Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

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Working@Tecnico: Avaliação dos Riscos Psicossociais no Instituto Superior Técnico

terça, outubro 12th, 2021

Capital Humano● 2021

Comissão de Avaliação dos Riscos Psicossociais

 https://drh.tecnico.ulisboa.pt/workingtecnico/

Implementação da Prática

O projeto working@tecnico surgiu da necessidade de avaliação e intervenção ao nível dos Riscos Psicossociais (RPS), identificada pelos Representantes dos Trabalhadores para a Segurança e Saúde no Trabalho. Para dar resposta a esta missão, foi constituída a Comissão de Avaliação dos Riscos Psicossociais (CARP[1]), uma equipa multidisciplinar nomeada pelo Conselho de Gestão (CG). Desta comissão, destacou-se uma equipa técnica (CARP-T[2]), que reúne todos os Psicólogos do Técnico inscritos na Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) provenientes de três serviços – NDA, NAPE e DRH. Neste âmbito, foi estabelecido um Protocolo de Cooperação entre o Técnico e a OPP, que possibilitou a formação e utilização do questionário Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ-II), necessário à avaliação de RPS.

Este projeto tem como objetivo a avaliação dos RPS no Técnico, e envolve: a) conhecer a realidade e necessidades da Escola; b) propor medidas concretas de intervenção; c) melhorar o desempenho dos trabalhadores e das equipas; d) promover a saúde física e psicológica dos trabalhadores.

Em 2019, a CARP-T recolheu e analisou dados, planeou e implementou uma campanha de sensibilização para os RPS, realizou uma sessão de esclarecimento sobre o projeto (realizada a 25 de outubro com a presença do CG e convidados com experiência na avaliação de RPS) e implementou a aplicação do COPSOQ-II (de 04 a 22 de novembro). A aplicação do questionário aos 738 trabalhadores técnicos e administrativos dos três campi do Técnico decorreu dentro do previsto, tendo os resultados sido disponibilizados em dezembro à coordenadora do projeto. A CARP-T iniciou, em janeiro de 2020, a análise dos dados e a produção de um extenso relatório técnico, onde se analisam e apresentam os resultados, e se mapeiam medidas de prevenção primária e secundária a aplicar para prevenir ou mitigar o impacto dos RPS no Técnico. As medidas remediativas ou de prevenção terciária, nomeadamente nos grupos com resultados mais preocupantes, são (proposta da CARP ao Conselho de Gestão) para ser executadas por uma equipa externa ao Técnico. Algumas das medidas propostas foram já implementadas e outras estão em fase de implementação.

Resultados Alcançados

As boas práticas de avaliação de RPS apontam para a necessidade de alcançar 60% dos trabalhadores para se obter uma visão representativa das necessidades da organização. No caso da avaliação implementada no Técnico, responderam 499 trabalhadores, de 20 serviços/agrupamentos de serviços, correspondendo a uma favorável taxa de resposta de 68%. Este resultado traduz o esforço realizado ao nível da divulgação (para a qual se contou com o apoio do Núcleo de Design e Multimédia) e denota a adesão e pertinência desta iniciativa, já antecipada pela forte participação na sessão de esclarecimento realizada em outubro de 2019. As alterações de agenda provocadas pela necessidade de gestão do impacto da pandemia vieram atrasar a entrega e discussão de resultados, tendo a reunião com o CG sido realizada apenas em julho de 2020, alguns meses após a data prevista na planificação inicial. O CG demonstrou preocupação e compromisso em relação às recomendações realizadas pela equipa Técnica, aguardando-se a aprovação das medidas a implementar. Os resultados foram comunicados aos trabalhadores pelo CG através do envio, em outubro de 2020, de um e-mail contendo informação sobre a avaliação realizada. Foi reforçada a importância de complementar essa ação, realizando uma devolução de resultados adequada e clara, garantindo a compreensão por parte dos colaboradores de quais são os pontos fortes identificados, mas também os RPS aos quais podem estar expostos. Enquanto tal não acontece, a CARP-T disponibiliza, na secção “Bem-estar Working@tecnico” da página da Direção de Recursos Humanos,         um enquadramento do projeto (https://drh.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/45/sumario_executivo_carp.pdf), uma síntese dos principais resultados obtidos, um conjunto de recursos de apoio para os trabalhadores e o Guia de Boas Práticas  para o Teletrabalho (https://tecnico.ulisboa.pt/files/2020/07/guia-de-boas-pra-ticas-para-o-teletrabalho.pdf).         A elaboração deste Guia surgiu da necessidade de contribuir para a promoção do bem-estar e saúde laboral, face aos constrangimentos e à reorganização do trabalho causada pela pandemia, a partir de Março de 2020.

Avaliação e Monitorização

Para corresponder às necessidades de avaliação e monitorização dos RPS, a CARP-T decidiu seguir as diretrizes estabelecidas pela OPP no que respeita ao instrumento e procedimentos a adotar. A possibilidade de capacitar os membros da CARP-T através de formação oferecida pela OPP, foi também uma mais valia para garantir que os processos de trabalho são informados pelos mais recentes estudos científicos neste domínio.

O COPSOQ II (versão média disponibilizada pela OPP) permitiu avaliar os RPS, através de 87 perguntas, 7 dimensões, 28 subescalas), tal como se pode ver na tabela seguinte:

Domínio Variáveis
D.1. Exigências Laborais V.1. Exigências quantitativas
V.2. Ritmo de trabalho
V.3. Exigências cognitivas
V.4. Exigências emocionais
D.2. Interface indivíduo/trabalho V.21. Satisfação no trabalho
V.22. Insegurança laboral
V.24. Conflito trabalho/família
D.3. Organização do trabalho e Conteúdo V.5. Influência no trabalho
V.6. Possibilidade de desenvolvimento
V.19. Significado no trabalho
V.20. Compromisso face ao local de trabalho
D.4. Personalidade V.18. Auto-eficácia
D.5. Relações Sociais e Liderança V.7. Previsibilidade
V.8.Transparência do papel laboral desempenhado
V.9. Recompensas
V.10. Conflitos laborais
V.11. Apoio social de colegas
V.12. Apoio social de superiores
V.14. Qualidade da liderança
  V.23. Saúde Geral

 

D.6.Saúde e bem-estar V.25. Problemas em dormir
V.26. Burnout
V.27. Stress
V.28. Sintomas depressivos
V.29. Comportamentos ofensivos
D.7. Valores no local de trabalho V.13. Comunidade social no trabalho
V.15. Confiança horizontal
V.16. Confiança vertical
V. 17. Justiça e respeito

 

A CARP-T considera que os resultados obtidos nesta avaliação são de extrema importância para se implementar um plano de prevenção primária. No entanto, existe uma limitação decorrente dos membros da equipa serem simultaneamente parte integrante da organização, o que traz responsabilidade acrescida para garantir a confidencialidade destes dados sensíveis. Por esse motivo, não foram analisados dados específicos dos serviços/conjuntos de serviços, mas apenas os resultados globais do Técnico. Assim, a CARP-T considera que esta avaliação está incompleta sem a análise dos resultados de cada grupo respondente, sendo necessário envolver uma equipa externa especializada para tratar adequadamente estes dados e apurar a avaliação, nomeadamente através da utilização de técnicas como entrevistas ou focus-group. Sendo as organizações sistemas dinâmicos, sujeitos a alterações internas e externas, a avaliação de RPS não pode ser vista como uma ação pontual: é um processo que deve ter continuidade no tempo, que deve ser periódico e estruturado. Uma vez que a última avaliação foi realizada antes da pandemia, seria importante fazer uma nova avaliação que permita observar melhorias na gestão do risco (após implementadas medidas), identificar riscos novos e descobrir que outros não conseguiram ser alvo de intervenção . Assim, é fundamental que não se olhe para a avaliação de RPS como um processo concluído, mas sim como um processo evolutivo.

