Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

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#MulheresNoTécnico: Campanhas nas Redes Sociais do ComunicaCiência

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

#MulheresNoTécnico: Campanhas nas Redes Sociais do ComunicaCiência

https://www.facebook.com/media/set/?vanity=tecnico.ulisboa.pt&set=a.10157965097997882

Implementação da Prática

O grupo ComunicaCiência (Boa Prática ObservIST 2021) é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta todos os responsáveis de comunicação das 23 unidades de investigação associadas ao Instituto Superior Técnico e da Área de Transferência de Tecnologia. Foi criado em Setembro de 2019, com a introdução de novas práticas para a Comunicação de Ciência do Instituto Superior Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada uma das unidades, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum. Desta forma, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. formações em comunicação de ciência
  3. conceção e desenvolvimento de atividades conjuntas de divulgação e promoção da ciência

Entre as atividades conjuntas de divulgação feitas pelo grupo, têm-se destacado as campanhas nas redes sociais com Mulheres Cientistas do Técnico, concentradas na hashtag #MulheresNoTécnico. As ideias são trabalhadas nas reuniões conjuntas deste grupo e operacionalizadas pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico, com colaboração direta dos responsáveis de comunicação de cada Unidade de Investigação.

As unidades representadas no ComunicaCiência são: CEAFEL; CAMGSD; CENTRA; MARETEC; C2TN; CENTEC; CEG-IST; IN+; CeFEMA; CFTP; CEMAT; CQE; CERENA; CiTUA; iBB; IDMEC; INESC-ID;

INESC-MN; IPFN; ISR; IT; CERIS; LIP. A Área de Transferência de Tecnologia do Técnico integra também o grupo.

Resultados Alcançados

Esta vontade comum de promovemos a diversidade de perfis, a paridade no acesso e participação na ciência e uma plena igualdade de género nas funções relacionadas com a investigação levou o Grupo ComunicaCiência a preparar, em 2021, uma campanha conjunta nas redes sociais intitulada “Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência”, celebrada a 11 de fevereiro. Nesse contexto contámos as histórias de 42 mulheres cientistas do Técnico que mostraram o seu trabalho a partir da premissa “Eu sou cientista porque…”. O uso da hashtag #MulheresNoTécnico permitiu agrupar todas as histórias mas também estimular outras investigadoras e futuras cientistas do Instituto Superior Técnico a partilharem também a investigação que desenvolvem e o porquê de serem cientistas. Para além disso, foi criada uma moldura no Facebook alusiva ao evento, que podia ser usada por qualquer utilizador da plataforma. A campanha teve versões diferenciadas no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIN (em colaboração com a Área de Transferência e Tecnologia do Técnico).

Um ano depois, a 8 de março de 2022, e celebrando o Dia Internacional da Mulher, o ComunicaCiência voltou a preparar uma campanha com a mesma missão, em moldes renovados, reavivando a hashtag #MulheresnoTécnico. Foi partilhado o percurso e as histórias de 11 investigadoras do Instituto Superior Técnico, que nos mostraram as fontes de inspiração que as conduziram para uma carreira no mundo da ciência e da engenharia. Ouvimos também algumas dessas pessoas, que apontam caminhos sobre a forma de motivar para uma carreira científica as pessoas mais motivadas e competentes, independentemente do género. Dos professores do Técnico à mãe de uma investigadora, de uma orientadora científica a uma condessa, muitas foram as fontes de inspiração apontadas. A ideia foi, uma vez mais, que os exemplos de inspiração ajudem a reforçar a importância da igualdade de género numa sociedade que se pretende próspera a justa e que apostam num futuro onde muitas mais mulheres encontrem também o seu lugar no Ensino Superior, na Engenharia, na Arquitetura e na Ciência. A campanha teve também versões diferenciadas nas diversas plataformas: Facebook, Twitter, Instagram, Insta Storys e LinkedIN. A campanha lançou também o estímulo à comunidade a participar, usando a hashtag.

Avaliação e Monitorização

Um dos principais impactos das campanhas é a mobilização do trabalho em equipa do ComunicaCiência, que tem avaliado sempre de forma muito positiva os resultados da campanha, tanto quantitativos como no feedback das investigadoras que têm participado nas campanhas.

A campanha “Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência” (2021) teve, no Facebook, um alcance total de 35.000 pessoas, número muito acima ao valor médio desse ano (cerca de 7.000). O conjunto de publicações no Twitter originou 333 likes, 66 partilhas, 1508 “engajamentos” e mais de 49.000 impressões. No Instagram as galerias de imagens tiveram alcance total de 26.530 (média 2020: 4.633), uma média de 438 likes cada e originaram uma média de 108 visitas ao perfil por cada post. Valores muito acima da média até então. No Linkedin as 49 publicações geraram um total de 138.420 impressões 2.683 reações e 4.083 cliques.

Somando todas as impressões e alcance destas redes sociais chegamos a um número total de aproximadamente 250.000 pessoas alcançadas pela campanha. Para além disso, foi feito o desafio de partilha da história de outras investigadoras recorrendo à hashtag #MulheresNoTécnico, tendo tido um impacto significativo nas redes, em particular no Twitter, onde se acumularam 42 participações (não temos acesso a perfis privados).

A campanha “#MulheresNoTécnico – Histórias e Inspiração”, publicada no Dia Internacional da Mulher 2022, ainda tem a avaliação em curso, dada a proximidade temporal. Por agora, os números preliminares apontam para um alcance de mais de 15.000 pessoas no Facebook, 11.500 pessoas no Twitter, 8.500 no Instagram, mais de 30.000 impressões nas Storys do Instagram e mais de 7.000 impressões no LinkedIn. Somando todas as impressões e alcance destas redes sociais chegamos a um número total de aproximadamente 72.000 pessoas alcançadas pela campanha. Foi novamente lançado o desafio de partilha da história de outras investigadoras recorrendo à hashtag #MulheresNoTécnico, tendo tido 11 participações (monitorizadas).

Se somarmos os totais de ambas as campanhas, chegamos a um total aproximadamente de 320 000 pessoas alcançadas diretamente pelas campanhas.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto é a potencialização da existência de um grupo que agregue todas as unidades de investigação do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de campanhas conjuntas, em torno de objetivos específicos.

