aprender nos dois semestres de um ano letivo

Atividades a desenvolver Calendário 1º Semestre Calendário 2º Semestre
Ações de divulgação e convite à participação Até à data do seminário Até à data do seminário
Seminário inicial (e final da edição anterior) fevereiro – março setembro – outubro
Reunião inicial com os participantes no projeto dia do seminário dia do seminário
Observação das aulas março – junho outubro – janeiro
Recolha e tratamento de informação junho e julho janeiro e fevereiro

 

As acções de divulgação consistem num convite individual a todos os participantes em edições anteriores do projecto, havendo sempre o cuidado de assegurar a diversidade na área científica dos elementos que constituirão os quartetos de modo a manter a sua motivação no projecto; no envio de informação para divulgação para os Conselhos Pedagógicos (CP) das várias Escolas da ULisboa e na preparação/actualização de um poster com os principais resultados do projecto.

Resultados Alcançados

A equipa que coordena este projeto tem como objectivo assegurar o envolvimento e a participação ativa de todas as Unidades Orgânicas e dos docentes da ULisboa.

Actualmente foram realizadas 8 edições do projecto, desde o 2º semestre de 2013/2014. Ao longo destes quatro anos foi possível contar com a participação ativa de um total de 159 docentes, distribuídos por 17 Escolas da ULisboa.O número de participantes por Escola é apresentado na Figura 1, onde é visível a participação de docentes de 16 escolas da ULisboa, sendo que apenas o ISCSP não apresenta qualquer participação.
Figura 1 – Participantes no projecto Observar e Aprender por Escola

IST – Instituto Superior Técnico, FC – Faculdade de Ciências, FF – Faculdade de Fármácia, IE – Instituto de Educação, ISA – Instituto Superior de Agronomia, FM – Faculdade de Medicina, FL – Faculdade de Letras, FMD – Faculdade de Medicina Dentária, FD – Faculdade de Direito, ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, FMV – Faculdade de Medicina Dentária, FA – Faculdade de Arquitetura, IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, FMH – Faculdade de Motrocidade Humana, ICS – Instituto de Ciências Sociais, FBA – Faculdade de Belas Artes e ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

A análise da Figura 1 também deverá ser complementada pela referência ao universo de docentes de cada uma das Escolas, nomeadamente podemos verificar que no IST o universo de docentes é muito superior ao do IE, ISA, FF, FP e FC (que se aproxima mais do IST em termos do número de participantes).

Figura 2 – Distribuição do número de participações por docente

A distribuição do número de participações por docente está apresentada na Figura 2, onde se pode verificar que 51% dos docentes participou mais que uma vez. Verifica-se ainda que 13% dos docentes participaram no projecto no mínimo 3 vezes.

A Figura 3 apresenta o grau de satisfação com o projeto, ao nível do interesse e participação no mesmo, dados obtidos a partis da análise do inquérito de satisfação. Verifica-se que 82% dos participantes está muito interessado no projeto e que 65% dos participantes estão muito satisfeitos com a sua participação.

 

Figura 3 – Grau de Satisfação com o Projeto

Os docentes que se manifestaram menos satisfeitos com a sua participação no Observar e Aprender afirmam ter perdido algum do interesse inicial à medida que participavam um maior número de vezes (típicamente mais de três), considerando que os feedbacks recebidos se tornavam redundantes e acrescentavam menos valor.

Alguns dos testemunhos dos participantes ao projecto são:

  • “Troca de ideias e experiências pedagógicas com outros colegas de forma estruturada e organizada”
  • “Da observação das aulas, passei a ter mais consciência das minhas próprias aulas, pois ao estar no lugar de observador/estudante tomamos consciência das nossas próprias limitações.”
  • Permite conhecer outros espaços e comparar práticas letivas que conduzem a uma reflexão sobre a prática pedagógica pessoal.”
  • “Dada a importância do Projeto, tanto para os alunos quanto para os docentes, é imprescindível a continuação do mesmo.”

Avaliação e Monitorização

O processo de avaliação do Projeto foi evoluindo ao longo do tempo, tendo-se registado alterações ao nível de:

  • grelha de desempenho, inclusão da componente mais prática das aulas;
  • formulário de inscrição e inquérito de satisfação, revisão de acordo com sugestões dos participantes;
  • website, actualização progressiva dos conteúdos em função das necessidades manifestadas pelos participantes e/ou identificadas pela coordenação;
  • divulgação, reforço das actividades nas Escolas da ULisboa, nomeadamente através da elaboração de um poster semestral com os principais resultados do projeto;
  • seminários, diversificação das palestras quer em termos de temas quer em termos de participantes, quer ainda pela inclusão de testemunhos de participantes em edições anteriores. Rotação da localização dos seminários por todas as Escolas da ULisboa.

Os documentos apresentados na descrição da prática já se encontram na versão mais actualizada. Numa lógica de melhoria contínua a equipa de coordenação tem vindo a trabalhar no sentido de implementar algumas alterações no futuro:

  • criação de um grupo alargado de coordenação que inclua elementos de todas as Escolas da ULisboa com o objectivo de reforçar ainda mais a componente de divulgação do programa em Escolas que apresentam reduzido número de participações;
  • redução do número de seminários de dois para um por ano lectivo, de modo a concentrar os esforços da equipa de coordenação e assim mobilizar mais os docentes a participar;
  • com o objectivo de dar mais visibilidade e credibilidade ao projecto sugere-se a publicação dos resultados do projecto, nomeadamente na revista da ULisboa e em publicações científicas da área.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Tem-se verificado uma tendência internacional e nacional, nos últimos vinte anos, para encarar a observação de aulas como um processo de interação profissional, de carácter essencialmente formativo, centrado no desenvolvimento individual e coletivo dos professores e na melhoria da qualidade do ensino e das aprendizagens.

A observação tem como objetivo fixar-se na situação em que se produzem os comportamentos, a fim de obter dados que possam garantir uma interpretação “situada” desses comportamentos (Estrela,1994).

A observação pode ser utilizada em diversos cenários e de diversas formas, tendo múltiplas finalidades, como enumera Reis (2011): “diagnosticar um problema, encontrar e testar possíveis soluções para um problema, explorar formas alternativas de alcançar os objetivos curriculares, aprender, apoiar um colega, avaliar o desempenho, estabelecer metas de desenvolvimento, avaliar o progresso, reforçar a confiança e estabelecer laços com os colegas”.

As competências e a prática letiva podem ser melhoradas através do feedback recebido pelo observado, mas também através da sensibilização pedagógica que resulta da atividade como observador, num esquema de observações em que os docentes participantes são voluntários e em que o anonimato e a confidencialidade se encontram assegurados.

No contexto da recente fusão entre a Universidade Técnica de Lisboa e a ULisboa, o projeto Observar e Aprender facilita o estabelecimento de laços e a partilha de experiências na área pedagógica entre docentes das várias Escolas, facilitando a criação de uma identidade comum. Nos seminários, muitos participantes e testemunhos revelam que os docentes partilham a sua experiência com colegas das suas Escolas mesmo quando os mesmos não participam no projeto.

Este projeto é inovador no IST e na ULisboa, ainda que tenha adotado e adaptado as práticas do projeto “Par em Par” da Universidade do Porto, mantendo-se a partilha de experiências entre os dois projetos da qual os dois saem enriquecidos. Deste modo a sua transferabilidade para outra Universidade está assegurada e até validada pelo sucesso destes dois projetos, que funcionam em Universidades diferentes.

