Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Empregabilidade’ Category

Rede de Parceiros do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Transferência de Tecnologia - Núcleo de Parcerias Empresariais (NPE)

 

Website

Sumário*:

A Rede de Parceiros do Técnico (RPT), foi criada em 2015, para responder aos desafios de reforçar os laços com a indústria, tendo como objetivo principal o estabelecimento e desenvolvimento de alianças estratégicas com as empresas melhor posicionadas para, em conjunto, aumentar o valor oferecido à Sociedade. As atividades da rede organizam-se nas dimensões: Proximidade e desenvolvimento de talento; Aceleração de inovação; Impacto societal e Cooperação estratégica.

A RPT conta atualmente com 24 empresas ativas e mais de 125 atividades. Todas as atividades são planeadas semestralmente para cada uma das empresas e alinhadas com as atividades e o calendário académico. O sucesso associado a esta iniciativa deve-se ao trabalho colaborativo entre várias equipas do Técnico e à disponibilização de espaços nos diferentes campi.

 

Para mais informação consulte aqui.

* Boa Prática de divulgação restrita

Pan – European Seal Young Professionals Programme

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Transferência de Tecnologia – Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI)

 

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico (IST) aderiu ao “Pan-European Seal Young Professionals Programme” (PES) como uma das universidades parceiras em 2020, através da assinatura de um Memorando de Entendimento com o European Patent Office (EPO) e com o European Union Intellectual Property Office (EUIPO), tendo já participado em três edições do Programa desde então. Encontra-se neste momento a decorrer o processo de seleção da quarta edição do Programa por parte do EPO e do EUIPO (ano letivo 2023/2024).

O PES é um programa de estágios promovido pelo EPO e pelo EUIPO em parceria com as melhores universidades Europeias, que visa dar a oportunidade a estudantes e recém-graduados, em início de carreira, de trabalhar durante um ano numa destas duas instituições de Propriedade Intelectual de enorme renome e relevância no cenário internacional.  O Programa é dirigido a candidatos das mais variadas áreas do conhecimento como, Ciência e Engenharia, Administração de Empresas, Direito, Relações Internacionais e Comunicação, Economia e Finanças.

O Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI) da Área de Transferência e Tecnologia (ATT) organiza a participação do IST neste Programa, divulgando o mesmo junto da comunidade do IST e coordenando e gerindo as candidaturas dos estudantes e recém-graduados, preparando, depois de recebidas e analisadas as candidaturas, duas shortlists distintas, de acordo com os critérios de admissão do EPO e do EUIPO e de acordo com a preferência dos candidatos, que são posteriormente enviadas a cada um dos institutos.

De uma forma geral, os estágios têm início em setembro de cada ano e as ações realizadas (ou a realizar) seguem a seguinte calendarização:

  • Janeiro – Envio de e-mail aos estudantes sobre o programa e sessão de lançamento e esclarecimento para a Comunidade do IST (NPI/ATT);
  • Janeiro a fevereiro – Receção das candidaturas do IST (NPI/ATT);
  • Fevereiro/março – Envio das shortlists dos candidatos ao EPO e ao EUIPO (NPI/ATT) e comunicação dos resultados aos candidatos;
  • Fevereiro/março – Envio de candidaturas dos alunos notificados pelo NPI/ATT ao EPO e ao EUIPO (Candidatos);
  • Maio/junho/julho – Entrevistas e seleção dos candidatos (pelo EPO e EUIPO);
  • Setembro – Início do estágio

Resultados Alcançados

O PES é promovido e implementado no IST desde 2020 e durante este período tem-se identificado uma grande adesão e entusiasmo por parte dos estudantes e recém-graduados do IST.

Em 2020, o IST recebeu 21 candidaturas e foram selecionados pelo IST os 21 estudantes candidatos, tendo 6 deles sido integrados como estagiários (2 no EUIPO e 4 no EPO).

