Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

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Grupo de Comunicação dos Departamentos do Técnico para a divulgação e organização de iniciativas de promoção do Ensino do Técnico.

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

Grupo de Comunicação dos Departamentos do Técnico para a divulgação e organização de iniciativas de promoção do Ensino do Técnico.

https://acim.tecnico.ulisboa.pt/

 

Implementação da Prática

O Grupo de Comunicação dos Departamentos é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta os vogais de comunicação/ligação à sociedade dos 10 Departamentos de Ensino do Instituto Superior Técnico. Foi criado em setembro de 2021, com a introdução de uma nova estratégia de comunicação da oferta formativa do Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada um dos Departamentos, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum.

Este grupo segue a mesma mecânica e dinâmica do Grupo de Comunicação das Unidades de Investigação, iniciado em 2019 e distinguido como Boa Prática ObservIST em 2021. Assim, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. conceção e desenvolvimento de atividades conjuntas de divulgação e promoção do ensino.

Os encontros mensais ocorrem regularmente desde Setembro 2021, onde tem sido possível receber contributos dos vários departamentos na implementação dos novos conteúdos sobre os cursos no website e na preparação de eventos futuros como o Dia Aberto e o Verão na ULisboa.

 

Departamentos:

– Departamento de Bioengenharia (DBE)

– Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares (DECN)

– Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil)

– Departamento de Engenharia e Gestão (DEG)

– Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC)

– Departamento de Engenharia Informática (DEI)

– Departamento de Engenharia Mecânica (DEM)

– Departamento de Engenharia Química (DEQ)

– Departamento de Física (DF)

– Departamento de Matemática (DM)

Resultados Alcançados

Das três atividades desenvolvidas, desenharam-se os seguintes objetivos:

  1. Promover o networking e o conhecimento de todos os responsáveis de comunicação dos Departamentos, de forma a promover uma maior interação entre as unidades resultando em uso mais eficiente dos recursos. RESULTADOS: a maioria das pessoas deste grupo não conhecia as restantes responsáveis de comunicação dos departamentos, neste momento todos se conhecem.
  2. Aproximar a estratégia de comunicação central do Técnico das necessidades de comunicação dos Departamentos. RESULTADOS: Partilha dos objetivos e ações da ACIM, com sensibilização para a participação nas respetivas ações desenvolvidas pela ACIM: eventos de divulgação virtual (ISTO É Técnico), levantamento dos laboratórios disponíveis para visitas escolares, formações sobre os cursos para as equipas que divulgam o Técnico e ainda identificação de objetos para o podcast 110 Histórias | 110 Objetos.
  3. Partilhar boas práticas que possam ser replicadas noutras unidades de investigação. RESULTADOS: a apresentação de projetos de cada Departamento (ex. Laboratórios Abertos, Semanas Temáticas, etc), permite às restantes adaptar e adotar para as suas realidades. Promoveu-se a possibilidade de entreajuda e colaboração, para a realização de iniciativas e resolução de problemas semelhantes.
  4. Partilha de experiências na utilização de ferramentas diárias. RESULTADOS: reestruturação das páginas públicas dos Departamentos, com a criação de páginas próprias em novo template, em substituição das atuais versões em Fénix. Colaboração com os Serviços Informáticos.
  5. Desenvolver projetos com impacto na ligação à sociedade. RESULTADOS: Deste grupo resultam os preparativos para o Dia Aberto do Técnico e iniciam-se os preparativos para o Verão na ULisboa 2022.

Avaliação e Monitorização

A participação da maioria dos membros nos encontros regulares mensais é uma medida do interesse que encontram nas reuniões e nos assuntos aí discutidos.

Os vários contributos ao longo das reuniões demonstraram também a pertinência do grupo, além da agilidade na organização de iniciativas de grande dimensão que envolvem todos os departamentos.

Prevê-se a aplicação de um inquérito de monitorização da atividade deste grupo no final do ano letivo, que façam também o balanço das iniciativas que estão a ser preparadas como o Dia Aberto e o Verão na ULisboa.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto é a existência de um grupo que agregue todos os Departamentos do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de novos programas. A existência deste grupo e a agilidade da sua comunicação interna tem permitido a coordenação de atividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico. A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. A ACIM já implementou o mesmo tipo de grupo com os responsáveis de comunicação das unidades de investigação e com os serviços do Técnico que trabalham com estudantes.

Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico

https://tecnico.ulisboa.pt/pt/sobre-o-tecnico/institucional/redes-sociais

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico tem contas nas principais redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e Youtube), que contam com milhares de seguidores. Para além das contas oficiais da Escola, existem ainda inúmeras contas nessas mesmas redes sociais de Departamentos de Ensino, Unidades de Investigação, Grupos de Investigação, Núcleos de Alunos, projetos e iniciativas da comunidade e unidades de serviço centrais da Escola, entre outros.

Havendo inúmeros produtores de conteúdos ao longo dos tempos, também nas contas oficiais, a Comunicação do Técnico sentiu a necessidade de criar uma iniciativa abrangente que refletisse a estratégia de comunicação da Escola, dotando os atuais e futuros produtores de conteúdos das ferramentas adequadas para a sua implementação de forma uniformizada.

A iniciativa foi concretizada, em outubro de 2021, em três vertentes:

– Escrita e divulgação do “Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico”, disponível online para dentro e fora do Técnico.

– Criação de um diretório da presença do Técnico nas Redes Sociais, bem como de site dedicado ao tema das Redes Sociais no Técnico com toda a informação relativa ao assunto. A página tenta refletir tanto a diversidade de páginas, comunidades e públicos-alvo como a unidade e coerência que as mesmas partilham entre si. Foi feita baseada em benchmarking de práticas semelhantes em faculdades internacionais.

– Formações regulares para capacitação da comunidade para a criação e gestão de contas nas redes sociais.

Para a implementação desta atividade, foram alocados dois recursos humanos da ACIM – Joana Lobo Antunes (coordenação) e Sílvio Mendes (elaboração e organização dos conteúdos), com apoio do Núcleo de Design e Multimédia para paginação e design do guia e do website associado.

Resultados Alcançados

Esta iniciativa da Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico, com forte pendor colaborativo entre uma alargada comunidade do Técnico, materializou-se em quatro vertentes fundamentais:

  1. A publicação online e gratuita a toda a comunidade do Técnico, mas também disponível para a comunidade externa, do “Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico”. O documento assume-se como um ponto de reflexão da comunidade do Técnico em torno de objetivos, expetativas, modos de trabalho, responsabilidades, definição de mensagens, de imagem e de públicos-alvo, de boas práticas na gestão e produção de conteúdos. Dirige-se aos responsáveis por páginas, tais como profissionais de comunicação, professores, investigadores, técnicos e administrativos e/ou outras pessoas que façam ou pretendam vir a fazer gestão de conteúdos para as redes sociais. A produção do Guia teve em consideração os diferentes recursos, públicos-alvo, capacidades e necessidades de cada página e estabelece uma base útil a todas, focando-se também no que todas têm em comum. A sua redação foi também um trabalho colaborativo, incluindo contributos da comunidade científica e académica, tendo sido discutido nas reuniões regulares do Comunica Ciência, Comunica Departamentos e Comunica Serviços.
  2. Criação de um diretório da presença do Técnico nas Redes Sociais e de um site dedicado ao tema com toda a informação relativa ao assunto, inspirada nas melhores práticas internacionais, como são o caso das Universidade de Berkeley e do MIT. O diretório de páginas nas redes sociais com carimbo Técnico está dividido em seis categorias (Contas oficiais do Técnico; Ensino no Técnico; Investigação no Técnico; Estudantes do Técnico; Serviços do Técnico; Artes, Desporto, Lazer e Alumni) e estará em constante atualização. Compila páginas nas redes sociais de mais de 150 estruturas / iniciativas / páginas da comunidade Técnico.
  3. A oferta de formação. A Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico assegura também um Plano regular de formações em redes sociais direcionadas à comunidade do Técnico. Realizou já, em colaboração a Direção de Recursos Humanos, duas sessões em outubro: 11 de outubro de 2021, 10h | Redes Sociais: Estratégia, Identidade, Envolvimento; 18 de outubro de 2021, 10h | Redes Sociais: Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin e Youtube. Para além disso, foi dada também uma formação no âmbito da iniciativa PhD Open Days, a 24 de novembro de 2021: Workshop: “Social Media for Researchers”; Para 2022 está prevista uma nova ronda de formação nos mesmos moldes, para a comunidade.
  4. Apoio direto na gestão das redes sociais já existentes. A ACIM disponibiliza-se para acompanhar constantemente a comunidade em questões como: análise da necessidade de criação de novas páginas e ajuste da melhor estratégia de comunicação de cada uma delas; necessidade de criar uma conta ou analisar a conta que já criaram, em termos de necessidades, públicos-alvo, objetivos, recursos, etc..

