Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Partilha de Conhecimentos’ Category

Rede de Parceiros do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Transferência de Tecnologia - Núcleo de Parcerias Empresariais (NPE)

 

Website

Sumário*:

A Rede de Parceiros do Técnico (RPT), foi criada em 2015, para responder aos desafios de reforçar os laços com a indústria, tendo como objetivo principal o estabelecimento e desenvolvimento de alianças estratégicas com as empresas melhor posicionadas para, em conjunto, aumentar o valor oferecido à Sociedade. As atividades da rede organizam-se nas dimensões: Proximidade e desenvolvimento de talento; Aceleração de inovação; Impacto societal e Cooperação estratégica.

A RPT conta atualmente com 24 empresas ativas e mais de 125 atividades. Todas as atividades são planeadas semestralmente para cada uma das empresas e alinhadas com as atividades e o calendário académico. O sucesso associado a esta iniciativa deve-se ao trabalho colaborativo entre várias equipas do Técnico e à disponibilização de espaços nos diferentes campi.

 

Para mais informação consulte aqui.

* Boa Prática de divulgação restrita

Projeto “Técnico faz a diferença”. Modelo e Plano Operativo para a gestão de resíduos sólidos urbanos no IST.

quarta, novembro 29th, 2023

BOA PRÁTICA DO ANO | Impacto Societal | 2023

Silvia Di Salvatore, Inês Ribeiro, Ricardo Veloso, Pedro Sanches,

Tiago Mamouros, Ricardo da Silva Vieira, Rita Santos, João Gonçalves,

Técnico Sustentável – Ambiente Sociedade Economia e

Grupo de estudantes ambientalista do Instituto Superior Técnico (AmbientalIST)

 

Implementação da Prática

O projeto “Técnico faz a diferença” (TFD), desenvolvido pela iniciativa Técnico Sustentável da Plataforma IST-Ambiente, é um procedimento inovador para a gestão de resíduos sólidos urbanos nos campi do IST, transitando de uma situação atual onde não existe um procedimento sistemático de separação para um modelo (modelo MFD – boa prática ObservIST 2021) de separação de resíduos e recolha seletiva (i) desativando os caixotes nas salas e nos gabinetes, (ii) introduzindo ecoilhas nos espaços comuns e (iii) subdividindo o campus em zonas para a implementação de vários ecopontos. Este procedimento, monitorizado num projeto piloto no Pavilhão de Mecânica I, obteve resultados de separação excelentes, com 58% de resíduos recicláveis separados, dos quais 16% de biorresíduos, recicláveis nos compostores instalados no campus.

A implementação do projeto “Técnico faz a diferença” começou no Campus Alameda, com as seguintes ações:

  • Criação da Comissão de Acompanhamento (CA) de vários órgãos da escola e desenvolvimento de reuniões preparatórias.
  • Contabilização de equipamentos (ecoilhas para a separação dos seguintes resíduos: indiferenciado, embalagens, papel, vidro, biorresíduos) para os edifícios do Campus Alameda.
  • Monitorização da quantidade de resíduos produzidos em cada pavilhão.
  • Execução de um Plano Estratégico de Comunicação, com (i) desenvolvimento de um Plano de Comunicação para transmitir o novo procedimento à comunidade IST; (ii) desenvolvimento de um projeto gráfico com a elaboração de cartazes informativos de fácil leitura para os caixotes.
  • Aquisição dos equipamentos. Para constituir a ecoilha, foram adquiridos (i) caixotes em cartão com o volume de 100I (resíduos recicláveis), (ii) caixotes de 7l em plástico (biorresíduos).
  • Implementação nos Edifícios. À data, está a decorrer a implementação no Pavilhão de Civil.
  • Após a implementação em cada edifício, será realizada nova monitorização do novo procedimento.

Resultados Alcançados

Primeiros resultados obtidos em algumas ações apresentadas:

  • Os órgãos, serviços e núcleos envolvidos na Comissão de Acompanhamento são: a Direção Técnica (DT), o Núcleo de Segurança, Higiene e Saúde (NSHS), a Área de Comunicação I. e M. (ACIM), o Núcleo de Design e Multimédia (NDM), a Associação de Estudantes (AEIST) e o Núcleo AmbientalIST.
  • Para a contabilização de equipamentos para os edifícios do Campus Alameda, entre janeiro e novembro de 2021, decorreram reuniões com todos os gestores dos pavilhões do Campus Alameda para apresentar o projeto e transmitir o novo procedimento.
    1. Por cada pavilhão constitui-se uma equipa de acompanhamento do projeto (EA) constituída pelo gestor do pavilhão e a coordenadora das funcionárias de limpeza do pavilhão, para garantir uma presença e acompanhamento constante na implementação do projeto. A EA efetua o levantamento das necessidades com vista a determinação do número de ecoílhas a implementar e a sua localização no pavilhão.
  • A monitorização da quantidade de resíduos produzidos em cada pavilhão começou em abril de 2022 e até à data decorreu nos seguintes pavilhões: Civil, Central, C. Interdisciplinar, Matemática, Física, Mecânica I, II, III e IV.
  • O Plano Estratégico de Comunicação teve como resultados: (i) o desenvolvimento de um projeto gráfico pelo NDM, com a elaboração de cartazes informativos de fácil leitura para os caixotes, onde confluíram texto e imagens com a síntese das principais regras de separação de resíduos produzidos em ambiente de trabalho, disponibilizadas pela Valorsul e cartazes informativos sobre o projeto para afixar junto de cada ecoilha; (ii) para transmitir o novo procedimento, organização de reuniões com diretores/presidentes de departamentos/centros de investigação e respetivos secretariados; a execução começou pelo Pavilhão de Civil, com reuniões que decorreram em Outubro e Novembro de 2022; (iii) organização de sessões de esclarecimento para a população de cada pavilhão. (iv)  organização de ações de formação para as equipas de limpeza.

Avaliação e Monitorização

No processo de monitorização e avaliação do impacte do projeto foi desenvolvida uma análise ambiental preliminar de resíduos no Campus da Alameda IST. Os indicadores Gerais foram retirados do software SimaPro, um software de Life Cycle Assessment (LCA). Este software tem uma base de dados profissional, EcoInvent, que inclui os inventários de diferentes materiais, permitindo uma análise completa de todos os processos envolvidos em cada cenário de recolha e tratamento de resíduos. Foi ainda usado o método Recipe, recomendado pela Comissão Europeia para estas análises. O Recipe mede 18 categorias de impacto. No documento que anexamos à esta candidatura, mostramos primeiro a categoria de Climate Change, medida pelo CO2 equivalente. Neste estudo considerou-se que todo os resíduos indiferenciados tratados na ValorSul são incinerados, com a respetivo aproveitamento de energia.

O cenário de separação segundo o procedimento do projeto “Técnico faz a diferença” apresenta melhorias evidentes em quase todos os indicadores. Estima-se que se poupe mais de 32 toneladas de CO2 equivalente.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Entre os aspetos inovadores da prática em termos internos:

  • transição de uma situação atual no IST onde não existe um procedimento sistemático de separação de resíduos para um modelo de separação de resíduos e recolha seletiva para diminuir drasticamente o impacto neste tema ambiental da instituição.
  • diminuição do impacte económico do procedimento de gestão de resíduos sólidos urbanos do IST para gerar capacidade de investimento nos equipamentos de separação e recolha.
  • implementação a separação de biorresíduos, tal como previsto pela Diretiva (UE) 2018/851, de maio de 2018, com obrigatoriedade a partir de 1 de janeiro de 2024, sendo um importante contributo na futura Estratégia Nacional de Bioeconomia Circular e também para o cumprimento do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 e do Plano Nacional de Energia e Clima.
  • colocação de compostores no espaço exterior, com a valorização interna dos biorresíduos e o reaproveitamento do composto nos jardins do campi.

Entre os aspetos inovadores da prática em termos externos:

  • desenvolvimento de um modelo/procedimento inovador de gestão de resíduos sólidos urbanos, com excelentes resultados de separação, acima das médias nacionais (58% de resíduos recicláveis separados, dos quais 16% de biorresíduos), replicável em outras instituições de ensino superior.

Pan – European Seal Young Professionals Programme

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Transferência de Tecnologia – Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI)

 

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico (IST) aderiu ao “Pan-European Seal Young Professionals Programme” (PES) como uma das universidades parceiras em 2020, através da assinatura de um Memorando de Entendimento com o European Patent Office (EPO) e com o European Union Intellectual Property Office (EUIPO), tendo já participado em três edições do Programa desde então. Encontra-se neste momento a decorrer o processo de seleção da quarta edição do Programa por parte do EPO e do EUIPO (ano letivo 2023/2024).

