Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Responsabilidade Social’ Category

Projeto “Técnico faz a diferença”. Modelo e Plano Operativo para a gestão de resíduos sólidos urbanos no IST.

quarta, novembro 29th, 2023

BOA PRÁTICA DO ANO | Impacto Societal | 2023

Silvia Di Salvatore, Inês Ribeiro, Ricardo Veloso, Pedro Sanches,

Tiago Mamouros, Ricardo da Silva Vieira, Rita Santos, João Gonçalves,

Técnico Sustentável – Ambiente Sociedade Economia e

Grupo de estudantes ambientalista do Instituto Superior Técnico (AmbientalIST)

 

Implementação da Prática

O projeto “Técnico faz a diferença” (TFD), desenvolvido pela iniciativa Técnico Sustentável da Plataforma IST-Ambiente, é um procedimento inovador para a gestão de resíduos sólidos urbanos nos campi do IST, transitando de uma situação atual onde não existe um procedimento sistemático de separação para um modelo (modelo MFD – boa prática ObservIST 2021) de separação de resíduos e recolha seletiva (i) desativando os caixotes nas salas e nos gabinetes, (ii) introduzindo ecoilhas nos espaços comuns e (iii) subdividindo o campus em zonas para a implementação de vários ecopontos. Este procedimento, monitorizado num projeto piloto no Pavilhão de Mecânica I, obteve resultados de separação excelentes, com 58% de resíduos recicláveis separados, dos quais 16% de biorresíduos, recicláveis nos compostores instalados no campus.

A implementação do projeto “Técnico faz a diferença” começou no Campus Alameda, com as seguintes ações:

  • Criação da Comissão de Acompanhamento (CA) de vários órgãos da escola e desenvolvimento de reuniões preparatórias.
  • Contabilização de equipamentos (ecoilhas para a separação dos seguintes resíduos: indiferenciado, embalagens, papel, vidro, biorresíduos) para os edifícios do Campus Alameda.
  • Monitorização da quantidade de resíduos produzidos em cada pavilhão.
  • Execução de um Plano Estratégico de Comunicação, com (i) desenvolvimento de um Plano de Comunicação para transmitir o novo procedimento à comunidade IST; (ii) desenvolvimento de um projeto gráfico com a elaboração de cartazes informativos de fácil leitura para os caixotes.
  • Aquisição dos equipamentos. Para constituir a ecoilha, foram adquiridos (i) caixotes em cartão com o volume de 100I (resíduos recicláveis), (ii) caixotes de 7l em plástico (biorresíduos).
  • Implementação nos Edifícios. À data, está a decorrer a implementação no Pavilhão de Civil.
  • Após a implementação em cada edifício, será realizada nova monitorização do novo procedimento.

Resultados Alcançados

Primeiros resultados obtidos em algumas ações apresentadas:

  • Os órgãos, serviços e núcleos envolvidos na Comissão de Acompanhamento são: a Direção Técnica (DT), o Núcleo de Segurança, Higiene e Saúde (NSHS), a Área de Comunicação I. e M. (ACIM), o Núcleo de Design e Multimédia (NDM), a Associação de Estudantes (AEIST) e o Núcleo AmbientalIST.
  • Para a contabilização de equipamentos para os edifícios do Campus Alameda, entre janeiro e novembro de 2021, decorreram reuniões com todos os gestores dos pavilhões do Campus Alameda para apresentar o projeto e transmitir o novo procedimento.
    1. Por cada pavilhão constitui-se uma equipa de acompanhamento do projeto (EA) constituída pelo gestor do pavilhão e a coordenadora das funcionárias de limpeza do pavilhão, para garantir uma presença e acompanhamento constante na implementação do projeto. A EA efetua o levantamento das necessidades com vista a determinação do número de ecoílhas a implementar e a sua localização no pavilhão.
  • A monitorização da quantidade de resíduos produzidos em cada pavilhão começou em abril de 2022 e até à data decorreu nos seguintes pavilhões: Civil, Central, C. Interdisciplinar, Matemática, Física, Mecânica I, II, III e IV.
  • O Plano Estratégico de Comunicação teve como resultados: (i) o desenvolvimento de um projeto gráfico pelo NDM, com a elaboração de cartazes informativos de fácil leitura para os caixotes, onde confluíram texto e imagens com a síntese das principais regras de separação de resíduos produzidos em ambiente de trabalho, disponibilizadas pela Valorsul e cartazes informativos sobre o projeto para afixar junto de cada ecoilha; (ii) para transmitir o novo procedimento, organização de reuniões com diretores/presidentes de departamentos/centros de investigação e respetivos secretariados; a execução começou pelo Pavilhão de Civil, com reuniões que decorreram em Outubro e Novembro de 2022; (iii) organização de sessões de esclarecimento para a população de cada pavilhão. (iv)  organização de ações de formação para as equipas de limpeza.

Avaliação e Monitorização

No processo de monitorização e avaliação do impacte do projeto foi desenvolvida uma análise ambiental preliminar de resíduos no Campus da Alameda IST. Os indicadores Gerais foram retirados do software SimaPro, um software de Life Cycle Assessment (LCA). Este software tem uma base de dados profissional, EcoInvent, que inclui os inventários de diferentes materiais, permitindo uma análise completa de todos os processos envolvidos em cada cenário de recolha e tratamento de resíduos. Foi ainda usado o método Recipe, recomendado pela Comissão Europeia para estas análises. O Recipe mede 18 categorias de impacto. No documento que anexamos à esta candidatura, mostramos primeiro a categoria de Climate Change, medida pelo CO2 equivalente. Neste estudo considerou-se que todo os resíduos indiferenciados tratados na ValorSul são incinerados, com a respetivo aproveitamento de energia.

O cenário de separação segundo o procedimento do projeto “Técnico faz a diferença” apresenta melhorias evidentes em quase todos os indicadores. Estima-se que se poupe mais de 32 toneladas de CO2 equivalente.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Entre os aspetos inovadores da prática em termos internos:

  • transição de uma situação atual no IST onde não existe um procedimento sistemático de separação de resíduos para um modelo de separação de resíduos e recolha seletiva para diminuir drasticamente o impacto neste tema ambiental da instituição.
  • diminuição do impacte económico do procedimento de gestão de resíduos sólidos urbanos do IST para gerar capacidade de investimento nos equipamentos de separação e recolha.
  • implementação a separação de biorresíduos, tal como previsto pela Diretiva (UE) 2018/851, de maio de 2018, com obrigatoriedade a partir de 1 de janeiro de 2024, sendo um importante contributo na futura Estratégia Nacional de Bioeconomia Circular e também para o cumprimento do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 e do Plano Nacional de Energia e Clima.
  • colocação de compostores no espaço exterior, com a valorização interna dos biorresíduos e o reaproveitamento do composto nos jardins do campi.

Entre os aspetos inovadores da prática em termos externos:

  • desenvolvimento de um modelo/procedimento inovador de gestão de resíduos sólidos urbanos, com excelentes resultados de separação, acima das médias nacionais (58% de resíduos recicláveis separados, dos quais 16% de biorresíduos), replicável em outras instituições de ensino superior.

Dia Aberto do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Comunicação, Imagem e Marketing

 

Implementação da Prática

Apesar já serem organizadas várias atividades de portas abertas parcelarmente por departamentos ou núcleos de estudantes, o Instituto Superior Técnico não tinha uma atividade que incluísse toda a Escola e que convidasse a conhecer a atividade de Ensino e Investigação como um todo.

Em 2022 foi organizado pela primeira vez o Dia Aberto do Técnico, para o qual foi construído um programa de forma colaborativa com os departamentos de ensino, unidades de investigação e serviços de ligação ao exterior, com coordenação da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM).

O dia aberto consistiu em sete horas de programação que incluíram visitas a laboratórios, visitas a museus, palestras com investigadores, visionamento de documentário de investigador, dezenas de atividades experimentais e um concerto, bem como oferta de restauração propondo um espírito de desfrute do espaço do Técnico com entrada livre.

Essa iniciativa já começou a ser replicada, estando (no momento desta candidatura) a ser preparada a segunda edição.

A iniciativa teve coordenação geral de Joana Lobo Antunes (ACIM), com direção executiva de Pedro Garvão Pereira (ACIM) e contou com a colaboração ativa na organização da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, da Área de Transferência de Tecnologia, do Núcleo de Serviços Gerais, do Núcleo de Manutenção, do Núcleo de Design e Multimédia, dos Audiovisuais do GOP, para além do Núcleo de Apoio ao Estudante e Gabinete de Comunicação e Relações Públicas, bem como dos restantes membros da ACIM. Colaboraram ainda com presença em atividades o Gabinete de Admissões, Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional, Núcleo de Desenvolvimento Académico, Biblioteca, Embaixadores do Técnico, Direção de Infraestruturas Computacionais, Reprografia, LTI-DEQB, Núcleo de Segurança, Higiene e Saúde, Editora IST Press, Grupo de Cantares Tradicionais do Instituto Superior Técnico, Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico, Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico.

Resultados Alcançados

Para a produção do 1º Dia Aberto do Técnico foram envolvidos os serviços acima indicados, os dez departamentos, as 23 unidades de investigação e os núcleos de estudantes com atividades experimentais ou demonstrações (Aerotec, FST Lisboa, Game Dev Técnico, Rob 9-16, IEEE IST Student Branch, PSEM, Técnico Solar Boat, TLMoto, Fórum Civil e Fórum Mecânica) bem como o projeto Técnico Sustentável. Foi também relevante agirmos em coprodução com a Associação de Estudantes do Técnico, que cederam a tenda alocada para a job shop e programaram uma secção de “mini-cientistas”.

Tivemos nos 1.000 m2 de tenda a Feira de Ciência com a mostra de 50 projetos. Fizemos 58 slots de um total de 23 visitas em laboratórios e museus, decorreu a palestra “Explica-me como se tivesse cinco anos” com a professora Isabel Ribeiro para estudantes do 1º ciclo, exibimos o filme “PaleoMoz” com a presença do realizador e investigador, houve momento musical para parabéns e bolo de aniversário e um concerto de música clássica, bem como uma área de refeições com seis carros de streetfood.