Em 2021, o IST recebeu 60 candidaturas e foram selecionados 39 estudantes, tendo 9 deles sido integrados como estagiários (2 no EUIPO e 7 no EPO), sendo que 4 dos estagiários do EPO fizeram o “year 2” do programa em 2022, isto quer dizer que foram selecionados internamente por aquele instituto, pela qualidade da sua prestação.

Em 2022, o IST recebeu 53 candidaturas e foram selecionados 17 estudantes, tendo 8 deles sido integrados como estagiários (3 no EUIPO e 5 no EPO).

Em 2023, o IST recebeu 25 candidaturas e foram selecionados 16 estudantes, estando a decorrer o processo de seleção pelo EPO e pelo EUIPO.

Em 2023, o EPO definiu que apenas podiam candidatar-se alunos que prevejam entregar a dissertação/tese antes do início do estágio (setembro do ano para o qual concorreram), justificando a diminuição do número de candidaturas.

Os objetivos delineados para a dinamização desta atividade no IST têm como foco a capacitação dos estudantes e recém-graduados numa área de atividade frequentemente desconhecida dos mesmos, promovendo ao mesmo tempo uma experiência numa entidade de renome internacional (EUIPO ou EPO) e num ambiente profissional multicultural.

Em 2021, no âmbito da comemoração do Dia da Propriedade Intelectual, a 26 de abril, o programa foi dado a conhecer à comunidade do IST e alguns testemunhos de participantes no programa foram disponibilizados através de uma notícia[1].

Estes 4 testemunhos recolhidos confirmam a importância, o potencial e a concretização dos objetivos do programa.

[1] https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/pan-european-seal-programme-uma-oportunidade-de-aprendizagem-permanente-em-torno-da-propriedade-intelectual/

Avaliação e Monitorização

Ao longo das 4 edições em que o IST participa neste programa, foram feitos alguns ajustes à forma de implementação do mesmo, tendo em conta a experiência dos anos anteriores. Os estudantes começam por candidatar-se ao Programa junto do IST com o preenchimento de um formulário, que tem sido alterado, ao longo deste período, no sentido de ir mais ao encontro daqueles que são os critérios de seleção aplicados pelo EPO e pelo EUIPO.

Este ano, pela primeira vez, foi feita uma sessão de esclarecimento em janeiro com o objetivo de esclarecer e incentivar a mais candidaturas por parte dos estudantes. A ideia desta sessão, partiu também da experiência dos anos anteriores, em que se verificaram algumas dúvidas no processo de candidaturas.

A sessão foi dinamizada pelo NPI, tendo sido convidados dois atuais estagiários do EPO. A sessão (realizada por Zoom uma vez que os estagiários se encontram em Munique) teve uma participação ativa da audiência, com perguntas sobre a envolvência, o trabalho no EPO e a vida em Munique.

Numa perspetiva de melhor avaliar a implementação do Programa, até ao momento, e a sua relevância para a comunidade do IST, pretende-se formular um questionário para antigos participantes do programa, para obter mais objetivamente um feedback sobre a sua experiência nestas organizações. Numa edição passada (2020/2021) foi, inclusivamente, realizada uma reunião com os participantes colocados no EPO, com o objetivo de perceber como estavam a correr os estágios e como tinha sido a experiência do processo de seleção, da qual resultou a notícia mencionada no ponto anterior.

Está planeada a criação de um questionário a ser enviado anualmente aos candidatos colocados em futuras edições, para que se possa obter mais feedback sobre a experiência vivenciada e as suas opiniões.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Através da participação neste programa, é dada a oportunidade aos estudantes e recém graduados de trabalharem, durante 1 ano, num contexto multicultural, aprendendo sobre uma área (Propriedade Intelectual) sobre a qual existe um grande desconhecimento, ganhando experiência profissional e aprendizagem “on-the-job”, remunerada, com o acompanhamento de um tutor e aconselhamento profissional. Poderão, a partir desta experiência decidir prosseguir as suas carreiras na área da Propriedade Intelectual, em todas as suas variadas vertentes. De qualquer forma, não sendo este o caminho a percorrer, quer em futuros projetos de investigação em que sejam integrados, quer enquanto estudantes de doutoramento, quer no mundo empresarial, terão adquirido experiência de extrema relevância para o seu futuro profissional, beneficiando qualquer instituição com que estejam a colaborar.