O trabalho desenvolvido pela CARP-T no Técnico foi distinguido pela OPP com o prémio Boas Práticas em 2020 (https://www.youtube.com/watch?v=GjcYpFmq1lU).

Carácter Inovador e Transferibilidade

O projeto working@tecnico, impulsionado pelos trabalhadores, enquadrado numa comissão multidisciplinar, conduzido por uma equipa técnica especializada e formada para o efeito, e

apoiado por uma Gestão preocupada com o bem-estar e saúde ocupacional dos seus trabalhadores, é sem dúvida inovador e incomum no panorama do Ensino Superior em Portugal, em especial numa Escola com a dimensão do Técnico.

Uma replicação desta avaliação é não só desejável como essencial. Nesse sentido, a CARP-T destacou a importância de se proceder a uma intervenção continuada e integrada, fomentando o carácter de transferibilidade desta ação, precisamente para responder às características dinâmicas das organizações atuais e para conduzir eventuais estudos de impacto.

A CARP-T recomendou ainda a diversificação dos formatos de avaliação (entrevistas, focus group, etc.) e de intervenção na área dos RPS, implementando-os de forma integrada para rentabilizar os investimentos feitos, e potenciar os efeitos organizacionais alcançados. Um exemplo de rentabilização seria: 1) começar por intervir preventivamente na Escola nas dimensões que poderão ser melhoradas apenas com mais informação dirigida à comunidade Técnico (saúde em geral, higiene do sono, gestão do stress, prevenção do burnout, elaboração de um código de conduta geral que permita estabelecer boas práticas de relacionamento interpessoal); 2) selecionar, com base nos resultados, serviços considerados prioritários para intervir de forma remediativa (ex.: dando prioridade à contratação de   recursos para essas áreas e/ou intervindo no desenho dos espaços de trabalho, e/ou criando formações para as equipas e/ou chefias, desenhadas à medida para contrariar os RPS identificados), e finalmente;

3) desenvolver intervenções mais globais na Escola, interserviços, entre grupos diferentes da comunidade Técnico, e com continuidade, assumindo a liderança da DRH nesse processo, porventura com a inclusão de um/a psicólogo/a do trabalho e das organizações. Também a criação de um sistema de apoio aos trabalhadores para a gestão dos comportamentos ofensivos no local de trabalho, uma imposição legal, foi vista como uma prioridade pela Gestão.

A replicação deste trabalho no âmbito das carreiras docente e de investigação também traria benefícios relevantes para a Escola, sendo, desta forma, possível alargar o plano de prevenção primária a todos os funcionários do Técnico, docentes, investigadores e trabalhadores técnicos e administrativos.

A médio prazo, seria interessante submeter uma candidatura do Técnico ao Prémio Healthy Workplaces – Locais de Trabalho Saudáveis (OPP), cujo objetivo é reconhecer e distinguir organizações que tenham demonstrado um forte empenho na prevenção dos riscos psicossociais e na promoção da saúde ocupacional, através de contributos inovadores para a segurança, o bem-estar e a saúde (física e psicológica) no local de trabalho.

[1] Lídia Silva e Isabel Gonçalves (Coordenação) e ainda Joana Pinto dos Santos, José Manuel Riscado, Marta Pile, Miguel Coimbra, Pedro Lima Duarte, Pedro Meireles, Rui Relvas, Ana Bordalo, Diana Ferreira

[2] Ana Marques, António Sol, Carolina Ferreira, Gonçalo Moura, Isabel Gonçalves e Rita Wahl

Social C2TN

segunda, setembro 28th, 2020

Capital Humano 2020

Dulce Belo (Investigadora DECN)

Implementação da Boa Prática

Os encontros “Social C2TN” são uma atividade de “in-reach” criada e promovida pelo Grupo de Outreach (GO) do C2TN. O principal objetivo desta iniciativa é promover o enriquecimento das relações humanas entre os membros do C2TN, através de convívios informais, de aproximadamente 1h, e nos quais se fomenta:

  1. a) uma maior coesão entre os vários membros da instituição;
  2. b) uma melhor integração de novos membros;
  3. c) a divulgação do trabalho realizado pelos membros do C2TN ou realização de atividades relevantes que possibilitem a partilha de conhecimento.

Este aspeto torna-se particularmente relevante numa unidade de investigação multidisciplinar como o C2TN que inclui áreas de investigação complementares, mas diversas, e onde há uma separação física entre os grupos de investigação (resultado da dispersão dos vários laboratórios e instalações pelo campus do CTN).

Todos os encontros são temáticos, podendo ser usados para levar a cabo tanto propósitos solidários como de carácter ambiental. Os encontros realizados em 2019 e 2020 foram os seguintes:

– Social Friday de Reis (janeiro 2019): saudar o novo ano e o regresso ao trabalho;

– Social Friday de Química (fevereiro 2019): Apresentação da tradução do Livro “NOMENCLATURA DE QUÍMICA INORGÂNICA”;

– When Social Friday Becomes Supportive Monday (março 2019): Venda solidária de bolos com o objectivo de contribuir para a organização do Jantar Comunitário Serve the City;

– Warm Up for Holidays (julho 2019): Organização de um Science (Pi)ctionary onde os desafios, em forma de desenho, se relacionavam com as temáticas científicas do C2TN;

– Social Thursday de Reis (janeiro 2020): Organização do jogo “ Sopa dos Elementos”, tendo por base a Tabela de Cromos Magnéticos. Os desafios de construir palavras, relacionadas com as temáticas científicas do C2TN, foi alcançado usando os símbolos dos elementos químicos;

– Social Thursday de Páscoa (abril 2020): Evento realizado, via Zoom, em contexto de teletrabalho devido à COVID-19.

Resultados Alcançados

Com a iniciativa “Social C2TN” o GO espera contribuir para o estreitamento das relações entre membros do C2TN. Neste contexto, de forma a aferir o sucesso desta ação e ainda auscultar as expectativas e opiniões dos participantes, foi-lhes solicitado que respondessem a um breve questionário. No total foram concluídos 42 questionários, número este que está em consonância com a média de participantes por evento. Esta amostra é composta por investigadores, estudantes de Doutoramento, técnicos e colaboradores, correspondendo a ~33% dos membros integrados do C2TN.

De acordo com os resultados obtidos, a avaliação do “ Social C2TN” é muito positiva, sendo que os participantes em pelo menos um dos eventos, manifestaram a intenção de voltar a participar em futuras ações. Como satisfação global, a iniciativa atingiu uma classificação média de 4.4, numa escala de 1 a 5.