Avaliação e Monitorização

Esta iniciativa integrada que incluiu Guia para as Redes Sociais, Diretório e Ações de formação / apoio está em constante atualização é o resultado de um longo processo que incluiu a consulta e recurso aos melhores exemplos bibliográficos internacionais e nacionais. O processo de construção e redação do mesmo incluiu duas reuniões com responsáveis de comunicação de cada uma destas estruturas: Unidades de Investigação, Departamentos e Serviços do Técnico. Essas reuniões de partilha e recolha foram também um modo de recolha de opiniões sobre a utilidade do guia e inclusão no mesmo das necessidades visões de cada um. Foi um fórum de partilha e discussão sobre identidade e ação nas redes sociais que deu origem a algumas alterações: mudanças de nomes das páginas, de logotipos, anulamento de páginas redundantes, maior colaboração entre as páginas, com campanhas concertadas, etc. Na sequência das sugestões de colaboração apresentadas no Guia, surgiu também uma colaboração em modo TakeOver com o Sinfo 29, Semana de Informática organizada por alunos do Técnico. A divulgação do próprio guia nas redes sociais teve um considerável impacto, alcançado mais de 8000 impressões no Twitter, 10000 pessoas alcançadas no Facebook e 4500 no Instagram (e mais de 3000 nas Storys). Recolheu também aplausos em grupos de profissionais no Facebook, como o SciCom.Pt de comunicação de ciência comentários (81 likes). Alguns comentários: “António Granado: Excelente trabalho! Parabéns!!”; “Pedro Jerónimo: Bravo! Vai ser muito útil para uma empreitada que tenho em mãos 🙂 Obrigado”; “Muito obrigada por este trabalho fantástico. Sou testemunha da diferença que um gabinete dedicado à comunicação de Ciência faz numa instituição como o Técnico. Parabéns!”. As inscrições para as formações esgotaram antes do prazo, o que demonstra um grande interesse da comunidade do Técnico pelo tema, havendo já interesse em repetir a formação. A avaliação das formações, frequentadas por 24 participantes, foram extremamente positivas: 6,3 e 6,1 de avaliação geral (numa escala de 1 a 7), num inquérito aplicados pela DRH. No que ao diretório diz respeito, temos recebido pedidos de atualização da lista com páginas que entretanto surgiram ou não estavam consagradas na lista inicial.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto assenta numa publicação cuja utilidade é transversal a todas as áreas científicas, académicas e de toda a comunidade do Técnico. A compilação, em formato de guia acessível, torna-se numa importante ferramenta para todos os atores que façam ou pretendem vir a fazer comunicação, em especial nas redes sociais. Para além do  guia, é disponibilizado em biografia o acesso às melhores práticas internacionais nessa matéria, assim como aos dados de utilização das redes e alguns estudos que analisam o comportamento do público na sua relação com as ciências sociais.

A produção do guia assentou também numa consulta regular das expetativas, necessidades e visões dos vários elementos do Técnico. O resultado final é também um produto colaborativo e ajustado à realidade da Instituição.

Os resultados deste projeto acrescentam ao quotidiano da instituição um conjunto de orientações estratégicas com potencial de criar uma sintonia entre as várias páginas Técnico nas redes sociais, criando e aprofundando novas plataformas de diálogo entre os vários gestores de páginas nas redes sociais. Para além do Guia e de um diretório no site do Técnico com todas as páginas da comunidade, a ACIM disponibilizou um plano de formações em redes sociais, em que apresenta algumas das ideias mais relevantes para as boas práticas na área. O empoderamento e aumento de competências da comunidade é uma das grandes apostas deste projeto. Foi também disponibilizado um serviço de apoio direto a membros do Técnico que ponderem criar uma conta ou analisar a conta que já criaram, em termos de necessidades, públicos-alvo, objetivos, recursos.

Esta iniciativa pode servir de inspiração para outras semelhantes, que apostem num maior envolvimento da comunidade, através de produção de guias / documentos de orientações estratégias comuns. Criar uma sintonia estratégia e um alinhamento de vozes de comunicação da complexa e extensa comunidade do Técnico é uma ideia a aplicar em diversos setores do quotidiano que pode ter um profundo impacto na imagem externa da Escola.

Como resultado da divulgação desta iniciativa, têm surgido convites externos para formações e ou seminários sobre o tema em locais como a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e Universidade do Porto. Esta visibilidade coloca também o Técnico como referência nacional na reflexão e definição de estratégia para a comunicação nas redes sociais.

#MulheresNoTécnico: Campanhas nas Redes Sociais do ComunicaCiência

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

#MulheresNoTécnico: Campanhas nas Redes Sociais do ComunicaCiência

https://www.facebook.com/media/set/?vanity=tecnico.ulisboa.pt&set=a.10157965097997882

Implementação da Prática

O grupo ComunicaCiência (Boa Prática ObservIST 2021) é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta todos os responsáveis de comunicação das 23 unidades de investigação associadas ao Instituto Superior Técnico e da Área de Transferência de Tecnologia. Foi criado em Setembro de 2019, com a introdução de novas práticas para a Comunicação de Ciência do Instituto Superior Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada uma das unidades, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum. Desta forma, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. formações em comunicação de ciência
  3. conceção e desenvolvimento de atividades conjuntas de divulgação e promoção da ciência

Entre as atividades conjuntas de divulgação feitas pelo grupo, têm-se destacado as campanhas nas redes sociais com Mulheres Cientistas do Técnico, concentradas na hashtag #MulheresNoTécnico. As ideias são trabalhadas nas reuniões conjuntas deste grupo e operacionalizadas pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico, com colaboração direta dos responsáveis de comunicação de cada Unidade de Investigação.

As unidades representadas no ComunicaCiência são: CEAFEL; CAMGSD; CENTRA; MARETEC; C2TN; CENTEC; CEG-IST; IN+; CeFEMA; CFTP; CEMAT; CQE; CERENA; CiTUA; iBB; IDMEC; INESC-ID;

INESC-MN; IPFN; ISR; IT; CERIS; LIP. A Área de Transferência de Tecnologia do Técnico integra também o grupo.

Resultados Alcançados

Esta vontade comum de promovemos a diversidade de perfis, a paridade no acesso e participação na ciência e uma plena igualdade de género nas funções relacionadas com a investigação levou o Grupo ComunicaCiência a preparar, em 2021, uma campanha conjunta nas redes sociais intitulada “Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência”, celebrada a 11 de fevereiro. Nesse contexto contámos as histórias de 42 mulheres cientistas do Técnico que mostraram o seu trabalho a partir da premissa “Eu sou cientista porque…”. O uso da hashtag #MulheresNoTécnico permitiu agrupar todas as histórias mas também estimular outras investigadoras e futuras cientistas do Instituto Superior Técnico a partilharem também a investigação que desenvolvem e o porquê de serem cientistas. Para além disso, foi criada uma moldura no Facebook alusiva ao evento, que podia ser usada por qualquer utilizador da plataforma. A campanha teve versões diferenciadas no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIN (em colaboração com a Área de Transferência e Tecnologia do Técnico).

Um ano depois, a 8 de março de 2022, e celebrando o Dia Internacional da Mulher, o ComunicaCiência voltou a preparar uma campanha com a mesma missão, em moldes renovados, reavivando a hashtag #MulheresnoTécnico. Foi partilhado o percurso e as histórias de 11 investigadoras do Instituto Superior Técnico, que nos mostraram as fontes de inspiração que as conduziram para uma carreira no mundo da ciência e da engenharia. Ouvimos também algumas dessas pessoas, que apontam caminhos sobre a forma de motivar para uma carreira científica as pessoas mais motivadas e competentes, independentemente do género. Dos professores do Técnico à mãe de uma investigadora, de uma orientadora científica a uma condessa, muitas foram as fontes de inspiração apontadas. A ideia foi, uma vez mais, que os exemplos de inspiração ajudem a reforçar a importância da igualdade de género numa sociedade que se pretende próspera a justa e que apostam num futuro onde muitas mais mulheres encontrem também o seu lugar no Ensino Superior, na Engenharia, na Arquitetura e na Ciência. A campanha teve também versões diferenciadas nas diversas plataformas: Facebook, Twitter, Instagram, Insta Storys e LinkedIN. A campanha lançou também o estímulo à comunidade a participar, usando a hashtag.

Avaliação e Monitorização

Um dos principais impactos das campanhas é a mobilização do trabalho em equipa do ComunicaCiência, que tem avaliado sempre de forma muito positiva os resultados da campanha, tanto quantitativos como no feedback das investigadoras que têm participado nas campanhas.

A campanha “Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência” (2021) teve, no Facebook, um alcance total de 35.000 pessoas, número muito acima ao valor médio desse ano (cerca de 7.000). O conjunto de publicações no Twitter originou 333 likes, 66 partilhas, 1508 “engajamentos” e mais de 49.000 impressões. No Instagram as galerias de imagens tiveram alcance total de 26.530 (média 2020: 4.633), uma média de 438 likes cada e originaram uma média de 108 visitas ao perfil por cada post. Valores muito acima da média até então. No Linkedin as 49 publicações geraram um total de 138.420 impressões 2.683 reações e 4.083 cliques.

Somando todas as impressões e alcance destas redes sociais chegamos a um número total de aproximadamente 250.000 pessoas alcançadas pela campanha. Para além disso, foi feito o desafio de partilha da história de outras investigadoras recorrendo à hashtag #MulheresNoTécnico, tendo tido um impacto significativo nas redes, em particular no Twitter, onde se acumularam 42 participações (não temos acesso a perfis privados).