Questões relacionadas com a igualdade de género e a igualdade de oportunidades independentemente do género, idade, origem, etnia, etc, estão nos valores a comunicar estrategicamente pelo Técnico. Estas duas datas assumiram-se como uma oportunidade para unir esforços e criatividade em torno dessa mensagem. Uma campanha concertada entre dezenas de páginas nas redes sociais tem uma capacidade de impacto muito maior. O envolvimento destas dezenas de Unidades de Investigação garante também a transmissão de uma imagem de diversidade científica, tão presente nos genes do Técnico.

O funcionamento do grupo em regularidade, abordando temáticas de interesse e promovendo a motivação das UI para investirem em comunicação de ciência, tem sido uma inovação no Técnico. Esta atividade é um exemplo da agilidade da comunicação interna que este grupo tem permitido, tal como a coordenação de actividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico (como a Área de Transferência de Tecnologia e o Núcleo de Design e Multimédia).

A campanha encara a comunicação não apenas como forma de promoção institucional e divulgação de carreiras técnico-científicas mas também como na promoção da literacia e cultura científica e da diversidade de perfis na ciência.

A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. Outros momentos e datas específicas podem ser pretexto para campanhas que recorram à força da colaboração para terem mais impacto.

ISTO É Técnico

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

ISTO É Técnico

https://nape.tecnico.ulisboa.pt/candidatos-ao-tecnico-e-divulgacao/isto-e/isto-e-tecnico-licenciaturas/

Implementação da Prática

ISTO É Técnico é uma prática integrada na iniciativa ISTO É, que surgiu para colmatar a supressão das atividades presenciais, imposta pela pandemia em 2020 e 2021, propondo-se a levar a oferta formativa e vivência no Técnico a potenciais candidatos/as ao Técnico.

Na 1ª Edição, de 11 de maio a 4 de junho de 2020, realizaram-se 19 dias de sessões: uma sessão de abertura, 18 sessões de apresentação de cursos do 1º ciclo e ainda 5 Talks – com oradores com ligação ao Técnico, que elucidaram a plateia acerca das oportunidades para diplomados/as das diversas áreas. Em 2021, o formato foi ajustado com base no feedback da avaliação anterior, nomeadamente sobre a extensão, pelo que os 18 cursos foram agrupados em 6 blocos distribuídos pelas manhãs e tardes dos dias 29, 30 e 31 de março de 2021, com base nas áreas de estudo, para que os/as participantes pudessem assistir e comparar diferentes cursos de áreas afins, contando ainda com uma Talk por dia. Reconhecendo o potencial do projeto, lançou-se também o ISTO É Técnico – Mestrados, iniciativa pioneira para a divulgação dos Mestrados do Técnico. A edição de 2020 concentrou apresentações dos 33 Mestrados do Técnico em 8 blocos, nos dias 6, 7 e 8 de julho. Na 2ª Edição, realizaram-se 36 sessões entre os dias 24 e 28 de maio de 2021. As duas edições contaram ainda com uma sessão de esclarecimento acerca da Candidatura a Mestrado, em colaboração com o Admissions Office.

Este evento teve a colaboração dos Departamentos – quer de Coordenadores de Curso das várias Licenciaturas, Mestrados e Mestrados Integrados, quer de Vogais de Divulgação – para a realização das apresentações expositivas acerca dos cursos. Participaram ainda Núcleos de Estudantes do IST e Embaixadores/as do Técnico, que partilharam a sua experiência enquanto estudantes. A colaboração de todos/as foi essencial para o esclarecimento de questões da audiência, no final das sessões, em conjunto com Guias do Núcleo de Apoio ao Estudante.

Resultados Alcançados

Por ser a primeira ação de divulgação online que levamos a cabo, havia um elevado grau de incerteza relativamente à adesão e ao alcance das nossas redes sociais em relação ao público alvo, principalmente tendo em conta a proximidade entre o início da divulgação da atividade e a data do evento.

Apesar das restrições, para a 1ª Edição do ISTO É Técnico – Licenciaturas, contabilizaram-se 637 pessoas inscritas, perfazendo 1689 inscrições dado a existência de participantes que selecionaram mais do que uma sessão, tendo-se registado uma média de 60 presentes em cada apresentação. Para a 2ª Edição, esperava-se aumentar o alcance do ano anterior. Com ajustes ao programa, ao período de realização do evento e com uma divulgação mais ampla, foram atingidas 1748 inscrições nos 6 Blocos e Talks. Notamos ainda que metade dos blocos alcançaram o número limite de participantes, 280 – lotação imposta pela plataforma Zoom para este tipo de sessão. O número aproximado de presentes foi de 194, em média, em cada bloco.

No que diz respeito à edição de Mestrados, a expectativa sempre foi de uma adesão menor, quer por experiência prévia em atividades síncronas com este público, quer pela realização mais tardia do evento face ao período de candidatura de outras instituições. Na 1ª Edição, registaram-se 243 inscrições, tendo os ajustamentos implementados na edição seguinte contribuído para aumentar a audiência, contabilizando-se 434 inscritos/as e cada sessão contou com mais de 20 participantes, em média. As sessões da 1ª Edição foram também gravadas e disponibilizadas no canal de YouTube do NAPE, para que as pessoas interessadas mas que não pudessem assistir às apresentações sincronamente, ou para quem procure a informação num outro período, tendo cerca de metade dos vídeos ultrapassado as 300 visualizações, aumentando o impacto da iniciativa.

Destacamos ainda o alcance geográfico desta iniciativa face ao equivalente presencial, visto que este formato permite abranger estudantes de todo o país – de escolas e faculdades de todas as dimensões – e até internacionais, contribuindo para a democratização do acesso à informação. Além disso, verificou-se um grande potencial de encaminhamento para as outras iniciativas que ofereciam um atendimento mais personalizado com a possibilidade de follow up, nomeadamente ISTO É Conversa, visita ao campus.