Como exemplos concretos de promoção de informação relevante para o estabelecimento de parcerias sinérgicas ou, simplesmente, o merecido reconhecimento de trabalho relevante dos investigadores do C2TN, salientamos:

– A apresentação em fevereiro de 2019 da tradução do Livro “ NOMENCLATURA DE QUÍMICA INORGÂNICA” com a presença dos responsáveis pela tradução Maria Helena Garcia e Joaquim Marçalo, este último investigador do C2TN;

– A realização da atividade “ Sopa dos Elementos” para promoção da Tabela de Cromos Magnéticos criada no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Tabela Periódica (2019). Esta versão da Tabela Periódica tem suscitado o interesse de várias entidades por ser uma das únicas versões disponíveis da tabela periódica totalmente em português. A Tabela de Cromos Magnéticos foi uma iniciativa do GO e foi idealizada por um dos investigadores do C2TN, também ele membro do Grupo de Outreach.

– Porque a obrigatoriedade de distanciamento social não significa estarmos longe, o GO com o intuito de quebrar a rotina e de reunir os membros do C2TN promoveu, via Zoom, uma “ Social Thursday” durante o período de confinamento. Auxiliando-se da plataforma Kahoot, foi possível realizar um QUIZZ temático intitulado “Achas que conheces o C2TN?”, que funcionou como elemento aglutinador. Esta iniciativa permitiu estender a participação a outros membros do agregado familiar dos Investigadores, nomeadamente aos mais novos, o que acrescentou um elemento extra de boa disposição e partilha.

Adicionalmente, o evento “ When social Friday becomes caring Monday” contribuiu com 95€ para o Jantar Comunitário de 8 de Maio de 2019, promovido pela instituição ‘Serve the City’ e anualmente comparticipado pelos funcionários do Técnico, evidenciando o lado solidário que este tipo de iniciativas também podem associar.

Avaliação e Monitorização

O sucesso da iniciativa “ Social C2TN” foi avaliada através da análise dos resultados de um questionário construído especificamente para o efeito. Desta forma foi possível aferir o grau de satisfação dos participantes, identificar qual ou quais os formatos preferenciais e recolher sugestões para futuros eventos. Os resultados revelam um elevando grau de satisfação por parte dos participantes, dado que, quando questionados nesse sentido, afirmam pretender continuar a participar nestas iniciativas. De forma quantitativa, avaliam de forma global as atividades desenvolvidas com uma pontuação média de 4.4 (numa escala de 1 a 5). Futuramente este tipo de questionário será realizado com uma periodicidade semestral, de forma a recolher um feedback atualizado e ajustar as temáticas das atividades realizadas de acordo com os interesses dos participantes. Este questionário validou a perceção, ainda que subjetiva, recolhida pelo GO ao longo do tempo de quais os encontros melhor conseguidos ao gerarem maior participação, entusiasmo e comentários por parte dos membros do C2TN.

De forma a melhorar a iniciativa esta foi, recentemente, alargada a todos os que partilham o Campus Tecnológico e Nuclear (CTN) com os membros do C2TN, incluindo por exemplo pessoal administrativo e membros de outras unidades de investigação. Desta forma, o “ Social C2TN” contribuirá não só para promover a interação entre os membros do C2TN, mas também a interação com membros de outras unidades de investigação no CTN, permitindo que para além da partilha do espaço físico haja também uma partilha interpessoal.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Na perceção do GO do C2TN, esta é uma iniciativa única no universo Técnico. Apesar de haver reuniões periódicas a nível dos vários departamentos/unidades de investigação, estas têm um carácter mais profissional focado essencialmente na discussão/partilha científica. Há ainda algumas iniciativas pontualmente focadas no aspeto social mas sem o carácter regular dos encontros promovidos no “Social C2TN“. A iniciativa aqui apresentada pretende constituir um conjunto de eventos focados primeiramente no enriquecimento do capital humano prevendo, apenas em segundo plano, servir de partilha de conhecimento científico.

Por serem encontros de curta duração, é fácil aos participantes disponibilizarem uma hora do seu tempo. Quantos aos recursos investidos estes são baixos tendo em conta o potencial retorno.

Esta iniciativa pode ser facilmente implementada em todo o universo Técnico, quer seja ao nível das unidades de investigação ou dos seus departamentos. No caso de unidades/departamentos dispersos por diferentes campi do Técnico ou em edifícios diferentes no mesmo campus, este tipo de iniciativa é especialmente pertinente na medida que promove o convívio entre os vários membros da equipa, proporcionando adicionalmente a partilha dos respetivos trabalhos científicos. O “ Social C2TN” pode assim funcionar não só como um veículo de melhores relações interpessoais mas também de mais colaborações profissionais.

GENEE – Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa

segunda, setembro 28th, 2020

Capital Humano 2020

NAPE-TP-Núcleo de Apoio ao Estudante Tagus Park

Implementação da Boa Prática

O Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa – GENEE foi criado e implementado pela responsável pelo Núcleo de Apoio ao Estudante do Taguspark) em 2017/18. O GENEE tem como objetivos principais a promoção e desenvolvimento de apoio aos Estudantes Necessidades Educativas Especiais (ENEE). Este grupo tem como missão contribuir para um Técnico universal de todos e para todos e é regido pelos valores: igualdade de direitos e oportunidades. O GENEE tem como objetivos principais: 1) regulamentação, 2) acessibilidade física e tecnológica, 3) integração e acolhimento, 4) projetos de investigação, e 5) empregabilidade. O grupo reúne-se mensalmente, de forma alternada entre os campi Alameda e Taguspark, com realização de atas e partilha documentos numa drive – ver https://drive.google.com/drive/folders/1LHXSmGHddzLUSlbef13g0gtfYonqatOV?usp=sharing

Até à data realizaram-se as seguintes ações que suportam os objetivos gerais do GENEE:

Orçamento participativo – 2017 (Aquisição de Portas elétricas para o campus do Taguspark).

Inquérito Técnico Inclusivo – Identificação do conhecimento, das práticas e das necessidades dos docentes do Técnico Lisboa em relação às Necessidades Educativas Especiais no Ensino Superior – 2018 (ver anexo 1)

OpenEya/Fotos aulas – Implementação do programa para captação fotográfica e de vídeo para estudantes NEE, no anfiteatro A5 do campus Taguspark – 2018

Uniformização de procedimentos – entre os serviços dos campi Alameda e Taguspark, tais como: questionário para estudantes NEE (bilingue PT/EN), lançamento dos apoios dos ENEE no Fénix, tabela conjunta dos ENEE existentes no IST, abertura de processos e documentos solicitados, estatuto de doença crónica e/ou permanente ser atribuído uma única vez, lançamento dos apoios já existentes antes do inicio do semestre – 2019

Poster e Panfletos informativos bilingues (Mobilidade/Inclusão/Apoios) – 2019 (ver anexo 2)

Alteração do Regulamento para ENEE (DR nº 170/2019) – 2019 (ver anexo 3)

Acordo com o Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI – Almada) – para formação de assistentes pessoais para apoio a estudantes do IST (em particular Taguspark) – 2019 Acordo com Câmara Municipal de Oeiras – para transporte adaptado do campus do Taguspark para centros de reabilitação – 2020

Os recursos usados são a título de exemplo: salas de reunião, shuttle, drive e o software OpenEya. Recursos Humanos (por ordem de chegada ao Grupo): Carla Boura – NAPE-TP, Hugo Nicolau – DEI, Ana Moura Santos – CP, Carolina Ferreira – NAPE-AL, Cristina David – AG, Lídia Silva – AG, Rita Whal – NDA, Isabel Gonçalves – NDA, Henrique Vinagre – LEIC-TP, Patrícia Simões – NDA, Ana Marques – NAPE, Alano Silva – Mestrado Aeroespacial.