Referências:

Estrela, A. (1994). Teoria e Prática de Observação de Classes: Uma estratégia de Formação de Professores. 4. ed. Porto, Porto Editora.

Reis, P. Observação de Aulas e Avaliação do Desempenho Docente. (2011). Lisboa: Ministério da Educação. (Cadernos do CCAP-2). Disponível em: <http://wwww.ccap.min-edu.pt/pub.htm>. Acesso em: 28 dez. 2013.

PhD OPEN DAYS

quinta, julho 26th, 2018

Educação Superior ● 2018

Júlia Oliveira (APG)

Implementação da Boa Prática

O PhD Open Days é uma iniciativa lançada pelo CC, concretizada com o apoio da APG. Esta iniciativa tem como objetivo principal dar oportunidade aos estudantes de PhD de partilharem os seus resultados e conhecimentos, não só com o resto da comunidade académica, mas também com representantes de empresas e outras instituições exteriores ao IST, assim como, promover o intercâmbio de culturas entre os seus colegas. O evento é anual. Em 2018 decorreu a sua quarta edição (21 e 22 de março). A comissão organizadora define o programa e o calendário e faz o elo de ligação entre os professores e alunos, etc.

O programa inclui sessões de pitch competition, sessão de posters e um workshop. O evento conta com um painel de oradores distintos, incluindo sessões sobre desenvolvimento de carreira para se candidatarem a bolsas do Conselho Europeu de Investigação, e um workshop dedicado a ajudar os estudantes a desenvolver as suas competências de comunicação e.g. capacidades científicas escritas. Os dois dias do evento iniciam-se com palestras plenárias sobre temas abrangentes (em 2018, transportes, e vida em ambientes extremos), sessões com antigos alunos de doutoramento do IST, para partilha da sua experiência e sobre o impacto do doutoramento na sua vida profissional. Todas as sessões incluem Coffee Breaks e uma sessão de posters apresentados pelos alunos de doutoramento, que incentivam à colaboração e ao diálogo entre os alunos, existindo ainda um almoço de networking com investigadores e alumni do IST. A sessão de encerramento contou com a presença da Prof. Helena Pereira, Vice-Presidente da FCT.

Resultados Alcançados

O Phd Open Days é direcionado para os seus mais de mil alunos de doutoramento inscritos nos diversos programas de doutoramento do IST, e participaram activamente nas diversas actividades propostas mais de 100 alunos, quer seja através da apresentação de poster, na qual participaram 140 alunos, quer seja através do “pitch competition”, onde participaram 19 alunos. O workshop contou com 66 alunos de doutoramento inscritos. As sessões foram activamente participadas. Os resultados atingiram claramente os objectivos pretendidos, uma vez que alcançamos os números pretendidos de inscritos para cada uma das sessões (e.g. “pitch competition”).

As sessões continuam a atrair oradores distintos e com temas interessantes e actuais para os alunos de doutoramento. Estiveram ainda presentes 8 membros das empresas, representados através dos alumni e dos membros do júri da competição de pitch, os quais tiveram oportunidade de ouvir sobre o trabalho que tem sido realizado pelos estudantes, através dos posters apresentados, através do “pich competition”, do “coffee Break” e dos almoços que partilharam com os alunos. Todo o evento é efetuado em língua inglesa, desde a sua divulgação (e.g. site) até às apresentações efetuados pelos alunos e pelos oradores, tendo em consideração que cerca de 31% dos alunos de doutoramento do IST são estrangeiros.

Avaliação e Monitorização

O processo de avaliação e monitorização do PhD Open Days é realizado em vários âmbitos, em primeiro lugar ao nível da comissão executiva do Conselho Científico, e depois em reunião de Conselho Científico, onde se avaliam os resultados e se define a continuidade da iniciativa. A comissão organizadora, composta por 5 professores e a coordenadora da APG, também promove reuniões preparatórias e monitoriza e avalia todo o evento, quer seja auscultando os professores (e.g. coordenadores de cursos de doutoramento, orientadores), quer seja através da opinião dos alunos sobre o evento.

Este ano, no final do evento, realizou-se uma reunião de discussão aberta com os alunos de doutoramento, para serem ouvidos sobre diversas questões do seu interesse como alunos de doutoramento. Em particular, os alunos presentes (cerca de 20 alunos) foram questionados sobre a forma como decorreu o evento, a sua relevância, e formas de promover a sua melhoria e aumentar o seu impacto. Estas sugestões serão consideradas na próxima edição dos PhD Open Days.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O percurso dos alunos de doutoramento é naturalmente mais isolado e confinados ao ambiente de investigação onde desenvolvem a sua tese. Assim este evento assume várias características fundamentais ao promover um contacto informal entre os estudantes e a partilha dos avanços mais recentes e resultados não só entre os colegas da mesma área, mas com estudantes de doutoramento dos mais de 33 cursos de doutoramento oferecidos pelo IST. O envolvimento dos orientadores dos estudantes de doutoramento cria também uma direcção adicional de interacções importantes. Por outro lado, promove nos alunos competências importantes para a sua carreira, através da sua participação activa (e.g. apresentação de poster ou pitch) quer seja na participação no evento nas suas diversas sessões. À escala nacional é o único evento deste género, agregando os alunos de todos os ramos de doutoramento em simultâneo.

A iniciativa é replicável para os estudantes de mestrado (por exemplo na fase próxima da apresentação da tese) e é um excelente laboratório para iniciativas mais ambiciosas que promovam, numa escala mais alargada, a formação transversal dos alunos de doutoramento assim como as interacções entre estudantes de diferentes áreas do conhecimento.

Integração horizontal entre uma UC da área da formação básica em computação e programação e a UC introdutória do MIEQ

quinta, julho 26th, 2018

Educação Superior ● 2018

Carlos Caleiro (docente DM); Fernando Lau (docente DEM)

Implementação da Boa Prática

Uma das dificuldades que são sentidas frequentemente nas UCs de formação geral nas áreas de Matemática, Computação e Programação advém da fraca motivação que os alunos sentem para o estudo destas matérias que, apesar da enorme importância para os seus cursos, são percecionadas como laterais aos seus interesses.

Esta proposta de Boas Práticas refere-se à colaboração entre os docentes da disciplina de “Computação e Programação” e os docentes de Engenharia Química, Biotecnologia e Sociedade lecionada ao 1º ano de Engenharia Química, com o intuito de elaborar um projeto de avaliação em “Computação e Programação” com conteúdo relevante para as áreas de interesse daquele curso e que, também, possa vir a ser um instrumento útil na investigação daquelas áreas.

Após algumas reuniões preparatórias foi definido que a ação seria implementada recorrendo a um tema único que fosse abordado quer do ponto de vista computacional quer no seu contexto geral relacionado com a Engenharia Química, quer ao nível de processo quer ao nível da sustentabilidade e como desafio societal.

O tema do ano letivo de 2017/2018 foi a simulação do processo de despolimerização, que é relevante para a reciclagem terciária de resíduos plásticos, um tópico que tem atualmente uma enorme visibilidade. O tema foi desenvolvido em termos do conteúdo da UC de “Computação e Programação” como consta do enunciado (ver link). Uma descrição mais completa do processo de despolimerização e do seu contexto encontra-se no capítulo 6 do texto de apoio da disciplina de Engenharia Química, Biotecnologia e Sociedade (ver link), tendo sido abordado numa aula específica em que foi convidado um aluno de doutoramento a desenvolver o seu trabalho neste tema.