O PES é um programa de estágios promovido pelo EPO e pelo EUIPO em parceria com as melhores universidades Europeias, que visa dar a oportunidade a estudantes e recém-graduados, em início de carreira, de trabalhar durante um ano numa destas duas instituições de Propriedade Intelectual de enorme renome e relevância no cenário internacional.  O Programa é dirigido a candidatos das mais variadas áreas do conhecimento como, Ciência e Engenharia, Administração de Empresas, Direito, Relações Internacionais e Comunicação, Economia e Finanças.

O Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI) da Área de Transferência e Tecnologia (ATT) organiza a participação do IST neste Programa, divulgando o mesmo junto da comunidade do IST e coordenando e gerindo as candidaturas dos estudantes e recém-graduados, preparando, depois de recebidas e analisadas as candidaturas, duas shortlists distintas, de acordo com os critérios de admissão do EPO e do EUIPO e de acordo com a preferência dos candidatos, que são posteriormente enviadas a cada um dos institutos.

De uma forma geral, os estágios têm início em setembro de cada ano e as ações realizadas (ou a realizar) seguem a seguinte calendarização:

  • Janeiro – Envio de e-mail aos estudantes sobre o programa e sessão de lançamento e esclarecimento para a Comunidade do IST (NPI/ATT);
  • Janeiro a fevereiro – Receção das candidaturas do IST (NPI/ATT);
  • Fevereiro/março – Envio das shortlists dos candidatos ao EPO e ao EUIPO (NPI/ATT) e comunicação dos resultados aos candidatos;
  • Fevereiro/março – Envio de candidaturas dos alunos notificados pelo NPI/ATT ao EPO e ao EUIPO (Candidatos);
  • Maio/junho/julho – Entrevistas e seleção dos candidatos (pelo EPO e EUIPO);
  • Setembro – Início do estágio

Resultados Alcançados

O PES é promovido e implementado no IST desde 2020 e durante este período tem-se identificado uma grande adesão e entusiasmo por parte dos estudantes e recém-graduados do IST.

Em 2020, o IST recebeu 21 candidaturas e foram selecionados pelo IST os 21 estudantes candidatos, tendo 6 deles sido integrados como estagiários (2 no EUIPO e 4 no EPO).

Em 2021, o IST recebeu 60 candidaturas e foram selecionados 39 estudantes, tendo 9 deles sido integrados como estagiários (2 no EUIPO e 7 no EPO), sendo que 4 dos estagiários do EPO fizeram o “year 2” do programa em 2022, isto quer dizer que foram selecionados internamente por aquele instituto, pela qualidade da sua prestação.

Em 2022, o IST recebeu 53 candidaturas e foram selecionados 17 estudantes, tendo 8 deles sido integrados como estagiários (3 no EUIPO e 5 no EPO).

Em 2023, o IST recebeu 25 candidaturas e foram selecionados 16 estudantes, estando a decorrer o processo de seleção pelo EPO e pelo EUIPO.

Em 2023, o EPO definiu que apenas podiam candidatar-se alunos que prevejam entregar a dissertação/tese antes do início do estágio (setembro do ano para o qual concorreram), justificando a diminuição do número de candidaturas.

Os objetivos delineados para a dinamização desta atividade no IST têm como foco a capacitação dos estudantes e recém-graduados numa área de atividade frequentemente desconhecida dos mesmos, promovendo ao mesmo tempo uma experiência numa entidade de renome internacional (EUIPO ou EPO) e num ambiente profissional multicultural.

Em 2021, no âmbito da comemoração do Dia da Propriedade Intelectual, a 26 de abril, o programa foi dado a conhecer à comunidade do IST e alguns testemunhos de participantes no programa foram disponibilizados através de uma notícia[1].

Estes 4 testemunhos recolhidos confirmam a importância, o potencial e a concretização dos objetivos do programa.

[1] https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/pan-european-seal-programme-uma-oportunidade-de-aprendizagem-permanente-em-torno-da-propriedade-intelectual/

Avaliação e Monitorização

Ao longo das 4 edições em que o IST participa neste programa, foram feitos alguns ajustes à forma de implementação do mesmo, tendo em conta a experiência dos anos anteriores. Os estudantes começam por candidatar-se ao Programa junto do IST com o preenchimento de um formulário, que tem sido alterado, ao longo deste período, no sentido de ir mais ao encontro daqueles que são os critérios de seleção aplicados pelo EPO e pelo EUIPO.

Este ano, pela primeira vez, foi feita uma sessão de esclarecimento em janeiro com o objetivo de esclarecer e incentivar a mais candidaturas por parte dos estudantes. A ideia desta sessão, partiu também da experiência dos anos anteriores, em que se verificaram algumas dúvidas no processo de candidaturas.

A sessão foi dinamizada pelo NPI, tendo sido convidados dois atuais estagiários do EPO. A sessão (realizada por Zoom uma vez que os estagiários se encontram em Munique) teve uma participação ativa da audiência, com perguntas sobre a envolvência, o trabalho no EPO e a vida em Munique.

Numa perspetiva de melhor avaliar a implementação do Programa, até ao momento, e a sua relevância para a comunidade do IST, pretende-se formular um questionário para antigos participantes do programa, para obter mais objetivamente um feedback sobre a sua experiência nestas organizações. Numa edição passada (2020/2021) foi, inclusivamente, realizada uma reunião com os participantes colocados no EPO, com o objetivo de perceber como estavam a correr os estágios e como tinha sido a experiência do processo de seleção, da qual resultou a notícia mencionada no ponto anterior.

Está planeada a criação de um questionário a ser enviado anualmente aos candidatos colocados em futuras edições, para que se possa obter mais feedback sobre a experiência vivenciada e as suas opiniões.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Através da participação neste programa, é dada a oportunidade aos estudantes e recém graduados de trabalharem, durante 1 ano, num contexto multicultural, aprendendo sobre uma área (Propriedade Intelectual) sobre a qual existe um grande desconhecimento, ganhando experiência profissional e aprendizagem “on-the-job”, remunerada, com o acompanhamento de um tutor e aconselhamento profissional. Poderão, a partir desta experiência decidir prosseguir as suas carreiras na área da Propriedade Intelectual, em todas as suas variadas vertentes. De qualquer forma, não sendo este o caminho a percorrer, quer em futuros projetos de investigação em que sejam integrados, quer enquanto estudantes de doutoramento, quer no mundo empresarial, terão adquirido experiência de extrema relevância para o seu futuro profissional, beneficiando qualquer instituição com que estejam a colaborar.

Por outro lado, estes estudantes irão adquirir conhecimentos e metodologias de trabalho que, posteriormente, na possibilidade de ingressarem no mercado de trabalho nacional, poderão ajudar a uma evolução e a uma aproximação daquilo que é o desenvolvimento desta área ao nível internacional, contribuindo para a economia nacional.

A participação neste Programa está também aberta a outras universidades nacionais que pretendam candidatar-se a parceiras, e que cumpram os critérios definidos pelo EPO e pelo EUIPO. A entrada do IST para esta rede pode também ser um testemunho importante para a promoção deste tipo de iniciativas que beneficiam, os estudantes, funcionando como uma porta de entrada no mercado de trabalho, a comunidade universitária, pelo conhecimento adquirido e networking estabelecidos e a sociedade em geral, pelo desenvolvimento desta área no nosso país.

Formação Interna na Direção de Recursos Humanos

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Ana Lucas, Dina Davide, Rui Silva e Nuno Riscado

 

Implementação da Prática

A formação interna da DRH (FIDRH) foi implementada em 2021 e decorre bianualmente, tipicamente nos períodos de maio a junho e de outubro a novembro.

Tem como destinatários, todos os trabalhadores da Direção de Recursos Humanos:

  • Assessoria Técnica
  • Núcleo de Atendimento e Documentação
  • Núcleo de Docentes e Investigadores
  • Núcleo de Prestação do Trabalho
  • Núcleo de Remunerações, Proteção Social
  • Núcleo de Técnicos, Administrativos e Bolseiros
  • Núcleo de Formação e Desenvolvimento

Os programas da formação da FIDRH, são definidos de acordo com necessidades identificadas conjuntamente pelos Coordenadores dos Núcleos e pelos colaboradores da DRH e integra do plano de atividades da DRH e o Plano de Formação do Núcleo de Formação e Desenvolvimento.

A FIDRH tem como principais intuitos proporcionar a partilha de informação entre os Núcleos da DRH, de forma a potenciar a comunicação e clarificar as atividades e procedimentos que são partilhados entre alguns Núcleos da DRH; capacitar os trabalhadores com novas competências; sedimentar e/ou aumentar conhecimentos, em temas específicos, devidamente identificados.

A equipa técnico pedagógica, designadamente, os formadores são elementos dos Núcleos da DRH ou elementos externos à DRH, mas responsáveis por Núcleos ou procedimentos partilhados com a DRH.