Acolhemos um total de 1300 visitantes, incluindo:

  • 164 crianças de 5 anos e 1º ciclo para a palestra “Explica-me como se tivesse 5 anos – como fazer um robot?”, com a prof. Isabel Ribeiro
  • 420 crianças de 1º ciclo de 7 escolas e creches das imediações do Técnico na Feira de Ciência
  • 700 visitantes das restantes faixas etárias e públicos à Feira de Ciência.

Ficámos com o registo desse dia em arquivo no site de 2022[1], reservando o https://diaaberto.tecnico.ulisboa.pt/ para ser usado a cada ano o mesmo link, mantendo os materiais de divulgação atualizados em permanência.

[1] https://diaaberto2022.tecnico.ulisboa.pt/

Avaliação e Monitorização

Este primeiro ano não foi feito um inquérito aos visitantes, apenas uma análise de avaliação do evento e satisfação aos participantes do Técnico (serviços, departamentos de ensino, unidades de investigação, núcleos de estudantes e organização).

Todos concordaram com a importância da organização de um dia comum, que serve não apenas para a comunicação do Técnico com o exterior, mas também para a comunicação interna entre estruturas que nunca se cruzam mesmo habitando o mesmo espaço. Foi apontado pela quase totalidade dos participantes a importância para o sentimento de pertença a algo ainda mais relevante para a sociedade quando visto na globalidade.

Foi também apontado como muito relevante conseguir-se mostrar aos visitantes a variedade, diversidade e quantidade de áreas científicas incluídas no Técnico, e sublinhamos um comentário de um visitante do 1º ciclo que afirmou “como é que vocês são todos colegas se fazem coisas tão diferentes?”.

Os participantes foram unânimes em apoiar a continuidade da iniciativa, que tem 2ª edição marcada para dias 19 e 20 de maio – na altura em que escrevemos esta candidatura temos cerca de 700 visitantes de escolas inscritos (um incremento de quase 100% do ano anterior) e mais de 1000 visitantes individuais (incremento de 50% em relação ao ano anterior).

Em 2022 a opção foi a de fazer apenas um dia, durante a semana, no dia do aniversário do Técnico. Em 2023 a opção foi a de desfazer o dia das escolas e o das famílias, recebendo à exta feira grupos escolares e no sábado famílias e visitantes individuais. Faremos o balanço no final do evento, que poderemos apresentar mais à frente.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O formato Dia Aberto é já bem conhecido e implementado em inúmeras faculdades e unidades de investigação em todo o mundo. Em contexto universitário, em geral o conceito “Dia Aberto” refere-se apenas a marketing institucional, pretendendo ser uma montra da oferta formativa. No Técnico, decidimos fazer um formato que privilegia a mostra de ciência das várias áreas de atuação da Escola, não deixando de ter uma banca institucional para que quem tenha interesse possa encontrar quem faça esses esclarecimentos. O que notamos foi que havia mais interesse pela produção do conhecimento, a interação com estudantes e investigadores e a apreensão do bom ambiente vivido pela Escola.

Este evento apenas foi possível organizar dada a dinâmica já bem implementada pelo grupo de comunicação das unidades de investigação (Boa Prática Observist 2021) e pelo grupo de comunicação dos departamentos de ensino (Boa Prática Observist 2022), cujo trabalho continuado permite acionar os mecanismos de alavancar uma participação coletiva robusta, que seria de difícil implementação até à data.

A Área de Comunicação, Imagem e Marketing tem vindo a implementar várias estratégias digitais de comunicação com o exterior pela comunicação da ciência e tecnologia, nomeadamente o programa de divulgação científica “Explica-me como se tivesse cinco anos” (Boa Prática ObservIST 2021) e as campanhas para redes sociais (Boa Prática ObservIST 2021 e 2022), pelo que foi ambição passar ao formato presencial. Sabendo que perderíamos impacto do alcance de pessoas, ganharíamos na proximidade e empatia com os visitantes, e consideramos que a continuação de um formato misto é a chave para alcançar maior notoriedade e continuar a robustecer a reputação do Técnico enquanto produtor de ciência e conhecimento. A Escola tem enorme prestígio nacional e internacional na área do Ensino, e foi identificada como área possível de crescimento a da divulgação científica. A implementação de uma prática de Dias Abertos é imprescindível para esta implementação no terreno.

FOSTWOM: Um projeto Erasmus+ com projeção no público STEM feminino

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Educação|2023

Ana Moura Santos, Luis Coimbra Costa e 
Área de Assuntos Internacionais - Núcleo de Relações Internacionais (NRI)

 

Implementação da Prática

O projeto FOSTWOM-FOSTering WOmen to STEM MOOCs (2019-2022), um projeto Erasmus+ KA2 Cooperation for Innovation[1], tinha como finalidade atrair jovens mulheres e raparigas para a área STEM, usando o potencial dos MOOC, enquanto ensino aberto e democrático. No contexto deste projeto, a equipa MOOC Técnico produziu um curso online com a coautoria de Ana Moura Santos, “Machine Learning, Maths and Ethics: Hands-on”[2], que motivando estudantes dos primeiros anos do Técnico para a área de Aprendizagem Automática/ Machine Learning, tinha como objetivo particular atrair as raparigas, não só as que se inscrevem no Técnico Lisboa, mas de outras comunidades estudantis. Paralelamente, uma outra equipa coordenada por Luis Felipe Costa desenvolveu uma ferramenta de software para integrar aspetos motivadores em cursos online a que deu o nome de Heroic Learning Journeys[3].  No sentido de alcançar o duplo objetivo de atrair raparigas para cursos STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) e manter o seu nível de motivação elevado, fez-se uso de recursos tecnológicos e digitais, a que se deu o nome de Heroine’s Learning Journey (HLJ). Para uma aplicação em cursos MOOC da plataforma MOOC Técnico, foram assim produzidos uma série de vídeos motivacionais que conduzem tanto as participantes inscritas (raparigas), como os participantes em geral, através da jornada heróica HLJ enquanto aprendizes de um tópico STEM. A eficácia desta jornada para efeitos de aprendizagens STEM e consciencialização do gender gap em Aprendizagem Automática/ Machine Learning foi principalmente testada na 2ª edição (2022) do MOOC “Machine Learning, Maths & Ethics: Hands-on”[4], que foi cofinanciado pelo projeto FOSTWOM. Na primeira edição do MOOC, o total de pessoas inscritas tinha sido 320, enquanto que na segunda edição houve 366 pessoas inscritas. Na primeira edição do curso, somente 35% de inscrições eram do sexo feminino, enquanto na segunda edição do curso, com a Jornada Heróica HLJ, o número de participação feminina subiu para 60% do total de inscrições, havendo uma percentagem bastante elevada de estudantes brasileiras.

[1] https://fostwom.eu

[2] https://courses.elearning.tecnico.ulisboa.pt/courses/course-v1:MOOCs+lematecX+2021/about

[3] https://heroicjourneys.life/about/

[4] https://courses.elearning.tecnico.ulisboa.pt/courses/course-v1:MOOCs+lematecX+2022/about

Resultados Alcançados

Este projeto desenrolou-se assim em duas componentes principais, uma primeira componente (janeiro 2021 a dezembro 2021) em que foi desenhado, produzido e lançado pela 1º vez o MOOC “Machine Learning, Maths and Ethics: Hands-on”[1] e uma segunda componente, em que foram produzidos 12 vídeos, e 1 teaser, que dão suporte de imagem às etapas motivacionais num percurso (feminino) de aprendizagem na área STEM, e que constituem a base da Heroine’s Learning Journey (HLJ)[2]. Durante a implementação da 2ª edição do MOOC “Machine Learning, Maths & Ethics: Hands-on”[3] o percurso de aprendizagem era conduzido através das 12 etapas da Heroine’s Learning Journey.

Alguns resultados obtidos:

Com 30% de participantes do sexo feminino na 1ª edição do MOOC, que contou com 320 inscrições, as respostas aos questionários inicial e final do curso online demonstram que 38,6% concordam totalmente com a afirmação “Estou ciente do gender gap nas áreas STEM” no questionário inicial e 47% afirmaram que concordam totalmente com a afirmação no questionário final. Este é um indicador que aumentou o número de pessoas conscientes do gender gap em STEM, e que passam a concordar com essa afirmação depois de realizarem o curso.

Com 60% de participantes do sexo feminino na 2ª edição do MOOC, que contou com 366 pessoas inscritas, as respostas aos polls integrados no curso mostram que os vídeos motivacionais da HLJ ajudaram as pessoas participantes, além de adquirirem conhecimentos práticos de Aprendizagem Automática/ Machine Learning, a tomar consciência do gender gap nesta área. No questionário final, ao responderem à questão sobre a importância de cada uma das etapas/elementos da HLJ para os seus estudos, cabe destacar que a opção 5 (“é muito importante”) foi selecionada por 60,0%-74% das pessoas respondentes, dependendo da etapa em questão. A segunda opção mais selecionada para as etapas em geral foi a opção 4 (“é importante”) que teve uma representatividade de 20,0%-25,7%.

[1] https://courses.elearning.tecnico.ulisboa.pt/courses/course-v1:MOOCs+lematecX+2021/about

[2] https://heroicjourneys.life/about/

[3] https://courses.elearning.tecnico.ulisboa.pt/courses/course-v1:MOOCs+lematecX+2022/about

Avaliação e Monitorização

Para avaliação e monitorização da prática usámos os questionários inicial e final dos MOOC, estatísticas registadas na plataforma e uma sessão de Training do FOSTWOM dedicada à avaliação da HLJ. As respostas submetidas de modo anónimo permitem inferir o impacto que este projeto poderá ter nas escolhas futuras das raparigas que participaram ativamente nas duas edições do MOOC. Já referimos alguns exemplos das questões levantadas e respetivas percentagens de resposta. Deixamos aqui alguns feedbacks e comentários de participantes.

Durante a 1ª edição do MOOC “Machine Learning, Maths & Ethics: Hands-on”, entre as 320 pessoas inscritas, 45% eram estudantes ou alumni IST, 8% tinham idade inferior a 21 anos e 35% identificaram-se com o sexo feminino. No questionário final ficou o seguinte comentário:

“Este curso foi incrível. Agradeço a todos que dedicaram seu tempo e esforço para disponibilizar este curso, também gratuito. Não tenho certeza se posso dizer que minhas opiniões sobre a diferença de gênero em STEM mudaram. Mas, como mulher, me sinto mais confiante em relação ao tópico de aprendizado de máquina. Seria ótimo ter uma Parte 2 deste curso. Obrigado.”