A campanha “#MulheresNoTécnico – Histórias e Inspiração”, publicada no Dia Internacional da Mulher 2022, ainda tem a avaliação em curso, dada a proximidade temporal. Por agora, os números preliminares apontam para um alcance de mais de 15.000 pessoas no Facebook, 11.500 pessoas no Twitter, 8.500 no Instagram, mais de 30.000 impressões nas Storys do Instagram e mais de 7.000 impressões no LinkedIn. Somando todas as impressões e alcance destas redes sociais chegamos a um número total de aproximadamente 72.000 pessoas alcançadas pela campanha. Foi novamente lançado o desafio de partilha da história de outras investigadoras recorrendo à hashtag #MulheresNoTécnico, tendo tido 11 participações (monitorizadas).

Se somarmos os totais de ambas as campanhas, chegamos a um total aproximadamente de 320 000 pessoas alcançadas diretamente pelas campanhas.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto é a potencialização da existência de um grupo que agregue todas as unidades de investigação do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de campanhas conjuntas, em torno de objetivos específicos.

Questões relacionadas com a igualdade de género e a igualdade de oportunidades independentemente do género, idade, origem, etnia, etc, estão nos valores a comunicar estrategicamente pelo Técnico. Estas duas datas assumiram-se como uma oportunidade para unir esforços e criatividade em torno dessa mensagem. Uma campanha concertada entre dezenas de páginas nas redes sociais tem uma capacidade de impacto muito maior. O envolvimento destas dezenas de Unidades de Investigação garante também a transmissão de uma imagem de diversidade científica, tão presente nos genes do Técnico.

O funcionamento do grupo em regularidade, abordando temáticas de interesse e promovendo a motivação das UI para investirem em comunicação de ciência, tem sido uma inovação no Técnico. Esta atividade é um exemplo da agilidade da comunicação interna que este grupo tem permitido, tal como a coordenação de actividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico (como a Área de Transferência de Tecnologia e o Núcleo de Design e Multimédia).

A campanha encara a comunicação não apenas como forma de promoção institucional e divulgação de carreiras técnico-científicas mas também como na promoção da literacia e cultura científica e da diversidade de perfis na ciência.

A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. Outros momentos e datas específicas podem ser pretexto para campanhas que recorram à força da colaboração para terem mais impacto.

ISTO É Técnico

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

ISTO É Técnico

https://nape.tecnico.ulisboa.pt/candidatos-ao-tecnico-e-divulgacao/isto-e/isto-e-tecnico-licenciaturas/

Implementação da Prática

ISTO É Técnico é uma prática integrada na iniciativa ISTO É, que surgiu para colmatar a supressão das atividades presenciais, imposta pela pandemia em 2020 e 2021, propondo-se a levar a oferta formativa e vivência no Técnico a potenciais candidatos/as ao Técnico.

Na 1ª Edição, de 11 de maio a 4 de junho de 2020, realizaram-se 19 dias de sessões: uma sessão de abertura, 18 sessões de apresentação de cursos do 1º ciclo e ainda 5 Talks – com oradores com ligação ao Técnico, que elucidaram a plateia acerca das oportunidades para diplomados/as das diversas áreas. Em 2021, o formato foi ajustado com base no feedback da avaliação anterior, nomeadamente sobre a extensão, pelo que os 18 cursos foram agrupados em 6 blocos distribuídos pelas manhãs e tardes dos dias 29, 30 e 31 de março de 2021, com base nas áreas de estudo, para que os/as participantes pudessem assistir e comparar diferentes cursos de áreas afins, contando ainda com uma Talk por dia. Reconhecendo o potencial do projeto, lançou-se também o ISTO É Técnico – Mestrados, iniciativa pioneira para a divulgação dos Mestrados do Técnico. A edição de 2020 concentrou apresentações dos 33 Mestrados do Técnico em 8 blocos, nos dias 6, 7 e 8 de julho. Na 2ª Edição, realizaram-se 36 sessões entre os dias 24 e 28 de maio de 2021. As duas edições contaram ainda com uma sessão de esclarecimento acerca da Candidatura a Mestrado, em colaboração com o Admissions Office.

Este evento teve a colaboração dos Departamentos – quer de Coordenadores de Curso das várias Licenciaturas, Mestrados e Mestrados Integrados, quer de Vogais de Divulgação – para a realização das apresentações expositivas acerca dos cursos. Participaram ainda Núcleos de Estudantes do IST e Embaixadores/as do Técnico, que partilharam a sua experiência enquanto estudantes. A colaboração de todos/as foi essencial para o esclarecimento de questões da audiência, no final das sessões, em conjunto com Guias do Núcleo de Apoio ao Estudante.

Resultados Alcançados

Por ser a primeira ação de divulgação online que levamos a cabo, havia um elevado grau de incerteza relativamente à adesão e ao alcance das nossas redes sociais em relação ao público alvo, principalmente tendo em conta a proximidade entre o início da divulgação da atividade e a data do evento.

Apesar das restrições, para a 1ª Edição do ISTO É Técnico – Licenciaturas, contabilizaram-se 637 pessoas inscritas, perfazendo 1689 inscrições dado a existência de participantes que selecionaram mais do que uma sessão, tendo-se registado uma média de 60 presentes em cada apresentação. Para a 2ª Edição, esperava-se aumentar o alcance do ano anterior. Com ajustes ao programa, ao período de realização do evento e com uma divulgação mais ampla, foram atingidas 1748 inscrições nos 6 Blocos e Talks. Notamos ainda que metade dos blocos alcançaram o número limite de participantes, 280 – lotação imposta pela plataforma Zoom para este tipo de sessão. O número aproximado de presentes foi de 194, em média, em cada bloco.

No que diz respeito à edição de Mestrados, a expectativa sempre foi de uma adesão menor, quer por experiência prévia em atividades síncronas com este público, quer pela realização mais tardia do evento face ao período de candidatura de outras instituições. Na 1ª Edição, registaram-se 243 inscrições, tendo os ajustamentos implementados na edição seguinte contribuído para aumentar a audiência, contabilizando-se 434 inscritos/as e cada sessão contou com mais de 20 participantes, em média. As sessões da 1ª Edição foram também gravadas e disponibilizadas no canal de YouTube do NAPE, para que as pessoas interessadas mas que não pudessem assistir às apresentações sincronamente, ou para quem procure a informação num outro período, tendo cerca de metade dos vídeos ultrapassado as 300 visualizações, aumentando o impacto da iniciativa.

Destacamos ainda o alcance geográfico desta iniciativa face ao equivalente presencial, visto que este formato permite abranger estudantes de todo o país – de escolas e faculdades de todas as dimensões – e até internacionais, contribuindo para a democratização do acesso à informação. Além disso, verificou-se um grande potencial de encaminhamento para as outras iniciativas que ofereciam um atendimento mais personalizado com a possibilidade de follow up, nomeadamente ISTO É Conversa, visita ao campus.

Avaliação e Monitorização

Além do registo do número de inscrições, em ambas as edições, foram enviados inquéritos de avaliação aos/às participantes com o objetivo de recolher feedback acerca da atividade e de incorporar mudanças nas edições posteriores. As questões debruçaram-se quer sobre o funcionamento da sessão, quer sobre o seu conteúdo, tocando aspetos como a utilidade da sessão, o esclarecimento de questões e a interação com a audiência. Numa escala de Muito Fraco, Fraco, Suficiente, Bom e Muito Bom, as respostas incluíram-se, nas duas edições, entre o Bom e o Muito Bom, para as duas iniciativas.

Um dos indicadores que consideramos refletir, indiretamente, o impacto deste evento é o crescente reconhecimento da iniciativa entre os/as estudantes (principalmente no Ensino Secundário), que resultou num aumento de inscrições entre as edições e na procura do serviço para atendimento personalizado ou esclarecimentos posteriores (através de contacto por e-mail ou agendamento de videochamadas – ISTO É Conversa). Após o ingresso no Técnico, foi ainda recebido feedback de estudantes para os quais esta iniciativa foi determinante no sentido de consolidar a decisão pela Instituição e Curso.

A condensação temporal do ISTO É Técnico – Licenciaturas deverá ser mantida, por permitir uma melhor experiência para os/as participantes, que podem assistir às apresentações dos cursos de áreas mais próximas num único bloco. A opção por este formato, que minimiza a dispersão, oferece ainda a oportunidade de esclarecer dúvidas comuns a um maior público contribuindo para o aumento da adesão a cada sessão.