Resultados Alcançados

O principal resultado obtido foi a concretização de uma ação coordenada entre duas UCs de índole complementar e garantir que os alunos que iniciaram o seu curso no Mestrado Integrado em Engenharia Química tiveram uma perspectiva clara da importância que os tópicos abordados na UC de Computação e Programação têm para o curso de Engª Química.

Como referido anteriormente a forma de implementação consistiu na elaboração de um enunciado para o projecto de Computação e Programação. O projeto foi resolvido em grupo. Os grupos eram constituídos maioritariamente por 3 alunos e, em geral, resolveram corretamente o problema proposto (74%).

O tópico do mecanismo da quebra de ligações nas moléculas de plásticos durante a despolimerização foi também incluído numa questão do exame de EQBS tendo os alunos obtido uma classificação média de 75 %.

Consideramos a experiência muito positiva e a repetir. É também importante salientar que estão a ser dados passos no sentido de aplicar as técnicas computacionais usadas neste projeto à modelação destes processos (despolimerização e semelhantes) para efeitos de investigação científica, o que constitui uma oportunidade de colaboração entre departamentos diferentes no IST aproveitando sinergias entre áreas de conhecimento diferentes.

Avaliação e Monitorização

Não houve um processo de avaliação formal desta atividade. No entanto, o objectivo da Prática, centrada na motivação para a aprendizagem, resultou numa eficiência na compreensão, por parte dos alunos, da importância que os conhecimentos adquiridos na UC de Computação e Programação apresentam para o curso por eles escolhido.

No ano 2017/2018 esta acção foi considerada como uma acção piloto cujo resultado qualitativo foi realmente positivo de acordo com a percepção dos docentes das 2 UCs e será continuada nos próximos anos, podendo vir a ser implementadas formas de avaliação e monitorização.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta experiência pedagógica teve como intuito melhorar a coordenação entre UCs de áreas distintas e facultar aos alunos uma perspetiva diferente das cadeiras de computação e programação, demonstrando a sua aplicação prática em tópicos que têm relevância para a área de formação em que ingressaram.

A principal inovação foi a coordenação não só ao nível da definição do problema mas também a coordenação que foi conseguida em termos de material de apoio que foi disponibilizado, quer através do enunciado do problema para a UC de “Programação e Computação”, quer do material disponibilizado para apoio na UC de “Engenharia Química, Biotecnologia e Sociedade”, em cujo material de apoio foi incluído um capítulo específico sobre a química do processo, a sua relevância enquanto método de reciclagem de resíduos plásticos e, finalmente, sobre os fundamentos mecanísticos que serviram de base à definição do problema para a UC de “Programação e Computação”.

Esta ação pode servir de modelo para colaborações semelhantes entre outras UCs no IST quer de áreas semelhantes quer, como neste caso, de áreas complementares, sendo facilmente transferível para outras situações.

Relatório semestral de avaliação do desempenho escolar dos alunos da LEIC

quinta, julho 26th, 2018

Educação Superior ● 2018

Nuno Mamede (docente DEI)

Implementação da Boa Prática

Os relatórios têm cinco fontes de informação:

  • as reuniões de avaliação do funcionamento do semestre com os regentes das UC que decorreram no dia 16 de Fevereiro de 2017 (uma reunião por ano lectivo);
  • os relatórios enviados pelos responsáveis das UC;
  • os relatórios enviados pelos delegados sobre cada UC;
  • a opinião coligida pelos delegados, ao longo do semestre, sobre o tempo despendido pelos estudantes na resolução de cada projeto;
  • os dados disponibilizados pelo sistema Fenix sobre o desempenho em cada uma das UC discriminados por licenciatura (tab “Departamento” > opção “Disciplinas”);
  • as pautas oficiais das UC.”

Resultados Alcançados

Os docentes passaram a ter uma melhor perceção da realidade e ater noção de que as suas decisões têm um verdadeiro impacto no aproveitamento dos estudantes.

Avaliação e Monitorização

Todos os relatórios têm vindo a melhorar o nível de análise. Presentemente, existe um projeto de automatização da informação necessária À elaboração do relatório.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Numa 2ª etapa está prevista a sua integração no Fenix para que todos os Coordenadores tenham acesso atempado à evolução dei desempenho gestacional no grau que coordenam.

E-Book – Património Cultural: conceitos e critérios fundamentais

quinta, julho 26th, 2018

Educação Superior ● 2018

Helena Barranha (docente DECivil)

Implementação da Boa Prática

O e-book Património Cultural: conceitos e critérios fundamentais foi produzido e publicado no âmbito de Teoria da Conservação e do Restauro, unidade curricular Mestrado Integrado em Arquitectura do Instituto Superior Técnico (DECivil, Área Científica de Arquitectura), e resultou da pesquisa e da prática pedagógica desenvolvida pela docente, tanto no contexto específico desta disciplina, como em trabalhos de investigação relacionados com património arquitectónico.

Esta obra, em formato digital, é uma co-edição da IST Press e do ICOMOS-Portugal e reúne um conjunto de definições essenciais para qualquer abordagem teórica ou prática ao património cultural, dando particular atenção ao património arquitectónico. Neste sentido, o e-book procura articular e sistematizar conceitos e critérios fundamentais, tal como estes se encontram formulados em diferentes cartas e convenções, cruzando essas transcrições com a legislação portuguesa e outros documentos de referência, a nível nacional e internacional.

A preparação do e-book iniciou-se no final do lectivo de 2014-2015 e foi concluída em Novembro de 2016, tendo envolvido a colaboração de vários docentes do Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos do IST, bem como especialistas externos. Motivados pela utilidade desta iniciativa, os especialistas contribuíram de forma generosa e não remunerada para o projecto, o que permitiu que os objectivos fossem alcançados dentro do pequeno orçamento disponível, no quadro do Mestrado Integrado em Arquitectura. Convém sublinhar que esta publicação beneficiou da cooperação institucional entre o IST e o comité português do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites). Importa ainda salientar a colaboração de uma ex-bolseira e de uma ex-aluna de Arquitectura do IST nas componentes de documentação e design gráfico.

Resultados Alcançados

Os principais objectivos desta publicação eram organizar conteúdos essenciais para o programa da UC de Teoria de Conservação e do Restauro e, simultaneamente, dar resposta a uma dificuldade sentida por muitos alunos, docentes e profissionais que se dedicam ao património cultural – a dispersão da terminologia técnica por inúmeras fontes impressas e online – sistematizando conceitos determinantes neste campo.

Nas semanas e meses após o lançamento do e-book, foram feitos vários contactos, por e-mail, com instituições académicas e organizações profissionais, no sentido de divulgar a edição. O feedback recebido por esta via foi sempre muito positivo, tendo vários professores de universidades portuguesas e estrangeiras afirmado que iriam incluir o e-book na bibliografia de referência das disciplinas que leccionam. Paralelamente a estes resultados externos, também os alunos de Teoria da Conservação e do Restauro têm reconhecido que a publicação facilita a pesquisa, compreensão e referenciação de conceitos-chave no domínio do património construído.