Na 2ª edição do MOOC “Machine Learning, Maths & Ethics: Hands-on” em que as pessoas seguiam os conteúdos através das 12 etapas da Heroine’s Learning Journey, temos com base nas respostas ao questionário inicial, um interessante perfil sociodemográfico: a maioria de respondentes estavam na faixa etária dos 14-28 anos (73%) e identificaram-se com o sexo feminino (60%). Eis um comentário deixado no questionário final:

“A experiência do curso foi muito interessante, pois além de ter haver (sic) com algo de meu interesse, a informática, nos incentivou que não importa quem somos, devemos seguir nossos sonhos, independente do gênero.”

Finalmente, numa das sessões do 3º Training do FOSTWOM, 12 participantes, experientes em conteúdos académicos online, foram chamados a avaliar os vídeos da HLJ, em particular, e a jornada no seu geral, respondendo à questão: “Acredito que a HLJ, como um todo, tem um grande potencial para motivar mulheres a participar em cursos online na área STEM”. A maioria das pessoas presentes concordaram completamente (8%) ou concordam (58%) com esta afirmação.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Observando os dois resultados principais: o MOOC “Machine Learning, Maths and Ethics: Hands-on”, desenhado com uma perspetiva ética e de género, e a Heroine’s Learning Journey, com as suas 12 etapas motivacionais, podemos concluir que enquanto o curso online já inova na sua narrativa de inclusão de aspetos societais numa matéria de interesse de estudantes de Engª do IST, a segunda ferramenta é totalmente inédita e com potencialidades de ser aplicada em muitos outros conteúdos STEM. Além disso, sendo que ambos os conteúdos são disponibilizados online e de modo inteiramente aberto e livre, torna-se possível com o enquadramento adequado chegar com êxito a locais, onde as oportunidades de carreiras STEM para grande parte das raparigas são raramente consideradas. Vejamos o seguinte exemplo.

Na altura da segunda edição do curso online, graças à sua divulgação na internet, um professor de secundário da cidade de Recreio-MG, Brasil, interessou-se por trazer a iniciativa para esta cidade do interior de Minas Gerais. Foi assim que se estabeleceu uma parceria com a Escola Estadual Olavo Bilac, senso que a escola disponibilizou o laboratório de informática para que as estudantes pudessem realizar o curso a partir dos computadores desse laboratório. As jovens estudantes só poderiam participar no curso mediante este suporte informático, uma vez que não tinham computadores nem acesso à internet nas suas casas. Além disso, para este contexto especial, a tutora da segunda edição do curso, Larissa Galeno, dedicou um dia por semana para dar apoio remoto às participantes de Recreio, criando um grupo no WhatsApp para facilitar a comunicação. No total, das 30 candidatas que preencheram o formulário para obter o apoio da Escola Estadual Olavo Bilac, foram selecionadas 14 jovens, com idades entre 15 e 21 anos. Estas 14 raparigas tiveram a oportunidade de usar os laboratórios para obterem a formação de 3 meses baseada no MOOC, e dessas, 11 terminaram o curso online com sucesso, recebendo o certificado do IST, Universidade de Lisboa.

Programa de Bolsas de Estudo, NDA

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano● 2022

Programa de Bolsas de Estudo, NDA

Seleccionada Boa Prática do ano 2022

ND

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico através do Núcleo de Parcerias Empresariais desenvolveu protocolos de colaboração, com empresas, ao abrigo da Lei do Mecenato, e criou no ano letivo 2015/2016 o Programa de Bolsas de Estudo, que visa apoiar estudantes com potencial académico que, por carência socioeconómica, não disponham de meios para custear os encargos financeiros associados à frequência dos vários ciclos de estudos.

Os dados disponíveis revelam que muitos alunos se encontram impedidos de frequentar o ensino superior ou o abandonam, não obstante o seu mérito académico, por insuficiência de meios económicos. Os mecenas desejam contribuir, no âmbito da sua ação de responsabilidade social, para a promoção da igualdade de oportunidades no ensino superior.

Neste contexto, reconhecem o Técnico como uma instituição de ensino superior prestigiada que mantém elevados padrões éticos e de qualidade no ensino que ministra, partilhando dos mesmos objetivos – promover a igualdade de oportunidades e a justiça social, na medida em que há fatores socioeconómicos e culturais que interferem direta e indiretamente no insucesso académico.

Constatando que alguns estudantes com um desempenho académico relevante poderiam não conseguir prosseguir os estudos devido às suas dificuldades financeiras, considerou-se que o Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA) poderia, dada a sua proximidade com os estudantes e o corpo docente envolvido, nomeadamente no programa de tutorado (PT), assumir a responsabilização da divulgação e gestão do Programa de Bolsas de Estudo.

A operacionalização deste programa implica a elaboração dos protocolos de colaboração e regulamentos, envio para validação do gabinete jurídico e marcação da cerimónia de assinatura dos mesmos; solicitação ao Núcleo de Projetos Nacionais a abertura de projeto e pedido da emissão da respetiva fatura; abertura dos concursos à comunidade estudantil, e divulgação, que passa por solicitar ao Núcleo de Design e Multimédia a criação de um cartaz, e simultaneamente, através do portal comunicação, a difusão desta informação a toda a comunidade do Técnico; verificação dos documentos de elegibilidade; seriação e envio das informações aos mecenas para atribuição das bolsas de estudo; elaboração da ata com o resultado da seriação; agendamento e organização da cerimónia para assinatura do contrato de bolsa, e convites endereçados aos presidentes dos departamentos dos cursos dos alunos aos quais foram atribuídas as bolsas de estudo; contacto com o Gabinete de Comunicação e Relações Públicas para a cobertura jornalística do evento; de destacar ainda o acompanhamento psicopedagógico aos bolseiros ao longo do período em que são beneficiários das bolsas de estudo e o acompanhamento das atividades de voluntariado em que estão envolvidos ao longo de todo o período de atribuição da bolsa de estudo.

Atualmente, neste projeto estão envolvidos dois elementos da equipa do NDA. A calendarização desta atividade depende do contacto efetuado pelo mecenas, mas caso o protocolo já tenha sido assinado, o concurso para as bolsas detém várias fases: a receção de candidaturas que decorre em outubro; a seleção dos candidatos em novembro; a comunicação dos resultados em fins de novembro, e a assinatura do contrato de bolsa em dezembro, de cada ano letivo. É importante referir que a divulgação dos resultados da seriação está dependente das informações providenciadas pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, relativamente ao valor que os candidatos auferem de bolsa da Direção Geral de Ensino Superior (DGES), dado que o programa de bolsas de estudo do Técnico permite ao bolseiro auferir simultaneamente, de outro apoio, desde que este não ultrapasse o valor da propina.

Resultados Alcançados

Conforme se pode verificar no gráfico nº 1 tem havido um crescimento do número de mecenas desde da implementação do Programa de Bolsas de Estudos no Técnico. Do início do Programa até ao ano letivo 2021/2022 houve um aumento de 20% no número de mecenas.

Gráfico nº 1: % Mecenas por ano letivo

No gráfico nº 2 podemos aferir o número crescente de bolsas distribuídas por anos letivos, sendo que atualmente o número é cerca de 4 vezes mais, do que o número inicial.

Gráfico nº 2: Nº de bolsas por ano letivo

No gráfico nº 3 pode ser analisada a distribuição do número de bolsas pelos cursos do Técnico, onde podemos destacar os cursos com maior número de bolsas atribuídas até ao ano letivo 2021/202: Engenharia Química com 22 bolsas, Engenharia Civil com 36, Engenharia Eletrotécnica e de Computadores com 38 e Engenharia Informática e de Computadores com 43 bolsas de estudo.

Gráfico nº 3: Nº de bolsas de estudo por cursos

A seguir apresentamos dados qualitativos através dos testemunhos de alguns dos bolseiros e onde se salienta o impacto que o Programa de Bolsas de Estudo tem nas vidas dos bolseiros e das suas famílias.

Bolsas de Estudo Hovione Solidária na Educação

Depois de um semestre “bastante difícil”, “foi de certa forma um impulso para eu voltar aquilo que era a minha normalidade, voltar a dar o meu melhor”, partilhou a aluna GC expressando a sua gratidão para com os mecenas.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/cinco-estudantes-do-tecnico-apoiadas-pelo-programa-de-bolsas-hovione-solidaria-na-educacao/

“Quero ainda frisar que são apoios como este que fazem toda a diferença na vida de estudantes como eu e os meus colegas bolseiros ao permitir que continuemos a estudar na área que gostamos, lutando pelos nossos sonhos e objetivos, até que um dia nos tornaremos profissionais de excelência nas áreas em que nos estamos a formar e possamos servir grandes empresas como é o caso da Hovione”, disse IM, assumindo o orgulho por ser bolseira da empresa.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/cinco-estudantes-do-tecnico-apoiadas-pelo-programa-de-bolsas-hovione-solidaria-na-educacao/

Bolsas de Estudo Martim Lancastre: “Acreditamos que apostar na educação das pessoas é a melhor forma de valorizar a vida” (Mecenas)

O bolseiro JCL agradeceu este “incentivo” que lhe “permite estudar e não ter que me preocupar com a parte financeira o que é muito bom”.  Assumindo-se determinado, manifestou a sua vontade de querer “honrar o nome da bolsa, pelo seu valor, não só monetário, mas sobretudo pela história que tem por trás”.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/bolsas-de-estudo-martim-lancastre-acreditamos-que-apostar-na-educacao-das-pessoas-e-a-melhor-forma-de-valorizar-a-vida/

Avaliação e Monitorização

A avaliação do processo de candidatura é efetuada através do feedback que os estudantes vão fornecendo por email, e através das interações para validação das candidaturas. Neste sentido, foram criadas as FAQ’s de apoio à submissão da candidatura e no próprio formulário de candidatura online foi incluída informação adicional de forma a tornar a candidatura mais clara.

