Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Capital Humano’ Category

DEI às 4as

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Maria Inês Camarate de Campos Lynce de Faria (Docente DEI)

 

Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.

Mais informações contacte:

Ines.lynce@tecnico.ulisboa.pt

Prospeção de novos docentes (“Scouting”)

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Rodrigo Seromenho Miragaia Rodrigues (docente DEI)

 

Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.

Mais informações contacte:

rodrigo.miragaia.rodrigues@tecnico.ulisboa.pt

 

NAPE Skills Factory

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE)

Implementação da Boa Prática

O NAPE Skills Factory consiste num ciclo semestral de workshops promovido pelo Núcleo de Apoio ao Estudante, que procura desenvolver as competências e complementar os conhecimentos adquiridos pelos alunos do Técnico ao longo do curso, enriquecendo o seu percurso académico. Este ciclo de workshops decorre habitualmente nos meses de outubro e março de cada ano letivo, incluindo temas diversificados que vão de encontro aos interesses da comunidade académica, nomeadamente dirigidos ao desenvolvimento de soft skills, mas também hard skills.

Os workshops são destinados a toda a comunidade académica do Técnico, incluindo bolseiros, docentes e não docentes, estando também abertos à restante comunidade da ULisboa, consoante disponibilidade de vagas. A participação é gratuita, havendo uma caução associada ao processo de inscrição para aumentar a responsabilização. No final de cada workshop é atribuído um certificado de participação.

Os formadores destes workshops são especialistas convidados pelo NAPE em função dos temas dos Workshops, contando até à data com a participação de alunos, professores, investigadores e empresas exteriores ao Técnico nas mais diversas áreas.

As salas de cada Workshop são adaptadas às necessidades do mesmo, sendo o NAPE o responsável por fazer este levantamento e posterior contacto com o Gabinete de Organização Pedagógica para marcação das salas.

Resultados Alcançados

O NAPE Skills Factory realizou a sua primeira edição em março de 2015 e a sua mais recente (9ª edição) em março de 2019, totalizando 9 ciclos de workshops e mais de 120 formações dadas ao longo destes últimos 5 anos.

O número de participantes tem crescido ao longo dos últimos anos, sendo que temos atingido uma marca consistente de 250 participações desde o ano letivo 2016/2017. Este número de participações traduz-se também numa rápida taxa de resposta à nossa divulgação, uma vez que preenchemos grande parte das vagas nos primeiros três dias de divulgação.

Outro aspeto relevante a referir está relacionado com a visibilidade que o NAPE Skills Factory tem vindo a ganhar dentro e fora do Técnico, uma vez que a maioria destes Workshops são oferecidos por grandes empresas e organizações, reforçando ainda mais a qualidade e o interesse no nosso público alvo.

Em termos de taxa de sucesso, os resultados são bastante satisfatórios, uma vez que mais de 80% das nossas formações foram avaliadas entre o 4 e o 5 (numa escala de 1 a 5).

Na última edição envolvemos a Área de Transferência e Tecnologia do Técnico, articulando o contacto com a Rede de Parceiros do Técnico. Consideramos que esta foi uma contribuição muito positiva, já que foram dois dos nossos Workshops com avaliações muito elevadas.

Avaliação e Monitorização

Apesar de existir uma linha condutora do projeto, cada edição do NAPE Skills Factory é independente. Como tal, temos a liberdade de edição após edição, olhar para as antecedentes e planear a próxima com um maior detalhe e rigor.

Isto só é possível devido aos inúmeros canais de comunicação a que o NAPE recorre para obtenção de feedback sobre cada edição. Estes incluem a percentagem de vagas preenchidas, os inquéritos de feedback preenchidos pelos participantes sobre cada sessão, a monitorização de cada workshop, em tempo real, por parte de um ou mais Guias do NAPE e, pontualmente, o feedback dado pelos próprios Formadores.