As ações de formação decorrem em dias e horários alternados, de forma a proporcionar a oportunidade de participação a todos os colegas, sem comprometer o normal funcionamento do serviço, sendo o período de realização da formação previamente acordado entre todos os Coordenadores da DRH, havendo assim um compromisso quando ao envolvimento e participação das equipas na formação.

Em cada edição da FIDRH, um dos Núcleos da DRH é eleito e tem a oportunidade de apresentar, evidenciando, as suas competências, objetivos e atividades, beneficiando os colegas, com a partilha de informação sobre atividades profissionais afetas ao Núcleo.

Desenvolveram-se até ao momento 3 edições da FIDRH, cada uma com um programa de formação distinto, mostrando-se a título exemplificativo o Programa da 2.ª Edição:

  • Módulo 1 – Férias: Núcleo de Prestação do Trabalho, 1h30;
  • Módulo 2 – O Papel da Assessoria Técnica na DRH: Assessoria Técnica, 2 horas;
  • Módulo 3 – Workshop Comunicação na DRH: Assessoria Técnica, 2 horas;
  • Módulo 4 e 5 – Inglês Técnico em Recursos Humanos: Núcleo de Docentes e Investigadores, 3 horas.

Resultados Alcançados

Ao longo das 3 edições da FIDRH (2 concluídas e uma a decorrer), realizaram-se 12 ações de formação, com um total de 169 participantes, representando um valor médio de 14 formandos por ação de formação.

Em todas as edições é aplicado um Questionário de Satisfação a todos os participantes.

Considerando os resultados obtidos, é possível concluir que a formação interna é altamente valorizada e apreciada pelos trabalhadores da DRH, sobretudo considerando os indicadores globais avaliados:

  • Satisfação Global com a Formação, medida numa escala de 1 a 7 em que 1 é Totalmente Insatisfeito e 7 é Totalmente Satisfeito, 5,9 valores (1ª edição), 6,3 (2ª edição) e 6,0 (3ª edição).
  • Correspondência das Expetativas, medida numa escala de 1 a 7 em que 1 é Totalmente não correspondidas e 7 é Totalmente correspondidas, 5,7 valores (1ª edição), 6,2 (2ª edição) e 6,0 (3ª edição).

Estes indicadores permitem-nos concluir que a formação desenvolvida cumpriu os objetivos primordiais, que eram favorecer a interação dos trabalhadores através da partilha de conhecimentos e informação pertinente, bem como a aquisição de novas competências, nomeadamente sobre o Inglês Técnico.

Do ponto de vista qualitativo, considera-se igualmente positivo o elevado envolvimento dos diversos Núcleos e Assessoria Técnica, quer ao nível dos Coordenadores e respetivas equipas.

Avaliação e Monitorização

O questionário on-line, e anónimo, enviado por e-mail no final de cada módulo a todos os participantes, tendo sido registada uma taxa de resposta média de 90%, distribuída da seguinte forma, 88% na 1ª edição (108 respostas), 82% na 2ª edição (46 respostas) e 100% na 3ª edição 100% de (5 respostas).

  • existiu um impacto positivo em todos os indicadores avaliados, em particular na satisfação global e expetativas cumpridas.
  • os colaboradores dos 6 Núcleos e Assessoria Técnica da DRH mencionaram que consideraram a formação dinâmica e a partilha de informação sobre as atividades e procedimentos, inerentes aos Núcleos, deveras importante para uma melhor interação entre serviços.
  • os formadores, também colegas da DRH, foram elogiados, na perspetiva em que apresentaram um discurso claro, esclarecedor e uma boa interação com os formandos.

Como aspetos a melhorar, ou a considerar, em futuras edições destaca-se a necessidade de:

  • formação no âmbito da comunicação e assertividade, entre colegas da DRH e no atendimento ao público e não só focada na comunicação da DRH nas Redes sociais;
  • formação em Inglês Técnico, mas mais abrangente, não só focada em RH.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A atividade é considerada inovadora pois foi a primeira atividade, formal, de formação interna a ser desenvolvida para os trabalhadores da DRH do IST, surgindo na sequência da identificação de necessidades formativas efetivas, e de uma crescente consciencialização face à importância da partilha de informação, comunicação e alinhamento entre os Núcleos e Assessoria Técnica da DRH.

Do ponto de vista da transferibilidade, a atividade poderá ser totalmente replicada por qualquer serviço e área do IST ou de outra Instituição de Ensino Superior que pretenda realizar uma formação direcionada e específica, no âmbito de procedimentos e atividades inerentes a um serviço e área específicos. A formação poderá ser aplicada e ajustada, dependendo do público-alvo, do tempo que à mesma se pretenda alocar, e dos recursos humanos, consoante os objetivos que se pretendam alcançar e adaptados aos recursos que nela se queiram investir.

A formação interna poderá ser gratuita, priorizando que o formador poderá ser um trabalhador do serviço, como realizado na Formação Interna da DRH, pois estará mais apto para partilhar e esclarecer a informação necessária e particular.

Do ponto de vista da transferibilidade interna, esta atividade pode beneficiar e ser beneficiada, podendo ser melhorada, adequando-se sempre às necessidades identificadas pelos trabalhadores. Desta forma, trata-se de um processo de melhoria contínua, traduzindo-se numa aquisição e atualização de conhecimentos e competências que reflitam um melhor desempenho profissional e de modo a potenciar o trabalho em equipa.

Dia Aberto do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Comunicação, Imagem e Marketing

 

Implementação da Prática

Apesar já serem organizadas várias atividades de portas abertas parcelarmente por departamentos ou núcleos de estudantes, o Instituto Superior Técnico não tinha uma atividade que incluísse toda a Escola e que convidasse a conhecer a atividade de Ensino e Investigação como um todo.

Em 2022 foi organizado pela primeira vez o Dia Aberto do Técnico, para o qual foi construído um programa de forma colaborativa com os departamentos de ensino, unidades de investigação e serviços de ligação ao exterior, com coordenação da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM).

O dia aberto consistiu em sete horas de programação que incluíram visitas a laboratórios, visitas a museus, palestras com investigadores, visionamento de documentário de investigador, dezenas de atividades experimentais e um concerto, bem como oferta de restauração propondo um espírito de desfrute do espaço do Técnico com entrada livre.

Essa iniciativa já começou a ser replicada, estando (no momento desta candidatura) a ser preparada a segunda edição.

A iniciativa teve coordenação geral de Joana Lobo Antunes (ACIM), com direção executiva de Pedro Garvão Pereira (ACIM) e contou com a colaboração ativa na organização da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, da Área de Transferência de Tecnologia, do Núcleo de Serviços Gerais, do Núcleo de Manutenção, do Núcleo de Design e Multimédia, dos Audiovisuais do GOP, para além do Núcleo de Apoio ao Estudante e Gabinete de Comunicação e Relações Públicas, bem como dos restantes membros da ACIM. Colaboraram ainda com presença em atividades o Gabinete de Admissões, Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional, Núcleo de Desenvolvimento Académico, Biblioteca, Embaixadores do Técnico, Direção de Infraestruturas Computacionais, Reprografia, LTI-DEQB, Núcleo de Segurança, Higiene e Saúde, Editora IST Press, Grupo de Cantares Tradicionais do Instituto Superior Técnico, Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico, Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico.

Resultados Alcançados

Para a produção do 1º Dia Aberto do Técnico foram envolvidos os serviços acima indicados, os dez departamentos, as 23 unidades de investigação e os núcleos de estudantes com atividades experimentais ou demonstrações (Aerotec, FST Lisboa, Game Dev Técnico, Rob 9-16, IEEE IST Student Branch, PSEM, Técnico Solar Boat, TLMoto, Fórum Civil e Fórum Mecânica) bem como o projeto Técnico Sustentável. Foi também relevante agirmos em coprodução com a Associação de Estudantes do Técnico, que cederam a tenda alocada para a job shop e programaram uma secção de “mini-cientistas”.

Tivemos nos 1.000 m2 de tenda a Feira de Ciência com a mostra de 50 projetos. Fizemos 58 slots de um total de 23 visitas em laboratórios e museus, decorreu a palestra “Explica-me como se tivesse cinco anos” com a professora Isabel Ribeiro para estudantes do 1º ciclo, exibimos o filme “PaleoMoz” com a presença do realizador e investigador, houve momento musical para parabéns e bolo de aniversário e um concerto de música clássica, bem como uma área de refeições com seis carros de streetfood.

Acolhemos um total de 1300 visitantes, incluindo:

  • 164 crianças de 5 anos e 1º ciclo para a palestra “Explica-me como se tivesse 5 anos – como fazer um robot?”, com a prof. Isabel Ribeiro
  • 420 crianças de 1º ciclo de 7 escolas e creches das imediações do Técnico na Feira de Ciência
  • 700 visitantes das restantes faixas etárias e públicos à Feira de Ciência.