Com relação aos bolseiros, a avaliação é efetuada semestralmente com elaboração de um relatório que pretende sistematizar os resultados académicos, para ser entregue aos mecenas e para referência do IST. Esta monitorização implica por parte do bolseiro a manutenção de uma média não inferior a 13,5 valores, e dependendo do regulamento de bolsa, a aprovação às unidades curriculares inscritas, bem como, estarem comprovadas a continuidade das razões financeiras que justificaram a atribuição da Bolsa no ano anterior.

Com o acompanhamento regular dos bolseiros podemos identificar à priori situações de baixo rendimento académico, sendo necessário um acompanhamento psicopedagógico com o objetivo de apoiar os bolseiros no cumprimento das condições necessárias para a renovação da sua bolsa.

O aumento do número de candidaturas nos diferentes programas de bolsas de estudo, nos últimos 6 anos, é o reflexo do esforço da divulgação que se traduz na criação de cartazes, utilização do portal de comunicação do Técnico no Fénix, comunicação nas redes sociais como Facebook e Instagram. É também de salientar a presença do NDA na semana de acolhimento aos novos alunos, onde é efetuada a divulgação dos Programas de Bolsas de Estudo e também das Bolsas da DGES.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Como aspetos inovadores da prática podemos destacar o impacto que este projeto tem na vida dos bolseiros e respetivas famílias, ao apoiar estudantes com mérito académico e com dificuldades financeiras, que de outra forma poderiam abandonar o seu percurso académico.

Importa referir ainda que o cálculo aplicado no Técnico para aferir o rendimento per capita do agregado familiar é de 22 vezes o indexante dos apoios sociais (IAS) em vigor no início do ano letivo, acrescido do valor da propina máxima anualmente fixada para o respetivo ciclo de estudos do ensino superior público. Enquanto que nas bolsas da DGES o valor aplicado do IAS é de 18 vezes, permitindo assim apoiar estudantes que não teriam auxílio financeiro público.

Realçamos ainda o voluntariado como forma de o bolseiro retribuir à comunidade o apoio recebido, ao realizar atividades num total de 30 horas por semestre, em instituições de cariz social ou no Técnico, desenvolvendo desta forma também as suas competências sociais, intra e interpessoal.

A criação, pelo NDA, das salas de estudos online, onde os bolseiros são monitores voluntários e partilham experiências de aprendizagem em ambiente académico, constitui outra das atividades inovadoras e com potencial de benchmarking, passível de ser replicada para outras instituições.

No decorrer do programa de voluntariado os bolseiros prestam também apoio individualizado a alunos dos Países de Língua Oficial Portuguesa e a alunos com Necessidades Educativas Especiais, sendo este apoio acompanhado pela equipa técnica do NDA. Este contributo é relevante para a formação dos bolseiros para a cidadania global, sensibilizando-os para a solidariedade social e inclusão.

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

terça, novembro 8th, 2022

Promoção da saúde mental e inclusão na comunidade académica do Técnico● 2022

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

http://mentalhealthclub.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

O “Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão” foi criado em 2020 como uma resposta à preocupação acerca deste assunto transmitida por elementos da comunidade académica do Técnico ao Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA). Assim sendo, o Clube nasceu como um ponto de encontro de caráter transversal para a promoção da saúde mental e inclusão no Técnico, através da organização de atividades de sensibilização e apoio ao estudante.

De entre as atividades desenvolvidas, destaca-se o projeto “BrainStorms”, iniciado durante a fase inicial da pandemia COVID-19 em co-promoção com elementos do NDA. Este projeto consiste num ciclo de conversas informais via Zoom (18 até à data), onde se abordam questões a nível de saúde mental e inclusão, que se percecionam problemáticas no seio da comunidade do Técnico (e.g., igualdade de género, sentimento de pertença, aulas a distância, gestão das emoções em tempos de pandemia). As sessões contam com oradores convidados com experiência nas várias questões abordadas e são transmitidas através do canal de Youtube do Clube. Neste contexto, é de notar a parceria estabelecida com o programa FAIL! (MIT (EUA); 2017), focado na gestão positiva do fracasso em ambientes académicos e profissionais.

Para além disto, o Clube promoveu a implementação de um programa de mentorado para estudantes de PhD junto com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação, e tem colaborado com diversos grupos da esfera Técnico tais como o QueerIST, o Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP), a AEIST ou o Núcleo de Estudantes Africanos do IST na organização de palestras. Mais recentemente, o Clube está ainda a promover um ciclo de sensibilização acerca de comportamentos aditivos (substâncias, jogo, FOMO, sexo; Março-Abril 2022) e sessões periódicas de partilha e meditação guiada.

Resultados Alcançados

O objetivo do Clube tem sido o desenvolvimento de iniciativas focadas na melhoria da qualidade de vida cognitiva e/ou emocional e promoção de uma melhor saúde mental na comunidade do Técnico. Embora a organização e formato das atividades a desenvolver se viu afetada pela pandemia, foi possível desenvolver um número significativo de iniciativas via Zoom.

Assim, o impacto positivo da constituição do Clube na comunidade Técnico viu-se materializado através do desenvolvimento das atividades que se seguem:

– Abordagem de 18 assuntos relacionados com a saúde mental, resiliência, adaptabilidade ou pertença ao Técnico, entre outros, através das sessões do projeto “BrainStorms”, disponíveis no canal de Youtube do Clube (https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ). Entre elas, destacam-se as sessões de “Estes tempos não são para fracos” com Ana Moniz; “Sanidade mental e ensino à distância: Missão impossível?” com Teresa Espassandim; “Desconfinar, mas devagar: Resiliência, Qualidade de Vida e Saúde Mental” com Catarina Rivero, “Comunicar com Inclusão” com Yolanda Tati e Joana Lobo Antunes, “Técnico no feminino – Mulheres na Engenharia” com Isabel Ribeiro, “LGBTQ? E há +? Identidade e Saúde Mental” com Delso Batista ou “Sou uma fraude!? – Lidar com a Síndrome do Impostor” com Andreia Santos.

– Colaboração com o programa FAIL! (https://fail-sharing.org), criado no MIT (EUA) em 2017, e cujo foco é promover a desestigmatização do fracasso em ambientes académicos e profissionais e na sociedade em geral. Foram organizadas três sessões no contexto das “Brainstorms” com Arlindo Oliveira, Zita Martins e Miguel Duarte como oradores convidados;

– Implementação do programa de mentorado para estudantes de PhD em colaboração com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação;

– Realização de atividades conjuntas com outros núcleos/grupos da comunidade do Técnico tais como o QueerIST, Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP) ou Núcleo de Estudantes Africanos do IST;

– Estabelecimento de uma parceria com a AEIST que visa desenvolver atividades focalizadas na saúde mental (e.g., ciclo de partilha, sessões de meditação guiada).

Avaliação e Monitorização

O Clube está atualmente formado por estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento assim como alumni e/ou investigadoras/es do Técnico, com formação em diversas áreas (e.g., informática, física, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia química). As/os voluntárias/os são responsáveis pela organização das atividades em termos de: (i) conceptualização; (ii) contacto com potenciais parceiras/os e/ou especialistas nos assuntos a abordar; (iii) calendarização e definição do formato (on-line, híbrido ou presencial); (iv) elaboração da estratégia de comunicação e divulgação da atividade nas redes do Clube e site do Técnico; (v) realização efetiva da atividade (criação de links, moderação); (vi) avaliação do impacto quantitativo da atividade (engajamento por parte da comunidade, número de participantes, respostas ao formulário posterior às sessões); e (vii) avaliação do impacto qualitativo (discussão entre os membros do grupo acerca dos principais pontos positivos e identificação de estratégias a melhorar no futuro).

Neste contexto, os principais impactos positivos do Clube têm sido confirmados através dos seguintes pontos:

– Número de seguidores nas redes sociais do Clube: Instagram (539; https://www.instagram.com/saudementalist/), Facebook (177; https://www.facebook.com/Student-Club-on-Mental-Health-and-Inclusion-IST-101432234814705/), Twitter (87; https://twitter.com/SaudeMentalIST) e LinkedIn (14; https://www.linkedin.com/groups/12474728/);

– Número de subscritores no canal de YouTube do clube (227; https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ) e número de visualizações das sessões do “BrainStorms” (>3775);

– Estabelecimento de parcerias materializadas na realização (passada e futura) conjunta de atividades/programas com mais do que 10 núcleos/grupos/associações da esfera Técnico (e.g., NDA, NAPE, CommUnity by EIT InnoEnergy, Clube de Estudantes de Doutoramento, Área de Pós-Graduação, Núcleo de Estudantes Africanos, Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente, Núcleo de Minas, WIP, AEIST, QueerIST).

Carácter Inovador e Transferibilidade

A vida académica consegue traduzir-se numa fase de alto peso emocional, de alta pressão social e pressão adicional autoimposta. Neste sentido, iniciativas que se proponham a promover a manutenção da nossa saúde mental e a desmistificar distúrbios psicológicos são muito importantes e essenciais no ambiente académico do Técnico. Sabe-se também que o isolamento constitui uma agravante para os problemas associados à saúde mental que é necessário mitigar. Assim, através da formação do Clube, tem sido possível chegar mais facilmente aos vários elementos da comunidade académica e incentivar reflexões que melhorem o bem-estar individual e coletivo. Para além disto, até à data, não existia nenhuma organização de estudantes dedicada especificamente às questões associadas à saúde mental e à forma como esta se associa com a noção de inclusão. Para além do impacto na comunidade do Técnico, a criação do Clube vem a manifestar-se como uma estratégia com potencial para ser replicada em outras instituições de ensino superior. De facto, atividades como o projeto “Brainstorms” ou o programa de mentorado para estudantes de PhD, tipicamente vindos de fora do Técnico e sem uma rede de apoio e suporte suficientemente abrangente, têm potencial para serem reproduzidos em outras instituições de ensino superior.