Por outro lado, estes estudantes irão adquirir conhecimentos e metodologias de trabalho que, posteriormente, na possibilidade de ingressarem no mercado de trabalho nacional, poderão ajudar a uma evolução e a uma aproximação daquilo que é o desenvolvimento desta área ao nível internacional, contribuindo para a economia nacional.

A participação neste Programa está também aberta a outras universidades nacionais que pretendam candidatar-se a parceiras, e que cumpram os critérios definidos pelo EPO e pelo EUIPO. A entrada do IST para esta rede pode também ser um testemunho importante para a promoção deste tipo de iniciativas que beneficiam, os estudantes, funcionando como uma porta de entrada no mercado de trabalho, a comunidade universitária, pelo conhecimento adquirido e networking estabelecidos e a sociedade em geral, pelo desenvolvimento desta área no nosso país.

Lab2Market

terça, outubro 12th, 2021

Transferência de Tecnologia● 2021

Área de Transferência de Tecnologia

https://tt.tecnico.ulisboa.pt/innovators/lab2markettecnico/

Implementação da Prática

Implementado em 2015, o Lab2Market@Técnico é um programa de aceleração de inovação no âmbito do qual se atribui 250h de consultadoria e formação, dada por consultores especializados em inovação, com o objetivo de encontrar a melhor forma de valorizar as tecnologias desenvolvidas por professores, investigadores, estudantes de doutoramento e mestrado do IST. As inscrições são feitas através de um formulário onde devem realizar a descrição do projeto, área de tecnologia, links relevantes, nível de TRL e contatos da equipa. Na seleção dos projetos é valorizado: – Habilidade e adequação da equipa*; – Viabilidade e inovação do projeto; – Potencial econômico; – Estado de desenvolvimento de tecnologia e tempo de comercialização. O programa decorre entre Janeiro e Junho, considerando desde a fase de candidaturas até ao Pitch final das equipas. Após a seleção das equipas que irão participar no programa, é realizado um workshop de team building na problemática de abordagem ao mercado, assim como uma primeira reunião individual com cada equipa e o orientador que a irá acompanhar durante todo o programa, no sentido de serem analisadas quais as necessidades de cada equipa e aquilo em que se deverão focar nas 9 semanas em que o programa decorre. Nas primeiras 4 semanas as equipas trabalham na identificação do mercado adequado ao seu projecto e qual a sua vantagem competitiva. As últimas 5 semanas são dedicadas à procura e contacto com potenciais clientes. O Lab2Market tem permitido às equipas identificar o estado da sua tecnologia em relação às necessidades do mercado, bem como desenvolver uma estratégia de Go-To-Market ou entender estratégias B2B/ B2C, bem como a simples hipótese de considerar tirar a ideia do laboratório. Esta prática tem conseguido igualmente apoiar as equipas que pretendam candidatar-se a fundos europeus, melhorando a proposta da sua candidatura.

Resultados Alcançados

O Lab2Market@Técnico conta já com 5 edições, e podemos considerar que existem vários indicadores que fazem do programa um caso de sucesso, entre os quais destacamos:

– O aumento de inscrições (de 21 para 51) nas sessões de apresentação do programa, o que nos indica que o crescente interesse da comunidade IST neste tipo de iniciativas; Esta sessão teve em 2020 e em 2021 uma transmissão live no Facebook, onde obtivemos mais de 1000 visualizações;

– O aumento do número de candidaturas ao programa, tendo na edição de 2021 tido um aumento de cerca de 50% face à edição de 2020 (a evolução do período do programa foi de 5 para 15);

– O aumento da diversidade dos Centros de I&D, nomeadamente a candidatura ao programa de investigadores dos vários centros de investigação existentes no IST;

– Aumento do número de candidaturas de projetos com pedidos de patente em curso, o que consideramos que possa resultar de um passa palavra de participantes em edições anteriores, bem como da comunicação realizada.