Desde a data de lançamento do e-book, tem sido monitorizada a respectiva disseminação, a nível internacional e internacional, tanto através das estatísticas referentes ao link da IST Press (obtidas via Google Analytics), como através do número de visualizações e downloads registados nas redes sociais científicas onde a publicação foi disponibilizada. À data actual (15 de Março), o número total de visualizações ou downloads era o seguinte:

  • Cerca de 1.000 visualizações através do site da IST Press, distribuídas sobretudo por Portugal (570) e Brasil (212), mas incluindo também outros países como Espanha, França, Itália, Holanda, Angola, Moçambique e Estados Unidos.
  • Cerca de 250 visualizações através da rede social científica edu, com prevalência de leitores portugueses, mas incluindo também visualizações a partir de vários outros países como Brasil ou Estados Unidos.

Embora estes totais não contabilizem todos os leitores (visto que é impossível impedir que muitos utilizadores partilhem directamente o PDF da publicação sem recurso aos links indicado), é inequívoco que o e-book teve um alcance considerável, tanto em Portugal como no estrangeiro, destacando-se em particular a sua disseminação no Brasil. Face aos dados reunidos, pode concluir-se que este projecto editorial contribuiu para divulgar as práticas pedagógicas desenvolvidas no Instituto Superior Técnico e promoveu a respectiva internacionalização.

Avaliação e Monitorização

Conforme referido no ponto anterior (Resultados Alcançados), os contactos estabelecidos via e-mail com outras universidades e organizações profissionais ligadas ao património cultural têm permitido monitorizar a recepção do e-book junto de diferentes públicos.

Ao mesmo tempo, a utilização do e-book como referência bibliográfica essencial, no contexto da unidade curricular de Teoria da Conservação e do Restauro (TCR), possibilita ter uma percepção mais exacta da sua relevância para os estudantes do Mestrado Integrado em Arquitectura. Decorrendo actualmente, o segundo ano lectivo de utilização do e-book, o balanço é muito positivo, do ponto de vista da interacção com os estudantes dentro e fora da aula. Com feito, verifica-se que os alunos têm hoje uma clara preferência para recursos bibliográficos digitais (em detrimento da consulta de materiais impressos), o que tem facilitado a sua adesão a esta proposta editorial. Um sinal do impacto positivo desta prática é a avaliação do desempenho da docente, tendo-se obtido a classificação de Excelente, no primeiro ano de utilização do e-book no âmbito de TCR (2016-2017).

Em termos de desenvolvimentos futuros e propostas de melhoria, e tendo em conta o elevado número de estudantes estrangeiros que frequentam a disciplina, pensa-se que seria oportuno editar uma versão inglesa desta publicação. No entanto, esta iniciativa dependerá da disponibilidade orçamental para as despesas associadas a tradução e repaginação.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Uma vez que este foi o primeiro e-book em acesso aberto e gratuito publicado pela IST Press, considera-se que pode constituir um exemplo inovador de transferência de conhecimento, do contexto restrito de uma unidade curricular para um público mais alargado. Configurando um modelo de publicação alternativo aos tradicionais manuais académicos, este e-book pode ser utilizado tanto por alunos e docentes universitários como por profissionais que trabalham em conservação e reabilitação patrimonial, ou mesmo por pessoas sem formação específica nestas áreas mas que tenham interesse pela temática do património cultural.

Em sintonia com as recomendações da União Europeia para um incremento da divulgação da produção técnica e científica em formato digital e em acesso aberto, esta publicação procura ultrapassar as fronteiras geográficas, para chegar também públicos de outros países de expressão portuguesa, bastando para isso disporem de um simples telemóvel com ligação à Internet.

Também do ponto de vista formal e editorial este e-book pode inspirar futuras publicações, dentro e fora da Universidade de Lisboa. Assumindo que o formato de livro electrónico deve dar resposta a novos protocolos de leitura, marcados pela procura de sínteses breves que permitam ao leitor perceber rapidamente o teor dos conteúdos, optou-se por inserir um parágrafo introdutório na folha de rosto de cada capítulo. Adicionalmente, introduziram-se hiperligações, com o intuito de facilitar a navegação entre conceitos relacionados; na lista final de referências bibliográficas, este sistema possibilita também o acesso directo e online à maioria das fontes consultadas. Em suma, as referidas soluções gráficas e a forma como os conteúdos foram hierarquizados visam adequar-se a novas práticas de pesquisa, leitura e estudo em suportes digitais, facilitando também a partilha da informação nas redes sociais e científicas.

Programa de Acompanhamento dos Novos Docentes e Investigadores do IST (Shaping the Future)

quarta, julho 26th, 2017

Capital Humano ● 2017

Isabel Cristina Gonçalves (NDA) 

Implementação da Boa Prática

O programa PAX – IST Shaping the Future foi desenvolvido pelo Conselho Científico do IST com o objetivo de promover a adaptação dos professores auxiliares e investigadores em início de carreira à cultura do IST, bem como de os apoiar na construção da sua identidade profissional e na construção de um plano de desenvolvimento. Pretende-se possibilitar aos professores a liderança de equipas e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino – aprendizagem produtivos.

Este programa envolve as seguintes vertentes: formação fundamental , formação complementar (selecionada de entre a fornecida pelo Núcleo de Desenvolvimento Académico aos docentes do IST), observação de aulas e um programa de mentoring pela parte de docentes sénior do IST (validados pelos Presidentes de Departamento).

A primeira edição da formação fundamental realizou-se a 9, 10, 11 setembro 2015, no Centro de Caparide do Ministério da Educação, com o seguinte programa:

DIA 1 – COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPAS

  • Inteligência emocional: uma introdução
  • Saber dar feedback e comunicar assertivamente
  • Empatia e motivação de equipas
  • Liderança académica

DIA 2 – GESTÃO DE CARREIRA E COMPETÊNCIAS CIENTIFICAS

  • Gestão de tempo e de projetos
  • Financiamento competitivo
  • Ética na ciência
  • Desenvolvimento de carreira

DIA 3 – COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS

  • Inteligência emocional em sala de aula
  • Auto – regulação e aprendizagem
  • Envolver os alunos: alinhamento construtivo
  • Avaliar aprendizagens e educar para o empreendedorismo

A segunda edição realizou-se também em Caparide, nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2016 e a terceira edição realizar-se-á, previsivelmente nos dias 6, 7 e 8 de setembro de 2017. Todo o programa de formação complementar, observação de aulas e programa de mentoring têm sido executados de acordo com o previsto no Fluxograma criado para a monitorização e acompanhamento deste Programa. Vídeo com a mensagem de Boas Vindas do Presidente do IST aos mentores participantes na primeira edição.

Resultados Alcançados

Não é possível descrever ainda os resultados obtidos em relação aos objetivos globais previstos, estando embora já disponíveis os dados da avaliação da 1ª edição da formação fundamental,   bem   como   da   2ª edição da mesma. A 1ª edição da Formação dos Mentores esteve a cargo de uma empresa externa -Sofia Calheiros e Associados, e realizou-se a 12 de setembro de 2015, em Caparide e foi avaliada (satisfação global) pelos 14 participantes como muito boa, atingindo um valor de 91,5%. Os aspectos mais positivos considerados foram os seguintes: Relacionamento com colegas que não conhecia; Atividade  prática; Conhecimentos  de  ciências  sociais/métodos; Dinâmica  da  formação, clareza e pureza da formação; Conhecer o GROW; Partilha entre mentores; Conhecer colegas mentores;  Autoavaliação; Dia  escolhido,  local,  organização,  temática,  colegas  presentes  e formadores.