Ficámos com o registo desse dia em arquivo no site de 2022[1], reservando o https://diaaberto.tecnico.ulisboa.pt/ para ser usado a cada ano o mesmo link, mantendo os materiais de divulgação atualizados em permanência.

[1] https://diaaberto2022.tecnico.ulisboa.pt/

Avaliação e Monitorização

Este primeiro ano não foi feito um inquérito aos visitantes, apenas uma análise de avaliação do evento e satisfação aos participantes do Técnico (serviços, departamentos de ensino, unidades de investigação, núcleos de estudantes e organização).

Todos concordaram com a importância da organização de um dia comum, que serve não apenas para a comunicação do Técnico com o exterior, mas também para a comunicação interna entre estruturas que nunca se cruzam mesmo habitando o mesmo espaço. Foi apontado pela quase totalidade dos participantes a importância para o sentimento de pertença a algo ainda mais relevante para a sociedade quando visto na globalidade.

Foi também apontado como muito relevante conseguir-se mostrar aos visitantes a variedade, diversidade e quantidade de áreas científicas incluídas no Técnico, e sublinhamos um comentário de um visitante do 1º ciclo que afirmou “como é que vocês são todos colegas se fazem coisas tão diferentes?”.

Os participantes foram unânimes em apoiar a continuidade da iniciativa, que tem 2ª edição marcada para dias 19 e 20 de maio – na altura em que escrevemos esta candidatura temos cerca de 700 visitantes de escolas inscritos (um incremento de quase 100% do ano anterior) e mais de 1000 visitantes individuais (incremento de 50% em relação ao ano anterior).

Em 2022 a opção foi a de fazer apenas um dia, durante a semana, no dia do aniversário do Técnico. Em 2023 a opção foi a de desfazer o dia das escolas e o das famílias, recebendo à exta feira grupos escolares e no sábado famílias e visitantes individuais. Faremos o balanço no final do evento, que poderemos apresentar mais à frente.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O formato Dia Aberto é já bem conhecido e implementado em inúmeras faculdades e unidades de investigação em todo o mundo. Em contexto universitário, em geral o conceito “Dia Aberto” refere-se apenas a marketing institucional, pretendendo ser uma montra da oferta formativa. No Técnico, decidimos fazer um formato que privilegia a mostra de ciência das várias áreas de atuação da Escola, não deixando de ter uma banca institucional para que quem tenha interesse possa encontrar quem faça esses esclarecimentos. O que notamos foi que havia mais interesse pela produção do conhecimento, a interação com estudantes e investigadores e a apreensão do bom ambiente vivido pela Escola.

Este evento apenas foi possível organizar dada a dinâmica já bem implementada pelo grupo de comunicação das unidades de investigação (Boa Prática Observist 2021) e pelo grupo de comunicação dos departamentos de ensino (Boa Prática Observist 2022), cujo trabalho continuado permite acionar os mecanismos de alavancar uma participação coletiva robusta, que seria de difícil implementação até à data.

A Área de Comunicação, Imagem e Marketing tem vindo a implementar várias estratégias digitais de comunicação com o exterior pela comunicação da ciência e tecnologia, nomeadamente o programa de divulgação científica “Explica-me como se tivesse cinco anos” (Boa Prática ObservIST 2021) e as campanhas para redes sociais (Boa Prática ObservIST 2021 e 2022), pelo que foi ambição passar ao formato presencial. Sabendo que perderíamos impacto do alcance de pessoas, ganharíamos na proximidade e empatia com os visitantes, e consideramos que a continuação de um formato misto é a chave para alcançar maior notoriedade e continuar a robustecer a reputação do Técnico enquanto produtor de ciência e conhecimento. A Escola tem enorme prestígio nacional e internacional na área do Ensino, e foi identificada como área possível de crescimento a da divulgação científica. A implementação de uma prática de Dias Abertos é imprescindível para esta implementação no terreno.

ScientIST: Experiências no Domínio da Engenharia Biomédica Suportadas em Dispositivos Móveis, Serviços Cloud e Internet das Coisas (IoT)

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Educação | 2023

Hugo Plácido da Silva e Ana Nobre Fred

 

Implementação da Prática

Os dispositivos móveis (ex: smartphones e/ou tablets), serviços cloud e IoT, encontram-se perfeitamente disseminados na comunidade académica. A prática ScientIST foi iniciada com a missão de explorar a utilização destas tecnologias para enriquecer a experiência de ensino, no domínio da Engenharia Biomédica. Está totalmente alinhada com o novo modelo pedagógico do IST, potenciando paradigmas de estudo autónomo e aprendizagem baseada em projetos. As principais ações centraram-se em:

  1. Desenvolvimento de hardware IoT específico para aplicações biomédicas[1];
  2. Desenvolvimento de software para aquisição, análise e processamento de biossinais[2];
  3. 3)Criação de conteúdos de suporte ás atividades pedagógicas[3];
  4. Constituição de um núcleo/grupo de alunos (em várias fases de formação) que assegure a sustentabilidade da prática[4];
  5. Implementação da prática nas atividades experimentais e laboratoriais de várias UCs relacionadas com instrumentação, aquisição, processamento e classificação de sinais biomédicos, estando também gradualmente a ser introduzida nas UCs de PIC 1, PIC 2, e Teses de MSc e PhD.
  6. Expansão da prática além do Departamento de Bioengenharia (DBE), sendo já parcialmente utilizada no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC), e estando a ser projetada a extensão ao Departamento de Engenharia Informática (DEI).

A implementação começou no ano letivo de 19/20 com o Projeto de Inovação Pedagógica (PIP) “ScientIST”, continuando a ser adoptada e até expandida com os PIP 20/21 “ScientIST NOTES”, PIP 21/22 “ScientIST SENSE”, e PIP 22/23 “ScientIST SENSORS”.

O investimento direto do IST foi de ~€20k, complementado pelo Instituto de Telecomunicações (IT) com ~€80k. Até ao momento colaboraram ~20 pessoas.

[1] https://www.scientisst.com/sense

[2] https://sense.scientisst.com

[3] https://github.com/scientisst/notebooks

[4] https://www.linkedin.com/search/results/people/?keywords=scientisst&origin=SPELL_CHECK_REPLACE&sid=-e%2C&spellCorrectionEnabled=false

Resultados Alcançados

A prática ScientIST está em utilização regular nas UCs de: Introdução à Engenharia Biomédica (A1-P4); Fundamentos de Bioinstrumentação (A3-P1); Projeto Integrador de 1º Ciclo em Engenharia Biomédica (A3-S1 & S2); Instrumentação e Aquisição de Biosinais (A4-P3); Aprendizagem Automática em Bioengenharia (A5-P1); Projeto Integrador de 2º Ciclo em Engenharia Biomédica (A5-S1 & S2); Projeto Integrador de 2º Ciclo em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (A5-S1 & S2); Projeto Integrador de 2º Ciclo em Engenharia Eletrónica (A5-S1 & S2); Dissertação de Mestrado em Engenharia Biomédica (A5-S2); Dissertação de Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (A5-S2); e Dissertação de Mestrado em Engenharia Eletrónica (A5-S2). Está também a ser utilizada em vários trabalhos atualmente em curso no Programa Doutoral em Engenharia Biomédica.

Entre as várias UCs, a prática beneficia (ou já beneficiou) mais de 400 estudantes do IST em todos os ciclos de estudo. Foi utilizada (ou está em utilização) em mais de 20 trabalhos de projeto integrador, teses de Mestrado, e teses de Doutoramento no IST. Além do DBE, a prática já foi adotada também em atividades do DEEC, estando a ser discutida a extensão a atividades do DEI, abrangendo por isso 3 departamentos a nível do IST. A Diferentes componentes da prática ScientIST já foram (ou estão a ser) adotados em atividades de 3 outras instituições de ensino superior, nomeadamente os ScientIST NOTES na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal (UC de Telemedicina), e o ScientIST SENSE na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (em Dissertações de Mestrado e Doutoramento).

Do PIP ScientIST resultou numa publicação em revista internacional com arbitragem científica[1], tendo a mesma sido escolhida como artigo de capa do volume[2]. Foi ainda submetido um abstract relativo aos ScientISST NOTES, aceite para publicação na edição 2021 da Conferência Internacional da Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia (CISPEE); a apresentação realizada na CISPEE foi distinguida com uma menção honrosa no “Best Presentation Award”. Para mais, a prática ScientIST contribuiu de forma significativa para alavancar a spin-off Binedge.ai[3], oficialmente incorporada em 2023.