Working@Tecnico: Avaliação dos Riscos Psicossociais no Instituto Superior Técnico

terça, outubro 12th, 2021

Capital Humano● 2021

Comissão de Avaliação dos Riscos Psicossociais

 https://drh.tecnico.ulisboa.pt/workingtecnico/

Implementação da Prática

O projeto working@tecnico surgiu da necessidade de avaliação e intervenção ao nível dos Riscos Psicossociais (RPS), identificada pelos Representantes dos Trabalhadores para a Segurança e Saúde no Trabalho. Para dar resposta a esta missão, foi constituída a Comissão de Avaliação dos Riscos Psicossociais (CARP[1]), uma equipa multidisciplinar nomeada pelo Conselho de Gestão (CG). Desta comissão, destacou-se uma equipa técnica (CARP-T[2]), que reúne todos os Psicólogos do Técnico inscritos na Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) provenientes de três serviços – NDA, NAPE e DRH. Neste âmbito, foi estabelecido um Protocolo de Cooperação entre o Técnico e a OPP, que possibilitou a formação e utilização do questionário Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ-II), necessário à avaliação de RPS.

Este projeto tem como objetivo a avaliação dos RPS no Técnico, e envolve: a) conhecer a realidade e necessidades da Escola; b) propor medidas concretas de intervenção; c) melhorar o desempenho dos trabalhadores e das equipas; d) promover a saúde física e psicológica dos trabalhadores.

Em 2019, a CARP-T recolheu e analisou dados, planeou e implementou uma campanha de sensibilização para os RPS, realizou uma sessão de esclarecimento sobre o projeto (realizada a 25 de outubro com a presença do CG e convidados com experiência na avaliação de RPS) e implementou a aplicação do COPSOQ-II (de 04 a 22 de novembro). A aplicação do questionário aos 738 trabalhadores técnicos e administrativos dos três campi do Técnico decorreu dentro do previsto, tendo os resultados sido disponibilizados em dezembro à coordenadora do projeto. A CARP-T iniciou, em janeiro de 2020, a análise dos dados e a produção de um extenso relatório técnico, onde se analisam e apresentam os resultados, e se mapeiam medidas de prevenção primária e secundária a aplicar para prevenir ou mitigar o impacto dos RPS no Técnico. As medidas remediativas ou de prevenção terciária, nomeadamente nos grupos com resultados mais preocupantes, são (proposta da CARP ao Conselho de Gestão) para ser executadas por uma equipa externa ao Técnico. Algumas das medidas propostas foram já implementadas e outras estão em fase de implementação.

Resultados Alcançados

As boas práticas de avaliação de RPS apontam para a necessidade de alcançar 60% dos trabalhadores para se obter uma visão representativa das necessidades da organização. No caso da avaliação implementada no Técnico, responderam 499 trabalhadores, de 20 serviços/agrupamentos de serviços, correspondendo a uma favorável taxa de resposta de 68%. Este resultado traduz o esforço realizado ao nível da divulgação (para a qual se contou com o apoio do Núcleo de Design e Multimédia) e denota a adesão e pertinência desta iniciativa, já antecipada pela forte participação na sessão de esclarecimento realizada em outubro de 2019. As alterações de agenda provocadas pela necessidade de gestão do impacto da pandemia vieram atrasar a entrega e discussão de resultados, tendo a reunião com o CG sido realizada apenas em julho de 2020, alguns meses após a data prevista na planificação inicial. O CG demonstrou preocupação e compromisso em relação às recomendações realizadas pela equipa Técnica, aguardando-se a aprovação das medidas a implementar. Os resultados foram comunicados aos trabalhadores pelo CG através do envio, em outubro de 2020, de um e-mail contendo informação sobre a avaliação realizada. Foi reforçada a importância de complementar essa ação, realizando uma devolução de resultados adequada e clara, garantindo a compreensão por parte dos colaboradores de quais são os pontos fortes identificados, mas também os RPS aos quais podem estar expostos. Enquanto tal não acontece, a CARP-T disponibiliza, na secção “Bem-estar Working@tecnico” da página da Direção de Recursos Humanos,         um enquadramento do projeto (https://drh.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/45/sumario_executivo_carp.pdf), uma síntese dos principais resultados obtidos, um conjunto de recursos de apoio para os trabalhadores e o Guia de Boas Práticas  para o Teletrabalho (https://tecnico.ulisboa.pt/files/2020/07/guia-de-boas-pra-ticas-para-o-teletrabalho.pdf).         A elaboração deste Guia surgiu da necessidade de contribuir para a promoção do bem-estar e saúde laboral, face aos constrangimentos e à reorganização do trabalho causada pela pandemia, a partir de Março de 2020.

Avaliação e Monitorização

Para corresponder às necessidades de avaliação e monitorização dos RPS, a CARP-T decidiu seguir as diretrizes estabelecidas pela OPP no que respeita ao instrumento e procedimentos a adotar. A possibilidade de capacitar os membros da CARP-T através de formação oferecida pela OPP, foi também uma mais valia para garantir que os processos de trabalho são informados pelos mais recentes estudos científicos neste domínio.

O COPSOQ II (versão média disponibilizada pela OPP) permitiu avaliar os RPS, através de 87 perguntas, 7 dimensões, 28 subescalas), tal como se pode ver na tabela seguinte:

Domínio Variáveis
D.1. Exigências Laborais V.1. Exigências quantitativas
V.2. Ritmo de trabalho
V.3. Exigências cognitivas
V.4. Exigências emocionais
D.2. Interface indivíduo/trabalho V.21. Satisfação no trabalho
V.22. Insegurança laboral
V.24. Conflito trabalho/família
D.3. Organização do trabalho e Conteúdo V.5. Influência no trabalho
V.6. Possibilidade de desenvolvimento
V.19. Significado no trabalho
V.20. Compromisso face ao local de trabalho
D.4. Personalidade V.18. Auto-eficácia
D.5. Relações Sociais e Liderança V.7. Previsibilidade
V.8.Transparência do papel laboral desempenhado
V.9. Recompensas
V.10. Conflitos laborais
V.11. Apoio social de colegas
V.12. Apoio social de superiores
V.14. Qualidade da liderança
  V.23. Saúde Geral

 

D.6.Saúde e bem-estar V.25. Problemas em dormir
V.26. Burnout
V.27. Stress
V.28. Sintomas depressivos
V.29. Comportamentos ofensivos
D.7. Valores no local de trabalho V.13. Comunidade social no trabalho
V.15. Confiança horizontal
V.16. Confiança vertical
V. 17. Justiça e respeito

 

A CARP-T considera que os resultados obtidos nesta avaliação são de extrema importância para se implementar um plano de prevenção primária. No entanto, existe uma limitação decorrente dos membros da equipa serem simultaneamente parte integrante da organização, o que traz responsabilidade acrescida para garantir a confidencialidade destes dados sensíveis. Por esse motivo, não foram analisados dados específicos dos serviços/conjuntos de serviços, mas apenas os resultados globais do Técnico. Assim, a CARP-T considera que esta avaliação está incompleta sem a análise dos resultados de cada grupo respondente, sendo necessário envolver uma equipa externa especializada para tratar adequadamente estes dados e apurar a avaliação, nomeadamente através da utilização de técnicas como entrevistas ou focus-group. Sendo as organizações sistemas dinâmicos, sujeitos a alterações internas e externas, a avaliação de RPS não pode ser vista como uma ação pontual: é um processo que deve ter continuidade no tempo, que deve ser periódico e estruturado. Uma vez que a última avaliação foi realizada antes da pandemia, seria importante fazer uma nova avaliação que permita observar melhorias na gestão do risco (após implementadas medidas), identificar riscos novos e descobrir que outros não conseguiram ser alvo de intervenção . Assim, é fundamental que não se olhe para a avaliação de RPS como um processo concluído, mas sim como um processo evolutivo.

O trabalho desenvolvido pela CARP-T no Técnico foi distinguido pela OPP com o prémio Boas Práticas em 2020 (https://www.youtube.com/watch?v=GjcYpFmq1lU).

Carácter Inovador e Transferibilidade

O projeto working@tecnico, impulsionado pelos trabalhadores, enquadrado numa comissão multidisciplinar, conduzido por uma equipa técnica especializada e formada para o efeito, e

apoiado por uma Gestão preocupada com o bem-estar e saúde ocupacional dos seus trabalhadores, é sem dúvida inovador e incomum no panorama do Ensino Superior em Portugal, em especial numa Escola com a dimensão do Técnico.

Uma replicação desta avaliação é não só desejável como essencial. Nesse sentido, a CARP-T destacou a importância de se proceder a uma intervenção continuada e integrada, fomentando o carácter de transferibilidade desta ação, precisamente para responder às características dinâmicas das organizações atuais e para conduzir eventuais estudos de impacto.

A CARP-T recomendou ainda a diversificação dos formatos de avaliação (entrevistas, focus group, etc.) e de intervenção na área dos RPS, implementando-os de forma integrada para rentabilizar os investimentos feitos, e potenciar os efeitos organizacionais alcançados. Um exemplo de rentabilização seria: 1) começar por intervir preventivamente na Escola nas dimensões que poderão ser melhoradas apenas com mais informação dirigida à comunidade Técnico (saúde em geral, higiene do sono, gestão do stress, prevenção do burnout, elaboração de um código de conduta geral que permita estabelecer boas práticas de relacionamento interpessoal); 2) selecionar, com base nos resultados, serviços considerados prioritários para intervir de forma remediativa (ex.: dando prioridade à contratação de   recursos para essas áreas e/ou intervindo no desenho dos espaços de trabalho, e/ou criando formações para as equipas e/ou chefias, desenhadas à medida para contrariar os RPS identificados), e finalmente;

3) desenvolver intervenções mais globais na Escola, interserviços, entre grupos diferentes da comunidade Técnico, e com continuidade, assumindo a liderança da DRH nesse processo, porventura com a inclusão de um/a psicólogo/a do trabalho e das organizações. Também a criação de um sistema de apoio aos trabalhadores para a gestão dos comportamentos ofensivos no local de trabalho, uma imposição legal, foi vista como uma prioridade pela Gestão.

A replicação deste trabalho no âmbito das carreiras docente e de investigação também traria benefícios relevantes para a Escola, sendo, desta forma, possível alargar o plano de prevenção primária a todos os funcionários do Técnico, docentes, investigadores e trabalhadores técnicos e administrativos.

A médio prazo, seria interessante submeter uma candidatura do Técnico ao Prémio Healthy Workplaces – Locais de Trabalho Saudáveis (OPP), cujo objetivo é reconhecer e distinguir organizações que tenham demonstrado um forte empenho na prevenção dos riscos psicossociais e na promoção da saúde ocupacional, através de contributos inovadores para a segurança, o bem-estar e a saúde (física e psicológica) no local de trabalho.