Tudo isto contribui para que possamos obter uma melhoria constante. Com efeito, no final de cada edição, avaliamos se cada um dos workshops poderá ou não repetir-se na seguinte, de acordo com o feedback obtido. Por seu lado, no início de cada edição estas considerações são avaliadas em conjunto com outras propostas, normalmente sugeridas por participantes, para elaborar a lista de temáticas pretendidas. Para além disto, o feedback dos participantes e dos Guias do NAPE sobre cada workshop é sempre avaliado e transmitido à entidade que o organizou, de forma a que, caso a colaboração se repita, possa ser igualmente positiva ou melhorar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O NAPE Skills Factory veio responder aos interesses comuns dos estudantes do Técnico, que frequentam cursos nas mais diferentes áreas científicas, contribuindo para o desenvolvimento de competências em áreas complementares à sua formação académica.

Face à oferta existente no Técnico, o NAPE Skills Factory diferencia-se por ser um ciclo de Workshops que oferece simultaneamente formações técnicas (hard skills), formações no âmbito do desenvolvimento pessoal (soft skills) e formações distintas e exclusivas (out-of-the-box-skills).

A capacitação e o caráter inclusivo da participação nos nossos Workshops são dos fatores de principal destaque, uma vez que levamos a toda a comunidade um conjunto de formações do mais elevado nível sem quaisquer custos associados para os participantes, quer de alunos dentro e fora do Técnico, quer dos restantes membros da Escola (funcionários, professores e bolseiros).

O sucesso desta prática resulta do enquadramento, planeamento e estratégia da equipa de Guias do NAPE, que selecionam cuidadosamente cada organização na construção de cada edição, promovendo ativamente a ligação à sociedade.

 

 

 

 

 

 

Prémio Maria de Lourdes Pintasilgo (PMLP)

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Grupo de Trabalho Gender Balance@Técnico (Helena Geirinhas Ramos, Coordenadora)

Implementação da Boa Prática

O Técnico instituiu em 2016 o Prémio Maria de Lourdes Pintasilgo (PMLP) como forma de promover a relevância da igualdade de género no Técnico, e reconhecer o papel crucial que as mulheres desempenham em todas as áreas da Engenharia. Maria de Lourdes Pintasilgo foi uma Engenheira e distinta aluna do Técnico, que teve um impacto relevante na sociedade e política portuguesa em diferentes fases da sua vida, tendo, em particular, sido a primeira mulher que alcançou o cargo de Primeira-Ministra de Portugal. O PMLP destina-se a galardoar anualmente duas mulheres, formadas pelo Técnico:

  • uma antiga aluna que tenha completado o seu ciclo de estudos no Técnico há mais de 15 anos, contabilizados no dia 31 de dezembro do ano anterior àquele em que o prémio é atribuído, e que se tenha destacado pelas suas contribuições profissionais e/ou sociais;
  • uma recém-graduada do Técnico, com menos de 27 anos contabilizados no dia 31 de dezembro do ano anterior àquele em que o prémio é atribuído, e que se tenha destacado pela qualidade científica da dissertação de Mestrado e pelo percurso académico no Técnico.

As nomeações para a antiga aluna podem ser apresentadas por qualquer membro da comunidade IST, incluindo alumni, e a nomeação terá que ser acompanhada por um curriculum vitae de não mais que uma página A4. As candidaturas relativas à atribuição do PMLP à recém-graduada incluem, entre outra documentação, cópia da tese de mestrado e respetiva classificação.

O Júri é composto pelo Presidente do IST, pelo Presidente do Conselho Científico e pelo Presidente do Conselho Pedagógico, e por até mais 8 vogais nomeados anualmente pelo Presidente do IST. A atribuição do PMLP é anual, e formalizada durante a cerimónia pública de comemoração do aniversário do Técnico (maio). No caso da recém graduada, para além do reconhecimento público, é ainda atribuído um prémio monetário no valor de 5000 euros.

O PMLP é anunciado anualmente nos media e divulgado entre todos os alunos finalistas, sendo igualmente divulgados os nomes das instituições que se queiram associar a este prémio.