De um modo geral, a prática ScientIST mostrou resultados promissores nos vários casos de uso em que foi aplicada, nomeadamente no estudo autónomo, criação de relatórios de experiências laboratoriais durante aulas, e aquisição e processamento de dados. A implementação da prática decorreu dentro do previsto, tendo inclusive excedido o plano inicial em várias das componentes, tais como o número de módulos ilustrativos, desempenho do hardware, e número de sensores disponíveis.

[1] https://www.mdpi.com/2624-6120/1/2/6

[2] https://www.mdpi.com/2624-6120/1/2

[3] https://binedge.ai/

Avaliação e Monitorização

A prática ScientIST tem sido objeto de um processo de monitorização e melhoria contínua, maioritariamente com base em inquéritos e questionários aos discentes. Para aferir a perceção quanto à componente de hardware, foi realizado um estudo piloto utilizando a System Usability Scale (SUS), na qual a pontuação geral obtida foi de 78,68%. Uma das limitações identificadas foi o desempenho da placa “off-the-shelve” Arduino MKR WIFI 1010 que adotámos inicialmente, o que motivou o desenvolvimento de raiz de uma base de hardware própria[1], conduzindo ao PIP ScientIST SENSE. Outras limitações identificadas foram o número reduzido de sensores disponíveis e a falta de uma aplicação para comunicar com o hardware diretamente a partir do computador, o que motivou a criação de software de suporte[2] e o desenvolvimento de novos sensores (PIP ScientIST SENSORS).

Relativamente aos conteúdos de suporte (PIP ScientIST NOTES), procurámos perceber a recetividade tanto do lado dos discentes como dos docentes. No caso dos discentes, foi realizado um questionário àqueles que já tinham tido contacto prévio com a prática. No caso dos docentes, foram realizadas entrevistas tanto a professores que não tivessem conhecimento do projeto como a quem já tivesse contacto com o mesmo. No que respeita à utilidade, grande parte dos alunos reconhece a importância dos recursos para compreender melhor os conteúdos lecionados nas aulas. Relativamente à organização, os alunos que conheciam a prática afirmaram gostar da sua estruturação. Mais de 80% dos alunos prefere a prática ScientIST por comparação com os métodos convencionais, sendo que 41.7% indicaram que esta preferência depende do conteúdo lecionado envolver programação.

A prática tem vindo a ser aplicada num conjunto muito diversificado de UCs. No geral, o feedback recolhido é bastante positivo; uma análise de saliência a questões abertas realizadas aos discentes sobre a sua opinião revelou como aspetos positivos a “facilidade de utilização”, “praticidade”, e “portabilidade” da prática. Para além dos conhecimentos técnicos, a metodologia ScientIST introduz os discentes a componentes práticas importantes para a sua formação, permite-lhes a aplicação dos conhecimentos adquiridos, e expõe os discentes a literatura científica e técnica relevante para a sua área de formação. Contribui ainda para o reforço das suas soft skills.

[1] https://www.scientisst.com/sense

[2] https://github.com/scientisst

Carácter Inovador e Transferibilidade

A utilização de dispositivos móveis, de que a grande maioria dos discentes e docentes dispõe (por exemplo smartphones e tablets), como uma extensão das ferramentas de ensino, é um tópico relativamente inexplorado e de carácter fortemente inovador a nível global. Para mais, a prática ScientIST deu origem a tecnologias cloud e IoT que vão além do estado da arte, tais como a plataforma ScientIST SENSE desenvolvida no IT/IST. Da combinação destas tecnologias, e tirando o maior partido de cada uma delas, está a ser possível desenvolver uma abordagem de ensino mais rica e inovadora, beneficiando da apetência crescente dos discentes para as mesmas.

Os discentes reconhecem como particularmente vantajosa e inovadora, por comparação com as abordagens clássicas utilizadas até então, a utilização de ferramentas interativas e baseadas na web como uma extensão dos recursos de ensino ao dispor do corpo docente. O hardware ScientIST SENSE constitui uma nova plataforma de hardware de baixo custo, baseada no SoC ESP32, com conectividade WiFi, Bluetooth, e BLE, frequência de amostragem superior a 4kHz (uniforme) e 8 canais com até 24-bit de resolução. Além de canais analógicos, são disponibilizados também canais digitais, nomeadamente I2C e SPI, cada vez mais utilizados, sendo o firmware reprogramável facilmente a partir do Arduíno IDE.  De acordo com o nosso melhor conhecimento, esta plataforma tem características únicas a nível mundial no domínio da Engenharia Biomédica.

Como resultado do processo de avaliação e monitorização, foi possível perceber que os alunos reconhecem uma melhor compreensão dos conteúdos, e que o trabalho laboratorial se torna mais prático. Das entrevistas aos docentes, foi apontada como inovadora a integração de conteúdos diversificados, permitindo ilustrar melhor os conceitos teóricos com recurso a recursos interativos, bem como a maior liberdade para os alunos aprenderem ao seu ritmo. A prática ScientIST pode ser imediatamente transposta para outros cursos no IST (para além do DBE) e até escalada para outras universidades, tanto a nível nacional como internacional. É já utilizada em algumas atividades do DEEC, estando a ser planeada a sua introdução também no DEI. Como indicado anteriormente, partes desta prática estão a ser utilizadas também por 3 outras instituições do ensino superior nacionais.

Programa de Formação de Delegados

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano● 2022

Programa de Formação de Delegados

https://conselhopedagogico.tecnico.ulisboa.pt/delegados

Implementação da Prática

O Programa de Formação de Delegados (PFD) é direcionado aos Delegados de Ano dos cursos dos 1º, 2º e 3º ciclos do Instituto Superior Técnico (IST), que pretende não só providenciar as ferramentas e conhecimento necessários ao exercício do cargo, como a responsabilização de quem o desempenha.

O PFD é uma das iniciativas da Comissão para o Corpo de Delegados (CCD) do Conselho Pedagógico (CP) do IST, uma comissão permanente do CP constituída apenas por estudantes do órgão que assegura a eleição dos Delegados dos pares ano-curso dos 1º, 2º e 3º ciclos, e promove acompanhamento e formação ajustados às necessidades dos Delegados.

A 1ª formação realiza-se após a eleição dos Delegados, tipicamente em outubro. A última é usualmente realizada na semana de preparação para os exames de recurso do 2º semestre. Assim, o PFD cobre o ano letivo e as formações são calendarizadas para alturas em que a informação será útil para os Delegados. As formações do PFD focam-se em temas como liderança, gestão de tempo, gestão de conflitos, funcionamento do IST ou comunicação.

A 1ª edição realizou-se em 2017/18, estando em 2021/22 na sua 5ª edição. Os Delegados que realizem o mínimo de formações definido e cumprirem as suas funções são reconhecidos pelo IST com a atribuição do Estatuto de Delegado no Fénix, permitindo ao Delegado colocar a sua função no Suplemento ao Diploma, tal como acesso à Época Especial.

As principais funções dos Delegados prendem-se com a identificação e promoção da resolução de problemas de índole pedagógica; representação dos seus colegas; preenchimento dos Relatórios de Delegado QUC e participação na Comissão Pedagógica de curso.

À CCD compete organizar o PFD, contudo é vital a cooperação com outras entidades para certas formações, nomeadamente, o Núcleo de Desenvolvimento Académico, o Núcleo de Estatística e Prospetiva, o Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais e a Área de Comunicação, Imagem e Marketing.

Resultados Alcançados

Na sua 1ª edição, o PFD era constituído por 7 formações. As formações eram agrupadas em 4 níveis. O primeiro tinha 3 formações (Procedimentos Comuns, Reuniões de Calendarização e Avaliação e, Feedback e Feedforward). Um segundo grupo era constituído por 3 formações (Gestão de Conflitos, Funcionamento do Técnico e, Conversas Difíceis e Assertividade). Neste ano, 4 Delegados obtiveram o reconhecimento, dos 82 em funções.

Na 2ª edição foi utilizado um sistema de pontos, em que cada formação tinha uma pontuação equivalente e em que os Delegados tinham que alcançar um valor mínimo para o reconhecimento. Um total de 70 Delegados participou nas formações, mas apenas 42 dos 121 Delegados eleitos tiveram o mínimo para o reconhecimento.

Na 3ª edição, tiveram reconhecimento 82 Delegados dos 131 eleitos ou nomeados.

Na 4ª edição, o número de Delegados com reconhecimento atingiu o máximo de 83 dos 131 eleitos ou nomeados.

Nesta 5ª edição, o programa está dividido em 3 grupos consoante: soft skills, hard skills e essential skills. O primeiro grupo (soft) é constituído pelas formações de Feedback & Feedforward, Ética e Conversa com CP. No segundo grupo (hard) estão as formações Introdutória (às funções), Comunicação, Funcionamento do Técnico, Dia dos Delegados e uma Sessão de Partilha (de vivências no cargo). Para o reconhecimento do cargo, o Delegado terá de realizar uma formação hard e uma formação soft. As formações do grupo essential são formações de cariz obrigatório e nesse grupo estão as formações QUC & R3A e Preparação Comissão Pedagógica.