Os  aspectos  a  melhorar  incluíam: Mais  próximo,  com  melhores  transportes, marcado durante asemana com 6 meses de antecedência; Conhecer de antemão os objetivos traçados para os mentees; Aumentar a duração da ação; Aumentar a duração da ação, para mais   um   dia.   Existem   também   dados   relativos   às   primeiras   observações   de   aulas.

Avaliação e Monitorização

O Programa “Shaping the Future“, que entra agora na sua terceira edição, não dispõe ainda de uma  avaliação  de  impacto  nas  dimensões  inicialmente  identificadas  (liderança  de  equipas  e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino –aprendizagem produtivos), nem os dados estariam facilmente acessíveis ao fim de um período de tempo tão breve. Os dados de avaliação relativos às 1ª e 2ª edições da Formação Fundamental, bem como os dados relativos às Observações de Aulas e Formação de Mentores  são,  contudo,  muito  positivos,  e  corroboram  a  informação  qualitativa  recolhida  junto dos  participantes  (através  do coaching por  parte  da  equipa  do  Núcleo  de  Desenvolvimento Académico e de encontros entre os novos docentes e investigadores com elementos dos órgãos de gestão do IST, incluindo o Presidente, Prof. Arlindo Oliveira  e os Presidentes do Conselho Científico (CC) e Pedagógico (CP). A monitorização das atividades do Programa conduziu, ao longo destes três primeiros anos, à introdução de algumas melhorias ao nível dos procedimentos, nomeadamente:

  • Construção e   produção   de   fluxogramas   e mapas   de   procedimentos específicos,  a disponibilizar  aos  docentes  envolvidos  no Programa  e  aos  Presidentes  de Departamento, que facilitem a execução prática de todos os aspetos considerados na legislação interna relativa   a   este   Programa;
  • Identificação mais  sistemática  e  atempada dos  novos  docentes  e  investigadores  do  IST, que reúnem para uma sessão de boas vindas em março de cada ano, sendo o Programa apresentado nessa altura em todas as dimensões relevantes (incluindo a formação fundamental obrigatória de setembro);
  • Desenvolvimento e Publicação de uma Página do Programa, com acessos para a comunidade  IST  e  acessos  específicos  para  os  participantes  em  cada  uma  das  edições  da formação  fundamental,  onde  se  disponibilizam também  os  materiais  de  apoio;
  • Identificação atempada dos mentores, que são também os Presidentes das Comissões de Acompanhamento dos PAX  (Professores Auxiliares  em  Período  Experimental),  por sugestão  do  CC  e  do  CP; -Sinalização, para  os  Presidentes  de Departamento,  dos timmings e  procedimentos  relativos  a este Programa, nomeadamente a constituição da Comissão de Acompanhamento, as datas de entrega  dos  Relatórios  Intercalares  e  o tipo  de  feedback  a  dar  aos  PAX; Agilização  dos procedimentos  internos  para atribuição  dos startup funds e  concretização dos  períodos  de sabática fora do país previstos nos regulamentos internos.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa PAX IST Shaping the Future é enquadrado pelos seguintes documentos: Programa de  Acompanhamento  dos  Professores  e  Investigadores  Auxiliares  em  Período  Experimental, pelo Programa de Formação Adicional dos Professores e Investigadores Auxiliares em Período Experimental do Instituto Superior Técnico, pelo programa de startup funds e pelo Regulamento Relativo  ao  Regime  de   Vinculação   e   Avaliação   da   Atividade  Desenvolvida  no   Período Experimental  pelos  Professores  do  Instituto  Superior  Técnico  (documentos  publicados  e  que descrevem o Programa aprovado pelos órgãos de gestão da escola). Este programa inspira-se nas boas práticas de Escolas de referência para o IST, nomeadamente Standford e o MIT.

É um Programa inovador no Espaço de Ensino Superior Português e passível de ser replicado, tendo gerado  interesse  junto  de  outras  Escolas  da  Universidade  de  Lisboa  e  outras  Universidades

portuguesas.  Existem,  contudo,  alguns  constrangimentos  à transferibilidade deste  Programa para outras Instituições de Ensino Superior (IES): o envolvimento dos órgãos de gestão das IES é  fundamental,  bem  como  a  existência  de  uma  cultura  académica  que  sustente  este  tipo  de práticas; a existência de recursos financeiros e humanos que permitam operacionalizar as várias dimensões deste Programa é também crucial para o seu bom funcionamento.

ATHENS Programme – Atividades Culturais

quarta, julho 26th, 2017

Internacionalização ● 2017

Duarte Donas Bôto (NAPE)

Implementação da Boa Prática

O programa ATHENS (Advanced Technology Higher Education Network) é um curso de mobilidade com a duração de uma semana, ocorrendo duas vezes por ano (março e novembro). Este programa foi criado em 1996 e nele colaboram 16 universidades europeias.

O objetivo deste programa pretende reforçar a aprendizagem na área abrangida por cada curso disponível nas faculdades parceiras, mas também proporcionar aos participantes a descoberta cultural da cidade e do país. É neste sentido que o NAPE atua, sendo responsável pela organização de atividades de cariz cultural ao longo de toda a semana. Paralelamente, todos os procedimentos académicos dos alunos/cursos são geridos pelo NMCI – Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional.

Ações: O programa cultural começa sábado com a receção oficial do Técnico e do NAPE, com a presença de Guias do NAPE e do Vice-Presidente para os Assuntos Internacionais. Este primeiro dia é dedicado a descobrir Lisboa: zona de Belém (Mosteiro dos Jerónimos e Padrão dos Descobrimentos) e zona histórica de Lisboa (Sé de Lisboa, Castelo de São Jorge e Terreiro do Paço); ao longo do dia, os participantes têm ainda a oportunidade de provar pastéis de Belém. À noite, temos um jantar de comida tradicional portuguesa. No domingo, visitamos o Cristo Rei, a vila de Sintra (Castelo dos Mouros, centro da vila) e o litoral português (Cabo da Roca, Cascais) e damos a provar os tradicionais travesseiros e as queijadas de Sintra. Durante o resto da semana, no final de cada dia de atividades letivas, o programa é ainda composto por vários eventos de socialização: “Rally Técnico”, International Barbecue, visitas guiadas ao terraço das torres do campus Alameda e ainda um Farewell Dinner.

Recursos:

  • Humanos: no planeamento e organização da atividade estão envolvidos 6 Guias do NAPE, bem como a equipa de coordenação do gabinete.
  • Logísticos: para a realização das atividades, são alugados autocarros durante o fim de semana.

Calendarização: O planeamento das atividades inicia-se 2 meses antes de cada sessão, que se realiza no 2º fim de semana de março/novembro.

Resultados Alcançados

Os objetivos do programa ATHENS definem-se como:

  1. aprendizagem de uma área abordada nos cursos disponíveis;
  2. visita e conhecimento da cidade por parte dos participantes, através de atividades culturais;
  3. Divulgação do Técnico Lisboa.

Método: De forma a avaliar o sucesso deste programa, são realizados questionários de satisfação aos participantes, após conclusão do curso. Este questionário inclui também questões sobre as atividades letivas, que não referiremos nesta secção.

A parte do questionário relativa às atividades culturais tem por base várias áreas: motivação e preparação; organização do curso; responsabilidade e competência do professor; condições gerais; atividades culturais; avaliação global. Todas as perguntas de avaliação são avaliadas numa escola de 1 a 5 (sendo 5 a nota máxima).