Resultados Alcançados

Os objetivos desta iniciativa, e de outras na área da comunicação, é sensibilizar a comunidade do Técnico para as questões da igualdade de género na sociedade. Pretende-se com estes exemplos, desconstruir preconceitos e estereótipos sobre profissões tecnológicas, combatendo e prevenindo a intensificação da segregação das ocupações profissionais em razão do género. Na primeira edição, lançada a 6 de dezembro de 2016, foram submetidas à apreciação do júri 26 candidaturas tendo sido selecionadas as seguintes:

– Antiga aluna: Maria da Graça Carvalho

– Recém graduada: Inês Godet

Na segunda edição, lançada a 12 de dezembro de 2017, foram submetidas 24 candidaturas tendo sido selecionadas pelo júri as seguintes:

– Antiga aluna: Isabel Aníbal Vaz

– Recém graduada: Bárbara Fernandes Simões

Na terceira edição, lançada a 16 de dezembro de 2018, foram submetidas 22 candidaturas tendo sido selecionadas pelo júri as seguintes:

– Antiga aluna: Manuela Veloso

– Recém graduada: Mariana Araújo

Para avaliar o sucesso da iniciativa destaca-se a elevada qualidade das nomeações e candidaturas apresentadas, que têm garantido o excecional mérito das vencedoras.

Os números das candidaturas e de notícias que a divulgação do PMLP na imprensa originou, mostram a adesão, o interesse da iniciativa. Para isso tem contribuído a cerimónia da entrega de prémios, que tem permitido o convite de individualidades que ajudam na divulgação das ações do IST na promoção da igualdade de género, tema de uma atualidade crescente. É exemplo dessa visibilidade o aumento das visitas à página da internet “Diversidade e Igualdade de Género no IST” (https://tecnico.ulisboa.pt/pt/viver/dia-a-dia/diversidade-e-igualdade-de-genero/).

Haverá muitos fatores a contribuírem para o aumento das mulheres nos cursos de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) do IST, entre os quais a cada vez maior apetência desta comunidade para os cursos mais concorridos, mas acredita-se que os esforços do Grupo de Trabalho GB@Técnico, em particular as ações que têm sido desenvolvidas no sentido de promover mulheres da comunidade do técnico com sucesso, ajudaram a atingir uma percentagem de 32% de novas alunas ingressadas em 2018/2019 face aos 29% registados em 2017/2018. edições, sugerindo que a iniciativa tem sustentabilidade ao nível do interesse da comunidade.

A quantidade de notícias nos media tem, de uma forma semelhante, evoluído muito positivamente. Deste modo, é intenção do Técnico prosseguir com esta iniciativa, ou assegurando integralmente a sua componente financeira, ou promovendo novas formas de financiamento. Inicialmente cofinanciada (edições de 2016 e 2017) pela empresa Baía do Tejo, em 2018, o financiamento desta iniciativa foi da total responsabilidade do IST.

Avaliação e Monitorização

Apesar de ser uma prática relativamente recente, considera-se bastante boa a quantidade de nomeações e candidaturas apresentadas nas três primeiras edições, sugerindo que a iniciativa tem sustentabilidade ao nível do interesse da comunidade.

A quantidade de notícias nos media tem, de uma forma semelhante, evoluído muito positivamente. Deste modo, é intenção do Técnico prosseguir com esta iniciativa, ou assegurando integralmente a sua componente financeira, ou promovendo novas formas de financiamento. Inicialmente cofinanciada (edições de 2016 e 2017) pela empresa Baía do Tejo, em 2018, o financiamento desta iniciativa foi da total responsabilidade do IST.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A igualdade de género é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fixados em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), integrando a nova agenda de ação até 2030. A igualdade de género é, pois, um debate atual e importante para a construção da sociedade em geral e com impacto significativo na comunidade do Técnico em particular, onde existe ainda uma polarização significativa de género na população estudantil.

Várias são as escolas que desenvolvem iniciativas nesta área, mas poucas as que têm uma estrutura de coordenação destas iniciativas, como o Grupo de Trabalho GB@Técnico do IST, criado em 2016 e com um plano de ação monitorizado em reuniões mensais.