O reconhecimento de apenas 4 Delegados no primeiro ano mostra a falta de interesse, de reconhecimento e de responsabilização que o cargo de Delegado tinha na Escola. A CCD foi criada no CP para melhorar estes aspetos. Atualmente é notável o reconhecimento e motivação em “ser Delegado”, existindo cursos nos quais são os próprios Delegados a incentivar os colegas a candidatarem-se ao cargo. Também é notório o aumento da responsabilização dos Delegados e a forma como estes interagem com a Escola, nomeadamente com os Coordenadores de curso. Exemplos são a elevada participação dos Delegados nas Comissões Pedagógicas de curso para elaboração do calendário e dos métodos de avaliação para os seus anos-cursos e o aumento das respostas dos Delegados aos QUC, tendo vindo a subir a taxa de resposta dos Delegados, estando atualmente a rondar os 90%, face aos menos de 70% da 1ª edição. Em relação às formações em si, na 4ª edição foi obtida uma taxa média de 56% de assistência. A formação mais assistida teve a presença de 90 dos 131 Delegados. Este ano, os valores são idênticos.

Deste modo, é possível demonstrar que o PFD tem influência direta ou indireta nos mais de 11 mil alunos do IST, assim como nos mais de 900 docentes e investigadores. O PFD permitiu mobilizar alunos (não só os Delegados) para a representação estudantil, envolvendo-os para a resolução dos problemas da comunidade do IST.

Avaliação e Monitorização

Nas primeiras três edições cada formação era avaliada pelos Delegados, que caracterizavam a formação em diversos aspetos, respondendo a um inquérito online, com respostas rápidas (seleção) e com respostas abertas. Esta estratégia ajudou ao melhoramento do PFD, uma vez que os Delegados apontaram diversas sugestões de melhoria.

Na 4ª e 5ª edições, a monitorização decorre de forma diferente, uma vez que a CCD tem outras iniciativas onde contacta regularmente com os Delegados. Parte da monitorização é realizada mensalmente, dado que a restante monitorização decorre em dois tempos: a meio do PFD os Delegados são questionados sobre o desenvolvimento do mesmo, e no final existirá uma sessão de partilha de experiências onde um dos pontos é também este.

Mesmo assim, em todas as formações infere-se informalmente os Delegados acerca dos conteúdos e da forma de apresentação dos mesmos.

É competência da CCD planear e identificar pontos de melhoria no PFD. De entre alguns estudos desenvolvidos pela CCD constam ideias como a digitalização de partes do PFD (formações com conteúdo disponível online, por exemplo em vídeo ou partilhas escritas), e criação do kit do Delegado com todos os documentos e notas úteis ao exercício das funções, a realização de formações com entidades externas ao IST ou a abertura de algumas formações a outros membros da comunidade do IST que demonstrem interesse em assistir às formações. O sistema de avaliação e de monitorização do PFD tem permitido melhorar o funcionamento do mesmo.

Na 4ª edição o PFD foi reforçado com uma iniciativa denominada “Telefonema do CP” que permite aproximar a CCD de todos os Delegados. Esta iniciativa vem complementar o PFD, uma vez que permite um acompanhamento regular por parte da CCD, ajudando à resolução de problemas reais e concretos do seu curso e fortificando as relações entre os Delegados e a CCD. Este telefonema também permite receber feedback direto dos Delegados e melhorar o PFD. Por outro lado, permite ainda recolher informações dos Delegados que são compiladas pela CCD e analisadas pelo CP de modo a monitorizar e melhorar as práticas pedagógicas no IST. Formações como a atual QUC & R3A foram incluídas por sugestão dos Delegados.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador do PFD e a eleição de Delegados dos estudantes teve já eco noutras instituições de Ensino Superior. Em concreto, a Universidade do Minho convidou membros da CCD a participarem num debate para convergência e transferibilidade de ideias. Este trabalho de divulgação externa teve início em 2021, quando o PFD foi apresentado e analisado na conferência CISPEE2021, tendo inclusivamente sido publicado um abstract. Também se considera que esta prática pode ser transferida para outras instituições da Universidade de Lisboa, criando-se um programa de formação mais amplo, havendo interação entre os Delegados dos estudantes das diversas faculdades/institutos. A partir desta 5ª edição, e já tendo um historial, dados concretos e experiência passada, começa-se a pensar em partilhar mais eficazmente esta iniciativa.

No IST, o PFD poderá ser aplicado a outros subgrupos da comunidade do IST, tanto a nível de oferecer formação, como de reconhecer os seus elementos que optem por receber esse conhecimento. Esta prática terá mais interesse em subgrupos com funções diferenciadas e/ou de representação (por exemplo, os Coordenadores de curso), de modo a fomentar a passagem de conhecimento, nomeadamente em relação a regulamentos, guias, funcionamento das estruturas do IST. As formações do PFD focam-se em temas como liderança, gestão de tempo, gestão de conflitos, funcionamento do IST, comunicação. O IST poderia ter formações regulares para grupos especiais da sua comunidade, certificando os mesmos para as suas tarefas. Neste sentido, permitiria a passagem de conhecimento e da realidade/tradição do que é o IST, responsabilização dos seus elementos e criação de uma maior união e transparência da comunidade ou dos seus subgrupos. Permitiria também mobilizar e envolver os membros da comunidade nestas funções mais específicas.

Como referido nos pontos anteriores, o PFD capacita os Delegados, influenciando toda a comunidade (não só os estudantes). Se outros programas idênticos forem criados, mais elementos serão envolvidos, havendo influência também para o resto da comunidade, tal como acontece com o PFD.

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

terça, novembro 8th, 2022

Promoção da saúde mental e inclusão na comunidade académica do Técnico● 2022

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

http://mentalhealthclub.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

O “Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão” foi criado em 2020 como uma resposta à preocupação acerca deste assunto transmitida por elementos da comunidade académica do Técnico ao Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA). Assim sendo, o Clube nasceu como um ponto de encontro de caráter transversal para a promoção da saúde mental e inclusão no Técnico, através da organização de atividades de sensibilização e apoio ao estudante.

De entre as atividades desenvolvidas, destaca-se o projeto “BrainStorms”, iniciado durante a fase inicial da pandemia COVID-19 em co-promoção com elementos do NDA. Este projeto consiste num ciclo de conversas informais via Zoom (18 até à data), onde se abordam questões a nível de saúde mental e inclusão, que se percecionam problemáticas no seio da comunidade do Técnico (e.g., igualdade de género, sentimento de pertença, aulas a distância, gestão das emoções em tempos de pandemia). As sessões contam com oradores convidados com experiência nas várias questões abordadas e são transmitidas através do canal de Youtube do Clube. Neste contexto, é de notar a parceria estabelecida com o programa FAIL! (MIT (EUA); 2017), focado na gestão positiva do fracasso em ambientes académicos e profissionais.

Para além disto, o Clube promoveu a implementação de um programa de mentorado para estudantes de PhD junto com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação, e tem colaborado com diversos grupos da esfera Técnico tais como o QueerIST, o Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP), a AEIST ou o Núcleo de Estudantes Africanos do IST na organização de palestras. Mais recentemente, o Clube está ainda a promover um ciclo de sensibilização acerca de comportamentos aditivos (substâncias, jogo, FOMO, sexo; Março-Abril 2022) e sessões periódicas de partilha e meditação guiada.

Resultados Alcançados

O objetivo do Clube tem sido o desenvolvimento de iniciativas focadas na melhoria da qualidade de vida cognitiva e/ou emocional e promoção de uma melhor saúde mental na comunidade do Técnico. Embora a organização e formato das atividades a desenvolver se viu afetada pela pandemia, foi possível desenvolver um número significativo de iniciativas via Zoom.

Assim, o impacto positivo da constituição do Clube na comunidade Técnico viu-se materializado através do desenvolvimento das atividades que se seguem:

– Abordagem de 18 assuntos relacionados com a saúde mental, resiliência, adaptabilidade ou pertença ao Técnico, entre outros, através das sessões do projeto “BrainStorms”, disponíveis no canal de Youtube do Clube (https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ). Entre elas, destacam-se as sessões de “Estes tempos não são para fracos” com Ana Moniz; “Sanidade mental e ensino à distância: Missão impossível?” com Teresa Espassandim; “Desconfinar, mas devagar: Resiliência, Qualidade de Vida e Saúde Mental” com Catarina Rivero, “Comunicar com Inclusão” com Yolanda Tati e Joana Lobo Antunes, “Técnico no feminino – Mulheres na Engenharia” com Isabel Ribeiro, “LGBTQ? E há +? Identidade e Saúde Mental” com Delso Batista ou “Sou uma fraude!? – Lidar com a Síndrome do Impostor” com Andreia Santos.