Resultados (última sessão – março 2017): Dos 73 participantes nesta edição, obtivemos 80% de respostas (59 pessoas); o prazo de resposta foi de 7 dias. Relativamente à secção das atividades culturais pode ser destacado o facto de todas as questões terem tido uma avaliação média acima de 4,6 (escala de 1 a 5).

[Breve resumo] O índice de satisfação com a comunicação entre os Guias do NAPE e os participantes obteve uma pontuação média de 4,81, enquanto que o desempenho global do NAPE durante todo o fim de semana cultural obteve uma pontuação média de 4,79. Mais especificamente, o Farewell Dinner obteve uma classificação média de 4,64 e, ainda, a apresentação do NAPE sobre o Técnico obteve uma pontuação de 4,66 nos parâmetros de organização e clareza. De um ponto de vista geral de todo o fim de semana cultural, foi obtida uma classificação média de 4,74.

Na verdade, quando questionados acerca do que tinham mais apreciado durante toda a semana do curso em Lisboa, a maioria dos alunos respondeu as atividades culturais e sociais organizadas.

Tendo em conta que a principal responsabilidade do NAPE neste programa é proporcionar aos alunos uma experiência de cariz cultural o mais completa possível, podemos afirmar que os objetivos propostos foram cumpridos com sucesso e os participantes recomendam este programa.

Avaliação e Monitorização

De modo a avaliar o sucesso do programa ATHENS, são utilizados dois principais processos de avaliação, um interno e outro externo.

O processo interno de avaliação consiste na elaboração de um relatório interno, com base nas reuniões de equipa após a realização de todo o programa cultural. São analisadas todas as atividades organizadas (fim de semana, Rally Técnico, International Barbecue, visitas guiadas às torres e Farewell Dinner) e feita uma avaliação dos pontos positivos e negativos de cada uma. Por fim, é ainda realizada uma reunião geral com todos os colaboradores (Guias) do NAPE, com vista à transmissão de informação e conhecimentos a toda a equipa, que são então condensados num relatório de atividade.

O processo externo de avaliação consiste num inquérito de satisfação criado pelo NAPE em colaboração com a AEP – Área de Estudos e Planeamento, que é responsável pelo envio do mesmo a todos os participantes do programa e ainda o respetivo tratamento das respostas. É elaborado um relatório com base nas respostas, que é enviado ao NAPE e ao NMCI para futuros aperfeiçoamentos.

Graças a estes dois processos de avaliação, tem sido possível melhorar a organização do programa ATHENS a cada edição, uma vez que deste modo os pontos a melhorar são identificados e prontamente introduzidos na edição seguinte.

Como propostas de melhorias, no ano passado foi sugerido serem realizadas mais atividades durante a semana para promover uma melhor integração dos participantes. Como tal, nesta última edição, foi organizado o International Barbecue, para o qual foram convidados, não só os participantes do programa ATHENS, mas também os alunos de mobilidade que se encontram a estudar no Técnico.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A combinação de práticas de cariz sociocultural como as que desenvolvemos no âmbito deste programa, juntamente com outras iniciativas já realizadas por diversos organismos internos no Técnico, visam promover uma melhor e mais bem organizada receção de alunos, docentes e outras pessoas na nossa faculdade.

Com base na nossa experiência, ao longo dos últimos 25 anos, a inclusão de atividades de natureza sociocultural no âmbito da realização de atividades académicas é um fator preponderante na integração dos alunos, docentes e não docentes estrangeiros na comunidade académica do Técnico e também na comunidade portuguesa.

Esta atividade pode ser facilmente replicada por diversas entidades internas do Técnico que promovam atividades de intercâmbio para diferentes públicos-alvo, tanto ao abrigo de um programa de estudos (curso Athens, curso de verão, programa de intercâmbio, entre outros) como também no âmbito de atividades científica e tecnológica (conferência, reunião, entre outros).

Workshops (de arquitetura) de intercâmbio internacional

quarta, julho 26th, 2017

Internacionalização ● 2017

Francisco Teixeira Bastos, Daniela Arnaut,  Teresa Heitor (docentes DECivil)

Implementação da Boa Prática

Programa de duas workshops temáticas específicas intensivas na área da arquitectura, que envolvem o IST e outra universidade europeia. Cada uma a ser desenvolvida numa das universidades, na qual os estudantes da outra universidade são integrados. Duracao de cada evento: 1 semana. Calendarizacao: 2 semanas intercalaras no 2 semestre. Envolve os professores de projecto e os alunos de um ou mais anos. No caso do Workshop a desenvolver no IST, Integra-se na actividade do “projecto relâmpago” que tem lugar na 1a semana do 2semestre. Projecto desenvolvido: abordagem de uma situação/problema lançado através de um método que consiste em 4 etapas: conceptualizacao, estratégia, projecto e comunicação. O trabalho é desenvolvido em grupo com elementos das duas universidades. Lançado com apresentações teóricas e temáticas. Termina com apresentação perante júri, dos resultados.

Resultados Alcançados

“Existem dois tipos de resultados nesta acção:

Os relativos ao proprio projecto propriamente dito, que consistem normalmente na capacidade de cada grupo ter formulado um conceito de abordagem, definido uma estratégia e elaborado um porojecto de resposta concreta ao problema. Para alemdisso, ter tido a capacidade de a comunicar graficamente e apresentar oralmente.

Os relativos à experiência pedagógica, sendo considerados os mais interessantes. Em primeiro lugar, entender e respeitar o “”outro”” enquanto elemento igual e colaborante para uma acção, percebendo o que as diferenças culturais influenciam a percepção da realidade e o imaginário para a procura das soluções. Seguidamente, a capacidade de organizar uma equipa baseada na capacidade individual e na complementaridade das acções. Finalmente, a aprendizagem de uma boa gestão do tempo para uma resposta atempada e competente.”

Avaliação e Monitorização

Ambas as experiências são monitoradas e avaliadas pelos professores envolvidos. A experiência de Lisboa é posteriormente objecto de exposição e de produção de um filme de divulgação. Do workshop de Londres 2016 foi elaborado um livro digital, em conjunto com alunos de sistematização de resultados e divulgação. Ambos os conteúdos são passíveis de serem disponibilizadas para análise. Eventualidade de criar futuramente uma pagina web de divulgação.

Carácter Inovador e Transferibilidade

“A inovação da pratica consiste em cruzar duas comunidades de estudantes em estágios de formação idênticos no Mestrado Integrado com culturas de origem e académicas distintas promovendo a intercomunicação e a troca de experiências em regime intenso de trabalho. A observação dos alunos que passaram por esta experiência foi de um salto de maturidade e abertura ao conhecimento evidentes pelo facto de a terem tido. Igualmente é sentida uma maior segurança na prossecução dos seus objectivos nos anos seguintes.

Apesar de ser efectuada na área de arquitectura, este experiência pedagógica é replicáveis a todas as áreas que envolvem desenvolvimento de conhecimento pela pratica.”

LEIC Bootcamp

quarta, julho 26th, 2017

Educação Superior ● 2017

José Tribolet (Presidente do DEI); Gonçalo Moura (NDA)

Implementação da Boa Prática

A LEIC Bootcamp é uma atividade que nasceu por iniciativa do corpo docente da nova UC de IEI – Introdução à Engenharia Informática da LEIC-A e da LEIC-T cujo responsável é o Prof- José Tribolet, e que foi acolhida positivamente pelos órgãos de gestão do DEI, num quadro estratégico ambicioso de melhoria do sucesso pedagógico dos alunos que se inscrevem pela1ª vez no 1º ano das LEICs e que conta com várias intervenções entre as quais a que aqui se candidata.