Resultados Alcançados

Desde o início da constituição do GENEE que se desenvolveram várias ações que permitiram cumprir os objetivos propostos, sendo alguns deles objetivos de curto (Alteração do Regulamento para ENEE, panfletos informativos bilingues, uniformização de procedimentos) e outros de médio/longo prazo (Estudo Técnico Inclusivo). Outras ações importantes, como implementação do software OpenEya, acordo transporte adaptado e CAVI, trazem também contributos para objetivos a médio prazo.  Estão a decorrer, para cumprimento de objetivos a médio/longo prazo as seguintes ações: Diários Aumentados Digitalmente (tese de mestrado que visa a monitorização da qualidade de vida alguns estudantes que usufruem de apoio/acompanhamento através dos serviços – teremos os resultados em Junho); Ensinar a Ensinar (projeto que visa a construção de pequenos vídeos informativos e tutoriais sobre as várias necessidades – estão neste momento em construção 3 vídeos sobre Asperger, Distrofia Muscular e Hiperatividade, estando prevista a sua primeira apresentação a 17 de novembro de 2020, num evento na área da Informação da Rede NEE da Ulisboa), Bibliotecas Acessíveis: reunião de arranque do projeto no dia 13/03 com a presença da Luísa Coheur (CG-TP), Isabel Marcos (Biblioteca Complexo Interdisciplinar) e Silvia Di Salvatore (Técnico Sustentável).

O trabalho realizado até ao momento tem contribuído para o desenvolvimento da perceção da importância de ações na área NEE no Instituto Superior Técnico, contribuindo para o desenvolvimento de projetos que têm como objetivo incentivar e unificar esforços da comunidade Técnico (alunos, funcionários não docentes e docentes) que visem a melhoria das condições de vida no IST e que promovam a igualdade de direitos e oportunidades.

Avaliação e Monitorização

Desde a sua implementação o GENEE tem sido avaliado e monitorizado de forma sistemática através de relatório anual de atividades (de cariz interno e inserido no *relatório anual do NAPE-TP, desde 2018. Este ano irá realizar-se o 1º relatório anual do GENEE como grupo) onde se enumeram as ações e projetos desenvolvidos e/ou em desenvolvimento. Para além destes relatórios, desenvolveu-se o Inquérito Técnico Inclusivo que teve como público alvo todos os docentes do Técnico e do qual se obtiveram 101 respostas, resultando num documento constituído por apresentação de resultados, análise de dados e conclusões. Este documento teve como objetivo o desenvolvimento de um estudo mais aprofundado nesta área, tentando delinear as próximas ações e um possível caminho futuro; e um questionário de satisfação anual distribuído a todos os estudantes ENEE do qual se obtiveram 29 respostas de um universo de 99 alunos com estatuto NEE. Este questionário foi divido em duas partes, uma primeira parte com a caracterização geral da população e dos apoios existentes no IST e uma segunda parte com a mesma caracterização por campus (Alameda e Taguspark). O Focus Group (a metodologia consiste em reunir um grupo de pessoas aleatório e colocá-las a debater os objetivos, sendo esta sessão assistida e gravada em de vídeo) será realizado anualmente e terá inicio no final de 2020. Como consequência destas ações de monitorização resultaram os projetos Diários Aumentados Digitalmente, Ensinar a Ensinar e Bibliotecas Acessíveis.

GENEE

Avaliação/Monitorização Ano Nº Participantes
Inquérito Técnico Inclusivo 2018 101
Questionário Estudantes NEE 2019 29
Relatório Anual 2020 *
Focus Group 2020

Carácter Inovador e Transferibilidade

Foi o primeiro Grupo deste cariz no Técnico Lisboa. Foi inspirado na Rede NEE da Universidade de Lisboa e juntou vários serviços, colegas discentes,

docentes e alunos para o desenvolvimento da qualidade de vida dos ENEE nos campi. A motivação do grupo está assente na sua missão e valores tendo todo o trabalho realizado até agora sido um extra aos objetivos específicos de cada uma das pessoas aqui representada. Iniciando-se uma cultura de sensibilização da comunidade académica e serviços académicos em relação a esta área.

Com a integração de ENEE na constituição do GENEE abriu-se a porta para os principais atores do projeto terem uma participação ativa nas mudanças necessárias, bem como a uniformização dos procedimentos nos campi Alameda e Taguspark. Com uma constituição ainda de funcionários docentes e discentes, o GENEE permite atuar sobre diferentes serviços e vertentes numa área que promove a qualidade do ensino e bem-estar dos ENEE na Instituição, bem como a criação de oportunidades para outros alunos, docentes e funcionários. Futuramente o GENEE espera poder estender a sua ação a funcionários e atuar ao nível de toda a comunidade IST.

Ao nível da sustentabilidade, neste momento o GENEE está a analisar procedimentos que permitam a sua formalização no contexto da Instituição.

Transferibilidade – Este grupo, bem como as boas práticas que promove, através do Ensinar e Ensinar, já está integrado na rede ENEE da ULisboa. O trabalho desenvolvido e a desenvolver pode ser replicado em qualquer universidade, empresa e/ou associação e em qualquer país – sendo o seu modelo extremamente abrangente. Dando como exemplo o Inquérito Técnico Inclusivo realizado aos Docentes, que foi enviado para a Rede NEE e na sequência do qual houve uma declaração de intenção de todas as Universidades adotarem o mesmo formato de questionário (o ISEG foi uma das Instituições que adotou este formato de questionário, no âmbito do seu observatório pedagógico).

Num exercício de Benchmarking a ter em conta a importância da divulgação do GENEE através da rede de comunicação institucional, a criação de um espaço de debate e partilha de experiências idênticas entre várias entidades (de modo a criarem-se novas soluções e/ou métodos), através de congressos, seminários e workshops nesta área. A realização de parcerias com Associações e empresas que tenham projetos nesta área. A abertura por parte das universidades e/ou empresas para o desenvolvimento de projetos inovadores (principalmente na área da tecnologia) em prol das Necessidades Educativas Especiais.

DECivil PhD Welcome

segunda, setembro 28th, 2020

Capital Humano 2020

Alexandre Pinheiro, Ana Fernandes, André Biscaya, Dídia Covas, Joana Baltazar, João Delgado, Luís Vieira, Maria Ana Bonito, Paula Marques e Vera Durão (DECivil)

Implementação da Boa Prática

Um grupo de alunos de doutoramento do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil) organiza voluntariamente, mas sob a coordenação do DECivil, um evento de receção e apoio aos novos alunos de doutoramento – o DECivil PhD Welcome. Esta iniciativa realiza-se no início de cada semestre, tendo a primeira edição ocorrido em fevereiro de 2019.