Avaliação e Monitorização

Além do registo do número de inscrições, em ambas as edições, foram enviados inquéritos de avaliação aos/às participantes com o objetivo de recolher feedback acerca da atividade e de incorporar mudanças nas edições posteriores. As questões debruçaram-se quer sobre o funcionamento da sessão, quer sobre o seu conteúdo, tocando aspetos como a utilidade da sessão, o esclarecimento de questões e a interação com a audiência. Numa escala de Muito Fraco, Fraco, Suficiente, Bom e Muito Bom, as respostas incluíram-se, nas duas edições, entre o Bom e o Muito Bom, para as duas iniciativas.

Um dos indicadores que consideramos refletir, indiretamente, o impacto deste evento é o crescente reconhecimento da iniciativa entre os/as estudantes (principalmente no Ensino Secundário), que resultou num aumento de inscrições entre as edições e na procura do serviço para atendimento personalizado ou esclarecimentos posteriores (através de contacto por e-mail ou agendamento de videochamadas – ISTO É Conversa). Após o ingresso no Técnico, foi ainda recebido feedback de estudantes para os quais esta iniciativa foi determinante no sentido de consolidar a decisão pela Instituição e Curso.

A condensação temporal do ISTO É Técnico – Licenciaturas deverá ser mantida, por permitir uma melhor experiência para os/as participantes, que podem assistir às apresentações dos cursos de áreas mais próximas num único bloco. A opção por este formato, que minimiza a dispersão, oferece ainda a oportunidade de esclarecer dúvidas comuns a um maior público contribuindo para o aumento da adesão a cada sessão.

No ISTO É Técnico – Mestrados, procuramos alcançar um maior número de interessados/as antecipando o evento, de forma a coincidir com a época de candidaturas ao 2º Ciclo da maioria das instituições – período em que os participantes procuram mais informação por estarem em fase de decisão. Com a reforma na oferta formativa de Mestrados do Técnico, pretendemos atualizar também o conteúdo para visualização assíncrona, no YouTube, produzindo vídeos mais apelativos e de igual utilidade para quem procura informação fora do período do evento. Nesta sequência, foram sugeridas estratégias complementares destinadas a este público-alvo, que se encontram em análise pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A iniciativa ISTO É Técnico demonstrou de forma inequívoca a adaptabilidade, resiliência e prontidão da equipa para manter as atividades de divulgação, face aos constrangimentos da situação pandémica. Dada a dimensão do Técnico, diversos constrangimentos têm impossibilitado a realização de um “Dia Aberto” único no sentido tradicional do termo, tendo por esse motivo sido planeado em 2020 um evento presencial, ao longo de várias tardes, envolvendo docentes, estudantes, representantes de Núcleos/Projetos, Departamentos e Serviços, que não foi viável implementar devido ao surgimento da pandemia. O ISTO É Técnico, envolvendo um processo de reformulação, canalizou estes esforços para a dimensão online, tendo revelado um carácter inovador não só pelo seu formato e alcance geográfico mas também por acrescentar informação relevante para a tomada de decisão, por comparação às ações presenciais concretizadas em anos anteriores. As apresentações dos cursos, a cargo dos Departamentos, as várias Talks oferecidas na edição de Licenciaturas, contando com os testemunhos inspiradores de alumni sobre os seus percursos, permitiram abrir um espaço de reflexão, enriquecer a experiência dos/das participantes e contribuir para uma tomada de decisão mais fundamentada, aguçando a curiosidade para a vida académica no Técnico e carreira profissional na Engenharia. Da mesma forma, no caso dos Mestrados, a dinamização das sessões de esclarecimento permitiu que as pessoas interessadas recebessem apoio diretamente pelo serviço responsável nas suas questões sobre o processo de candidatura. Considerando a participação de estudantes do Técnico, esta ação reforça a importância do papel do NAPE no apoio aos/às alunos/as, a par da divulgação da oferta formativa para público externo.

As potencialidades deste formato, a possibilidade de alcançar e esclarecer público pré-universitário, universitário e também finalistas de 1º ciclo (com o ciclo sobre Mestrados, ainda mais pertinente após a desintegração) e a consolidação desta prática no ano letivo de 20/21, alimentam o objetivo de manter a continuidade do projeto após a pandemia. Prevê-se a evolução para um formato híbrido, com a complementação das atividades online com uma componente presencial – projeto que poderá vir a ser replicado por outras instituições de Ensino Superior, pelas suas óbvias vantagens no alcance a estudantes de todo o país.

Tecnico Business Cards

terça, novembro 8th, 2022

Transferência de Tecnologia● 2022

Tecnico Business Cards

Business Cards

 

Implementação da Prática

No âmbito do Programa de Desenvolvimento de Carreira dos seus Estudantes, o Instituto Superior Técnico (IST), em parceria com o Santander Universidades, disponibiliza gratuitamente 100 cartões-de-visita a todos os estudantes do IST que os requisitem e preencham os requisitos do regulamento.

Os Técnico Business Cards são cartões personalizados onde consta o nome do estudante, o seu email institucional, o contacto de telemóvel e curso que o estudante se encontra a frequentar. As informações no cartão encontram-se em formato bilingue (português e inglês).

O Técnico Career Center apoia e incentiva os estudantes do IST a solicitarem os seus Business Cards, pois acredita que a comunicação face-a-face continua a ser uma das melhores formas de marketing pessoal, e entregar um cartão de visita personalizado, além de deixar uma boa impressão, demonstra credibilidade e profissionalismo. Para estudantes que estão a iniciar o seu percurso profissional, ter um cartão de visita é uma ótima forma para iniciar uma impactante conversa ou troca de contactos com uma empresa.

Podem solicitar os seus Técnico Business Cards, estudantes que frequentem o Técnico, com vista à obtenção de um grau, e que se encontrem no 3º ano de um curso de licenciatura, num Curso de mestrado ou num curso de Doutoramento.

Cada estudante apenas poderá solicitar os seus cartões uma única vez, à exceção dos estudantes de doutoramento que o poderão solicitar enquanto estudantes de licenciatura/mestrado e posteriormente enquanto estudantes de doutoramento.

Além destes requisitos o estudante para solicitar os seus Business Cards terá que:

– Ter como endereço de e-mail principal o endereço institucional disponibilizado pelo Técnico (xxxxx@tecnico.ulisboa.pt);

– Ter um contacto de telemóvel registado e definido como principal no sistema de informação Fénix;

– Ter as cedências de dados ativas para a plataforma Técnico Job Bank.