No ISTO É Técnico – Mestrados, procuramos alcançar um maior número de interessados/as antecipando o evento, de forma a coincidir com a época de candidaturas ao 2º Ciclo da maioria das instituições – período em que os participantes procuram mais informação por estarem em fase de decisão. Com a reforma na oferta formativa de Mestrados do Técnico, pretendemos atualizar também o conteúdo para visualização assíncrona, no YouTube, produzindo vídeos mais apelativos e de igual utilidade para quem procura informação fora do período do evento. Nesta sequência, foram sugeridas estratégias complementares destinadas a este público-alvo, que se encontram em análise pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A iniciativa ISTO É Técnico demonstrou de forma inequívoca a adaptabilidade, resiliência e prontidão da equipa para manter as atividades de divulgação, face aos constrangimentos da situação pandémica. Dada a dimensão do Técnico, diversos constrangimentos têm impossibilitado a realização de um “Dia Aberto” único no sentido tradicional do termo, tendo por esse motivo sido planeado em 2020 um evento presencial, ao longo de várias tardes, envolvendo docentes, estudantes, representantes de Núcleos/Projetos, Departamentos e Serviços, que não foi viável implementar devido ao surgimento da pandemia. O ISTO É Técnico, envolvendo um processo de reformulação, canalizou estes esforços para a dimensão online, tendo revelado um carácter inovador não só pelo seu formato e alcance geográfico mas também por acrescentar informação relevante para a tomada de decisão, por comparação às ações presenciais concretizadas em anos anteriores. As apresentações dos cursos, a cargo dos Departamentos, as várias Talks oferecidas na edição de Licenciaturas, contando com os testemunhos inspiradores de alumni sobre os seus percursos, permitiram abrir um espaço de reflexão, enriquecer a experiência dos/das participantes e contribuir para uma tomada de decisão mais fundamentada, aguçando a curiosidade para a vida académica no Técnico e carreira profissional na Engenharia. Da mesma forma, no caso dos Mestrados, a dinamização das sessões de esclarecimento permitiu que as pessoas interessadas recebessem apoio diretamente pelo serviço responsável nas suas questões sobre o processo de candidatura. Considerando a participação de estudantes do Técnico, esta ação reforça a importância do papel do NAPE no apoio aos/às alunos/as, a par da divulgação da oferta formativa para público externo.

As potencialidades deste formato, a possibilidade de alcançar e esclarecer público pré-universitário, universitário e também finalistas de 1º ciclo (com o ciclo sobre Mestrados, ainda mais pertinente após a desintegração) e a consolidação desta prática no ano letivo de 20/21, alimentam o objetivo de manter a continuidade do projeto após a pandemia. Prevê-se a evolução para um formato híbrido, com a complementação das atividades online com uma componente presencial – projeto que poderá vir a ser replicado por outras instituições de Ensino Superior, pelas suas óbvias vantagens no alcance a estudantes de todo o país.

Faraday News

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

Moisés Piedade, Carlos F. Fernandes, Carlos A.M. Gouveia, Natália Rocha, Henrique Nogueira

https://tt.tecnico.ulisboa.pt/innovators/lab2markettecnico/

Implementação da Prática

. O Museu Faraday (MF) conta com mais de 800 peças já identificadas e catalogadas. Estas peças cobrem as áreas de eletrotecnia, instrumentação, aparelhos de áudio, vídeo, rádio e TV. Aparelhos científicos, documentos, informação variada deixada pelos utentes da Escola ao longo dos anos e proveniente de coleções privadas, para além de serem cruciais para a sua memória coletiva, constituem “objetos” com interesse museológico. A equipa do MF pensou lançar um jornal que versasse sobre os vários tópicos à Museologia, Ciência/Tecnologia e Artes, com referência às diversas atividades desenvolvidas no MF: visitas guiadas, exposições, demonstrações, etc. Assim foi criado o Faraday News (FN), e, no dia 6/2/2020, foi lançado o primeiro exemplar. O FN é uma publicação bilingue, disponível em formato digital. Os artigos cobrem vários domínios (engenharia, humanidades, belas artes, informática e ciências da computação, matemática, física), ligados na área da Museologia. Os textos podem apresentar resultados de pesquisas científicas ou em desenvolvimento, revisões bibliográficas ou teóricas sobre os temas abordados pela revista, resenhas inéditas de livros, teses, dissertações e outras produções, que tenham relevância académica, notas com resultados preliminares e parciais de pesquisas ou ainda em desenvolvimento, entrevistas feitas com profissionais, etc.

A estrutura básica não é rígida, com uma flexibilidade que garanta a dinâmica de uma revista moderna e simultaneamente uma adequação aos tempos que vivemos. Mas em termos gerais a revista apresenta um esqueleto básico composto pelas seguintes rúbricas: Editorial, Um Olhar (de fora ou de dentro), Biografia, Artigo Técnico, Arte/Ciência e Eventos. O corpo editorial tem como diretores os Profs. Moisés Piedade e Carlos Fernandes, sendo o Prof. Carlos Gouveia (docente da FLUL) o responsável pela revisão de textos, a assistente editorial Dr.ª Natália Rocha (SE dos Museus do Técnico) e o Designer Henrique Nogueira na composição gráfica.

Resultados Alcançados

Este jornal é de uma certa forma uma extensão e materialização na escrita do trabalho que é desenvolvido no MF, tal como a Doutora Marta Lourenço descreveu no seu testemunho publicado no primeiro número do FN. Tal como o MF, esta publicação “prolonga a vida dos objetos”, contando as suas histórias passadas na ciência e na tecnologia, e reinventando-os em histórias do presente.

É um jornal periódico que, através da publicação de artigos de cariz teórico/experimental/ensaístico, enquadra múltiplas perspetivas de questões inerentes à Ciência/Tecnologia e Artes de modo a chegar a um público diversificado. Por esse motivo, utiliza uma linguagem acessível, mas sempre com rigor científico e literário.

O FN existe em formato digital e está acessível através de várias vias: em listas de contactos (do Museu Faraday, do International Committee of ICOM for University Museums and Collections (UMAC), no site https://museufaraday.ist.utl.pt/FaradayNews. É publicado nas páginas nas redes sociais Facebook (@servicoeducativomuseustecnico) e Instagram (@museustecnico) do Serviço Educativo dos Museus do Técnico. Também tem sido divulgado nos websites do Instituto Superior Técnico e da Universidade de Lisboa.

Com temas centrados em vários aspetos da Engenharia, Matemática, Física e Informática, o FN procura manter uma transversalidade que possibilite uma ligação estreita com um público que tem interesse específico na atuação do MF, do Instituto Superior Técnico e da Universidade de Lisboa, mantendo presente a memória coletiva de um património gigantesco.

Pretende-se, neste espaço jornalístico, promover um encontro entre o público e a investigação de ponta nas diversas áreas que formam o campo de estudo das Engenharias, particularmente, da Engenharia Eletrónica, aprofundando conhecimentos e motivando caminhadas para aqueles que têm vontade de saber mais. Os artigos seguem estilos e géneros diferentes, permitindo construir pontes entre obras, épocas, modos de ver o mundo e discursos. Os autores buscam o diálogo entre as suas investigações – com frequência fazendo uso de uma extensa bibliografia especializada, dando a possibilidade de ampliar horizontes do nosso público leitor. É interessante perceber que diferentes abordagens podem resultar em resultados e pontos de vista que se complementam. O trabalho desenvolvido pelo FN reforça a dimensão didática e pedagógica do MF e o espírito inquieto e ativo que está patente nas inúmeras exposições realizadas, na conservação de acervo e no apoio aos investigadores e às visitas guiadas. O FN pretende assim criar mais um palco onde os vários caminhos do saber se cruzam periodicamente.

. Carácter Inovador e Transferibilidade

Um ano depois do lançamento desta revista, novas edições começam a ser planeadas com uma frequência que se vai ajustando aos recursos disponíveis. O resultado obtido ao final do primeiro ano de existência é considerado muito positivo e correspondeu às expectativas criadas e aos objetivos iniciais da criação da revista. Por um lado, a revista representa um meio de chamada de atenção para assuntos que constituem naturalmente o domínio do MF e, por outro lado, permite atingir um público mais eclético e vasto, por ser um canal de difusão na forma digital. Esta publicação constitui um espaço ao dispor dos diversos autores que de alguma forma se identificam com o MF e que generosamente contribuem com os seus artigos. O trabalho final fica mais rico e disponível à curiosidade de todas as gerações. É, sem dúvida, uma forma de interação interessante na transmissão de conhecimento, complementando os conteúdos salientados no MF, com a dinâmica resultante da publicação de artigos por autores que se debruçam sobre as mais variadas áreas temáticas.

Além da pertinência destes elementos, a retroação dos leitores também é o parâmetro com mais peso de ponderação nesta avaliação.

O facto de ser bilingue faz com que este periódico seja acessível em todas as partes do globo: Além de permitir um acesso muito mais alargado, a distribuição em formato digital tem como vantagens importantes o ser mais ecológico e sustentável e permitir uma partilha e divulgação mais eficientes com outros sítios/parceiros.

Neste momento a retroação recebida é através do correio eletrónico e dos comentários nas redes sociais. É de fato muito importante que os leitores se apercebam da forma como este novo espaço de comunicação está a ser encarado e que sugiram formas de o melhorar. Por exemplo, criando uma rubrica onde os leitores possam dar a sua opinião, os seus desejos sobre o conteúdo da revista, um comentário sobre um artigo ou sobre o editorial ou eventos realizados. Enfim, um meio que induza a participação de todos. Estamos e continuaremos à procura de novas ideias e sugestões, bem como de comentários e críticas. Nesse sentido, pensamos que em edições futuras da revista surja espaço para artigos informativos e úteis para todos os leitores. De realçar que a existência do FN não seria possível sem todas as contribuições recebidas por todos os que, de forma altruísta, têm colaborado com a escrita de artigos e não só.

Avaliação e Monitorização

O FN é um espaço aberto a todos os profissionais, estudantes e investigadores com interesse em refletir sobre temas relacionados com o mundo da Ciência/Tecnologia e Artes. Neste sentido, a revista privilegia textos que se destaquem pela sua capacidade de teorização, inovação e originalidade. A revista FN, sem perda de rigor, permite que os seus leitores possam usufruir do conhecimento científico que, muitas vezes, não está ao alcance da compreensão de todos, por ser divulgado de um modo demasiado técnico. Outros aspetos relevantes são a sua divulgação ser bilingue e, por ser em formato digital, permitir que, uma vez publicados, os artigos possam ficar permanentemente disponíveis.