O DECivil PhD Welcome incluiu a disponibilização de um guia – o PhD Quick-Start Guide, com informação útil sobre o departamento, como por exemplo a sua estrutura organizacional e contactos importantes, e sobre o percurso de um aluno de doutoramento, que inclui uma checklist das primeiras etapas a realizar, contactos de mentores (outros alunos de doutoramento) e alguns aspetos para facilitar a integração no Instituto Superior Técnico (IST). O PhD Quick-Start Guide é atualizado e disponibilizado semestralmente no site do departamento. Para além deste guia, é organizada uma visita guiada – a PhD Welcome Tour, pelas várias dependências do departamento e a alguns pontos de maior interesse do IST, com o intuito de dar a conhecer a localização de serviços, das instalações laboratoriais e aspetos relevantes para a vivência académica.

Este evento é especialmente direcionado para novos alunos de doutoramento do departamento, contudo alunos numa fase mais avançada do seu doutoramento e bolseiros associados aos centros de investigação do DECivil (CERIS, CERENA e CiTUA) também podem usufruir da visita e do guia.

Resultados Alcançados

O PhD Quick-Start Guide foi preparado e divulgado a qualquer aluno de doutoramento do DECivil. O PhD Welcome Tour tinha como objetivo inicial o de alcançar apenas novos alunos de doutoramento do DECivil. Contudo, alunos que tinham começado o seu doutoramento há mais tempo também mostraram necessidade e interesse em participar nesta iniciativa. Na primeira edição, apenas 8% do total de alunos inscritos pela primeira vez nesse semestre em doutoramento no DECivil foram à visita guiada. Dos alunos que participaram na visita, 25% dos alunos tinham iniciado o seu doutoramento nesse semestre, enquanto 75% tinham iniciado os seus estudos há mais tempo. Na segunda e terceira edições a percentagem de alunos que participaram na visita tendo em conta o número total de alunos inscritos pela primeira vez nesse semestre em doutoramento aumentou para 36%. Na segunda edição, 100% dos alunos que participaram na visita tinha começado o seu curso nesse semestre. Na terceira edição, 62% dos alunos que foram à visita tinham iniciado o seu doutoramento nesse semestre, enquanto 38% tinha iniciado os seus estudos há mais tempo.

Os coordenadores dos vários cursos de doutoramento do departamento e dos centros de investigação associados ao mesmo foram convidados a participar na visita numa tentativa de fomentar o contacto entre alunos e os professores. Na primeira edição dois dos coordenadores de doutoramento estiveram presentes. Quanto aos centros de investigação, na segunda e terceira edições, a representação de apenas um dos centros foi feita.

Na terceira edição, além dos alunos de doutoramento também bolseiros de investigação que iniciaram o seu trabalho no início de 2020 foram convidados a participar na visita. Mas constatou-se que a maioria dos bolseiros eram alunos de doutoramento, por isso já incluídos no convite inicial.

Com esta iniciativa, divulgou-se informação importante que, por estar dispersa, os alunos têm muitas vezes dificuldade em encontrar ou não sabem que existe. O evento permitiu dar a conhecer espaços do departamento importantes para o percurso dos alunos, especialmente onde e a quem se dirigirem quando têm dúvidas ou problemas. Além disso, os alunos conheceram os alunos que organizaram esta iniciativa e que se apresentam como Mentores e a quem se podem dirigir futuramente.

Avaliação e Monitorização

Após a visita guiada é enviado aos alunos um questionário de satisfação que nos permite avaliar a mesma. Tendo em conta as três edições da visita, a relevância da mesma foi considerada pelos alunos elevada para seu o trabalho e muito elevada para conhecer novos colegas. A duração do evento foi considerada adequada pelos alunos e a sua organização como boa. O evento teve uma avaliação geral de bom. Os alunos solicitaram ainda para futuras visitas mais informações sobre, por exemplo, as disciplinas a frequentar, o fluxo de trabalho de um aluno de doutoramento ou certos procedimentos administrativos a cumprir.

Após cada edição a equipa organizadora efetua uma avaliação da mesma. O conteúdo do guia é revisto, sendo atualizado com nova informação, incluindo informações pedidas pelos alunos e o percurso da visita é também revisto tendo em conta os interesses demonstrados pelos alunos durante a visita.

O processo de planeamento e preparação do evento foi estruturado num documento Stepby-step em que as várias tarefas a realizar são apresentadas e calendarizadas, de forma a facilitar a futura continuação desta prática.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta iniciativa, de um modo geral, pretende disponibilizar um conjunto de informações relevantes, nem sempre fáceis de encontrar, e apoio a todos os novos alunos de doutoramento do DECivil do IST, contribuindo para uma melhor integração no ambiente e estrutura do departamento. A iniciativa surge através de alunos de doutoramento que sentiram a necessidade de ajudar os novos alunos nas primeiras fases do seu percurso académico, disponibilizando um guia estruturado, que é complementado por uma visita guiada ao departamento e locais relevantes no IST. No que concerne à transferibilidade, esta iniciativa pode ser adaptada a qualquer departamento que careça de um apoio especialmente dirigido a novos doutorandos.

Survival Guide

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

NAPE -Núcleo de Apoio ao Estudante

Implementação da Boa Prática

“O Survival Guide” foi criado com o objetivo de facilitar o acolhimento e a integração de estudantes internacionais regulares e de mobilidade, dada a elevada procura de respostas enquanto ainda se encontram nos seus países de origem. Neste sentido, compilou-se num documento digital único, conciso, apelativo e de fácil consulta a informação útil ao planeamento da estadia em Lisboa, guiando os passos fundamentais necessários antes da sua vinda, no momento da sua chegada e após se instalarem, nomeadamente ao nível do alojamento, transportes, dia-a-dia no Técnico e atividades culturais. Assim, este guia subdivide-se em 4 secções “Prior to Departure”, “Upon Arrival”, “Life in Técnico” e “Cultural Activites”. A execução deste manual exige uma constante pesquisa, já que o mesmo é atualizado semestralmente e inclui várias hiperligações úteis, tais como para o site do Metro de Lisboa, horário do shuttle, páginas dos diferentes serviços do Técnico, entre outras. Este documento é partilhado com os estudantes no primeiro contacto que o Núcleo de Apoio ao Estudante estabelece com os estudantes, pelo menos com 1 mês de antecedência em relação à sua chegada ao Técnico, proporcionando desde logo um canal de comunicação acessível e uma aproximação à instituição. O link para a edição online do Survival Guide está publicado no site do NAPE (https://nape.tecnico.ulisboa.pt/en/novos-alunos/alunos-internacionais/) e no site da Orientation Week (https://oweek.tecnico.ulisboa.pt/), sendo um recurso valorizado pelos estudantes para a sua “sobrevivência” e melhor adaptação à faculdade e cidade

Resultados Alcançados

O objetivo de partilha do manual “Survival Guide” tem tido um alcance de 100%, na medida em que em cada semestre é enviado a todos os alunos de mobilidade e internacionais antes da sua chegada ao Técnico, atingindo atualmente um número superior a 1000 por ano letivo, sendo a primeira base de apoio destes alunos. O contacto direto com os novos alunos na Semana de Acolhimento do 1º e do 2º semestre é o principal indicador que nos tem permitido aferir o impacto do “Survival Guide” neste processo de transição.