Esta iniciativa foi concebida, concretizada e monitorada em parceira intima com o Núcleo de Desenvolvimento Académico – GATu e que tem contado com a colaboração empenhada e competente da Coordenação do Secretariado do DEI.

O Programa foi criado com o objetivo de facilitar a integração dos novos estudantes da Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores (LEIC), na comunidade académica estudantil, quer dos seus colegas caloiros, quer dos estudantes monitores, que participam na atividade e que acompanham os novos estudantes com grande generosidade e competência.

Após análise ponderada da proposta de realização do LEIC Bootcamp por parte dos órgãos centrais do IST, nomeadamente o CG; a iniciativa pode contar com o apoio e o empenho pessoal do Presidente do IST; Prof. Arlindo Oliveira, no estabelecimento do diálogo interinstitucional e das condições formais e operacionais exigíveis a que esta atividade passasse a integrar o portfólio oficial das atividades académicas dos estudantes da LEIC.

Esta prática foi implementada pela primeira vez no início do ano letivo 2015/2016 e divulgada a todos os estudantes da LEIC inscritos pela 1ª vez no 1º ano do curso. Inicialmente foi estabelecido um acordo entre o IST / Departamento de Engenharia Informática e a Academia da Força Aérea (AFA). No âmbito deste acordo, a AFA comprometeu-se a apresentar uma proposta de atividades para os estudantes desenvolverem durante um fim de semana, que possibilitassem a promoção do desenvolvimento das suas capacidades de liderança, gestão do stress e relacionamento interpessoal.

Os primeiros preparativos para esta atividade ocorrem a meio do segundo semestre. No mês de maio é enviado um formulário Google a todos os estudantes da LEIC que estão a terminar o 1º ano, convidando-os a serem monitores no LEIC Bootcamp do próximo ano letivo. Durante os meses de maio e junho é feito o alinhamento das atividades com a AFA, de modo a conseguir-se escolher um fim de semana para se realizar o acolhimento no Bootcamp. Junho é também o mês em que se começa a solicitar a atualização do material de divulgação da atividade ao NME (Núcleo de Multimédia e e-Learning), assim como o Kit Bootcamp. O Kit Bootcamp é constituído por um saco para cada monitor, com um conjunto de T-shirts para distribuir pelos alunos da sua equipa, os certificados de participação na atividade, as fitas do IST com os respetivos identificadores para usar ao pescoço dentro das instalações da AFA, blocos e canetas. Todo o material é solicitado ao IST, com exceção das T-shirts que são personalizadas com o Nº da equipa e nome da atividade, sendo por isso adquiridas foram do IST com o financiamento do DEI (Departamento de Engenharia Informática).

Em setembro finalizam-se os preparativos da atividade, que são os seguintes:

  • Confirmar a renovação do seguro escolar, a tempo dos estudantes saírem para a atividade;
  • Aluguer dos transportes que irão levar os estudantes para as instalações da AFA;
  • Imprimir os flyers de divulgação da atividade, para que posteriormente possam ser distribuídos na semana das inscrições a todos os novos estudantes;
  • Confirmar a todos os estudantes inscritos, por email, as horas e respetivo ponto de encontro da partida no dia da atividade, assim como o material necessário e aconselhável levar;
  • Após o encerramento das inscrições da atividade, todos os inscritos são divididos aleatoriamente por equipas e atribuídos a cada monitor. Cada monitor tem a responsabilidade, após receber informação por email dos elementos da sua equipa com os respetivos contactos telefónicos, de garantir e controlar a presença de cada elemento na atividade.

A atividade implica sempre uma Sexta-feira, um Sábado e um Domingo, pelo que por norma o

planeamento da mesma se divide da seguinte forma:

(Sexta-feira):

16H00 _ Meeting point: Entrada do IST Alameda Alunos LEIC A + Monitores

16H30 _ Partida para o Taguspark

16H30 _ Meeting point Paragem do shuttle Taguspark Alunos LEIC T + Monitores

17H00 _ Partida para a Academia da Força Aérea Portuguesa (AFA)

18h00 – Chegada à AFA;

18h10 – Auditório Principal

  • Discurso de boas vindas pelo Comando da AFA.
  • Apresentação do briefing da Ação de Formação.
  • Conjunto de apresentações a cargo do IST

19h30 – Jantar:

  • no acampamento para os alunos do 1º ano da LEIC;
  • na messe de Oficiais da AFA para militares e pessoal de enquadramento do IST.

20h30 – Distribuição material e instalação no acampamento.

(Sábado):

06h45 – Alvorada com requinta;

07h15 – Pequeno-almoço

  • no acampamento para os alunos do 1º ano da LEIC;
  • na messe de Oficiais da AFA para militares e pessoal de enquadramento do IST.

08h00 – Concentração no Acampamento;

  • Início da 1.ª sessão de exercícios.

12h00 – Almoço

  • no acampamento para os alunos do 1º ano da LEIC;
  • na messe de Oficiais da AFA para militares e pessoal de enquadramento do IST.

14h00 – Concentração no Acampamento;

  • Início da 2.ª sessão de exercícios.

18h00 – Jantar

  • no acampamento para os alunos do 1º ano da LEIC;
  • na messe de Oficiais da AFA para militares e pessoal de enquadramento do IST.

20h00 – Concentração no Acampamento;

  • Início da 3.ª sessão de exercícios.

24h00 – Descanso

(Domingo):

06h45 – Alvorada com requinta;

07h15 – Pequeno-almoço

  • no acampamento para os alunos do 1º ano da LEIC;
  • na messe de Oficiais da AFA para militares e pessoal de enquadramento do IST.

08h00 – Concentração no Acampamento;

  • Início da 4.ª sessão de exercícios.

12h00 – Fim dos exercícios.

12h10 – Fotografia de grupo em frente ao avião T38.

12h15 – Conclusão da Ação de Formação

Resultados Alcançados

Até ao momento foram já realizadas duas edições do LEIC Bootcamp, sempre em parceria com a Academia da Força Aérea (AFA) e com participação voluntária por parte dos estudantes. Em média, em cada uma das duas edições já realizadas participaram cerca de 25% dos novos ingressos na LEIC, isto é, cerca 70 estudantes, A avaliação desta atividade é feita online, através de um questionário, tendo-se obtido em média uma taxa de resposta de 71.45% (1º edição n=64; 2ª edição n=37). Em média 81.19% dos respondentes são do género masculino (n=82) e 18.81% do género feminino (n=19). A média de idades predominante dos participantes situa-se entre os 18-20 anos (94.06%), o que se revela compreensível dado que esta é uma atividade cujo publico alvo são os estudantes de 1º ano, 1ª inscrição no IST, na LEIC.

A atividade apresenta uma média de taxa de satisfação global de 8.54, sendo esta avaliada numa escala de 1 a 10, em que 1 se refere a Nada Satisfeito e 10 a Muito Satisfeito.

Em relação a aspetos a melhorar os estudantes referiram que em próximas edições é fundamental tornar mais clara a lista do material a levar para a atividade, para não existirem alunos com falta de itens importantes. Outro aspeto a melhorar foi a composição das equipas, dado que há estudantes que referem querer trabalhar com colegas do seu campus de estudo, outros preferem equipas mais heterogéneas quanto ao campus que frequentam. É indicada também a necessidade de mais momentos de convívio entre todos os estudantes participantes na LEIC Bootcamp.