Ao dirigir-se a um público alargado de todos os níveis de ensino, o acesso aberto imediato e gratuito ao seu conteúdo, sempre com um rigor superior, proporciona uma maior democratização do conhecimento. A sua leitura estimula não apenas o conhecimento, mas sobretudo uma reflexão, mais do que nunca essencial, sobre os caminhos percorridos ao longo de dois séculos de inovação eletrónica.

A nível da transferibilidade podemos considerá-la um exemplo de boa prática que pode ser replicada pelos outros Museus do Instituto Superior Técnico ou da Universidade de Lisboa.

Explica-me como se tivesse 5 anos – Conversas sobre ciência no Técnico para crianças e adultos curiosos

terça, outubro 12th, 2021

Selecionada “Boa Prática do Ano”, 2021

Comunicação● 2021

Joana Lobo Antunes

https://explicame.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

“Explica-me como se tivesse 5 anos” é um projeto de comunicação de ciência realizado pelo ComunicaCiência, grupo que reúne os responsáveis de comunicação das 23 unidades de investigação (UI) associadas ao Técnico, do programa CMU e a Área de Transferência de Tecnologia (TT), com coordenação da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM).

Em maio de 2020 o país entrou em confinamento, as escolas fecharam, o teletrabalho tornou-se obrigatório e as famílias tiveram de reorganizar as suas vidas em casa. Em termos de comunicação de ciência, surgiu uma vasta oferta de atividades online direcionadas para jovens e adultos. Porém, essa oferta não existia para um público infantil, sobretudo pensando nas manhãs de sábado, quando essas crianças se viram de repente privadas das atividades ao ar livre a que estavam habituadas.

Surgiu então a ideia de produzir um programa para estimular o interesse das crianças pela ciência, assente num ciclo de conversas com investigadores de todas as áreas científicas do Técnico, onde se aborda o trabalho científico desenvolvido na instituição, usando uma linguagem simples e acessível a uma criança de cinco anos.

O programa é transmitido em direto e tem duração de 1 hora. Inicia com uma apresentação de cerca de 20 minutos sobre um determinado tema e de seguida são respondidas perguntas feitas pelos espetadores. Foi criado um website do programa (https://explicame-tecnico.ulisboa.pt) e elaborou-se uma checklist para cada episódio, desde a pré-produção à pós-produção, percorrendo a divulgação, ensaios, o direto e recolha de feedback e resultados alcançados. Para cada episódio são realizados geralmente dois a três encontros virtuais com o/a convidado/a, de modo a afinar o tema da conversa, ensaiar a apresentação e fornecer algumas orientações técnicas que melhorem a qualidade e eficiência da comunicação. As conversas são realizadas no Zoom, com transmissão em direto na página Facebook do Técnico, ficando os vídeos depois disponíveis no Facebook e no Youtube.

O programa estreou no dia 23 de maio 2020, inicialmente com frequência quinzenal, passou a mensal no início de 2021. Foram emitidos até à data 16 episódios. A equipa de produção executiva inclui André Gonçalves (IN+), Bárbara Teixeira (ISR), Joana Lobo Antunes (ACIM, coordenação), Pedro Garvão (ACIM), Sílvio Mendes (ACIM) e Susana Muinos (CERENA).

Resultados Alcançados

Foram até à data emitidos 16 programas, estando já agendados os próximos três.

As unidades de investigação já representadas no programa foram:

  • Centro de Análise Funcional, Estruturas Lineares e Aplicações (CEAFEL) – Ana Moura Santos
  • Centro de Análise Matemática, Geometria e Sistemas Dinâmicos (CAMGSD) – Ricardo Schiappa
  • Centro de Astrofísica e Gravitação (CENTRA) – Ana Mourão
  • Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN) – Marta Almeida
  • Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST) – Tânia Ramos
  • Centro de Física Teórica das Partículas (CFTP) – Ivo de Medeiros Varzielas
  • Centro de Química Estrutural (CQE) – Zita Martins
  • Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA) – Moisés Pinto
  • Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB) – Vasco Bonifácio
  • Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID) – Arlindo Oliveira
  • INESC Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN) – Susana Freitas
  • Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) – Gonçalo Figueira
  • Instituto de Sistema e Robótica (ISR) – Isabel Ribeiro
  • Instituto de Telecomunicações (IT) – Yasser Omar
  • Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS) – Mónica Amaral
  • Laboratório de Instrumentação e Física de Partículas (LIP) – Pedro Abreu

Estão já agendadas sessões com

  • Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA) – Pedro Brogueira
  • Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+) – João Ventura
  • Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC) – Rogério Colaço

Todos os episódios somados atingem um total de mais de 67 mil visualizações, num valor médio de 4200 por programa, sendo o Episódio 1 o mais visto, com 9500 visualizações. Os vídeos geraram Os vídeos geraram um alcance estimado de 181859, mais de 1300 gostos (média: 105), 838 comentários (média de 64) e 312 perguntas enviadas para que os investigadores pudessem responder (média de 22 por programa. O Episódio 7 não foi mantido em “on” a pedido do orador, que prepara um livro sobre esses temas.

Avaliação e Monitorização

Da análise dos comentários publicados nas transmissões em direto, temos feedback muito positivo dos seguidores, salientando a qualidade do programa tanto em conteúdo científico como em clareza de exposição. Da análise aos inquéritos de satisfação das 16 sessões, 85% dos respondentes disseram que a conversa tinha sido muito interessante e 15% interessante, e a mesma proporção considerou que o/a cientista tinha sido clara na sua exposição, sendo que 98% acharam que houve clareza na resposta às perguntas. A maioria ficou a querer saber mais sobre o tema (98%) ou sobre o Técnico (83%) e a querer visitar o campus quando for possível (77%).

Fizemos um inquérito de avaliação endereçado aos investigadores que já fizeram apresentações para recolher também as suas opiniões. Tivemos 11 respostas (em 16 possíveis), o que representa 69% do universo de participantes. Dos inquiridos 91% considerava que o seu trabalho podia ser comunicado de forma simples e acessível, o que demonstra uma grande predisposição para a comunicação do seu trabalho já anterior ao programa. De facto, 64% dos participantes já tinham comunicado para audiências tão jovens. No entanto, 82% consideram que ter participado no “Explica-me” os deixou com mais interesse em participar em atividades de comunicação de ciência no futuro e 80% gostariam de voltar a participar numa edição do programa.

Relativamente às sessões de preparação, trabalho de apoio que é feito com os investigadores para ajudar a enquadrar a presentação final, 64% considerou que conseguiria fazer uma atividade deste tipo, de forma individual, sem as sessões de preparação. Contudo, a grande maioria considera que as sessões de preparação contribuíram para melhorar as suas aptidões de comunicação. Relativamente à qualidade do programa e seu futuro, 100% dos inquiridos considera que “o Explica-me como se tivesse 5 anos é u ma boa forma de divulgação da ciência realizada no Técnico”.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A ideia deste programa surgiu de forma espontânea no meio da pandemia e foi materializada de forma colaborativa e orgânica, com voluntarismo, curiosidade e vontade de comunicar a ciência do Técnico, tirando partido dos recursos disponíveis (Zoom, Drive, Self-Service e a experiência de cada elemento da produção).

Explicar ciência a uma criança é um exercício que requer critério na escolha do vocabulário, explicar conceitos complexos com linguagem simples. Isso precisa de ser ensaiado com os convidados, entre uma a três vezes, de modo a prepará-los para esse público infantil do qual podem sair perguntas inusitadas, ainda que com sentido.

Esses ensaios preparativos têm ainda o acréscimo de estabelecer novos vínculos entre diferentes unidades do Técnico e gerar conhecimento mútuo sobre o seu funcionamento. Ou seja, para além do objetivo de comunicar a ciência do Técnico numa linguagem simples e acessível, este programa promove uma maior auto-conhecimento do universo Técnico e uma aproximação entre os seus atores, e entre os investigadores e a Comunicação do Técnico.

O programa começou a ser construído de forma despretensiosa e como protótipo: a cada episódio faz-se uma análise crítica (a partir das impressões dos intervenientes e do feedback recebido no direto e nos formulários de opinião), aperfeiçoa-se o que pode ser melhorado e enriquece-se um documento colaborativo onde são anotados todos os passos que precisam ser feitos, desde a pré-produção à pós-produção. Esta metodologia permitiu que, por um lado, cada um fosse ocupando o seu próprio espaço e empoderando-se das ferramentas, e por outro, ao deixar tudo documentado, permite que haja alternância entre os colaboradores sem prejuízo do conhecimento sobre o que precisa de ser executado. O facto de o programa prescindir de espaços físicos ou encontros presenciais para ser realizado, permite que seja feito a partir de qualquer lugar e por tempo indeterminado, percorrendo todas as unidades de investigação do Técnico.

Após a emissão em direto, os programas ficam disponíveis no Facebook e no Youtube. Estão a ser equacionadas outras plataformas, como por exemplo o Spotify para difusão das conversas em formato podcast.

O carácter inovador deste projeto é a existência de programa de divulgação da ciência do Instituto Superior Técnico que englobe todas as unidades de investigação, de forma ter uma representatividade de áreas científicas unidas em torno de um objectivo comum.