Considera-se relevante o trabalho do Técnico na promoção das áreas de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) junto da comunidade feminina, acompanhando também as preocupações sociais e recomendações da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação (2018-2030). Foram definidas ações prioritárias com dois objetivos: aumentar o numero de alunas que estudam no Técnico e minimizar os entraves associados à promoção das mulheres nas carreiras docentes, de investigação ou administrativas. O PMLP adequa-se a ambos os objetivos, pois é uma medida que divulga mulheres de sucesso e promove mulheres do Técnico.

Com a divulgação de role models, de casos de sucesso de mulheres empreendedoras, nomeadamente de antigas alunas com carreiras como a da Engª Maria de Lourdes Pintasilgo, o Técnico em muito contribui para o empoderamento das atuais e futuras alunas da escola.

 

 

 

Programa Mentorado do Técnico

quinta, julho 26th, 2018

Capital Humano ● 2018

Margarida Barros, Ana Isabel Ferreira, Filipe Amaral, Ana Luísa Carvalho, Samuel Ramos, Filipa Guimarães, Mafalda Magro, Samuel Franco, Pedro Prata, Francisco Sá, Joana Fonseca, Alina Dahmen, Luís Alves, Mágui Lage, Pedro Galvão Pereira, Sara Correia (NAPE); Ana Moura Santos (docente DM); Ana Marcelino, Carla Boura (NAGT)

Implementação da Boa Prática

Um dos principais objetivos do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) consiste na promoção do sucesso escolar através do apoio próximo aos alunos.

O Programa Mentorado do Técnico visa o acolhimento e a integração de todos os novos alunos na nossa Escola, funcionando este como um acompanhamento personalizado, onde cada aluno do IST de anos avançados (Mentor) compreende muito bem as especificidades dos obstáculos que vão surgindo no caminho dos novos alunos (Mentorandos). O apoio do Mentor é bastante diversificado, abrangendo questões académicas, pessoais e, também, profissionais. A experiência do Mentor é, sem dúvida, uma ferramenta muito útil para o esclarecimento de dúvidas, o relacionamento com colegas e professores, entre outras questões.

O Programa Mentorado encontra-se em funcionamento tanto no campus Alameda como no campus Taguspark, ao cargo do Núcleo de Apoio Geral do Taguspark (NAGT), apresentando algumas diferenças devido às diferentes realidades apresentadas em cada um dos campi. No entanto, estes mantêm os mesmos moldes e objetivos.

No campus Alameda, os Mentores são alunos que se voluntariam, sendo os principais requisitos a sua prestação como Mentores em anos anteriores e a disponibilidade para frequentarem um conjunto de formações iniciais, de carácter obrigatório e absolutamente necessárias, onde são fornecidas todas as informações sobre o programa, seus objetivos, bem como estratégias de resolução de problemas que possam surgir no decorrer do mesmo. Relativamente ao campus Taguspark, existem alunos que são convidados a participar, tendo em conta o seu curriculum e sucesso académico, nomeadamente a sua aprovação às unidades curriculares de Álgebra Linear e Cálculo Diferencial I. A indicação de professores, como por exemplo a Prof.ª Ana Moura Santos, também é contabilizada, já que se conseguem identificar alunos com apetências para o apoio escolar.

Resultados Alcançados

De ano para ano, o número de alunos que participam neste Programa tem aumentado significativamente, tendo atualmente um total de 560 Mentores, número que superou as estimativas iniciais. Em termos de aproveitamento curricular por parte dos novos alunos, este tem também aumentado. Relativamente aos dados recolhidos no campus Taguspark, esta melhoria verificou-se em todos os cursos aí lecionados ao longo dos últimos sete anos, sendo em alguns casos a redução do insucesso escolar em mais 50%.