Considerando os indicadores acima mencionados como métricas de sucesso, gostaríamos de destacar mais um e que esperamos que no futuro possa ser o mobilizador de crescimento. O sucesso, na óptica de transferência para o mercado, dos projetos de algumas das equipas que participaram no programa. Destes projetos salientamos o projeto Voxel da Prof. Marta Fajardo, que participou no programa em 2015, e posteriormente candidatou-se ao programa Horizonte 2020 e tendo obtido um financiamento de € 3,99 milhões. Outro caso de sucesso foi a FabInventors, projeto do Nuno Frutuoso estudante de Doutoramento, que, entretanto, já se tornou uma spin-off do Técnico e que recentemente conquistou o 3.º lugar no “BoostUP”, uma competição europeia organizada pelo EIT Manufacturing. Ao longo das 5 edições que o programa tem, têm sido implementadas algumas ações de melhoria no sentido de proporcionar às equipas uma melhor experiência e de forma a que consigam tirar o maior proveito da sua participação. Em 2018 restringiu-se as candidaturas a projetos nas áreas de Blockchain, Machine Learning e Smart Cities, no entanto verificou-se que limitar as candidaturas a áreas específicas poderia impedir que outros projetos de elevada relevância se pudessem candidatar. Assim, em 2019 qualquer equipa com um projeto de investigação ou ideia inovadora no universo IST poderia candidatar-se, o que se revelou um aumento de mais de 50% no número de candidaturas. Na edição de 2020, no sentido de ajudar as equipas a melhor perceber quais as suas necessidades e quais os objetivos pretendidos com a participação no programa, bem como ajudar os orientadores, que acompanham as equipas ao longo das semanas de trabalho, a focar nas necessidades mais importantes durante o processo de orientação, foi realizado com as equipas e orientadores um workshop Business Model Canvas. A realização do workshop foi um sucesso tendo obtido um feedback bastante positivo tanto da parte das equipas como dos respetivos orientadores.

Avaliação e Monitorização

De forma a avaliarmos junto dos participantes do programa se o mesmo correspondeu às suas expectativas, bem como identificar melhorias a serem implementadas em futuras edições, foi realizado em 2020 um inquérito aos participantes da respectiva edição. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios sendo que mais de 60% dos inquiridos indicou que o programa tinha ido de encontro às suas expectativas; mais de 70% indicou voltaria a participar no programa e mais de 80% dos inquiridos indicou que recomendaria a participação no programa a outras pessoas do seu departamento.

Após análise do feedback dado pelas equipas verificou-se que, alguns dos participantes sentiam que ficava em falta uma maior aproximação ao mercado e contato com possíveis clientes/ investidores. Apesar de na 2ª fase do programa, o objectivo ser a realização destes contatos e a procura e identificação de possíveis clientes, é também ela uma fase mais morosa que requer aguardar por um feedback ao contato estabelecido.

Nesse sentido, e após análise da possibilidade de aumentar a duração do programa, junto dos orientadores, bem como a análise ao calendário escolar de forma a considerar a implicação que tal teria junto das equipas, foi aprovado que a edição do Lab2Market 2021 teria a duração de 9 semanas, sendo a nova semana acrescida na 2ª fase do programa que assim terá a duração de 5 semanas ao invés das 4 semanas realizadas em edições anteriores.