Os Técnico Business Cards podem ser solicitados no início de cada semestre, sendo anunciado pelo Career Center a abertura das inscrições bem como disponibilizado o respetivo formulário de inscrição para o efeito.

Etapas a ter em conta para o pedido dos cartões:

  1. Candidatura: O estudante preenche o formulário de candidatura manifestando o seu interesse em receber os cartões e confirmando que cumpre os requisitos.
  2. Validação: O Técnico Career Center verifica se o estudante cumpre os requisitos. Caso não cumpra, o estudante receberá um email com as respetivas informações a rever para poder ser elegível.
  3. Inscrição: Após validação dos dados é enviado um email, aos estudantes inscritos, com a informação dos dados a constar no cartão e a solicitar a confirmação do pedido dos cartões.
  4. Produção dos cartões: Envio do pedido de cartões à gráfica para impressão.
  5. Entrega dos cartões: Após recebermos os cartões da gráfica é enviado um email aos estudantes com a indicação de local e data a partir da qual os estudantes podem levantar os seus cartões.

Habitualmente os estudantes podem levantar os seus cartões na receção do NAPE e no gabinete do Núcleo de Apoio Geral do Taguspark.

Desde 2020 que existe a possibilidade de envio dos cartões pelo correio, através do pagamento dos portes de envio, aos estudantes que assim o solicitem.

Resultados Alcançados

Os Técnico Business Cards contam já com 10 edições, tendo sido lançada a 11ª edição em Fevereiro de 2022.

No quadro infra poderá ser analisado o número de total de cartões emitidos desde a sua primeira edição em 2016.

Edições Ano Bsc Msc PHD Total Cartões Entregues
2016 90 90
2016 241 241
2017 424 424
2018 286 286
2018 564 564
2019 9 268 277
2019 6 440 446
2020 8 96 103 207
2020 3 322 50 375
10ª 2021 7 153 43 203

Considerando que os cursos no IST eram, até recentemente Mestrados Integrados, e tendo em conta que cada estudante poderá solicitar os seus Business Cards apenas uma única vez, quando foi lançado o programa dos Técnico Business Cards, apenas foram considerados estudantes que frequentassem o penúltimo (4) ou último ano (5) do mestrado.

Existindo a possibilidade de ao longo do seu percurso académico mudarem de curso, não faria sentido pedirem os seus cartões antes do último ano, correndo o risco de pedirem cartões que posteriormente não fossem utilizados por não conterem informação atualizada.

 

Ao longo das primeiras edições, foram-nos chegando pedidos de estudantes, que se encontravam no 3º ano de licenciatura, mas que iriam mudar de instituição de ensino no mestrado, assim, a partir da 6ª edição foram aceites pedidos de estudantes que se encontrassem no 3º ano de licenciatura, sempre com a salvaguarda de que não poderiam realizar novo pedido no futuro.

A possibilidade de atribuição dos Business Cards aos estudantes de doutoramento a partir de

2020, 8ª edição, aconteceu igualmente a pedido de estudantes PhD mas também com a crescente importância de envolver estudantes de doutoramento em atividades do Career Center    e que promovam a empregabilidade destes estudantes.

Avaliação e Monitorização

. Com a evolução das novas tecnologias digitais, a informação em suporte físico tem um papel cada vez menos significativo e terá uma tendência crescente em tornar-se obsoleta, no entanto e neste momento, continuamos a considerar os Técnico Business Cards uma boa prática no sentido em que é uma ótima ferramenta para os estudantes que iniciam o seu percurso profissional.

A contínua adesão por parte dos estudantes ao longo das várias edições, bem como o feedback que nos vão dando sobre a utilização dos Business Cards em feiras de emprego ou em outros contactos profissionais diretos, mostra ser uma mais-valia no estabelecimento destes primeiros contatos, sendo bons indicadores para a continuidade do programa.

Encontrar a melhor forma de entregar estes cartões aos estudantes que os requisitam tem também sido uma preocupação constante.

Dificuldades encontradas:

– Estudantes deslocados;

– Estudantes que terminam o curso e tem dificuldade em arranjar tempo para levantar os seus cartões;

– Estudantes em mobilidade;

– Estudantes estrangeiros.

Considerando todas estas situações e numa altura em que o país atravessou uma situação de pandemia com muitas restrições de mobilidade, em 2020 introduzimos a possibilidade de envio dos cartões a nível nacional, bem como internacional, mediante pagamento dos portes por parte dos estudantes.

Até ao final de 2021 foram enviados por correio um total de 66 cartões.

Considerando que haverá ainda estudantes que desconhecem a existência da possibilidade de solicitarem estes cartões, apostar na divulgação dos mesmos e numa melhor forma de fazer chegar a informação ao devido público será uma das melhorias a introduzir em futuras edições.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Os Técnico Business Cards, iniciativa que decorre no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Carreira dos Estudantes do Técnico, são uma ótima forma de preparar os Estudantes do IST para os futuros contatos profissionais.

Consideramos ser um programa inovador no IST bem como a nível das universidades nacionais não encontrando outro programa idêntico em universidades portuguesas, podendo ser facilmente replicado e transferível, sendo de destacar que inclusive já tivemos contactos de 2 instituições de ensino superior interessadas em perceber o processo.

Treme-Treme Projeto Educativo

terça, novembro 8th, 2022

Investigação, Desenvolvimento e Inovação● 2022

Treme-Treme Projeto Educativo

www.treme-treme.pt

Implementação da Prática

Em Portugal é grande a escassez de ferramentas pedagógicas para a educação sobre o risco sísmico. Os simulacros nas escolas são quase todos por motivo de incêndio, ficando os sismos esquecidos.