O feedback positivo e consistente que recebemos sobre sua utilidade demonstra a eficácia deste recurso de apoio no acolhimento e integração dos alunos – os próprios têm a iniciativa de nos parabenizar pelo seu envio verbalmente e por escrito no sentido de terem visto grande parte das questões relacionadas com a vinda para Portugal e para o Técnico respondidas no mesmo. Adicionalmente, os alunos contribuem ativamente para a atualização constante do guia com a adiçao das novas questões. Além do apoio prático, o “Survival Guide” cumpre a missão de criar uma ligação com o NAPE ainda antes dos alunos de sairem do seu País, facilitada pela linguagem mais próxima e “friendly” utilizada. Esta abordagem contribui para o desenvolvimento de uma relação estreita com a nossa equipa e a confiança que depositam no nosso programa de atividades, que se propõe a melhorar a sua experiência no Técnico.

Avaliação e Monitorização

No início da fase de preparação de cada Semana de Acolhimento dos novos alunos de Mobilidade e Internacionais um dos primeiros passos é a revisão, alteração e otimizaçao do “Survival Guide“, seguindo-se a organização da recepção dos alunos bem como da Orientation Week (programa de atividades dedicado à integração sócio-cultural dos alunos). Este processo envolve uma pesquisa exaustiva, brainstorming por parte da equipa e, fundamentalmente, a aplicação de todos os inputs resultantes do feedback dos alunos no semestre anterior, que são a nossa melhor ferramenta de monitorização e avaliação.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta prática é única no Técnico, tendo sido implementada com o objetivo de colmatar as necessidades deste grupo de alunos em particular, que se encontram deslocados do seu país para estudar no Técnico, e poder facilmente ser replicada e implementada em todas as outras faculdades, adaptando o conteúdo aos contextos e vivências de cada uma.

 

Ceris Open Day 2019

segunda, setembro 28th, 2020

Investigação, Desenvolvimento e Inovação 2020

Ceris Open Day Organizing Committee

Practice Implementation

CERIS Open Day has become an annual event that brings together PhD students, postdoctoral researchers and professors of CERIS (Civil Engineering Research and Innovation for Sustainability). The program of the events has been changing between editions, nevertheless the core activities have remained the same: (i) team building activities; (ii) oral presentations of on-going research; (iii) keynote speakers from different areas and (iv) other activities that provide helpful informations and tools to the execution of on going research by the students.

For the new members of CERIS this event is usually their first contact with different researchers from the six research groups at CERIS, related with different fields in Civil Engineering.

The first edition of this event took place on the 27th and 28th of October, 2017.

The second edition of this event took place on the 23rd and 24th of October, 2018.

The third and latest edition of CERIS Open Day was held at Foz do Arelho, on the 9th and 10th of October, 2019. The event program comprised several leisure activities, as well as work focused activities to promote and share the knowledge of the participants, which balance was considered very healthy (see activities in the results section).

From the members of CERIS, a total of ten elements were selected to form the organizing committee. These members were from different investigation areas at different research stage (PhD students, post doctoral investigators) and a CERIS board member.

For the latest edition approximately 9.000€   were allocated (financed by FCT and included in the CERIS 2019 budget), which included accommodation, meals, transportation and all the activities.

For the organizing committee, this event is a complex exercise in logistics, given the coordination of the venue, the activities (new ideas, handling of resources, time management, among others) and, in the case of CERIS, the numerous amount of participants.

Results Achieved

The objective of this event is to promote the interaction and minimize the isolation between the center’s young researchers, by enhancing the team spirit, promote activities between the members, transfer knowledge between different areas of research, promote co-operation, and build the CERIS identity in the IST community. See the short film (https://www.dropbox.com/s/3ji40rqk4kne3yl/CERIS%20OPEN%20DAY.wmv?dl=0).

In the latest edition, there were two types of activities to consider. The leisure activities included an exploring of the outdoors near the event site, quiz, cannoeing, yoga and other team building activities. The work focused activities included three very different keynote lectures, namely: “Flying Sharks, Mosquitoes and Rock & Roll” by João Correia; “Career management skills: why we need them and where to get them?”  by Pedro Resende; and a “How to finish your PhD without Prozac and other mental health issues in academia” by Ekaterina Vinnik. There was also held “Get to know CERIS” kahoot and some PhD students and post doctoral investigators, presented their research in a short and informative “5 minute pitch”.

In the three editions held so far, the results were very good. There has been an increasing number of participants, in total 78 participants and 8 professors attended this year event representing 12 nationalities, which allowed for participants of various nationalities and research topics to take part in the promotion of a positive work environment. Overall, PhD students and postdoctoral researchers were very satisfied with the event, as shown by the results of the feedback survey delivered after each edition was concluded (http://ceris.pt/pdfs/Booklet_2019_v2.pdf).

It should be noted that there has been an increasing level of satisfaction in the second and third editions, which reflected the improvements that had been suggested in the previous years regarding a stronger investment in the team-building activities.

For the Organizing Committee and several other attendees, the best outcome was the noticeable increase in interaction between the young research community of CERIS, which is a key-factor in the development of a strong scientific community at IST.

Evaluation and Monitoring

The evaluation of the event quality has been carried out through a feedback survey, after the occurrence of each of the three editions, and assessed the participants opinion on several aspects, such as: (i) relevance on the promotion of such events; (ii) overall assessment of the event; (iii) relevance of the event for current work; (iv) relevance for meeting colleagues; (v) event structure; (vi) event duration (vii) work-leisure balance (vii) event organization (viii) favorite/least favorite moment; (ix) relevance of the keynote speakers: (x) adequacy of the venue and (xi) willingness to attend next editions of the event.

In the first edition, the evaluation questionnaire was answered by 57 participants.

Overall people indicated that further editions should be organized with an even higher focus on boosting the relationships and interactions among the numerous community of PhD students and postdoctoral researchers of CERIS, thus contributing to the identity of the unit.

In the second edition, the survey was answered by 48 participants (http://ceris.pt/pdfs/Ceris_open_day_2018_Booklet.pdf). The favorite moments were the Peddy paper (34,6%) and the Quiz (19,2%). The least favorite moments were the disco night (19,2%) and the keynotes (15.4%).

In the third edition, the survey was answered by 40% of the participants (http://ceris.pt/pdfs/Booklet_2019_v2.pdf). With respect to this edition, the answers were overall even more positive. The favorite moments were Canoeing (41%) and the keynote speakers (19 %), showing that the diversity of the keynote speakers is a big plus in this type of events. The least favorite moments were the Quiz (34%) and the “5 minute pitches” (22%). This survey helps identifying the activities that the organizing committee should maintain and the ones that should be improved in the renamed “CERIS Day Out 2020”. A document “Lessons learn” was also created to help the future editions of the event.