Da análise das atividades de ligação à sociedade de outras faculdades em Portugal, verificamos que o modelo que concebemos e implementámos, de um programa para crianças regular nas redes sociais, é único e por isso inovador dentro da nossa instituição e no país.

Pretendemos continuar a explorar a ligação à sociedade da investigação que se faz no Técnico não apenas mantendo a regularidade deste formato como alargando a outros projetos sempre com a mecânica de envolvimento de todas as UI.

Grupo ComunicaCiência, para a divulgação e comunicação da ciência do Instituto Superior Técnico interna e externamente

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

Joana Lobo Antunes

 https://acim.tecnico.ulisboa.pt/comunicaciencia/projetos/

Implementação da Prática

. O grupo ComunicaCiência é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta todos os responsáveis de comunicação das 23 unidades de investigação associadas ao Instituto Superior Técnico e da Área de Transferência de Tecnologia. Foi criado em Setembro de 2019, com a introdução de novas práticas para a Comunicação de Ciência do Instituto Superior Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada uma das unidades, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum. Desta forma, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. formações em comunicação de ciência
  3. concepção e desenvolvimento de actividades conjuntas de divulgação e promoção da ciência

 

Os encontros mensais ocorrem regularmente desde Setembro 2019, e começaram por

acontecer rotativamente entre todas as UI de forma a dar a conhecer fisicamente os locais de trabalho de cada um. Com a pandemia, as reuniões passaram a ser online, mas mantevese a cadência e regularidade.

Até agora foram ministradas formações em: criação de conteúdos para redes sociais, gestão de redes sociais, escrita de comunicados de imprensa, ligação aos media, comunicação visual de ciência. Dado que a maioria dos responsáveis de comunicação não têm formação específica na área, estas formações têm permitido a sua capacitação.

As actividades conjuntas de divulgação até agora materilizaram-se no programa “Explica-me como se tivesse 5 anos” e na campanha nas redes sociais de mulheres na ciência.

As unidades representadas no ComunicaCiência são:

Centro de Análise Funcional, Estruturas Lineares e Aplicações (CEAFEL)

  • Centro de Análise Matemática, Geometria e Sistemas Dinâmicos (CAMGSD)
  • Centro de Astrofísica e Gravitação (CENTRA)
  • Centro de Ciência e Tecnologia do Ambiente e do Mar (MARETEC)
  • Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN)
  • Centro de Engenharia e Tecnologia Naval e Oceânica (CENTEC)
  • Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST)
  • Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+)
  • Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA)
  • Centro de Física Teórica das Partículas (CFTP)
  • Centro de Matemática e Aplicações (CEMAT)
  • Centro de Química Estrutural (CQE)
  • Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA)
  • Centro em Território, Urbanismo e Arquitetura (CiTUA)
  • Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB)
  • Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC)
  • Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID)
  • INESC Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN)
  • Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN)
  • Instituto de Sistema e Robótica (ISR)
  • Instituto de Telecomunicações (IT)
  • Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS)
  • Laboratório de Instrumentação e Física de Partículas (LIP)

Resultados Alcançados

Das três actividades desenvolvidas, desenharam-se os seguintes objectivos:

  1. Promover o networking e o conhecimento de todos os responsáveis de comunicação de UI, de forma a promover uma maior interacção entre as unidades resultando em uso mais eficiente dos recursos. RESULTADOS: a maioria das pessoas deste grupo não conhecia as restantes 22; neste momento todos se conhecem e têm-se criado redes de entreajuda nas mais variadas áreas.
  2. Partilhar boas práticas que possam ser replicadas noutras unidades de investigação.

RESULTADOS: a apresentação de projectos de cada UI permite às restantes adaptar e adoptar para as suas realidades. Promoveu-se a possibilidade de entreajuda e colaboração entre as UI, para a realização de iniciativas e resolução de problemas semelhantes. Destas partilhas resultou um documento comum de boas práticas de criação e gestão de eventos online.

Estamos também a desenvolver documento comum de boas práticas de gestão de redes sociais.

  1. Dotar os responsáveis de competências comunicacionais de base. RESULTADOS: as formações nesta área têm tornado mais ágil a ligação das UI à comunicação do Técnico e promovido uma melhor ligação à sociedade. Algumas UI passaram a usar mais e melhor as redes sociais para a comunicação dos seus resultados e outputs.
  2. Desenvolver projectos com impacto na ligação à sociedade. RESULTADOS: Deste grupo resultaram as iniciativas do programa “Explica-me como se tivesse 5 anos”, e a campanha de Mulheres da Ciência. O primeiro será também objecto de candidatura separada e aí detalhado. O segundo consistiu numa campanha nas redes sociais para celebrar o dia internacional das mulheres na ciência, tendo surgido numa reunião do grupo e tendo sido concretizado com a participação das UI, design do NDM e coordenação ACIM. O projeto deu origem a 49 fotos e histórias de mulheres cientistas do Técnico e espelhou 13 Unidades de Investigação do Técnico (INESC-ID (+ GAIPS); CAMGSD-IST; CERIS; LIP; CERENA; C2TN; CENTEC; CERIS; IT; IN+; ISR; INESC MN; CQE), para além das 9 antigas alunas que estão a trabalhar na Ciência mas noutras instituições, recolhidas pela TT Técnico.
  3. Melhorar a comunicação interna no que respeita à comunidade científica e instrumentos ao seu dispor. RESULTADOS: Aumentou a visibilidade das iniciativas das UI junto da comunidade do Técnico.

Avaliação e Monitorização

A participação da maioria dos membros nos encontros regulares mensais é uma medida do interesse que encontram nas reuniões e nos assunto aí discutidos. As reuniões ocorrem sempre na quarta quinta-feira de cada mês, entre as 10h e as 12h.

O projeto “Mulheres na ciência” teve um alcance total de 45.000 pessoas no Facebook, número muito acima ao valor médio anual das publicações (cerca de 7.000). O conjunto de publicações no Twitter originou 333 likes, 66 partilhas, 1508 “engajamentos” e um total de 48955 impressões, valor que representa quase metade das médias mensais de impressões em 2020: 115755.

No Instagram as galerias de imagens tiveram alcance total de 26530 (média 2020: 4633), uma média de 438 likes cada (média 2020: 307) e originaram uma média de 108 visitas ao perfil por cada post (média 2020: 57).

No Linkedin as 49 publicações geraram um total de 138420 impressões 2683 reações e 4083 cliques.

Somando todas as impressões e alcance destas quatro redes sociais chegamos a um número total de 241150 pessoas alcançadas pela campanha.

Para além disso, foi feito o desafio de partilha da história de outras investigadoras recorrendo à hashtag #MulheresNoTécnico, tendo tido um impacto significativo nas redes, em particular no Twitter, onde se acumularam 42 participações (monitorizadas).

Fizemos um inquérito para avaliação e monitorização da actividade deste grupo aos participantes. Responderam ao inquérito 21 pessoas (41% do total de pessoas que está na mailing list do grupo Comunica Ciência).

A maioria dos inquiridos (96%) avaliam muito positivamente a utilidade do Grupo, com nota acima de 4 em 5; a utilidade das formações foi classificada acima de 4 valores por 95% dos inquiridos. Já a melhoria a relação entre as UI e a Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico recolheu nota acima de 4 para 81% dos respondentes.

Relativamente aos efeitos do trabalho que desenvolvem na área da comunicação de ciência.

Desde que integraram o grupo, 90% dos inquiridos sentem-se mais confiantes para criar / dar continuidade a atividades de comunicação de ciência na sua UI e 76% (16) sentem que os investigadores das suas UI passaram a participar mais em atividades de comunicação de ciência. Relativamente aos efeitos do trabalho que desenvolvem na área da comunicação de ciência, a maioria atribui a nota 4 a essa melhoria (48%), ficando a nota 3 (33%) e nota 5 (14%) com as parcelas seguintes mais votadas. 43% (9) classificam com a nota 4 o aumento da presença da sua UI nos media desde que integraram o grupo, enquanto que 7 (33%) lhe atribuem a nota 3. 14% (3) deram a nota máxima a esse aumento.

O trabalho de equipa, a aprendizagem de técnicas de comunicação de ciência e o conhecimento mútuo entre as várias plataformas e UI do Técnico foram os motivos mais apontados pelas respostas à pergunta aberta “O que de mais útil retirou/retira da participação neste grupo?”. Como sugestões para a o futuro do grupo (em pergunta aberta), surgem o envolvimento dos Departamentos do Técnico e o relacionamento com outros grupos de investigação da Universidade de Lisboa como principais sugestões.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projecto é a existência de um grupo que agregue todas as unidades de investigação do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de novos programas. O grupo funciona com carácter regular há 17 meses, apenas com interrupção em Agosto.

Segundo os participantes, o funcionamento do grupo em regularidade, abordando temáticas de interesse e promovendo a motivação das UI para investirem em comunicação de ciência, tem sido uma inovação no Técnico. A existência deste grupo e a agilidade da sua comunicação interna tem permitido a coordenação de actividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico (como a Área de Transferência de Tecnologia e o Núcleo de Design e Multimédia). As formações do grupo têm oferecido um conjunto de ferramentas uteis às UI de forma a poderem aumentar o impacto das suas actividades.