Uma outra melhoria a ser implementada em 2021 será um acompanhamento mais próximo das equipas que participam e da continuidade dos seus projetos. Os resultados desta melhoria serão mensurados numa próxima edição.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Apesar de identificarmos presentemente outros programas similares como o programa ScienceIN2Business® realizado pela TecLabs da Faculdade de Ciências da ULisboa, ou o Programa Collider realizado com universidades da Catalunha, consideramos o Lab2Market um programa inovador no IST, bem como a nível das universidades nacionais por ter sido um dos pioneiros neste formato de atuação na altura em que foi lançado

O Lab2Market é uma iniciativa única no universo Técnico e conforme já mencionado anteriormente a realização deste programa tem permitido às equipas que participam terem uma maior percepção do mercado em que a sua tecnologia poderá ser aplicada, bem como validar se a mesma se adequa às necessidades existentes no mercado. Poderemos até dizer que para muitas equipas é a primeira abordagem ou contato que a sua tecnologia tem fora do laboratório. Consideramos que esta prática pode (e deve) ser replicada e realizada por outras universidades nacionais e internacionais, principalmente as que estejam ligadas à área da engenharia, no sentido de dar mentoria e alavancar a transferência de tecnologia dos vários projetos de investigação existentes nos laboratórios e com grande potencialidade de saírem do Laboratório.

Alumni Talks

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

NAPE – Núcleo de Apoio ao Estudante; TT – Área de Transferência de Tecnologia

Implementação da Boa Prática

As Alumni Talks são uma iniciativa que surgiu em 2014 com o intuito de dar resposta à necessidade dos alunos finalistas contactarem com profissionais das mais diversas áreas e empresas, com os quais possam aprender e trocar experiências relativamente aos seus percursos profissionais e académicos, bem como a sua entrada no mercado de trabalho, esclarecendo as questões subjacentes que surgem nessa fase.

Assim, aliando a necessidade de um momento de partilha e a informalidade preferida pelos alunos, surgiu a ideia de criar um pequeno-almoço como molde para este evento. Numa Alumni Talk os alunos são distribuídos pelas diferentes mesas, cada uma com um ou dois alumni convidados, para que durante cerca de 1h30 e num ambiente casual e intimista, possam partilhar diversas experiências. Os alumni não só conseguem dar resposta às

questões dos alunos, como também ajudá-los a melhor traçar o rumo que pretendem dar ao seu início de carreira.

Decorrido o período em que alunos e alumni estão sentados a disfrutar do seu pequeno almoço, segue-se um momento de networking. Todos os alunos têm a oportunidade de interagir com qualquer alumni, inclusivamente aqueles que não estavam sentados na sua mesa, podendo estabelecer os contactos profissionais que os alunos tanto valorizam.

Até ao momento foram já realizadas15 edições, subordinadas a diversos temas de interesse identificado pela comunidade, com periodicidade tipicamente semestral e com uma edição extra, comemorativa do Dia da Mulher, em que o evento é exclusivamente destinado ao sexo feminino.

Esta é uma ação colaborativa entre o Núcleo de Apoio ao Estudante e a Área de Transferência e Tecnologia, sendo assim possível a ligação aos alunos e aos alumni. O evento exige alguma logística com responsabilidades partilhadas do ponto de vista da gestão dos convites e inscrições, através da avaliação da motivação descrita num breve texto no momento da inscrição. É também necessário realizar a distribuição prévia alunos/Alumni por mesas e antecipar toda a produção de material gráfico necessário à divulgação do mesmo junto da comunidade académica. No evento são exigidos alguns recursos no que diz respeito ao número de pessoas alocadas para apoiar o mesmo, bem como a contratação de uma empresa de catering para realizar o serviço, com recurso a patrocínio.

Resultados Alcançados

Existem vários indicadores que comprovam os excelentes resultados alcançados com esta prática, de entre os quais se destacam: – o crescimento do interesse por parte dos alunos, resultante do sucesso das edições anteriores e do passa-a-palavra da qualidade do evento (que originou mais inscrições do que vagas disponíveis); – a inscrição repetida dos mesmos alunos que já tendo participado demostraram interesse em conhecer novos Alumni; – o crescente interesse também por parte dos alumni em participar, naquele que sabiam ser um evento marcante na vida e no percurso dos alunos finalistas do Técnico;  – e ainda o feedback obtido por parte destes alunos, no sentido de terem aproveitado a oportunidade e o contacto com os alumni para impulsionarem a sua entrada no mercado de trabalho, tendo até mesmo em alguns casos resultado em propostas de emprego.