Innovative Character and Transferability

The event was created in order to promote interaction between the very numerous young researchers at CERIS. In its core, the event is based on a set of activities focused on team building and knowledge transfer, which can undoubtedly be replicated by CERIS and also by the several other IST-based research centers.

Its innovative character stems from the fact that the nature of the event allows for a simultaneous investment in several aspects which add value to both CERIS and IST, namely communication, personal interaction, development of social skills, spreading of ideas and knowledge and strengthening of a common identity within research community.

In 2019 event for the first time the organizing committee look for some sponsors, enriching the team-building activities, with recycled bags (GIRA), notebooks and pencils (Centro de Informação Geoespacial do Exército), re-usable water bottles (EPAL) and some fruit for the attendants (Frutalvor).

This event has been disseminated in CERIS Newsletter, pag.12 (https://www.dropbox.com/s/lxh193h6aj72tls/newsletter_jan2020.pdf?dl=0) and on CERIS Web page (www.ceris.pt) for the IST community and to the public in general. CERIS Open Day can have a strong link with the IST Open Day and with other initiatives from other IST research units.

A benchmark can be done to discuss the activities that lead to a better results and  some synergies can be made between IST research centers.

It is intention this year to improve the communication of CERIS through the social media, with strong link with IST communication group. Therefore the Open Day can contribute to improve and enrich the communication at IST community and to other higher education entities.

 

Ceris Open Day

sábado, julho 27th, 2019

Investigação, Desenvolvimento e Inovação 2019

Ceris Open Day Organizing Committee

Practice Implementation

CERIS Open Day is an annual event that brings together PhD students and postdoctoral researchers of CERIS – Civil Engineering Research and Innovation for Sustainability. The event programme is flexible, but can be thought of as a combination of team building activities, work presentations by the young researchers about ongoing research (oral and posters) , keynotes on a broad range of topics and other activities focused on providing helpful tools and information to the young research community.

The first edition of this activity took place on the 27th and 28th of October, 2017. The event started with several ice-breaker activities that promoted communication and interaction, followed by the several work presentations and keynotes, with with special focus on the lecture by Professor Filipe Duarte Santos regarding climate changes. There was also a presentation on scientific writing skills and publishing research work, followed by a round table discussion regarding the professional outlook for the postgraduate community. An after dinner informal activity was prepared, where participants were asked to present a 3 minute pitch on fictitious/unusual project proposals they had been working on during dinner, thus generating a relaxed and fun environment between co-workers.

The second edition of the CERIS Open Day was held at Vimeiro on October 23rd and 24th, 2018. The programme provided a healthy balance between work and leisure focused activities. There were some very interesting keynotes, namely “20 years of Science-Bases Entrepreneurship” by Nuno Arantes de Oliveira; “Society and Science: the challenges of a PhD”, by Ana Margarida Nunes de Almeida and “Is there fairy dust in research?”, by Cristina Gouveia. The team-building activities included a hike through Serra do Montejunto, followed by a community picnic lunch, an after-dinner quizz competition, disco night and a Peddy paper. To conclude, some PhD students were given the opportunity to divulge their research.

Results Achieved

The objectives of this event were to promote the interaction between the center’s young researchers, enhance team spirit and communication, transfer knowledge regarding ongoing research, build the CERIS identify and provide orientation for research development.

In the two editions held so far, the results were very good. There was a very positive turnout which allowed for participants of various nationalities and research topics to take part in the promotion of a positive work environment. Overall, PhD students and postdoctoral researchers were very thrilled with the event, as shown through the results of a feedback survey delivered after each edition was completed. It should be noted that there was a higher level of satisfaction in the second edition, which reflected the improvements that had been suggested in the previous year regarding a stronger investment in the team-building activities.

For the Organizing Committee and several other attendees, the best outcome was the noticeable increase in interaction between the young research community of CERIS, which is a key-factor in the building of a strong scientific community at IST.

Evaluation and Monitoring

The monitoring of the event quality was done through a satisfaction survey, which delved into several aspects such as (i) overall assessment of the event (ii) relevance of the event for current work (iii) relevance for meeting colleagues (iv) event structure (v) event duration (vi) work-leisure balance (vii) event organization (viii) adequacy of the venue and (viii) willingness to attend next editions of the event. It also provided an opportunity to suggest improvements to the event (many in line with the identification of favourite and least favourite moments).

In the first edition, the evaluation questionnaire was answered by 57 participants.

The favourite moments were the after-dinner session (29.8%) and the ice-breaker activities (19.3%). The least favourite moments were the keynotes (22.8%), the oral presentations (17.5%) and the dinner time (15.8%). Overall people indicated that further editions should be organized with an even higher focus on boosting the relationships and interactions among the numerous community of PhD students and postdoctoral researchers of CERIS, thus contributing to the identity of the unit.

In the second edition, the survey was answered by 48 participants

(http://ceris.pt/pdfs/Ceris_open_day_2018_Booklet.pdf). With respect to the previous edition, the answers were overall even more positive.

The favourite moments were the Peddy paper (34,6%) and the after-dinner quizz (19,2%). The least favourite moments were the disco night (19,2%) and the keynotes (15.4%).

Innovative Character and Transferability

The event was launched in order to promote interaction between the very numerous young researchers at CERIS. Essentially it consists of a set of activities focused on team building and knowledge transfer, which can undoubtedly be replicated by CERIS and also the several other IST-based research centres. It is a complex exercise in logistics, given the coordination of the venue, the activities (new ideas, handling of resources, time management, etc) and, in the case of CERIS, the numerous amount of participants.

Its innovative character stems from the fact that the nature of the event allows for a simultaneous investment in several aspects which add value to both CERIS and IST, namely communication, spreading of ideas and knowledge and strengthening of a common identify.

Orientation Week – Semana de Acolhimento dos Alunos de Mobilidade

sábado, julho 27th, 2019

Internacionalização 2019

Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional (NMCI); Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE – IST)

Implementação da Boa Prática

A Semana de Acolhimento (SA) dos estudantes de mobilidade (EM) incoming decorre no 1º e no 2º semestre, na semana anterior ao início das aulas.

Os EM incoming recebem previamente o programa da SA e promove-se a sua aproximação pela criação de grupos nas redes sociais.

À chegada ao Técnico, os EM incoming são recebidos pelo NAPE e Mentores de Mobilidade (MM), estudantes regulares que apoiam o processo de integração e adaptação ao Técnico, que esclarecem questões, realizam a visita ao Campus e dinamizam atividades culturais e de desenvolvimento de competências. De seguida o NAPE encaminha os EM para o NMCI para finalizarem o seu processo administrativo.

No 1º semestre a SA tem lugar no Salão Nobre da parte da tarde, com a presença do NMCI, NAPE, GOP, Tesouraria, AEIST e agências bancárias. Segue-se um coffee-break de convívio. No 2º semestre os EM são rececionados nos próprios serviços.

Durante a SA é organizada a Culture Clash, cujo objetivo é a integração dos EM na Escola e na sociedade – o NMCI aborda várias fases de adaptação ao país, modo de vida, cultura e gestão do dia a dia; o NAPE disponibiliza apoio personalizado na utilização do Fénix.