A continuidade das actividades do Comunica Ciência põe as Unidades de Investigação e o Instituto Superior Técnico a encarar a comunicação não apenas como forma de promoção institucional e divulgação de carreiras técnico-científicas mas também como actor na promoção da literacia e cultura científica.

A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. A ACIM está de momento a montar o mesmo tipo de grupo com os responsáveis de comunicação dos departamentos do Técnico e irá em seguida dinamizar o grupo de todos os núcleos com redes sociais institucionais na Faculdade.

Visita Virtual ao Técnico

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

NAPE – Núcleo de Apoio ao Estudante

https://www.youtube.com/watch?v=EfbnLrJj5OY

Implementação da Prática

. A visita virtual ao Técnico foi concebida para ultrapassar a impossibilidade de acesso aos espaços do Técnico no 2º semestre de 2019/2020, com o consequente cancelamento das habituais visitas dinamizadas pelos Guias do NAPE, devido às restrições da pandemia. Com várias visitas individuais e de grupo escolar agendadas e canceladas, feiras de ensino transpostas para formato online, muitas dúvidas de candidatos ao Técnico a chegar por diferentes canais e a necessidade de preparar o acolhimento dos novos alunos, foi necessário encontrar uma alternativa online para dar a conhecer os campi, as condições, serviços e apoios disponíveis.

Iniciou-se então o planeamento das gravações em Julho de 2020, tendo sido elaborado um Guião com os principais pontos de interesse e informações mais relevantes, que foi revisto pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM), para validar as informações transmitidas pelos bolseiros do Técnico, que iriam apresentar os dois campi do Técnico. A articulação com o Núcleo de Design e Multimédia (NDM) foi também essencial, envolvendo apoio técnico especializado, vários equipamentos de captura de imagem e som e o respetivo trabalho de edição, que incluiu a legendagem do vídeo na língua inglesa. As gravações foram realizadas nos dias 21, 23 e 27 de julho nos espaços exteriores e interiores selecionados, tendo sido concluída a produção do vídeo a 10 de setembro, atempadamente para apoiar a transição dos novos estudantes para um ano letivo atípico.

Resultados Alcançados

. Os objetivos associados à produção deste vídeo foram alcançados de acordo com a calendarização prevista durante o período desafiante em que foi concebido pela necessidade de transpor todas as atividades do NAPE para a modalidade online, resultando numa resposta alternativa em tempo útil e eficaz para os candidatos e novos estudantes poderem conhecer o campus que pretende frequentar de modo eficiente.

O vídeo foi disponibilizado na Comunidade IST TV do Youtube e publicado no Facebook do Técnico, tendo sido utilizado como recurso inicialmente na Cerimónia de Boas-Vindas aos novos estudantes em 33 sessões Zoom na Semana de Acolhimento dos 2º Ciclos e em 18 sessões do 1º Ciclo, incluindo nas 2 sessões paralelas de receção dos estudantes de mobilidade no 2º e no 2º semestre do ano letivo 2020/2021. Posteriormente, este recurso permitiu otimizar o processo de divulgação no exterior, levando o Técnico a Escolas, feiras virtuais de oferta formativa, como a Inspiring e a Unlimited Future, e ainda permitiu complementar os atendimentos personalizados realizados por videochamada.

Atualmente, o vídeo está publicado na página da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (http://acim.tecnico.ulisboa.pt/nucleo-de-apoio-ao-estudante-nape/), potenciando a acessibilidade num contexto de especial elevada procura na web.

Avaliação e Monitorização

A avaliação e monitorização desta iniciativa tem como principal referência o alcance, a variedade de situações em que pode ser utilizada como recurso e o feedback obtido por parte da população à qual se dirige.

Na Cerimónia de boas-vindas aos novos estudantes 2020/2021, o vídeo foi projetado para mais de 2000 alunos regulares, sendo cerca de 90% dos alunos de 1º ciclo (1443 alunos) e mais de 350 alunos de mobilidade e internacionais em 53 sessões Zoom, tendo sido obtido feedback muito positivo neste âmbito também da parte dos docentes envolvidos. Na Feira Virtual da Inspiring Future o vídeo foi visualizado diariamente ao longo do ano letivo 2020/2021, tendo tido um alcance superior a 10 000 visitantes do stand do Técnico. Nos eventos da Unlimited Future o vídeo foi disponibilizado a cerca de 400 visitantes do nosso stand virtual. Já nas redes sociais, nomeadamente na página do facebook do Técnico (https://www.facebook.com/watch/?v=791784401610143), o vídeo conta com cerca de 5,6 mil visualizações.

Uma das mais valias da produção deste vídeo é de facto a grande variedade de aplicações. Pode ser utilizada como recurso em atendimentos personalizados (ISTO É Conversa – [https://nape.tecnico.ulisboa.pt/en/candidatos-ao-tecnico-e-divulgacao/isto-e/isto-e-conversa/]), em resposta a pedidos de informação via RT, em feiras virtuais (e futuramente presenciais) de Ensino e Formação, em feiras realizadas em Escolas, e em cerimónias institucionais, como já aconteceu. Estando disponível em plataformas online como o youtube, o vídeo pode ser acedido de modo facilitado a qualquer momento e de qualquer ponto do mundo, alcançando candidatos e estudantes que por motivos geográficos ou constrangimentos da pandemia não se podem deslocar ao Técnico.

Considerando o público a que se destina, a apresentação dos campi em que funcionam as atividades letivas por parte de alunos, permite uma maior aproximação e identificação dos pares, estabelecendo-se uma relação amigável e demonstrando disponibilidade para receber e apoiar novos alunos.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta iniciativa, motivada pela necessidade de ultrapassar constrangimentos das deslocações presenciais aos campi do Técnico, é inovadora e uma demonstração de como se podem gerar oportunidades em períodos de crise. Com este recurso disponível, é possível agora utilizá-lo num grande conjunto de situações e contextos de modo permanente, quer para divulgação do Técnico, quer para apoio aos candidatos, podendo ainda potenciar a procura de esclarecimentos e apoio do NAPE, quer para acolhimento e integração de novos alunos, nacionais e estrangeiros.

A visita está legendada em inglês, sendo possível replicar esta prática e explorar as suas potencialidades de modo diferenciado adaptando-a a outros públicos e contextos. O objetivo desta iniciativa foi, num primeiro momento, apresentar o campus Alameda e o campus Taguspark e poderá ser generalizável para outras finalidades, sendo recomendável a produção de conteúdos semelhantes que permitam apresentar laboratórios, projetos ou departamentos com interesse para os destinatários, em que poderão ser envolvidos professores e alunos, de modo a enriquecer e a estabelecer desde logo um sentido de comunidade no Técnico.

ISTO É _Podcast

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

NAPE – Núcleo de Apoio ao Estudante

https://nape.tecnico.ulisboa.pt/candidatos-ao-tecnico-e-divulgacao/isto-e/podcast/

Implementação da Prática

. Devido aos constrangimentos que advieram da situação pandémica com o primeiro confinamento em março de 2020, e a necessidade de transpor para modalidades remotas as atividades de divulgação do Técnico, a conceção do Podcast ISTO É teve como objetivo levar o Técnico aos seus potenciais candidatos. Com a suspensão de feiras e visitas presenciais a escolas secundárias, o podcast ISTO É, dá voz aos estudantes para responder a questões habituais dos candidatos, relacionadas sobretudo com oferta formativa e vivências académicas. A qualquer hora e em qualquer lugar, todos os interessados no Técnico podem utilizar o Youtube, Instagram TV ou Spotify para acompanhar os 22 Episódios de 10/15 minutos. Além do episódio sobre os campi, programas de mobilidade, spin-offs e outras oportunidades, oferecidas pelo Técnico; do episódio sobre o NAPE (Programa Mentorado, semana de acolhimento, Workshops); e do episódio dedicado aos núcleos de estudantes, projetos e atividades extracurriculares; foram lançados 18 episódios sobre a Oferta Formativa do 1º Ciclo. De abril a julho, procurando otimizar a resposta durante o período crítico para a tomada de decisão dos candidatos, os episódios foram publicados nas redes sociais do NAPE de modo progressivo, de acordo com o planeamento e calendarização inicial. Previamente, foram criteriosamente definidos também os temas e conteúdos a abordar, bem como os estudantes, projetos e núcleos a convidar. Além dos Guias do NAPE, que planearam o projeto, divulgaram a iniciativa e redigiram os guiões dos episódios, validados pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing, foram também envolvidos 53 outros alunos, nomeadamente Mentores e Embaixadores, bem como 40 Docentes do Técnico e ainda 23 núcleos, perfazendo um total de 4 horas e 25 minutos de material resultante.

Resultados Alcançados

Considerando a antecedência com que são planeadas as iniciativas de Divulgação do Técnico, foi notável conseguir conceber e montar este projeto desta dimensão em cerca de duas semanas em março de 2020, e começar o lançamento de episódios em Abril para antecipar o grande volume de contactos e pedidos de candidatos do Ensino Secundário em fase de tomada de decisão.

Em termos de alcance dos Podcasts, contabilizam-se 4200 visualizações na plataforma Apple Podcasts do Spotify (sendo 42% de utilizadores entre os 18 e os 22 anos), mais de 20 mil visualizações no canal Youtube, e quase 16 mil visualizações no Instagram.