Desde a 1.ª Edição até à última, o número de alunos interessados ultrapassou os 750, tendo este um evento com uma taxa de comparência elevada, em média superior a 70%. Contámos também com a presença de mais de 60 ilustres Alumni, sendo que todos eles demonstraram a sua vontade em voltar a participar.

Avaliação e Monitorização

Desde o início que houve a preocupação em perceber o impacto, interesse e utilidade deste evento para a comunidade, pelo que sempre foram implementados formulários de feedback e satisfação, enviados a todos os participantes, com o objetivo de, estatisticamente, avaliar a sua relevância. Estes dados quantitativos e qualitativos são sempre analisados após cada evento e antes do planeamento do seguinte, nomeadamente as questões de resposta aberta onde se pede aos alunos que dêem sugestões de melhoria e/ou de eventuais alumni com quem gostariam de ter a oportunidade de conversar numa próxima edição.

Neste inquéritos de satisfação, é inquirida a opinião dos alunos relativamente a alguns fatores tais como: a duração do evento, a qualidade do pequeno-almoço, se recomendariam o evento a colegas, se este contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal, se gostariam de ter escolhido a mesa onde se sentariam, isto é, o alumni com quem teriam oportunidade de tomar o pequeno almoço e ainda se têm sugestões a implementar em edições futuras. Em média, todos os eventos, sem exceção tiveram um índice de satisfação geral muito positivo.

No que respeita aos alumni, e ainda que a recolha de feedback seja realizada com um carácter mais informal, o feedback é extremamente positivo, não só pela possibilidade de regresso ao Técnico (e ao Salão Nobre, que tantas gerações marcou), como pela possibilidade de partilhar as suas experiências com os atuais alunos e ainda contribuir para a transição Técnico – mercado de trabalho dos nossos estudantes. Estes eventos têm possibilitado a alguns dos nossos estudantes visitas a algumas empresas onde os nossos alumni trabalham, oportunidades de estágios de verão ou mesmo ofertas de emprego, e ainda desmistificar tabus sobre o mercado de trabalho.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta iniciativa, pioneira no contexto universitário e nas áreas do Técnico, foi lançada pela primeira vez em 2014, numa ótica de não só promoção da empregabilidade e tomada de decisão informada, bem como do convite ao regresso à escola dos nossos Alumni para partilha das suas experiências. A boa experiência, originou a criação de um conjunto de outros projetos lançados pelos núcleos de estudantes do IST, com o objetivo de promover a partilha de experiências entre Alumni e Alunos do IST.

As Alumni Talks são também facilmente transferíveis para outras faculdades/universidades, na área STEM ou outras, especialmente as que estejam interessadas em fomentar os princípios inerentes à criação deste evento. Eventualmente, poderá adequar-se a cadência com que as mesmas ocorram, atendendo à dimensão da população estudantil e comunidade alumni.

 

MEGM Mentoring

terça, julho 26th, 2016

Educação Superior ● 2016

Teresa Carvalho (docente DECivil)

Implementação da Boa Prática

O programa “MEGM Mentoring” é um programa de desenvolvimento pessoal para alunos do MEGM que tem como objectivo permitir aos alunos debater com um profissional do sector da indústria extractiva questões relacionadas com o seu percurso académico e esclarecer dúvidas relacionadas com o meio empresarial.

O programa funciona de forma voluntária sendo a sua coordenação realizada pela coordenação do MEGM. O Gabinete de Apoio ao Tutorado do IST (GATU) colabora neste programa através de acções de formação e apoio aos mentores e acompanhamento do programa.