– Colaboração com o programa FAIL! (https://fail-sharing.org), criado no MIT (EUA) em 2017, e cujo foco é promover a desestigmatização do fracasso em ambientes académicos e profissionais e na sociedade em geral. Foram organizadas três sessões no contexto das “Brainstorms” com Arlindo Oliveira, Zita Martins e Miguel Duarte como oradores convidados;

– Implementação do programa de mentorado para estudantes de PhD em colaboração com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação;

– Realização de atividades conjuntas com outros núcleos/grupos da comunidade do Técnico tais como o QueerIST, Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP) ou Núcleo de Estudantes Africanos do IST;

– Estabelecimento de uma parceria com a AEIST que visa desenvolver atividades focalizadas na saúde mental (e.g., ciclo de partilha, sessões de meditação guiada).

Avaliação e Monitorização

O Clube está atualmente formado por estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento assim como alumni e/ou investigadoras/es do Técnico, com formação em diversas áreas (e.g., informática, física, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia química). As/os voluntárias/os são responsáveis pela organização das atividades em termos de: (i) conceptualização; (ii) contacto com potenciais parceiras/os e/ou especialistas nos assuntos a abordar; (iii) calendarização e definição do formato (on-line, híbrido ou presencial); (iv) elaboração da estratégia de comunicação e divulgação da atividade nas redes do Clube e site do Técnico; (v) realização efetiva da atividade (criação de links, moderação); (vi) avaliação do impacto quantitativo da atividade (engajamento por parte da comunidade, número de participantes, respostas ao formulário posterior às sessões); e (vii) avaliação do impacto qualitativo (discussão entre os membros do grupo acerca dos principais pontos positivos e identificação de estratégias a melhorar no futuro).

Neste contexto, os principais impactos positivos do Clube têm sido confirmados através dos seguintes pontos:

– Número de seguidores nas redes sociais do Clube: Instagram (539; https://www.instagram.com/saudementalist/), Facebook (177; https://www.facebook.com/Student-Club-on-Mental-Health-and-Inclusion-IST-101432234814705/), Twitter (87; https://twitter.com/SaudeMentalIST) e LinkedIn (14; https://www.linkedin.com/groups/12474728/);

– Número de subscritores no canal de YouTube do clube (227; https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ) e número de visualizações das sessões do “BrainStorms” (>3775);

– Estabelecimento de parcerias materializadas na realização (passada e futura) conjunta de atividades/programas com mais do que 10 núcleos/grupos/associações da esfera Técnico (e.g., NDA, NAPE, CommUnity by EIT InnoEnergy, Clube de Estudantes de Doutoramento, Área de Pós-Graduação, Núcleo de Estudantes Africanos, Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente, Núcleo de Minas, WIP, AEIST, QueerIST).

Carácter Inovador e Transferibilidade

A vida académica consegue traduzir-se numa fase de alto peso emocional, de alta pressão social e pressão adicional autoimposta. Neste sentido, iniciativas que se proponham a promover a manutenção da nossa saúde mental e a desmistificar distúrbios psicológicos são muito importantes e essenciais no ambiente académico do Técnico. Sabe-se também que o isolamento constitui uma agravante para os problemas associados à saúde mental que é necessário mitigar. Assim, através da formação do Clube, tem sido possível chegar mais facilmente aos vários elementos da comunidade académica e incentivar reflexões que melhorem o bem-estar individual e coletivo. Para além disto, até à data, não existia nenhuma organização de estudantes dedicada especificamente às questões associadas à saúde mental e à forma como esta se associa com a noção de inclusão. Para além do impacto na comunidade do Técnico, a criação do Clube vem a manifestar-se como uma estratégia com potencial para ser replicada em outras instituições de ensino superior. De facto, atividades como o projeto “Brainstorms” ou o programa de mentorado para estudantes de PhD, tipicamente vindos de fora do Técnico e sem uma rede de apoio e suporte suficientemente abrangente, têm potencial para serem reproduzidos em outras instituições de ensino superior.

Grupo de Comunicação dos Departamentos do Técnico para a divulgação e organização de iniciativas de promoção do Ensino do Técnico.

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

Grupo de Comunicação dos Departamentos do Técnico para a divulgação e organização de iniciativas de promoção do Ensino do Técnico.

https://acim.tecnico.ulisboa.pt/

 

Implementação da Prática

O Grupo de Comunicação dos Departamentos é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta os vogais de comunicação/ligação à sociedade dos 10 Departamentos de Ensino do Instituto Superior Técnico. Foi criado em setembro de 2021, com a introdução de uma nova estratégia de comunicação da oferta formativa do Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada um dos Departamentos, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum.

Este grupo segue a mesma mecânica e dinâmica do Grupo de Comunicação das Unidades de Investigação, iniciado em 2019 e distinguido como Boa Prática ObservIST em 2021. Assim, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. conceção e desenvolvimento de atividades conjuntas de divulgação e promoção do ensino.

Os encontros mensais ocorrem regularmente desde Setembro 2021, onde tem sido possível receber contributos dos vários departamentos na implementação dos novos conteúdos sobre os cursos no website e na preparação de eventos futuros como o Dia Aberto e o Verão na ULisboa.

 

Departamentos:

– Departamento de Bioengenharia (DBE)

– Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares (DECN)

– Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil)

– Departamento de Engenharia e Gestão (DEG)

– Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC)

– Departamento de Engenharia Informática (DEI)

– Departamento de Engenharia Mecânica (DEM)

– Departamento de Engenharia Química (DEQ)

– Departamento de Física (DF)

– Departamento de Matemática (DM)

Resultados Alcançados

Das três atividades desenvolvidas, desenharam-se os seguintes objetivos:

  1. Promover o networking e o conhecimento de todos os responsáveis de comunicação dos Departamentos, de forma a promover uma maior interação entre as unidades resultando em uso mais eficiente dos recursos. RESULTADOS: a maioria das pessoas deste grupo não conhecia as restantes responsáveis de comunicação dos departamentos, neste momento todos se conhecem.
  2. Aproximar a estratégia de comunicação central do Técnico das necessidades de comunicação dos Departamentos. RESULTADOS: Partilha dos objetivos e ações da ACIM, com sensibilização para a participação nas respetivas ações desenvolvidas pela ACIM: eventos de divulgação virtual (ISTO É Técnico), levantamento dos laboratórios disponíveis para visitas escolares, formações sobre os cursos para as equipas que divulgam o Técnico e ainda identificação de objetos para o podcast 110 Histórias | 110 Objetos.
  3. Partilhar boas práticas que possam ser replicadas noutras unidades de investigação. RESULTADOS: a apresentação de projetos de cada Departamento (ex. Laboratórios Abertos, Semanas Temáticas, etc), permite às restantes adaptar e adotar para as suas realidades. Promoveu-se a possibilidade de entreajuda e colaboração, para a realização de iniciativas e resolução de problemas semelhantes.
  4. Partilha de experiências na utilização de ferramentas diárias. RESULTADOS: reestruturação das páginas públicas dos Departamentos, com a criação de páginas próprias em novo template, em substituição das atuais versões em Fénix. Colaboração com os Serviços Informáticos.
  5. Desenvolver projetos com impacto na ligação à sociedade. RESULTADOS: Deste grupo resultam os preparativos para o Dia Aberto do Técnico e iniciam-se os preparativos para o Verão na ULisboa 2022.

Avaliação e Monitorização

A participação da maioria dos membros nos encontros regulares mensais é uma medida do interesse que encontram nas reuniões e nos assuntos aí discutidos.

Os vários contributos ao longo das reuniões demonstraram também a pertinência do grupo, além da agilidade na organização de iniciativas de grande dimensão que envolvem todos os departamentos.

Prevê-se a aplicação de um inquérito de monitorização da atividade deste grupo no final do ano letivo, que façam também o balanço das iniciativas que estão a ser preparadas como o Dia Aberto e o Verão na ULisboa.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto é a existência de um grupo que agregue todos os Departamentos do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de novos programas. A existência deste grupo e a agilidade da sua comunicação interna tem permitido a coordenação de atividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico. A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. A ACIM já implementou o mesmo tipo de grupo com os responsáveis de comunicação das unidades de investigação e com os serviços do Técnico que trabalham com estudantes.

Treme-Treme Projeto Educativo

terça, novembro 8th, 2022

Investigação, Desenvolvimento e Inovação● 2022

Treme-Treme Projeto Educativo

www.treme-treme.pt

Implementação da Prática

Em Portugal é grande a escassez de ferramentas pedagógicas para a educação sobre o risco sísmico. Os simulacros nas escolas são quase todos por motivo de incêndio, ficando os sismos esquecidos.