Relativamente à atividade em si, os quatro blocos de atividades têm vindo a ser avaliadas positivamente pelos respondentes. Os quatro blocos de atividades foram avaliados numa de 1 a 10, em que 1 se refere a Nada Satisfeito e 10 a Muito Satisfeito. Em média as atividades de orientação foram avaliadas em 8.29, sendo que alguns estudantes referiram que estas atividades deveriam ser mais desafiantes; as atividades de transposição de obstáculos foram avaliadas, em média, em 8.71; as atividades de treino de formação militar obtiveram, em média, uma classificação de 8.61, sendo que alguns alunos referiam estar à espera de atividades mais exigentes do ponto de vista físico, assim como as atividades de airsoft e paintball foram descritas como sendo muito apelativas mas pouco duradouras; as atividades de liderança obtiveram, em média, uma avaliação de 7.99, sendo que alguns estudantes referiram que esta atividade deveriam possibilitar a partilha entre equipas e deveria ser mais desafiante.

No que respeita ao ambiente militar, as avaliações apontam para o facto dos respondentes terem percecionado positivamente a interação com os monitores e instrutores da AFA, sendo que a única sugestão a ter em conta neste domínio é o facto de alguns respondentes terem referido que gostariam de ter experienciado um clima mais rígido e exigente durante a realização das provas.

Avaliação e Monitorização

A atividade é avaliada através de um questionário online, enviado a todos os estudantes participantes (alunos de primeiro ano e monitores). Este questionário está dividido em três partes:

identificação do estudante (género, idade e campus a que pertence), Satisfação global e uma última parte de opiniões e sugestões. Os principais tópicos tidos em conta para recolher os níveis de satisfação global dos estudantes prendem-se com a satisfação para com as atividades realizadas, para como a relação e interação com os elementos da AFA, assim como também é questionado aos estudantes a adequação do grau de exigência física e intelectual das atividades previamente preparadas pela AFA. Este questionário permite-nos identificar quais as atividades que mais satisfazem os estudantes, assim como tentar adaptar as suas sugestões de melhoria quer ao nível da organização do evento, quer ao nível do seu grau de adequação relativamente às condições físicas necessárias para desenvolver algumas das atividades.

O questionário online permite-nos monitorizar a satisfação dos estudantes, assim como o que corre bem e o que pode ser melhorado após a realização do evento. No entanto, por segurança e precaução, são destacados dois técnicos do Núcleo de Desenvolvimento Académico para acompanhar as atividades, presencialmente, no decorrer do fim de semana. Os técnicos podem monitorizar os níveis de cansaço dos estudantes, o nível de adequação das atividades propostas, promover a interação entre equipas, apoiar no caso de existir algum imprevisto com algum dos participantes, assim como estabelecer um ele de ligação entre a atividade e a escola no caso de algum estudante necessitar de algo.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A avaliação globalmente positiva desta atividade inovadora no âmbito da receção aos novos alunos no IST, encoraja a continuidade da mesma em anos letivos futuros, agora com algum saber acumulado que permite, no futuro, níveis ainda mais elevados de satisfação dos participantes.

Os bons resultados obtidos, atendendo aos níveis de satisfação global revelados pelos estudantes é possível verificar que esta poderia ser uma prática bem acolhida em outros cursos de grandes dimensões, onde o conhecimento dos elementos e o espírito de equipa entre os estudantes nem sempre é fácil de fomentar celeremente.

O facto dos estudantes estarem um período de tempo, fora do contexto académico, a desenvolverem atividades onde são colocados à prova, excedem a sua zona de conforto e se apoiam mutuamente para alcançar um objetivo final, são algumas das chaves que permitem despoletar o espírito de camaradagem e a construção de relações sólidas que possibilitaram aos estudantes criar redes de suporte, fundamentais para promover sentimentos de pertença face à instituição e ao curso, bem como possibilita uma integração bem sucedida ao ensino superior.

Estes são alguns excertos de comentários de estudantes participantes, que resumem na primeira pessoa o potencial desta iniciativa. Os comentários livres dos estudantes reportam esta situação:

“Foi tudo fantástico, foi sem duvida uma experiência única e que recomendo a todos os meus futuros colegas de primeiro ano de LEIC.”

“Os militares ajudaram-nos muito e o convívio com toda a comunidade de LEIC tanto do Taguspark como da Alameda.”

Este tipo de ação é replicável, ainda que possivelmente em moldes diferentes, em qualquer um dos cursos do Instituto Superior Técnico e de outras faculdades, sendo que o principal objetivo é promover o convívio e a interação entre os estudantes que, recém-chegados a um ambiente novo e pontualmente percecionado como hostil, são integrados muito mais rapidamente na faculdade, no curso e na equipa de outros estudantes do mesmo curso.

Realçamos que será importante escolher bem o período de realização da atividade, sendo que será crucial que ela ocorra o mais precocemente após a admissão dos estudantes no ensino superior, assim como o envolvimento e divulgação da iniciativa com o apoio de outros estudantes, uma vez que possibilita a credibilização e os benefícios da mesma junto dos novos estudantes.

Embora não se disponham de dados objetivos recolhidos via inquérito direto aos estudantes e docentes de IEI, no que se refere ao impacto percebido no âmbito da UC de IEI da LEIC, é consensual, no contexto das vivências tidas no decurso das interações nas aulas da disciplina, que a atitude dos alunos que participarem no LEIC Bootcamp revelam à partida atributos comportamentais quer individuais, quer coletivos muito positivos e diferenciadores dos que não participaram.

O corpo docente de IEI considera deverem ser aprofundados os meios para estimular a adesão de todos os novos alunos que ingressam no 1º ao da LEIC a participarem no LEIC Bootcamp, estando criadas as condições físicas em termos da parceria com a AFA para se poderem acolher em condições adequadas todos estes 300 alunos, nomeadamente realizando fisicamente o Bootcamp na Base Aérea de Ovar, totalmente equipada para estes fins.

Finalmente há que referir terem existido contactos com dirigentes associativos que perguntam porque é que esta atividade é restrita aos alunos do 1º ano da LEIC.

Na opinião dos originadores desta iniciativa e atentos os resultados positivos já alcançados, vê-se como do maior interesse a extensão desta prática a todos os alunos que ingressam no IST pela primeira vez no 1ºano de qualquer curso de 1º ciclo, inserindo esta vivência coletiva no programa oficial de acolhimento, e que teria toda a vantagem em ter uma duração um pouco superior à atual, no mínimo de 3 dias ao máximo de uma semana.

Este acolhimento institucional estruturado à vida académica universitária iria proporcionar o estabelecimento alargado de redes sociais físicas entre os novos estudantes, ajudá-los a quebrar intelectualmente com uma linha de continuidade na comodidade das relações da sua vida pré universitária, que é frequentemente fator negativo na sua adaptação aos rigores da sua nova vida académica no IST, e proporcionar também ambientes de conhecimento e convívio entre os seus futuros docentes do 1º ano e os tutores que os vão acompanhar personalizadamente nos 1ºanos da vida universitária.

Note-se que este tipo de iniciativa e de programa nada tem de inovador a nível mundial, sendo mesmo em muitas, mas melhores universidades do mundo um requisito obrigatório no processo de admissão. Não é o caso em Portugal, sendo que se desconhece porque razão este tipo de boas práticas tem sido totalmente ignorado ou contrariado e desprezado em toda a universidade portuguesa.