O Projeto Educativo, com ações em escolas para aumento da literacia do risco sísmico, iniciou-se em 2011, e em 2015, foi lançado o jogo sério Treme-Treme (www.treme-treme.pt), que resultou da participação do Instituto Superior Técnico (CERIS) no projeto da Comissão Europeia – UPStrat-MAFA, 2013-15. O jogo Treme-Treme (já na 3ª versão) é fruto do trabalho dos investigadores do CERIS, Doutora Mónica Amaral Ferreira e Professor Carlos Sousa Oliveira, em conjunto com a equipa do

GAIPS-INESC-ID, composta pelo Professor Rui Prada e os alunos de mestrado Pedro Barreto, Duarte Botelho e Inês Batina, e pelo Designer Hugo O’Neill. O Treme-Treme está disponível em Português, Inglês, Italiano, Francês e Espanhol, para os sistemas operativos Windows e Mac OS e conta também com uma versão para Android. Atualmente, o IST prosseguiu com o processo de proteção da invenção.

A Doutora Mónica Amaral Ferreira tem participado em diversas sessões e atividades em escolas, museus, programas de televisão, festivais e exposições, com desafios que combinam e exploram as áreas STEAM, promovendo o jogo Treme-Treme. Para colmatar a escassez de material didático e de atividades nesta área, desenvolveu dois manuais, no âmbito do Projeto Escolas Resilientes aos Sismos no Território do Algarve e de Huelva (PERSISTAH): o guião educativo ‘Por que é que o chão se move?’ para apoiar a formação de professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico; e o ‘Guia Prático Escola Resiliente aos Sismos’ com soluções simples de redução do risco nas escolas.

Os manuais estão disponíveis, em Português, Espanhol e Inglês, no site do Treme-Treme. Assim surge o Projeto Educativo Treme-Treme, com todos os recursos pedagógicos, que foram desenvolvidos ao longo do tempo.

Resultados Alcançados

Os objetivos deste Projeto são o de aumentar a literacia para o risco sísmico e de tsunamis, na comunidade estudantil e na população em geral. Para tal, têm sido desenvolvidos vários produtos para educação e comunicação do risco (desde o pré-escolar até ao secundário), nomeadamente o jogo Treme-Treme, os manuais ‘Por que é que o chão se move?’ e o ‘Guia Prático Escola Resiliente aos Sismos’, bem como guiões com atividades para museus e exposições.

Para avaliar o sucesso da iniciativa destaca-se o número de parcerias, contactos e de notícias que a divulgação do Projeto Educativo Treme-Treme originou, mostram a adesão e o seu interesse. É exemplo dessa visibilidade o aumento das visitas à página do “Treme-Treme” (www.treme-treme.pt), com mais de

20.000 acessos e nas seguintes iniciativas:

– Utilização do jogo Treme-Treme no espaço do Museu Quake – Centro do Terramoto de Lisboa, a partir de Abril 2022.

– Participação em vários seminários, aulas, workshops em escolas da Área Metropolitana de Lisboa (do pré-escolar ao secundário) desde 2011.

– Participação no programa televisivo “Estudo Em Casa”, Aula 23 de Ciências Naturais e Cidadania – 7.º e 8.º anos, RTP Memória, RTPInternacional (23 Abr 2021)

– Durante os confinamentos devido à pandemia, a Agenda semanal do Estrelas & Ouriços, o Sapo LifeStyle deram destaque ao site do Treme-Treme nas semanas de 4, 8 e 25 de Fevereiro e de 22 de Março 2021, na secção dos jogos lúdicos/aplicativos didáticos.

– No dia do exercício nacional “A Terra Treme” (5 Nov 2020) promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a ANEPC associou-se ao Projeto do Treme-Treme para que todos pudessem participar na sala de aula ou em casa, recorrendo aos recursos disponibilizados no site.

– Participação no programa “Explica-me como se tivesse 5 anos” do Instituto Superior Técnico”, 14 Nov 2020, live no Facebook.

– Participação no programa televisivo “Pandamania” Canal Panda (2 Fev 2019).

–  Desenvolvimento do guião para a atividade “A Terra Treme! É um sismo!” que decorre no Museu de São Roque (SCML) desde 2018.

– Desenvolvimento do Workshop “Se eu fosse Engenheiro de estruturas” para famílias, que decorre desde 2018, em dois fins de semana de Fevereiro, no Museu de Engenharia Civil do IST e no Museu de São Roque.

– Técnico online: “CERIS alia-se à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na sensibilização do risco sísmico” (15 Out 2018).

– Entrevista para o programa da CMTV “Saiba o que fazer em casa para prevenir riscos em caso de sismo” (5 Mar 2018).

– Participação na Noite Europeia dos Investigadores (2016, 2019, 2020, 2021).

– Participação na Feira de Empreendedorismo e Sustentabilidade “Sons do Vale_Sustentabilis” (2016).

– Participação na atividade “Quando o chão nos falha” – Pavilhão do Conhecimento, Ciência (2015)

– Participação no programa televisivo Canal Q: É a Vida Alvim Ep.256 (3 Nov 2015).

– Jornal Público ”Treme-Treme: O Sunami e a Terramota ensinam-nos o que fazer perante um sismo” (15 Jun 2015).

Avaliação e Monitorização

Considera-se bastante boa a quantidade de parcerias e atividades com diversas entidades e para públicos distintos, o que sugere que o Projeto Educativo Treme-Treme tem sustentabilidade ao nível do interesse da sociedade.

A quantidade de notícias nos media tem, de uma forma semelhante, evoluído muito positivamente. Deste modo, é intenção prosseguir com este Projeto Educativo, promovendo novas formas de financiamento.

A satisfação dos estudantes que participam nas atividades e workshops (no Técnico e no Museu de São Roque) é visível pelo interesse demonstrado de edição para edição, e ainda pelo feedback que a equipa organizadora recebe no final das sessões através da realização de um inquérito.

O site do Treme-Treme está também divulgado na página do CERIS.

O processo de avaliação do Projeto foi evoluindo ao longo do tempo, tendo-se registado alterações ao nível de:

– Inquérito de satisfação nos workshops com o Museu de São Roque, revisão de acordo com sugestões dos participantes;

– website, atualização progressiva dos conteúdos em função das necessidades manifestadas pelos participantes e/ou identificadas pela investigadora;

– divulgação através do Facebook do Treme-Treme;

– rotação da localização das atividades por diferentes escolas da Área Metropolitana de Lisboa, o que possibilita também a divulgação da oferta dos conteúdos que estão no site.