O Projeto Educativo, com ações em escolas para aumento da literacia do risco sísmico, iniciou-se em 2011, e em 2015, foi lançado o jogo sério Treme-Treme (www.treme-treme.pt), que resultou da participação do Instituto Superior Técnico (CERIS) no projeto da Comissão Europeia – UPStrat-MAFA, 2013-15. O jogo Treme-Treme (já na 3ª versão) é fruto do trabalho dos investigadores do CERIS, Doutora Mónica Amaral Ferreira e Professor Carlos Sousa Oliveira, em conjunto com a equipa do

GAIPS-INESC-ID, composta pelo Professor Rui Prada e os alunos de mestrado Pedro Barreto, Duarte Botelho e Inês Batina, e pelo Designer Hugo O’Neill. O Treme-Treme está disponível em Português, Inglês, Italiano, Francês e Espanhol, para os sistemas operativos Windows e Mac OS e conta também com uma versão para Android. Atualmente, o IST prosseguiu com o processo de proteção da invenção.

A Doutora Mónica Amaral Ferreira tem participado em diversas sessões e atividades em escolas, museus, programas de televisão, festivais e exposições, com desafios que combinam e exploram as áreas STEAM, promovendo o jogo Treme-Treme. Para colmatar a escassez de material didático e de atividades nesta área, desenvolveu dois manuais, no âmbito do Projeto Escolas Resilientes aos Sismos no Território do Algarve e de Huelva (PERSISTAH): o guião educativo ‘Por que é que o chão se move?’ para apoiar a formação de professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico; e o ‘Guia Prático Escola Resiliente aos Sismos’ com soluções simples de redução do risco nas escolas.

Os manuais estão disponíveis, em Português, Espanhol e Inglês, no site do Treme-Treme. Assim surge o Projeto Educativo Treme-Treme, com todos os recursos pedagógicos, que foram desenvolvidos ao longo do tempo.

Resultados Alcançados

Os objetivos deste Projeto são o de aumentar a literacia para o risco sísmico e de tsunamis, na comunidade estudantil e na população em geral. Para tal, têm sido desenvolvidos vários produtos para educação e comunicação do risco (desde o pré-escolar até ao secundário), nomeadamente o jogo Treme-Treme, os manuais ‘Por que é que o chão se move?’ e o ‘Guia Prático Escola Resiliente aos Sismos’, bem como guiões com atividades para museus e exposições.

Para avaliar o sucesso da iniciativa destaca-se o número de parcerias, contactos e de notícias que a divulgação do Projeto Educativo Treme-Treme originou, mostram a adesão e o seu interesse. É exemplo dessa visibilidade o aumento das visitas à página do “Treme-Treme” (www.treme-treme.pt), com mais de

20.000 acessos e nas seguintes iniciativas:

– Utilização do jogo Treme-Treme no espaço do Museu Quake – Centro do Terramoto de Lisboa, a partir de Abril 2022.

– Participação em vários seminários, aulas, workshops em escolas da Área Metropolitana de Lisboa (do pré-escolar ao secundário) desde 2011.

– Participação no programa televisivo “Estudo Em Casa”, Aula 23 de Ciências Naturais e Cidadania – 7.º e 8.º anos, RTP Memória, RTPInternacional (23 Abr 2021)

– Durante os confinamentos devido à pandemia, a Agenda semanal do Estrelas & Ouriços, o Sapo LifeStyle deram destaque ao site do Treme-Treme nas semanas de 4, 8 e 25 de Fevereiro e de 22 de Março 2021, na secção dos jogos lúdicos/aplicativos didáticos.

– No dia do exercício nacional “A Terra Treme” (5 Nov 2020) promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a ANEPC associou-se ao Projeto do Treme-Treme para que todos pudessem participar na sala de aula ou em casa, recorrendo aos recursos disponibilizados no site.

– Participação no programa “Explica-me como se tivesse 5 anos” do Instituto Superior Técnico”, 14 Nov 2020, live no Facebook.

– Participação no programa televisivo “Pandamania” Canal Panda (2 Fev 2019).

–  Desenvolvimento do guião para a atividade “A Terra Treme! É um sismo!” que decorre no Museu de São Roque (SCML) desde 2018.

– Desenvolvimento do Workshop “Se eu fosse Engenheiro de estruturas” para famílias, que decorre desde 2018, em dois fins de semana de Fevereiro, no Museu de Engenharia Civil do IST e no Museu de São Roque.

– Técnico online: “CERIS alia-se à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na sensibilização do risco sísmico” (15 Out 2018).

– Entrevista para o programa da CMTV “Saiba o que fazer em casa para prevenir riscos em caso de sismo” (5 Mar 2018).

– Participação na Noite Europeia dos Investigadores (2016, 2019, 2020, 2021).

– Participação na Feira de Empreendedorismo e Sustentabilidade “Sons do Vale_Sustentabilis” (2016).

– Participação na atividade “Quando o chão nos falha” – Pavilhão do Conhecimento, Ciência (2015)

– Participação no programa televisivo Canal Q: É a Vida Alvim Ep.256 (3 Nov 2015).

– Jornal Público ”Treme-Treme: O Sunami e a Terramota ensinam-nos o que fazer perante um sismo” (15 Jun 2015).

Avaliação e Monitorização

Considera-se bastante boa a quantidade de parcerias e atividades com diversas entidades e para públicos distintos, o que sugere que o Projeto Educativo Treme-Treme tem sustentabilidade ao nível do interesse da sociedade.

A quantidade de notícias nos media tem, de uma forma semelhante, evoluído muito positivamente. Deste modo, é intenção prosseguir com este Projeto Educativo, promovendo novas formas de financiamento.

A satisfação dos estudantes que participam nas atividades e workshops (no Técnico e no Museu de São Roque) é visível pelo interesse demonstrado de edição para edição, e ainda pelo feedback que a equipa organizadora recebe no final das sessões através da realização de um inquérito.

O site do Treme-Treme está também divulgado na página do CERIS.

O processo de avaliação do Projeto foi evoluindo ao longo do tempo, tendo-se registado alterações ao nível de:

– Inquérito de satisfação nos workshops com o Museu de São Roque, revisão de acordo com sugestões dos participantes;

– website, atualização progressiva dos conteúdos em função das necessidades manifestadas pelos participantes e/ou identificadas pela investigadora;

– divulgação através do Facebook do Treme-Treme;

– rotação da localização das atividades por diferentes escolas da Área Metropolitana de Lisboa, o que possibilita também a divulgação da oferta dos conteúdos que estão no site.

Atualmente aguardamos a abertura do Museu Quake (em princípio em Abril de 2022) que disponibilizou um espaço próprio para permitir aos visitantes jogar o Treme-Treme, e assim ser-nos-á possível monitorizar o interesse manifestado e divulgar o Projeto Educativo.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Estar preparado é fundamental para minimizar potenciais impactos, danos e perdas resultantes da ocorrência de catástrofes de origem natural e antrópica.

A literacia para os riscos é sem dúvida um tópico de bastante interesse para toda a comunidade, e um campo emergente de estudo que engloba várias disciplinas, como gestão de desastres, mitigação e preparação, todas alinhadas com o princípio do desenvolvimento sustentável – Agenda 2030. Vários estudos referem que tanto o público em geral, como estudantes pré-universitários e universitários, estão mal informados sobre questões ambientais, designadamente as ligadas às alterações climáticas e de riscos naturais. A sociedade civil, e em particular a juventude, devem estar envolvidas na redução dos riscos, oferecendo diversas ferramentas educativas (jogos, vídeos, guias educativos) sobre sismos e tsunamis, que irão aprofundar o conhecimento sobre as ameaças e a forma de reduzir os seus impactos, contribuindo para a promoção de uma cultura de segurança e uma sociedade mais resiliente.

O Projeto Educativo Treme-Treme, tanto quanto sabemos, é inovador no Instituto Superior Técnico, e em qualquer Universidade do país.

Todo o material desenvolvido, desde o jogo Treme-Treme, ao guião educativo, às aulas e webinares estão acessíveis no site, em diversas línguas e podem ser visualizados, adaptados e replicados em diversos ambientes diferentes, o que garante a sustentabilidade e impacto a longo prazo. A sua transferibilidade para qualquer outro local (escola, museu, centros de ciência) está assegurada e até validada pelo sucesso deste projeto com o Museu de São Roque, em Lisboa. O feedback recebido de milhares de pessoas anónimas, que encontram o site e usam os seus conteúdos, em Portugal ou no estrangeiro, também é extremamente positivo e revela interesse em utilizar os conteúdos em contextos semelhantes.

Atualmente, aguardamos a abertura do Museu Quake – Centro do Terramoto de Lisboa, para que o jogo Treme-Treme, e este Projeto Educativo, sejam mais conhecidos a nível nacional e internacional.