[1] Lídia Silva e Isabel Gonçalves (Coordenação) e ainda Joana Pinto dos Santos, José Manuel Riscado, Marta Pile, Miguel Coimbra, Pedro Lima Duarte, Pedro Meireles, Rui Relvas, Ana Bordalo, Diana Ferreira

[2] Ana Marques, António Sol, Carolina Ferreira, Gonçalo Moura, Isabel Gonçalves e Rita Wahl

Gender Balance@Técnico

segunda, setembro 28th, 2020

Capital Humano 2020

Helena Geirinhas Ramos (Coordenadora do Grupo de Trabalho Gender Balance@Técnico)  / Marta Pile (AEPQ)

Implementação da Boa Prática

A igualdade de género é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU). É um debate atual e importante para a construção da sociedade em geral e com impacto significativo na comunidade do Técnico em particular, onde existe ainda uma polarização significativa de género na população estudantil.

Esta polarização, embora com motivos diversos, resulta em grande parte de uma visão cultural tradicional, mas que não reflete a realidade atual e a verdadeira abrangência da Engenharia.

Nest sentido, o Técnico criou em 2016 um Grupo de Trabalho “Gender Balance@Técnico” que tem como missão a promoção e valorização da diversidade no IST, através de um conjunto de ações de reforço da inclusão em geral e da igualdade de género em particular.

Este grupo tem como visão ser reconhecido pelo seu contributo para a diversidade no IST, traduzida numa melhoria dos indicadores de inclusão e igualdade de género, através de atividades que promovam a igualdade de oportunidades e o respeito pela diferença.

Estas atividades têm duas dimensões fundamentais:

– externamente, no desenvolvimento de ações que contribuam para a promoção de um recrutamento com maior equilíbrio de género junto dos candidatos ao Ensino Superior;

– internamente, no sentido de minimizar os entraves associados à promoção das mulheres nas carreiras docentes, de investigação ou administrativas.

Resultados Alcançados

Criado com o apoio do Presidente do IST, o grupo tem um Plano de Ação anual, com atividades enquadradas em várias dimensões.

Em 2019, foram desenvolvidas 15 das 16 atividades inicialmente programadas, de acordo com as várias DIMENSÕES de atuação.

DIMENSÃO: Recrutamento e seleção de pessoal

OBJETIVOS: Promover a representação equilibrada de mulheres e homens nas equipas de trabalho:  de docência, de investigação, de suporte técnico-administrativo, e de gestão do IST

ATIVIDADES: Recomendações sobre “Gender Balance”

DIMENSÃO: Remuneração e gestão da carreira

OBJETIVOS: Promover a representação equilibrada das mulheres e dos homens na esfera da tomada de decisão e na progressão profissional dos colaboradores da carreira docente, de investigação e técnica-administrativa do IST

ATIVIDADES: “Shaping the Future “; Formação de Mentores; Estudo estatístico “Progressão na Carreira”

DIMENSÃO: Informação, comunicação e imagem

OBJETIVOS: Sensibilizar a comunidade do Técnico para as questões da igualdade de género na sociedade (principais conceitos, estereótipos, comunicação inclusiva, …)

ATIVIDADES: Prémio Maria de Lurdes Pintasilgo; Role Models do Técnico; Alumni Talks; WISE – Women in Science and Engineering; Engenheiras por um dia; Página web: Diversidade e Igualdade; Projetos (INGDIVS, FostWom); Fórum iGen/Coordenação GT4 Publicações; Recomendações sobre linguagem inclusiva.

DIMENSÃO: Proteção na parentalidade e assistência à família

OBJETIVOS: Perspetivar e divulgar formas de apoio à conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional dos colaboradores da carreira docente, de investigação e técnica-administrativa do IST, que permitam garantir igualdade de oportunidades

ATIVIDADES: Divulgação das medidas de incentivo à conciliação entre vida pessoal e profissional; Dispensa de serviço docente pós-licença de parentalidade.

Avaliação e Monitorização

O Plano de Ação é monitorizado anualmente, através de um mapa excel com identificação das atividades em termos de: dimensão, objetivos estratégicos, objetivos operacionais, universo abrangido, calendarização, indicador de resultados, resultados (2016, 2017, 2018), metas, e e-mail de contacto da pessoa responsável por essa informação.

Também a página da internet “Diversidade e Igualdade” (https://tecnico.ulisboa.pt/pt/viver/dia-a-dia/diversidade-e-igualdade-de-genero/) é utilizada para divulgação dos resultados atingidos, tendo o papel da comunicação uma importância vital no sucesso das atividades de promoção da igualdade de género.

Da reflexão feita ao longo dos anos, e sendo este um trabalho que implica a desconstrução de estereótipos de género e de promoção de mudança de mentalidades, a aposta em iniciativas no âmbito da “Informação, Comunicação e Imagem” é crítica, justificando a quantidade de iniciativas (10) desenvolvidas no âmbito desta dimensão.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Consideramos que esta prática pode ser replicada em outras escolas, através da criação de um Grupo de Trabalho ou outro tipo de estrutura que contribua com programas e iniciativas para promover a inclusão em geral, e a cultura da igualdade de género em particular. Conhecemos vários exemplos, sobretudo de escolas estrangeiras, tendo sido o IST a primeira instituição de ensino a integrar o iGen – Fórum Organizações para a Igualdade.

O iGen é composto por 68 organizações, nacionais e multinacionais, dos setores público, privado e da economia social, que operam em Portugal e representam, no seu conjunto, cerca de 2% do PIB português, tendo os seus membros assumido o compromisso de reforçar e evidenciar a sua cultura organizacional de responsabilidade social incorporando, nas suas estratégias e nos seus modelos de gestão, os princípios da igualdade entre mulheres e homens no trabalho e no emprego.

GENEE – Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa

segunda, setembro 28th, 2020

Capital Humano 2020

NAPE-TP-Núcleo de Apoio ao Estudante Tagus Park

Implementação da Boa Prática

O Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa – GENEE foi criado e implementado pela responsável pelo Núcleo de Apoio ao Estudante do Taguspark) em 2017/18. O GENEE tem como objetivos principais a promoção e desenvolvimento de apoio aos Estudantes Necessidades Educativas Especiais (ENEE). Este grupo tem como missão contribuir para um Técnico universal de todos e para todos e é regido pelos valores: igualdade de direitos e oportunidades. O GENEE tem como objetivos principais: 1) regulamentação, 2) acessibilidade física e tecnológica, 3) integração e acolhimento, 4) projetos de investigação, e 5) empregabilidade. O grupo reúne-se mensalmente, de forma alternada entre os campi Alameda e Taguspark, com realização de atas e partilha documentos numa drive – ver https://drive.google.com/drive/folders/1LHXSmGHddzLUSlbef13g0gtfYonqatOV?usp=sharing

Até à data realizaram-se as seguintes ações que suportam os objetivos gerais do GENEE:

Orçamento participativo – 2017 (Aquisição de Portas elétricas para o campus do Taguspark).

Inquérito Técnico Inclusivo – Identificação do conhecimento, das práticas e das necessidades dos docentes do Técnico Lisboa em relação às Necessidades Educativas Especiais no Ensino Superior – 2018 (ver anexo 1)

OpenEya/Fotos aulas – Implementação do programa para captação fotográfica e de vídeo para estudantes NEE, no anfiteatro A5 do campus Taguspark – 2018

Uniformização de procedimentos – entre os serviços dos campi Alameda e Taguspark, tais como: questionário para estudantes NEE (bilingue PT/EN), lançamento dos apoios dos ENEE no Fénix, tabela conjunta dos ENEE existentes no IST, abertura de processos e documentos solicitados, estatuto de doença crónica e/ou permanente ser atribuído uma única vez, lançamento dos apoios já existentes antes do inicio do semestre – 2019

Poster e Panfletos informativos bilingues (Mobilidade/Inclusão/Apoios) – 2019 (ver anexo 2)

Alteração do Regulamento para ENEE (DR nº 170/2019) – 2019 (ver anexo 3)

Acordo com o Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI – Almada) – para formação de assistentes pessoais para apoio a estudantes do IST (em particular Taguspark) – 2019 Acordo com Câmara Municipal de Oeiras – para transporte adaptado do campus do Taguspark para centros de reabilitação – 2020

Os recursos usados são a título de exemplo: salas de reunião, shuttle, drive e o software OpenEya. Recursos Humanos (por ordem de chegada ao Grupo): Carla Boura – NAPE-TP, Hugo Nicolau – DEI, Ana Moura Santos – CP, Carolina Ferreira – NAPE-AL, Cristina David – AG, Lídia Silva – AG, Rita Whal – NDA, Isabel Gonçalves – NDA, Henrique Vinagre – LEIC-TP, Patrícia Simões – NDA, Ana Marques – NAPE, Alano Silva – Mestrado Aeroespacial.

Resultados Alcançados

Desde o início da constituição do GENEE que se desenvolveram várias ações que permitiram cumprir os objetivos propostos, sendo alguns deles objetivos de curto (Alteração do Regulamento para ENEE, panfletos informativos bilingues, uniformização de procedimentos) e outros de médio/longo prazo (Estudo Técnico Inclusivo). Outras ações importantes, como implementação do software OpenEya, acordo transporte adaptado e CAVI, trazem também contributos para objetivos a médio prazo.  Estão a decorrer, para cumprimento de objetivos a médio/longo prazo as seguintes ações: Diários Aumentados Digitalmente (tese de mestrado que visa a monitorização da qualidade de vida alguns estudantes que usufruem de apoio/acompanhamento através dos serviços – teremos os resultados em Junho); Ensinar a Ensinar (projeto que visa a construção de pequenos vídeos informativos e tutoriais sobre as várias necessidades – estão neste momento em construção 3 vídeos sobre Asperger, Distrofia Muscular e Hiperatividade, estando prevista a sua primeira apresentação a 17 de novembro de 2020, num evento na área da Informação da Rede NEE da Ulisboa), Bibliotecas Acessíveis: reunião de arranque do projeto no dia 13/03 com a presença da Luísa Coheur (CG-TP), Isabel Marcos (Biblioteca Complexo Interdisciplinar) e Silvia Di Salvatore (Técnico Sustentável).