Atualmente aguardamos a abertura do Museu Quake (em princípio em Abril de 2022) que disponibilizou um espaço próprio para permitir aos visitantes jogar o Treme-Treme, e assim ser-nos-á possível monitorizar o interesse manifestado e divulgar o Projeto Educativo.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Estar preparado é fundamental para minimizar potenciais impactos, danos e perdas resultantes da ocorrência de catástrofes de origem natural e antrópica.

A literacia para os riscos é sem dúvida um tópico de bastante interesse para toda a comunidade, e um campo emergente de estudo que engloba várias disciplinas, como gestão de desastres, mitigação e preparação, todas alinhadas com o princípio do desenvolvimento sustentável – Agenda 2030. Vários estudos referem que tanto o público em geral, como estudantes pré-universitários e universitários, estão mal informados sobre questões ambientais, designadamente as ligadas às alterações climáticas e de riscos naturais. A sociedade civil, e em particular a juventude, devem estar envolvidas na redução dos riscos, oferecendo diversas ferramentas educativas (jogos, vídeos, guias educativos) sobre sismos e tsunamis, que irão aprofundar o conhecimento sobre as ameaças e a forma de reduzir os seus impactos, contribuindo para a promoção de uma cultura de segurança e uma sociedade mais resiliente.

O Projeto Educativo Treme-Treme, tanto quanto sabemos, é inovador no Instituto Superior Técnico, e em qualquer Universidade do país.

Todo o material desenvolvido, desde o jogo Treme-Treme, ao guião educativo, às aulas e webinares estão acessíveis no site, em diversas línguas e podem ser visualizados, adaptados e replicados em diversos ambientes diferentes, o que garante a sustentabilidade e impacto a longo prazo. A sua transferibilidade para qualquer outro local (escola, museu, centros de ciência) está assegurada e até validada pelo sucesso deste projeto com o Museu de São Roque, em Lisboa. O feedback recebido de milhares de pessoas anónimas, que encontram o site e usam os seus conteúdos, em Portugal ou no estrangeiro, também é extremamente positivo e revela interesse em utilizar os conteúdos em contextos semelhantes.

Atualmente, aguardamos a abertura do Museu Quake – Centro do Terramoto de Lisboa, para que o jogo Treme-Treme, e este Projeto Educativo, sejam mais conhecidos a nível nacional e internacional.

Lab2Market

terça, outubro 12th, 2021

Transferência de Tecnologia● 2021

Área de Transferência de Tecnologia

https://tt.tecnico.ulisboa.pt/innovators/lab2markettecnico/

Implementação da Prática

Implementado em 2015, o Lab2Market@Técnico é um programa de aceleração de inovação no âmbito do qual se atribui 250h de consultadoria e formação, dada por consultores especializados em inovação, com o objetivo de encontrar a melhor forma de valorizar as tecnologias desenvolvidas por professores, investigadores, estudantes de doutoramento e mestrado do IST. As inscrições são feitas através de um formulário onde devem realizar a descrição do projeto, área de tecnologia, links relevantes, nível de TRL e contatos da equipa. Na seleção dos projetos é valorizado: – Habilidade e adequação da equipa*; – Viabilidade e inovação do projeto; – Potencial econômico; – Estado de desenvolvimento de tecnologia e tempo de comercialização. O programa decorre entre Janeiro e Junho, considerando desde a fase de candidaturas até ao Pitch final das equipas. Após a seleção das equipas que irão participar no programa, é realizado um workshop de team building na problemática de abordagem ao mercado, assim como uma primeira reunião individual com cada equipa e o orientador que a irá acompanhar durante todo o programa, no sentido de serem analisadas quais as necessidades de cada equipa e aquilo em que se deverão focar nas 9 semanas em que o programa decorre. Nas primeiras 4 semanas as equipas trabalham na identificação do mercado adequado ao seu projecto e qual a sua vantagem competitiva. As últimas 5 semanas são dedicadas à procura e contacto com potenciais clientes. O Lab2Market tem permitido às equipas identificar o estado da sua tecnologia em relação às necessidades do mercado, bem como desenvolver uma estratégia de Go-To-Market ou entender estratégias B2B/ B2C, bem como a simples hipótese de considerar tirar a ideia do laboratório. Esta prática tem conseguido igualmente apoiar as equipas que pretendam candidatar-se a fundos europeus, melhorando a proposta da sua candidatura.

Resultados Alcançados

O Lab2Market@Técnico conta já com 5 edições, e podemos considerar que existem vários indicadores que fazem do programa um caso de sucesso, entre os quais destacamos:

– O aumento de inscrições (de 21 para 51) nas sessões de apresentação do programa, o que nos indica que o crescente interesse da comunidade IST neste tipo de iniciativas; Esta sessão teve em 2020 e em 2021 uma transmissão live no Facebook, onde obtivemos mais de 1000 visualizações;

– O aumento do número de candidaturas ao programa, tendo na edição de 2021 tido um aumento de cerca de 50% face à edição de 2020 (a evolução do período do programa foi de 5 para 15);

– O aumento da diversidade dos Centros de I&D, nomeadamente a candidatura ao programa de investigadores dos vários centros de investigação existentes no IST;

– Aumento do número de candidaturas de projetos com pedidos de patente em curso, o que consideramos que possa resultar de um passa palavra de participantes em edições anteriores, bem como da comunicação realizada.