Uma das diferenças entre os campi na implementação deste Programa prende-se com o tipo de acompanhamento e monitorização efetuado ao longo do ano letivo. No campus Taguspark, é da função dos Mentores reportarem as notas dos testes e projetos dos seus Mentorandos aos responsáveis do Programa nesse campus (Drª Carla Boura). Se os Mentorandos apresentarem uma ou duas unidades curriculares por concluir, o Mentor é alertado para um apoio mais incisivo. Se o Mentorando apresenta três ou mais unidades curriculares não concluídas, este é chamado para uma entrevista com a Drª Carla Boura, onde se despista o problema e, consoante o resultado, se realiza um plano de estudo ou uma reunião com tutor e coordenador, de modo a encontrar uma solução e/ou encaminhamento para outro serviço.

Já no campus Alameda, o Programa é coordenado pela equipa de Guias do NAPE e implementado pelos Mentores, sendo que cabe a estes a monitorização do aproveitamento escolar dos seus Mentorandos, bem como a sinalização de situações mais graves aos Guias, que farão um acompanhamento mais personalizado do Mentor e Mentorando, propondo estratégias e aconselhando o aluno acerca do que fazer, indicando, se necessário, outros gabinetes da estrutura organizacional do IST.

Este Programa possui um conjunto de atividades ao longo do ano letivo que têm como objetivo o estreitamento de relações entre Mentor e Mentorando, bem como dotar os Mentores de mais conhecimentos que lhes permita serem cada vez melhores no exercício das suas funções.

Avaliação e Monitorização

Ao longo do ano letivo realizam-se diversas atividades que promovem, não só o contacto entre Mentores e Mentorandos, mas também nos permitem assegurar a boa implementação do Programa Mentorado. Como incentivo à participação ativa no Programa, foi implementado um sistema de pontos que permite ao Mentor ter acesso ao Certificado de Participação ou ao Suplemento ao Diploma. São apresentados exemplos de atividades desenvolvidas:

  • As Formações Iniciais consistem em sessões de preparação dos Mentores para a Semana das Matrículas, abrangendo o funcionamento da mesma, os possíveis cenários envolvendo os Mentorandos e as boas práticas que se devem manter ao longo do ano.
  • As Formações Complementares são workshops planeados em parceria com diversas empresas e organizações que permitem o enriquecimento pessoal e curricular do Mentor dentro da temática das soft skills – Liderança, Negociação, Coaching, Personal Branding, Comunicação, Entrevista de Emprego, entre outros.
  • As Sharing Sessions são breves encontros semestrais entre os Mentores e Guias do NAPE com o intuito de fazer o ponto de situação geral, identificar as principais dificuldades que possam surgir e fomentar a partilha de situações e opiniões sobre o Programa.
  • De modo a se obter feedback da parte dos Mentores, são também realizados três Relatórios ao longo do ano letivo.
  • O Mentorado Outdoor Challenge é um evento “out of the box”, que tem como principais objectivos a prática de atividades desportivas e o enriquecimento dos laços entre o Mentor e os Mentorados. São exemplos deste tipo de atividade a ida ao Bounce, a aula de Surf, a aula de bodyboard, a Canoagem e a Atividade de Arborismo.
  • O Rally Mentorado é uma atividade com vários desafios, que conta com a participação de Mentores e Mentorandos e que visa dar a conhecer a cidade de Lisboa e o campus aos novos alunos.
  • As Atividades Extra consistem, por exemplo, nas atividades que envolvem alunos de mobilidade – visita aos Departamentos, City Rally, entre outras.
  • Atividades que fomentem o espírito de Voluntariado Social.

Para que o Mentor obtenha o Certificado de Participação deverá assistir às Formações Iniciais, participar na Semana das Matrículas e responder aos três Relatórios ao longo do ano. Para se obter o Suplemento ao Diploma, o Mentor deverá estar apto a receber o Certificado e fazer um determinado número de pontos, conjugando as atividades referidas da maneira que desejar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa Mentorado do Técnico Lisboa é uma referência a nível nacional dentro desta temática.