O trabalho realizado até ao momento tem contribuído para o desenvolvimento da perceção da importância de ações na área NEE no Instituto Superior Técnico, contribuindo para o desenvolvimento de projetos que têm como objetivo incentivar e unificar esforços da comunidade Técnico (alunos, funcionários não docentes e docentes) que visem a melhoria das condições de vida no IST e que promovam a igualdade de direitos e oportunidades.

Avaliação e Monitorização

Desde a sua implementação o GENEE tem sido avaliado e monitorizado de forma sistemática através de relatório anual de atividades (de cariz interno e inserido no *relatório anual do NAPE-TP, desde 2018. Este ano irá realizar-se o 1º relatório anual do GENEE como grupo) onde se enumeram as ações e projetos desenvolvidos e/ou em desenvolvimento. Para além destes relatórios, desenvolveu-se o Inquérito Técnico Inclusivo que teve como público alvo todos os docentes do Técnico e do qual se obtiveram 101 respostas, resultando num documento constituído por apresentação de resultados, análise de dados e conclusões. Este documento teve como objetivo o desenvolvimento de um estudo mais aprofundado nesta área, tentando delinear as próximas ações e um possível caminho futuro; e um questionário de satisfação anual distribuído a todos os estudantes ENEE do qual se obtiveram 29 respostas de um universo de 99 alunos com estatuto NEE. Este questionário foi divido em duas partes, uma primeira parte com a caracterização geral da população e dos apoios existentes no IST e uma segunda parte com a mesma caracterização por campus (Alameda e Taguspark). O Focus Group (a metodologia consiste em reunir um grupo de pessoas aleatório e colocá-las a debater os objetivos, sendo esta sessão assistida e gravada em de vídeo) será realizado anualmente e terá inicio no final de 2020. Como consequência destas ações de monitorização resultaram os projetos Diários Aumentados Digitalmente, Ensinar a Ensinar e Bibliotecas Acessíveis.

GENEE

Avaliação/Monitorização Ano Nº Participantes
Inquérito Técnico Inclusivo 2018 101
Questionário Estudantes NEE 2019 29
Relatório Anual 2020 *
Focus Group 2020

Carácter Inovador e Transferibilidade

Foi o primeiro Grupo deste cariz no Técnico Lisboa. Foi inspirado na Rede NEE da Universidade de Lisboa e juntou vários serviços, colegas discentes,

docentes e alunos para o desenvolvimento da qualidade de vida dos ENEE nos campi. A motivação do grupo está assente na sua missão e valores tendo todo o trabalho realizado até agora sido um extra aos objetivos específicos de cada uma das pessoas aqui representada. Iniciando-se uma cultura de sensibilização da comunidade académica e serviços académicos em relação a esta área.

Com a integração de ENEE na constituição do GENEE abriu-se a porta para os principais atores do projeto terem uma participação ativa nas mudanças necessárias, bem como a uniformização dos procedimentos nos campi Alameda e Taguspark. Com uma constituição ainda de funcionários docentes e discentes, o GENEE permite atuar sobre diferentes serviços e vertentes numa área que promove a qualidade do ensino e bem-estar dos ENEE na Instituição, bem como a criação de oportunidades para outros alunos, docentes e funcionários. Futuramente o GENEE espera poder estender a sua ação a funcionários e atuar ao nível de toda a comunidade IST.

Ao nível da sustentabilidade, neste momento o GENEE está a analisar procedimentos que permitam a sua formalização no contexto da Instituição.

Transferibilidade – Este grupo, bem como as boas práticas que promove, através do Ensinar e Ensinar, já está integrado na rede ENEE da ULisboa. O trabalho desenvolvido e a desenvolver pode ser replicado em qualquer universidade, empresa e/ou associação e em qualquer país – sendo o seu modelo extremamente abrangente. Dando como exemplo o Inquérito Técnico Inclusivo realizado aos Docentes, que foi enviado para a Rede NEE e na sequência do qual houve uma declaração de intenção de todas as Universidades adotarem o mesmo formato de questionário (o ISEG foi uma das Instituições que adotou este formato de questionário, no âmbito do seu observatório pedagógico).

Num exercício de Benchmarking a ter em conta a importância da divulgação do GENEE através da rede de comunicação institucional, a criação de um espaço de debate e partilha de experiências idênticas entre várias entidades (de modo a criarem-se novas soluções e/ou métodos), através de congressos, seminários e workshops nesta área. A realização de parcerias com Associações e empresas que tenham projetos nesta área. A abertura por parte das universidades e/ou empresas para o desenvolvimento de projetos inovadores (principalmente na área da tecnologia) em prol das Necessidades Educativas Especiais.

Um documento viajado é um documento privilegiado: o Empréstimo Interbibliotecas na Biblioteca do Instituto Superior Técnico

segunda, setembro 28th, 2020

Educação Superior 2020

Isabel Marques Vaz Marcos; Filomena Lopes dos Santos (BIST)

Implementação da Boa Prática

O Serviço de Empréstimo Interbibliotecas (EIB) é uma atividade fundamental das bibliotecas universitárias, porque permite a disponibilização de documentos cujo acesso está circunscrito geograficamente a uma unidade orgânica, não se encontrando acessível à distância de um clique.

Através de redes de cooperação, estabelece-se um serviço, em que cada biblioteca é simultaneamente utilizadora e fornecedora, permitindo o desenvolvimento de boas práticas, cujo beneficiário é o utente que necessita da informação.

O Serviço EIB do IST desenvolve-se em dois eixos, pedidos internos e pedidos externos, tendo como objetivos:

Proporcionar aos utilizadores do IST o acesso a fundos bibliográficos que não existem na Biblioteca, recorrendo a outras bibliotecas nacionais e estrangeiras;

Proporcionar a outras bibliotecas nacionais e estrangeiras o acesso aos fundos bibliográficos existentes na Biblioteca do IST.

É um dos serviços mais antigos que a Biblioteca disponibiliza à Comunidade IST, mas só foi estruturado e regulamentado em 2003. É um tipo de cooperação entre bibliotecas que exige a existência de um regulamento que formalize os procedimentos de empréstimo dos documentos ou cedência em formato digital (se possível), que estruture a forma de envio, os prazos de empréstimo, os modos de pagamento e as penalizações em situações de incumprimento.

Para funcionar é necessário que se estabeleça um conjunto de procedimentos, que vão desde a formulação do pedido (através de dois formulários existentes na página web da Biblioteca) até à entrega da documentação ao utilizador final. No caso de pedidos para outras bibliotecas, o documento é pedido, rececionado, emprestado ao utilizador com indicação dos prazos de devolução e, posteriormente, reenviado à procedência. Nos pedidos externos, o documento é identificado no catálogo, emprestado e enviado por correio (interno ou CTT) à biblioteca que o solicitou. Os artigos de periódicos quando pedidos, são digitalizados e enviados por email.

Resultados Alcançados

Não obstante a maior acessibilidade de recursos em formato digital, que naturalmente fez diminuir ao longo dos anos o número de documentos emprestados por EIB, registaram-se em 2018 e 2019 empréstimos na ordem do meio milhar: 479 (2018) e 485 (2019).

Destes totais, a maioria dos pedidos são internos (utilizadores da Biblioteca do IST): 357 (2018) e 304 (2019). Em 2019, a diminuição de cerca de 12%, poderá explicar-se pelo esforço da Biblioteca em adquirir a bibliografia pedida pelos nossos estudantes.

Quanto às grandes tipologias documentais, constatou-se que mais de 65% são livros impressos e que os restantes 35% são artigos de publicações periódicas.

Os meios utilizados no envio destes documentos emprestados são: o correio interno para as escolas da Universidade de Lisboa; via CTT para outras universidades nacionais e estrangeiras; correio eletrónico para artigos digitalizados.

Perfil dos utilizadores internos

No que respeita ao perfil dos utilizadores internos, verificámos nestes dois anos os seguintes valores percentuais:

Alunos – 44,3% (2018); 54,4% (2019)

Docentes/Investigadores – 29,9% (2018); 18,5% (2019)

Funcionários – 21,2% (2018); 19,8% (2019)

Exposições – 4% (2018); 4,3% (2019)

Bolseiros – 0,6% (2018); 3% (2019)

Constata-se que são os alunos aqueles que solicitam mais documentos por EIB, tendo-se registado em 2019 um aumento de 10%. Quanto aos docentes/investigadores, verificou-se a situação inversa, com uma descida próxima dos 10%. Os valores percentuais dos funcionários mantêm-se estáveis, na ordem dos 20%, e é também significativa a percentagem de documentos que são emprestados para exposições.

Instituições

A maioria das instituições são nacionais e variadas na sua identidade. Em termos de pedidos internos, constata-se o recurso às escolas de arquitetura, de engenharia e a instituições com uma forte componente nas ciências sociais e humanas (solicitações feitas maioritariamente pelo grupo dos funcionários). No que respeita às instituições estrangeiras, a maioria são de países da Europa. Os pedidos externos de instituições estrangeiras são muito residuais.

Custos

Um dos objetivos do serviço EIB é que os seus custos sejam minimizados e que, se possível, possa ser gratuito. Nos últimos anos, a preocupação pela gratuidade fez aparecer um conjunto de protocolos entre as universidades, em que as instituições estabelecem permutas de empréstimos sem custos. Nos pedidos internos, sempre que um documento é solicitado é norma procurar uma instituição que não cobre o valor do empréstimo. Quando tal não é possível, porque o documento só foi localizado numa instituição que cobra, a despesa é suportada pelo utilizador. No caso dos professores e investigadores o valor pode ser suportado pelo Departamento ou por um projeto. Nas instituições estrangeiras o pagamento é feito através de vouchers, procedimento instituído pela International Federation of Library Associations and Institutions-IFLA.

Em 2018 e 2019 o custo do serviço foi de 10 vouchers.

Avaliação e Monitorização

Todo e qualquer serviço prestado pela Biblioteca deve ser avaliado pelos utilizadores para conhecer o grau de satisfação e/ou insatisfação, assim determinar os pontos fortes e fracos e apostar na melhoria contínua.

Considerou-se importante conhecer a satisfação dos utentes internos e externos do serviço em cinco itens: procedimentos, tempo de resposta, prazos de empréstimo, custos e qualidade global.