Considerando os indicadores acima mencionados como métricas de sucesso, gostaríamos de destacar mais um e que esperamos que no futuro possa ser o mobilizador de crescimento. O sucesso, na óptica de transferência para o mercado, dos projetos de algumas das equipas que participaram no programa. Destes projetos salientamos o projeto Voxel da Prof. Marta Fajardo, que participou no programa em 2015, e posteriormente candidatou-se ao programa Horizonte 2020 e tendo obtido um financiamento de € 3,99 milhões. Outro caso de sucesso foi a FabInventors, projeto do Nuno Frutuoso estudante de Doutoramento, que, entretanto, já se tornou uma spin-off do Técnico e que recentemente conquistou o 3.º lugar no “BoostUP”, uma competição europeia organizada pelo EIT Manufacturing. Ao longo das 5 edições que o programa tem, têm sido implementadas algumas ações de melhoria no sentido de proporcionar às equipas uma melhor experiência e de forma a que consigam tirar o maior proveito da sua participação. Em 2018 restringiu-se as candidaturas a projetos nas áreas de Blockchain, Machine Learning e Smart Cities, no entanto verificou-se que limitar as candidaturas a áreas específicas poderia impedir que outros projetos de elevada relevância se pudessem candidatar. Assim, em 2019 qualquer equipa com um projeto de investigação ou ideia inovadora no universo IST poderia candidatar-se, o que se revelou um aumento de mais de 50% no número de candidaturas. Na edição de 2020, no sentido de ajudar as equipas a melhor perceber quais as suas necessidades e quais os objetivos pretendidos com a participação no programa, bem como ajudar os orientadores, que acompanham as equipas ao longo das semanas de trabalho, a focar nas necessidades mais importantes durante o processo de orientação, foi realizado com as equipas e orientadores um workshop Business Model Canvas. A realização do workshop foi um sucesso tendo obtido um feedback bastante positivo tanto da parte das equipas como dos respetivos orientadores.

Avaliação e Monitorização

De forma a avaliarmos junto dos participantes do programa se o mesmo correspondeu às suas expectativas, bem como identificar melhorias a serem implementadas em futuras edições, foi realizado em 2020 um inquérito aos participantes da respectiva edição. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios sendo que mais de 60% dos inquiridos indicou que o programa tinha ido de encontro às suas expectativas; mais de 70% indicou voltaria a participar no programa e mais de 80% dos inquiridos indicou que recomendaria a participação no programa a outras pessoas do seu departamento.

Após análise do feedback dado pelas equipas verificou-se que, alguns dos participantes sentiam que ficava em falta uma maior aproximação ao mercado e contato com possíveis clientes/ investidores. Apesar de na 2ª fase do programa, o objectivo ser a realização destes contatos e a procura e identificação de possíveis clientes, é também ela uma fase mais morosa que requer aguardar por um feedback ao contato estabelecido.

Nesse sentido, e após análise da possibilidade de aumentar a duração do programa, junto dos orientadores, bem como a análise ao calendário escolar de forma a considerar a implicação que tal teria junto das equipas, foi aprovado que a edição do Lab2Market 2021 teria a duração de 9 semanas, sendo a nova semana acrescida na 2ª fase do programa que assim terá a duração de 5 semanas ao invés das 4 semanas realizadas em edições anteriores.

Uma outra melhoria a ser implementada em 2021 será um acompanhamento mais próximo das equipas que participam e da continuidade dos seus projetos. Os resultados desta melhoria serão mensurados numa próxima edição.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Apesar de identificarmos presentemente outros programas similares como o programa ScienceIN2Business® realizado pela TecLabs da Faculdade de Ciências da ULisboa, ou o Programa Collider realizado com universidades da Catalunha, consideramos o Lab2Market um programa inovador no IST, bem como a nível das universidades nacionais por ter sido um dos pioneiros neste formato de atuação na altura em que foi lançado

O Lab2Market é uma iniciativa única no universo Técnico e conforme já mencionado anteriormente a realização deste programa tem permitido às equipas que participam terem uma maior percepção do mercado em que a sua tecnologia poderá ser aplicada, bem como validar se a mesma se adequa às necessidades existentes no mercado. Poderemos até dizer que para muitas equipas é a primeira abordagem ou contato que a sua tecnologia tem fora do laboratório. Consideramos que esta prática pode (e deve) ser replicada e realizada por outras universidades nacionais e internacionais, principalmente as que estejam ligadas à área da engenharia, no sentido de dar mentoria e alavancar a transferência de tecnologia dos vários projetos de investigação existentes nos laboratórios e com grande potencialidade de saírem do Laboratório.

Exposição “Nó Cego” Workshops

domingo, setembro 20th, 2020

Ligação à Sociedade 2020

Clementina Teixeira, Natália Rocha, Manuel Pereira (NGMCC)

Implementação da Boa Prática

A exposição itinerante “Nó Cego” da autoria da Prof. Clementina Teixeira (aposentada do Departamento de Engenharia Química e homenageada na edição de 2019 do livro ”Mulheres na Ciência) nasceu de um projeto de cristais sobre a rede cristalina. Decorreu na semana de 23 a 27 de setembro de 2019, com um horário das 10h às 12h30 e das 14h às 17h, organizada pelo Serviço Educativo dos Museus do IST, no Museu Décio Thadeu. Estiveram presentes na exposição cerca de 260 participantes:

A equipa que fez parte da exposição foi composta por 3 elementos:

– Autora da Exposição – Profª Clementina Teixeira

– Serviço Educativo dos Museus do IST – Drª Natália Rocha

– Diretor do Museu Décio Thadeu – Prof. Manuel Pereira

A exposição “Nó Cego”, é composta por trabalhos de trapilho para reutilização de têxteis: 12 tapetes de talagarça plástica aos quadradinhos, recoberta de nós cegos (duas laçadas) de farrapos de roupas usadas da família, todas cortadas às tirinhas. Neles se misturaram o linho, o algodão e a popelina; a lã, a seda e a viscose; as licras dos leggings e o nylon; as chitas e até o tule das cortinas de há muitos anos. Tudo isto combinado obedecendo a regras simples de simetria no plano e temperado sobretudo com muita afetividade e memórias dos que partiram, deixando as roupas para trás e uma saudade imensa. Na sua maioria o vestuário usado já estava impróprio para doação e completamente fora de moda e, ainda, em muitos casos, afincadamente esburacado pelas traças (Clementina Teixeira).

Tivemos oito grupos escolares num total de 223 visitantes, dos seguintes estabelecimentos de ensino:

– Infantário da APIST (2 grupos – 3 aos 5 anos)

– Escola EB 2,3 Luís de Camões (1 grupo –8ª ano)

– Escola EB 1 O Leão de Arroios (4 grupos – 4ºano)

– Escola Secundária de Palmela (1 grupo – 9ºano)

Os restantes 37 visitantes foram de público em geral, maioritariamente funcionários docentes e não docentes do Técnico.