O facto de existirem alunos de anos mais avançados a receber e acolher os novos alunos não só veio facilitar a transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior, mas também melhorar o aproveitamento escolar e diminuir da taxa de desistências curriculares. Atualmente, já várias universidades seguem o exemplo do Programa Mentorado do IST, sendo este um verdadeiro sucesso.

A aplicabilidade deste programa é transversal a vários contextos, quer intra IST, entre departamentos, núcleos e gabinetes, como até em empresas e organizações externas.

 

Programa de Acompanhamento dos Novos Docentes e Investigadores do IST (Shaping the Future)

quarta, julho 26th, 2017

Capital Humano ● 2017

Isabel Cristina Gonçalves (NDA) 

Implementação da Boa Prática

O programa PAX – IST Shaping the Future foi desenvolvido pelo Conselho Científico do IST com o objetivo de promover a adaptação dos professores auxiliares e investigadores em início de carreira à cultura do IST, bem como de os apoiar na construção da sua identidade profissional e na construção de um plano de desenvolvimento. Pretende-se possibilitar aos professores a liderança de equipas e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino – aprendizagem produtivos.

Este programa envolve as seguintes vertentes: formação fundamental , formação complementar (selecionada de entre a fornecida pelo Núcleo de Desenvolvimento Académico aos docentes do IST), observação de aulas e um programa de mentoring pela parte de docentes sénior do IST (validados pelos Presidentes de Departamento).

A primeira edição da formação fundamental realizou-se a 9, 10, 11 setembro 2015, no Centro de Caparide do Ministério da Educação, com o seguinte programa:

DIA 1 – COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPAS

  • Inteligência emocional: uma introdução
  • Saber dar feedback e comunicar assertivamente
  • Empatia e motivação de equipas
  • Liderança académica

DIA 2 – GESTÃO DE CARREIRA E COMPETÊNCIAS CIENTIFICAS

  • Gestão de tempo e de projetos
  • Financiamento competitivo
  • Ética na ciência
  • Desenvolvimento de carreira

DIA 3 – COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS

  • Inteligência emocional em sala de aula
  • Auto – regulação e aprendizagem
  • Envolver os alunos: alinhamento construtivo
  • Avaliar aprendizagens e educar para o empreendedorismo

A segunda edição realizou-se também em Caparide, nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2016 e a terceira edição realizar-se-á, previsivelmente nos dias 6, 7 e 8 de setembro de 2017. Todo o programa de formação complementar, observação de aulas e programa de mentoring têm sido executados de acordo com o previsto no Fluxograma criado para a monitorização e acompanhamento deste Programa. Vídeo com a mensagem de Boas Vindas do Presidente do IST aos mentores participantes na primeira edição.

Resultados Alcançados

Não é possível descrever ainda os resultados obtidos em relação aos objetivos globais previstos, estando embora já disponíveis os dados da avaliação da 1ª edição da formação fundamental,   bem   como   da   2ª edição da mesma. A 1ª edição da Formação dos Mentores esteve a cargo de uma empresa externa -Sofia Calheiros e Associados, e realizou-se a 12 de setembro de 2015, em Caparide e foi avaliada (satisfação global) pelos 14 participantes como muito boa, atingindo um valor de 91,5%. Os aspectos mais positivos considerados foram os seguintes: Relacionamento com colegas que não conhecia; Atividade  prática; Conhecimentos  de  ciências  sociais/métodos; Dinâmica  da  formação, clareza e pureza da formação; Conhecer o GROW; Partilha entre mentores; Conhecer colegas mentores;  Autoavaliação; Dia  escolhido,  local,  organização,  temática,  colegas  presentes  e formadores.

Os  aspectos  a  melhorar  incluíam: Mais  próximo,  com  melhores  transportes, marcado durante asemana com 6 meses de antecedência; Conhecer de antemão os objetivos traçados para os mentees; Aumentar a duração da ação; Aumentar a duração da ação, para mais   um   dia.   Existem   também   dados   relativos   às   primeiras   observações   de   aulas.