No que respeita aos pedidos dos utilizadores internos, os principais resultados foram os seguintes:

  • Procedimentos para processamento do pedido de empréstimo – 86,9% com avaliação positiva (53,3% muito satisfeitos e 33% satisfeitos)
  • Tempo de resposta do pedido – 86,7% com avaliação positiva (60% muito satisfeitos e 26,7% satisfeitos)
  • Prazos de empréstimo – 60% satisfeitos. É de realçar que 33,3% estão pouco satisfeitos, porque consideram que os prazos deveriam ser alargados
  • Custos e formas de pagamento do serviço – 60% satisfeitos. Neste item é significativa a percentagem de utentes que não sabe/não responde (33,3%), provavelmente por ignorarem que o serviço poder ter custos (empréstimos feitos ao abrigo de protocolos).
  • Qualidade global do serviço – 86,7% com avaliação positiva (60% muito satisfeitos e 26,7% satisfeitos)

No que respeita aos pedidos externos, as instituições inquiridas responderam o seguinte:

  • Procedimentos para processamento do pedido de empréstimo – 92,9% com avaliação positiva (64,3% muito satisfeitos e 28,6% satisfeitos)
  • Tempo de resposta do pedido – 100% com avaliação positiva (64,3% muito satisfeitos e 35,7%)
  • Prazos de empréstimo – 100% com avaliação positiva (57,1% muito satisfeitos e 42,9% satisfeitos)
  • Custos e formas de pagamento do serviço – 64,3% satisfeitos. Neste item é significativa a percentagem de utentes que não sabe/não responde (35,7%)
  • Qualidade global do serviço – 100% com avaliação positiva (71,4% muito satisfeitos e 28,6% satisfeitos)

Sendo um serviço dinâmico, as propostas de melhoria identificadas são sempre validadas e, posteriormente, introduzidas no serviço.

O Serviço EIB está identificado no Manual de Procedimentos como um processo (Processo 6), estando sujeito a monotorização e revisão periódica. Qualquer reformulação ao funcionamento do serviço é comunicada e introduzida no documento.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O modelo de biblioteca universitária atualmente existente é um modelo híbrido que se move entre o físico e o tecnológico digital. Neste modelo poder-se-á repensar o serviço EIB e questionar a sua permanência como um serviço fundamental para a Biblioteca. Sendo um serviço que utiliza a Internet, mas que está para além dela, é cada vez mais um serviço de referência que apoia a comunidade académica nos processos de ensino, aprendizagem e investigação.

O EIB é um serviço que:

  • Identifica as necessidades de informação dos utilizadores e procura disponibilizar o seu acesso
  • Explora todos os meios para obtenção da informação em formato digital
  • Quando tal não é possível, localiza a sua existência noutras bibliotecas
  • Enceta um conjunto de esforços para disponibilizar esta informação em tempo útil
  • Procura que o serviço tenha o menor impacto económico tanto para a instituição que serve, como para o utilizador final
  • Disponibiliza a informação, contribuindo assim para a criação de novo conhecimento e a sua transferibilidade noutros contextos.

A identificação dos diversos perfis dos utilizadores do serviço e a avaliação que por estes foi feita, permitem-nos considerar este serviço como uma boa prática, com potencialidades de continuar a desenvolver a sua matriz inicial (empréstimo de documentos através de cooperação bibliotecária) e, simultaneamente, crescer em outras vertentes.

Destacamos:

Ao reforçar as redes de comunicação entre as bibliotecas, permite a extensão desta colaboração noutros contextos: realização de Conferências, Encontros, etc.

Apoio a eventos de cariz cultural e estabelecimento de parcerias: exposições, clubes/comunidade de leitores, apoio a museus, etc.

Com a internacionalização da escola, poder apoiar os estudantes cuja língua materna é menos comum (línguas eslavas, japonesa, chinesa, etc.), estabelecendo contactos com as bibliotecas das universidades de origem

No compromisso social com a comunidade local poder estabelecer redes de parceria com escolas secundárias e bibliotecas municipais.

 

Social Innovation Lab – SILAB

segunda, setembro 28th, 2020

Educação Superior 2020

Ana Carvalho e Miguel Amaral (docentes DEG)

Practice Implementation

The Social Innovation Lab (SILAB) at IST was created to address current gaps in the educational system by focusing mainly on frugal innovation (do more with less) and social impact, aiming to solve problems experienced by vulnerable communities in the world. The SILAB involves makers, researchers and students from different backgrounds who develop their projects under supervision of professors and specialists and it encompasses: (i) a new educational model integrating an economic and human dimension of technology; (ii) a mobility program where students develop in-site solutions that potentiate the well-being of local communities; (iii) an international network of partners, and (iv) a physical laboratory where different stakeholders can interact and generate products that meet the needs of base-of-the-pyramid communities.

The planned activities involve (i) a summer school @ IST in partnership with Parul University, where Indian Students will come to IST to be part in lectures, teamwork, seminars, cultural activities and visits to organizations involved in social innovation/responsibility; (ii) a hackathon with national and international participants, focused on creating socially innovative solutions to worldwide problems; (iii) a competition for construction of recycled 3D printers, stimulating critical awareness to recycling and circular economy, while developing soft skills and motivating participants to causes and projects with social impact, (iv) a fundraising campaign for the Xavier Green School in India, aimed at selling drawings from indian students in order to reconstruct and refurbish the school’s computer lab, and (iv) a fundraising for the Zoya Rana Foundation, aimed at selling artwork made by Indian arts students who dream of advancing their careers. This foundation aims at supporting arts students and demistifying the prejudice against organ donation that is present in various (particularly religious) communities in India.

Results Achieved

The SILAB has been implementing the new educational model, throughout the past three years, through the development of socially innovative projects in curricular courses.

In the Industrial Engineering and Environment course, students have been assessed solely through a semester-long project, consisting of improving senior mobility. All together, 22 projects have been presented. One of these is DETU, a platform that helps senior mobility in public transportation, which won the Impact Category award on Grace Academy – an world-wide annual prize for students that present the best projects on Corporate Social Responsibility. Additionally, to validate the DETU platform, the SILAB invited a group of senior citizens to not only test the prototype but also visit the IST – Alameda campus, namely the Civil Engineering Museum and the Institute for Systems and Robotics at IST. The success of the event demonstrated the importance of integrating the community with univerisities and students by promoting an interchange of information and experience that is beneficial for society. Other projects involved bracelets that give information of traffic lights through sensors, in order to give them more time to cross streets or a service that provides monthly physical exercises that seniors can do at home to keep fit.

On the other hand, in the Technology Based Entrepreneurship course, students from different nationalities and backgrounds (Industrial Engineering and Management, Electronics Engineering, Computer Science and Engineering) were involved also in a semester-long project but addressing the topic “Social Innovation: Developing goods/services to address the needs of vulnerable individuals and communities in the world”. Students tackled challenges coming from different regions in India. Throughout the process students had the chance to learn about a completely different context, benefit from external mentoring from five different Indian universities, and develop solutions for real complex problems within specific communities with the potential of generating social impact. Students were involved in the E.Awards event at IST and one team won an honorable award (500€). This team developed E-MITRA, an app for illiterate farmers that facilitates the participation in public supporting schemes. At the end of the semester, students were given the opportunity to travel to India to attend a Summer School and to implement, hands-on, what they had been working on. This accomplishment served as validation of the SILAB model and good practice to be replicated, namely the involvement of students in challenges with social impact over a semester (or more) and the mobility of students to validate and implement these concepts in loco. Additionally, these types of projects enhance, among other things, soft skills, learning-by-doing, project-based learning, networking at an international level and real social impact through interventions with vulnerable people and communities.

Evaluation and Monitoring

The SILAB operational model encompasses evaluation and monitoring processes and activities. There is an internal evaluation and follow-up process, developed continuously by SILAB’s stakelholders (teachers, students, researchers, companies, NGOs) and also an external validation by end-users involved in the various projects and external entities (acting as observers, not directly involved in the projects). Accordingly, the SILAB circulates all the information on the outputs among its network and schedules follow up meetings every 2 month swith internal partners and every 4 months with external partners. KPIs include: the number of projects undertaken, number of events organized, number of student mobility programmes occurred, number of new partners, number of members involved in each project, number of individuals / communities served. More than the frequency and quantitative appraisal of all these activities, there is considerable effort in evaluating their social impact (from a more qualitative standpoint). The SILAB organizes an annual meeting with all partners to present and discuss the KPIs and to discuss current and future strategies..

Inovativ Character and Transferability

Engineering Schools have been enabling students to develop the skills needed to identify technology-based business opportunities and implement them within new and established organizations. Many of these technologies bring new ideas that meet social needs, create social relationships and form new collaborations – social innovations. However, these specific social challenges are still not being explicitly included at the core of many engineering courses curricula and, in general, on educational strategies at engineering schools globally.

The SILAB discusses the importance of Higher Education Institutions (HEI) connecting engineering with social impact; and uses SILAB as an innovative case-study to show how it can be done. The SILAB is a pilot for a new educational model that can be successfully implemented by other HEI. The innovative character of SILAB is the fact that it constitutes an integrating model of several activities that already exist in several universities in the world, but which are traditionally separatel, namely: (i) in the classroom (Curricular Units – CU); (ii) outside the classroom (in the laboratory, at IST events); and (iii) outside the university and the country (in fieldwork and interaction with local and international partners). This integrating model implicitly observes several dimensions: CUs, IST, and HEI (the way in which engineering can be taught), which can boost strong international networks at an individual and institutional level (as it is already occurring with the SILAB).

In terms of transferability, one of the objectives is to serve as a pilot and source of good practices for establishing a network of SI Labs at both national and international level. The creation of more labs can function as a decentralized network and become a world-wide grid of students, professors, universities, companies, and social enterprises promoting solutions towards the well-being of the population in the world. This goal requires that one keeps a mindset of “looking from the outside in” to guarantee systematization of the processes being implemented in order to validate and improve the model (which is what the SILAB has been doing). With regard of sustainability, SILAB has institutional support from IST, as well as from other national and international partners (Universities, companies, NGOs), moreover it relies on a frugal philosophy, which grants all the resources needed to fulfill the project’s mission and vision in the long run.