Resultados Alcançados

As visitas dos grupos escolares tinham o formato de workshop, em que a Prof. Clementina Teixeira introduzia o tema como se fosse uma história:

“…    Porém, não fui capaz de o deitar ao lixo…    Tinha no sótão restos da rede de plástico que servira nas exposições dos meus projetos Ciência Viva com cristais, a “”rede cristalina”” e logo compreendi que, além do trabalho manual como forma de entretenimento útil e de reciclagem de têxteis, poderiam aqui ser explorados conceitos de simetria e matemática, para calcular o número de nós dados, sem fazer a sua contagem exaustiva. Se as simetrias são atualmente exploradas em projetos de divulgação da Matemática tendo como base a calçada portuguesa, os crochés e bordados, por que não fazer o mesmo nestes trabalhos tão simples de executar? Além do mais, compreender a simetria ao nível do plano, é o primeiro ponto de partida para compreender a simetria tridimensional dos cristais, logo, a ideia tem pernas para andar e será continuada noutras vertentes mais ambiciosas”.

Segundo a Profª Clementina  a “ Nó Cego” simboliza a necessidade de reutilizar têxteis, dando-lhes uma outra utilidade. Ainda mais curial se pensarmos nas microfibras de plástico que se acumulam nos mares e acabam fazendo parte da nossa cadeia alimentar. Todo este discurso foi adaptado aos níveis de escolaridade de cada grupo e ao público adulto de forma a dar consciência da importância de diminuir a geração do lixo, de ter um consumo consciente, de não desmatar, de não poluir as águas, de não queimar lixo ou resíduos a céu aberto. Advertir para pequenas atitudes diárias fazem toda a diferença, 8 “ Rs” da Sustentabilidade são muito fáceis de aplicar quando existe consciência. Outra das abordagens subjacentes na exposição é a ligação da Arte e Educação. Em Portugal, a recente legislação (decretos-lei nº 54/18 e nº 55/18) reforça o papel das artes na educação, estabelece a matriz de princípios, valores e áreas de competências a que deve obedecer o desenvolvimento do currículo e identifica como áreas essenciais a sensibilidade estética e artística, a par do pensamento crítico e criativo. Arte e Educação devem caminhar juntas na formação dos cidadãos. Todas estas temáticas (8 “R”, Arte e Educação, Arte e Ciência) estavam referenciadas em cartazes. Os grupos escolares também tiveram a oportunidade de realizar a atividade “ O microscópio vai ao tear”. Com a utilização da lupa estereoscópica) foi possível observar e fotografar os tecidos reciclados utilizados na exposição e “ jogando” com as simetrias no plano visualizado, conseguiu-se fazer novos padrões para aplicar em outros têxteis ou papel. Este tipo de atividade fortalece a ligação das ciências e tecnologias à sociedade e ajuda a desenvolver capacidades e competências de trabalho manual e educação visual. Esta atividade também fez parte das Jornadas Europeias do Património 2019, cujo o tema era o Património nas Artes e no Lazer, que decorreu no dia 27/09. Neste caso juntamos a Arte à Ciência.

Avaliação e Monitorização

Para esta prática não foi ainda implementada uma forma de avaliação formal ( será uma das coisas a melhorar no futuro), no entanto, trouxe resultados muito positivos. Primeiramente, foi uma forma de divulgação dos Museus de Geociências. No entanto, os resultados mais importantes se remetem ao público escolar que participou do evento. Ter várias escolas e ver os alunos a procurar empregar tais conhecimentos em uso da sua vida quotidiana foi um ganho incomensurável. Também foi bastante importante perceber que muitas crianças e jovens se sentiram estimulados não apenas em reutilizar os materiais que têm na escola ou em casa mas também o despertar para as várias aplicações da ciência ligada a outras áreas. A promoção de contextos informais de aprendizagem, que unem o “dentro da escola”  ao “ fora” devem ser potenciadas, para benefício dos estudantes (Voogt & Roblin, 2012).

Houve também ainda o ganho de ordem pessoal, tanto para a Professora Clementina Teixeira que estando aposentada continua a colaborar com o Instituto Superior Técnico, mantendo-se ativa e aplicando o seu vasto conhecimento na divulgação das ciências, como para a restante equipa dos Museus.

Deste modo, é intensão do Serviço Educativo dos Museus do Técnico prosseguir com este formato de atividades nos Museus. Isto é possível devido ao feedback dos estabelecimentos de ensino com quem temos parcerias e do público que visitou a exposição e participou nos workshops.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O caráter inovador reside no fato de por meio da realização de uma exposição, sobre a reutilização de materiais que supostamente era lixo e com a aplicação de uma técnica manual, conseguiu-se  trabalhar conceitos relacionados com a Química e Geologia através das redes cristalinas a Matemática através da simetria e contagem dos nós. Para além de proporcionar a utilização de equipamento científico, como foi o caso da lupa estereoscópica, aos visitantes que na maioria não tem acesso a usar este tipo de equipamento, ao mesmo tempo esta iniciativa teve uma vertente de sensibilização, sobre a situação de emergência climática e ambiental global, em que reduzir o impacto ambiental é essencial para preservar o planeta. Foi usada  educação em contexto não-formal como ferramenta de conscientização frente aos problemas ambientais e divulgação da importância da geodiversidade para a sociedade.

Desta forma, a exposição conseguiu atingir sua meta de ser interdisciplinar, ao salientar que o conhecimento técnico-científico que se tem sobre

qualquer área do saber só será válido se, juntamente com ele, forem ensinados valores e uma visão crítica e questionadora sobre a vida.

Numa escola como o Instituto Superior Técnico existir este tipo de atividades aberta a todos, onde estes temas são discutidos e apresentados num formato não-formal, ligando a ciência à arte e educação, neste caso ambiental.

A nível da transferibilidade podemos considerá-la um exemplo de boa prática que pode ser replicada em outros espaços de educação formal, não-formal e informal, quer seja dentro ou fora da Universidade de Lisboa. Uma professora manifestou o desejo de realizar a exposição na escola em que trabalha,  de modo a continuar o debate sobre esta temática. A prática é facilmente transferível a partir de outra exposição pode-se criar igualmente workshops com temáticas sobre outro tema de interesse para a sociedade.