Avaliação e Monitorização

O Programa “Shaping the Future“, que entra agora na sua terceira edição, não dispõe ainda de uma  avaliação  de  impacto  nas  dimensões  inicialmente  identificadas  (liderança  de  equipas  e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino –aprendizagem produtivos), nem os dados estariam facilmente acessíveis ao fim de um período de tempo tão breve. Os dados de avaliação relativos às 1ª e 2ª edições da Formação Fundamental, bem como os dados relativos às Observações de Aulas e Formação de Mentores  são,  contudo,  muito  positivos,  e  corroboram  a  informação  qualitativa  recolhida  junto dos  participantes  (através  do coaching por  parte  da  equipa  do  Núcleo  de  Desenvolvimento Académico e de encontros entre os novos docentes e investigadores com elementos dos órgãos de gestão do IST, incluindo o Presidente, Prof. Arlindo Oliveira  e os Presidentes do Conselho Científico (CC) e Pedagógico (CP). A monitorização das atividades do Programa conduziu, ao longo destes três primeiros anos, à introdução de algumas melhorias ao nível dos procedimentos, nomeadamente:

  • Construção e   produção   de   fluxogramas   e mapas   de   procedimentos específicos,  a disponibilizar  aos  docentes  envolvidos  no Programa  e  aos  Presidentes  de Departamento, que facilitem a execução prática de todos os aspetos considerados na legislação interna relativa   a   este   Programa;
  • Identificação mais  sistemática  e  atempada dos  novos  docentes  e  investigadores  do  IST, que reúnem para uma sessão de boas vindas em março de cada ano, sendo o Programa apresentado nessa altura em todas as dimensões relevantes (incluindo a formação fundamental obrigatória de setembro);
  • Desenvolvimento e Publicação de uma Página do Programa, com acessos para a comunidade  IST  e  acessos  específicos  para  os  participantes  em  cada  uma  das  edições  da formação  fundamental,  onde  se  disponibilizam também  os  materiais  de  apoio;
  • Identificação atempada dos mentores, que são também os Presidentes das Comissões de Acompanhamento dos PAX  (Professores Auxiliares  em  Período  Experimental),  por sugestão  do  CC  e  do  CP; -Sinalização, para  os  Presidentes  de Departamento,  dos timmings e  procedimentos  relativos  a este Programa, nomeadamente a constituição da Comissão de Acompanhamento, as datas de entrega  dos  Relatórios  Intercalares  e  o tipo  de  feedback  a  dar  aos  PAX; Agilização  dos procedimentos  internos  para atribuição  dos startup funds e  concretização dos  períodos  de sabática fora do país previstos nos regulamentos internos.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa PAX IST Shaping the Future é enquadrado pelos seguintes documentos: Programa de  Acompanhamento  dos  Professores  e  Investigadores  Auxiliares  em  Período  Experimental, pelo Programa de Formação Adicional dos Professores e Investigadores Auxiliares em Período Experimental do Instituto Superior Técnico, pelo programa de startup funds e pelo Regulamento Relativo  ao  Regime  de   Vinculação   e   Avaliação   da   Atividade  Desenvolvida  no   Período Experimental  pelos  Professores  do  Instituto  Superior  Técnico  (documentos  publicados  e  que descrevem o Programa aprovado pelos órgãos de gestão da escola). Este programa inspira-se nas boas práticas de Escolas de referência para o IST, nomeadamente Standford e o MIT.

É um Programa inovador no Espaço de Ensino Superior Português e passível de ser replicado, tendo gerado  interesse  junto  de  outras  Escolas  da  Universidade  de  Lisboa  e  outras  Universidades

portuguesas.  Existem,  contudo,  alguns  constrangimentos  à transferibilidade deste  Programa para outras Instituições de Ensino Superior (IES): o envolvimento dos órgãos de gestão das IES é  fundamental,  bem  como  a  existência  de  uma  cultura  académica  que  sustente  este  tipo  de práticas; a existência de recursos financeiros e humanos que permitam operacionalizar as várias dimensões deste Programa é também crucial para o seu bom funcionamento.