Os mentores são licenciados pré-Bolonha ou mestres pós-Bolonha do IST, preferencialmente jovens seniores, com actividade no sector da indústria extractiva. A cada mentor é atribuído um único mentorando.

O programa decorre preferencialmente a partir do início do 1º ano do MEGM até à graduação do aluno. O programa funcionou pela primeira vez no ano 2014/2015.

Acções

Outubro: convite aos alunos para adesão ao programa

Novembro: convite de profissionais para serem mentores

Dezembro: atribuição dos mentores aos mentorandos; realização de acção de formação em coaching dos mentores pelo GATU

A partir de Janeiro : desenvolvimento dos contactos (presenciais, telefónicos, por email, etc) entre mentores e mentorandos

Julho: reunião da Coordenação do MEGM, responsável GATU, mentores e mentorandos para avaliação do funcionamento do programa.

Sempre que necessário: apoio, sob a forma de reunião ou outra forma, por parte da coordenação e do GATU aos mentores

Está previsto que o programa tenha continuidade nos próximos anos, a exemplo do programa do tutorado.

Recursos

Humanos: Coordenação do curso, e um elemento do GATU com experiência de formação em coaching.

Materiais: Sala, com meios de projecção, para reuniões e realização das formações; material didáctico.

Custo

Para além do associado aos recursos humanos e materiais listados acima, pagamento de almoço aos mentores e restantes participantes nas formações e reuniões.

Resultados Alcançados

Considera-se que o programa “MEGM Mentoring” tem como objectivos:

  1. a empregabilidade de 100% dos mestres do MEGM e a empregabilidade nas empresas com maior notoriedade. Assume-se que estes objectivos se atingem com alunos tecnicamente bem preparados mas também através das competências adquiridas através da participação no programa.
  2. a participação e contribuição dos alumni para a vida académica do IST;
  3. a cooperação com as empresas em que os alumni estão inseridos.

A adesão ao programa, expressa como percentagem de alunos que aderiram ao programa relativamente ao número de alunos “normais” inscritos pela 1ª vez no MEGM no ano, foi de 69% em 2014/2015 e de 83% em 2015/2016. Ressalve-se que a maioria dos alunos inscritos no programa nos dois anos lectivos frequentava o 2º ano do MEGM e não o 1º, como era previsto e desejável. Observou-se que este facto se deve, por um lado, a problemas de comunicação, já que em Outubro, quando é feito convite aos alunos, há alunos (sobretudo alunos que ingressam no MEGM através da LEGM) que ainda não estão inscritos no MEGM e, por outro, porque neste 1º ano do curso, os alunos ainda não estão muito “preocupados” com a empregabilidade.

Por outro lado, 60% dos mentores no ano de 2015/2016 repetem a experiência demonstrando que a actividade foi gratificante para eles. Os restantes mentores de 2014/2015 que não aceitaram ser mentores em 2015/2016 escusaram-se com razões profissionais e pessoais, nenhum invocou insatisfação com a experiência para não a repetir.

Avaliação e Monitorização

A monitorização da prática é realizada através de contactos ao longo do ano da coordenação com mentores e mentorandos e reuniões da coordenação, GATU e mentores.

A avaliação é realizada através de 2 inquéritos de satisfação diferentes realizados em dois momentos, quando o aluno conclui o curso e 2 anos passados sobre a conclusão do curso.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A prática, no IST e no ensino superior em geral, é inovadora dado o seu carácter estruturado, incluir a formação em coaching de elementos exteriores à escola e por ser disponibilizada a todos os alunos do curso.

Esta prática pode ser replicada em todos os cursos do IST. O desafio no caso de grandes cursos é a possibilidade de adesão de profissionais (mentores) em número suficiente para os alunos interessados. No entanto, o universo de possíveis mentores é, nestes casos, muito maior. Contudo, o trabalho adicional para a Coordenação pode ser muito pesado, havendo que considerar uma estrutura dedicada.