O feedback recebido, direta e indiretamente, demonstra que o alcance dos podcast também foi maior do que com as alternativas presenciais, nomeadamente em termos geográficos mesmo com as habituais deslocações a escolas secundárias e feiras em vários pontos do país. O link para os episódios passou também a ser disponibilizado como parte da resposta a alunos interessados no Técnico, que contactaram o NAPE com dúvidas sobre estudar no Técnico.

Avaliação e Monitorização

A avaliação e monitorização desta iniciativa tem como principal referência o alcance obtido – mais de 40 mil visualizações distribuídas pelas suas 3 plataformas, a variedade de situações em que pode ser utilizada como recurso de modo permanente e o feedback obtido por parte da população à qual se dirige, quer direta, através de comentários e “likes”, quer indiretamente em diversos contextos como indicadores da sua utilidade e impacto.

Periodicamente é feita a monitorização do número de visualizações dos episódios lançados para ajustar a divulgação efetuada, nomeadamente em alturas mais críticas para a preparação da transição para o ensino superior, tais como a aproximação do limite do prazo das candidaturas ao Ensino Superior, onde procuramos reforçar através dos nossos canais de divulgação (redes sociais e outras plataformas) a importância dos futuros candidatos tomarem uma decisão o mais informada possível, relembrando todos os materiais produzidos pelo NAPE que têm ao dispôr para que tal aconteça, tais como o nosso podcast e colocando-nos sempre à disposição para nos contactar diretamente caso surjam outras questões que lá não vejam respondidas.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A conceção de um Podcast permitiu adaptar a divulgação do Técnico e da respetiva oferta formativa a um modelo mais digital, atual e familiar para a faixa etária à qual se dirige. Este é um projeto inovador, principalmente considerando a abrangência dos conteúdos e áreas, projetos, núcleos e serviços representados. Outras Instituições de Ensino Superior lançaram pela mesma altura podcasts, tendo este projeto sido diferenciador pela dimensão e agentes envolvidos. A replicação desta iniciativa deverá ser repensada considerando a necessidade de manter atualizadas informações, nomeadamente pela introdução do Novo Modelo de Ensino e pela reestruturação dos Mestrados e Licenciaturas, sendo necessário acautelar os recursos necessários e a uniformização da comunicação com o respeito das normas e estratégia de comunicação do Técnico.

Visitas ao Técnico

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

Núcleo de Apoio ao Estudante

Implementação da Boa Prática

O Técnico oferece a possibilidade de realizar visitas em duas modalidades: Visitas Individuais (até 10 elementos) e Visitas de Grupo Escolar. No âmbito do Programa de Divulgação do Técnico, o NAPE organiza as visitas no campus Alameda, dinamizadas por Guias do NAPE, que por vezes são acompanhados por Embaixadores do Técnico. O envolvimento de alunos do Técnico nesta prática promove uma abordagem mais eficaz, na medida em que há uma maior proximidade, por identificação do candidato com o aluno e vice-versa, facilitando o esclarecimento de dúvidas sobre a escolha da oferta formativa. As Visitas Individuais têm a duração média de 1h e destinam-se a potenciais candidatos ao Técnico, habitualmente, alunos do Ensino Secundário com dúvidas específicas sobre alternativas de formação, serviços e infraestruturas de apoio ou atividades extracurriculares, que necessitam de acompanhamento individualizado para consolidar as suas escolhas. Dado o caráter personalizado, são também procuradas por estudantes com necessidades específicas (ENEE) e alunos internacionais. Já as Visitas de Grupo Escolar surgem da necessidade das Escolas motivarem os seus alunos para a frequência do Ensino Superior e para a Ciência, constituindo muitas vezes o primeiro contacto dos alunos com o contexto universitário. Estas visitas incluem uma apresentação institucional com duração variável, dependendo do número de espaços a visitar e do número de alunos a receber. Para cobrir as áreas de interesse identificadas, é necessário contactar os Departamentos, Laboratórios, Projetos ou Núcleos de Alunos, aferindo a disponibilidade para receber as escolas. Para agendar uma visita, o aluno, encarregado de educação ou professor preenchem um formulário próprio disponível na página do NAPE e os pedidos são posteriormente analisados e agendados pela equipa. Também os restantes campi (CTN e Taguspark) disponibilizam visitas em modalidades relacionadas com o respetivo contexto.

Resultados Alcançados

A possibilidade de visitar o Técnico tem atraído cada vez mais escolas e alunos interessados, tendo-se dado resposta, no passado ano letivo (2018/2019), a 14 escolas, 539 alunos e 43 professores, além dos 292 participantes em visitas individuais.

No final de cada visita, é preenchido um inquérito de satisfação que avalia diversos parâmetros como a rapidez e facilidade da marcação da visita, os espaços visitados e prestação dos Guias do NAPE, tendo todos estes parâmetros uma classificação entre Bom e Excelente. Os alunos que fornecem feedback de visitas individuais destacam sobretudo a possibilidade de colocar dúvidas sobre os cursos e o Técnico, a boa preparação dos Guias para responder a um grande leque de questões, bem como utilidade da visita para consolidar a sua decisão de se candidatarem ao Técnico. Estes inquéritos permitem a constante melhoria desta prática, resultando em alterações a procedimentos já implementados, como a optimização do processo de marcação de visitas. Através das mesmas avaliações, foi possível perceber que seria útil aos alunos/potenciais candidatos ter um contacto mais próximo com atividades letivas e professores, razão pela qual está em curso um projeto que visa implementar um programa estruturado de atividades organizadas pelos Vogais de Divulgação dos Departamentos e Coordenadores de Curso, incluindo também a Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico, núcleos de alunos, projetos e serviços do Técnico.

Avaliação e Monitorização

No final de cada visita, é aplicado um inquérito de avaliação da satisfação. Para as visitas individuais solicita-se o preenchimento de cada participante. No caso dos grupos escolares, é o professor acompanhante a responder por todo o grupo. De modo complementar regista-se o feedback dos Guias que apoiaram a visita. Os dados obtidos são analisados periodicamente para aferir a necessidade de implementar alterações.

Para recolher os pedidos de marcação, são disponibilizados no site do NAPE, formulários para visitas individuais e de grupo escolar. As respostas dão entrada no sistema de email RT e são transferidas para a respetiva base de dados, onde podem ser geridos e monitorizados. No caso das marcações individuais, o processo interno passa por preencher a folha com os dados do participante, confirmar a data e horário da visita através da consulta do mapa de disponibilidade dos Guias, e fazer um contacto telefónico prévio para confirmar a presença. Já para as visitas de grupo escolar, o processo é mais complexo, porque requer o contacto com Departamentos/Projetos do Técnico, no sentido de se aferir a disponibilidade para receber os alunos e assegurar apresentações ou atividades. Assim, foi criada uma folha de cálculo com os dados do pedido e uma checklist para as diferentes fases do processo e dos contactos a estabelecer com a escola e com os intervenientes. A construção deste registo permite saber, a qualquer momento, em que ponto se encontra cada marcação e que informação foi transmitida a cada parte. Implementaram-se também prazos de resposta aos pedidos, tendo o conjunto destas medidas contribuído para uma clara melhoria das avaliações sobre o processo de marcação.

Em curso, está ainda a criação de, em conjunto com os responsáveis de cada Departamento, um catálogo com os diferentes laboratórios/projetos visitáveis.

Do ponto de vista do visitante, esta ferramenta permitirá a pré-seleção de temas dentro das áreas de interesse. Internamente, facilitará a marcação de visitas, permitindo conhecer os laboratórios e projetos existentes, respetiva lotação máxima, horários em que está disponível, entre outras informações essenciais. Frequentemente, as escolas e os alunos pedem informações sobre iniciativas abertas do Técnico. Não havendo um espaço centralizado com este tipo de informação, está a ser construída uma base de dados com intuito de permitir, no futuro, compilar e divulgar as diferentes ações destinadas a alunos do Ensino Básico e Secundário.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A grande dimensão do Técnico e o elevado número de interessados coloca constrangimentos à realização de um Dia Aberto, prática comum na maioria das instituições de Ensino Superior e, por isso, procurada pelos alunos do Ensino Secundário. Assim, a possibilidade de realizar uma visita ao Técnico, ao longo de todo o ano letivo, visa responder às solicitações de candidatos e escolas de modo personalizado, abrangendo um grande número de destinatários e adaptando a abordagem às respetivas necessidades. As visitas de grupo escolar organizadas pelo NAPE permitem conjugar os diversos interesses manifestados pelos alunos numa mesma sessão, envolvendo Departamentos, Projetos e/ou Núcleos de estudantes de modo a enriquecer a experiência do público-alvo. De referir o carácter inovador e diferenciador da dinamização de visitas por parte de Guias do NAPE – além da vantagem da proximidade da faixa etária, que permite ao candidato projetar-se num futuro aluno do Técnico, também o aluno do Técnico vê facilitada a relação e comunicação com os visitantes pelo facto de ter estado recentemente no papel de candidato. Sendo objetivo do NAPE a divulgação do Técnico, principalmente junto de potenciais candidatos e fazendo estes uma avaliação positiva do impacto da visita na sua escolha de curso/instituição, justifica-se o investimento e melhoria constante desta prática, que pode ser facilmente reproduzida noutro contexto com o fim de dar a conhecer a instituição e captar alunos.