Os EM do Campus TagusPark têm uma sessão de boas-vindas local.

Na sexta-feira de manhã organiza-se a Cerimónia de Boas-Vindas, com apresentações do Vice-Presidente para os Assuntos Internacionais, NMCI, NAPE e PSP. Após a fotografia de grupo, seguem-se visitas aos Departamentos, o discurso de boas-vindas pelo Presidente do Técnico e um almoço oferecido pela Escola.

Os EM podem inscrever-se na Orientation Week, um programa de atividades de integração sociocultural da responsabilidade do NAPE, que inclui:

– Sexta-feira – Portuguese Evening (serão de gastronomia, música e história Portuguesa), Sunset Party ou Boat Party;

– Sábado – City Rally pela cidade e jantar de grupo com comida típica, seguido de uma Night Out num clube noturno de referência de Lisboa;

– Domingo – Aula de Surf, Belém Tour, Sintra Trip ou Beach Day.

Resultados Alcançados

A participação dos estudantes de mobilidade na Semana de Acolhimento aumentou significativamente devido ao envolvimento de toda a Escola neste processo.

Um dos resultados a destacar é a integração dos Coordenadores de Mobilidade (CM) na Cerimónia de Boas-Vindas e na organização de uma visita ao Departamento e Laboratórios seguida da sessão de apresentação do Programa de Mestrado, tendo total liberdade para definirem as atividades que considerarem mais adequadas.

Estas atividades têm apresentado resultados muito positivos: por um lado os estudantes têm a possibilidade de conhecer o CM antes do início das aulas, facilitando posteriores contactos entre ambos e diminuindo a distância que possa existir entre estudante e professor; por outro lado, os estudantes têm a oportunidade de conhecer o Departamento e as instalações que irão frequentar durante todo o período em que forem estudantes do Técnico, bem como os seus restantes colegas, visto que muitos CM optam por juntar a Sessão de Boas-Vindas aos estudantes incoming com a Sessão de Boas-Vindas aos estudantes de mestrado regulares, promovendo a sua integração na Escola e fomentando o espírito internacional do Técnico.

Do ponto de vista de integração dos estudantes, o fim-de-semana completo de atividades permite não só que os estudantes interajam e criem laços entre si com aqueles que serão os seus colegas durante o período que passam no Técnico, como também que conheçam a cidade que os acolherá durante o mesmo e ainda alguns sítios emblemáticos que, talvez de outra forma, não tivessem a oportunidade de conhecer.

A taxa de participação dos estudantes é muito elevada, havendo inclusive repetições de participação por parte de estudantes que permanecem no Técnico por mais do que um semestre, demonstrando que este programa é bastante valorizado por parte dos estudantes incoming.

A Orientation week permite ainda que os estudantes conheçam os Guias do NAPE e os seus Mentores, a quem podem recorrer ao longo do período que permanecem no Técnico para os apoiar em qualquer assunto relacionado com a sua adaptação e desenvolvimento.

O excelente feedback obtido por parte dos estudantes e os seus constantes elogios comprovam o impacto positivo desta prática, reconhecida por toda a comunidade como um sucesso, devendo ser por isso ser perpetuada nos semestres vindouros.

Avaliação e Monitorização

Várias melhorias foram sendo introduzidas ao longo dos anos até se chegar ao modelo atual.

Inicialmente a organização era exclusiva do Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional, tendo sido posteriormente integrada na Semana de Acolhimento dos novos estudantes com a participação de toda a Escola.

A Cerimónia de Boas-Vindas foi também substancialmente melhorada. Os CM (ou seus representantes) passaram a participar neste evento, onde são formalmente apresentados aos estudantes, levando os estudantes aos seus departamentos, onde organizam uma Sessão de Boas-Vindas.

Este modelo de receção aos estudantes de mobilidade foi pioneiro e teve início em setembro de 2016, pelo que foi necessário avaliar junto dos CM o impacto e pertinência desta Cerimónia. Foi enviado um Questionário aos 21 CM convidados, obtendo-se os seguintes resultados:

  • 7 CM indicaram que a Cerimónia decorreu muito bem e que a mesma deverá ser mantida por ter apresentado melhorias significativas face aos anos anteriores;
  • 2 CM valorizaram, em particular, o espaço dado para a realização da conversa individual com o seu grupo de estudantes, e que permitiu que os Coordenadores se apresentassem e dessem as primeiras informações gerais aos novos estudantes;
  • outros CM salientaram a fotografia de grupo, o ritmo e ambiente do evento.

De forma a monitorizar a evolução da receção aos estudantes o NAPE implementou uma série de instrumentos de avaliação nomeadamente inquéritos de satisfação aos estudantes participantes na semana de acolhimento, que estes preenchem a partir do último dia das suas atividades e num prazo de uma a duas semanas. Posteriormente é efetuada uma análise do número de participantes em cada uma das atividades da Oweek, nas quais existe controlo do número de presenças, para fins estatísticos. Também é possível avaliar, com base na interação diária com os estudantes, o seu interesse e satisfação com as diversas atividades desenvolvidas no âmbito da sua integração.

Na generalidade os estudantes avaliam as atividades com nota entre 4 e 5 numa escala de 1 a 5, onde 5 representa total satisfação e 1 total insatisfação. No último semestre obtivemos uma taxa de participação dos estudantes incoming acima de 70%.

No inquérito de satisfação existe também um campo de sugestões e comentários, que são tidos em conta na planificação das atividades da Orientation week seguinte, bem como perceber as suas preferências, os aspetos que correspondem às suas expectativas e aqueles a melhorar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador reside no facto de integrar os EM nas atividades oficiais de acolhimento e boas-vindas que o Instituto Superior Técnico organiza anualmente, contribuindo assim para um maior sentimento de pertença à comunidade IST e para uma melhor integração no ambiente e na estrutura da Escola, por parte dos estudantes incoming, que todos os anos chegam à Escola no 1º e 2º semestre.

A SA, Welcome Ceremony e Welcome Sessions são um exemplo de práticas que foram transferidas do modelo de acolhimento ao estudante regular, desenvolvido pelo Conselho Pedagógico do IST e pelo NAPE, e adaptadas aos estudantes de mobilidade.

Esta necessidade decorreu não só do significativo aumento de estudantes incoming nos últimos anos, mas sobretudo da vontade que a Escola tem de uniformizar e integrar todos os estudantes, independentemente da sua nacionalidade, tipo de ingresso ou tempo de permanência no IST.

No que diz respeito às atividades incluídas na Oweek e proporcionadas aos estudantes, estas demonstram uma preocupação acrescida com a sua integração e adaptação a uma escola e a uma cidade que, não sendo as suas, o serão durante o semestre que se lhes avizinha.

Existe uma constante procura em inovar e melhorar o programa, de acordo com feedback recebido e a nossa própria experiência, daí que em todas as edições seja feito um levantamento exaustivo de todas as possibilidades, no que diz respeito às atividades, percursos, refeições e experiências que podem ser oferecidas aos estudantes incoming.

Esta prática é uma mais-valia para todos os intervenientes, sendo uma oportunidade de realizar um trabalho de colaboração entre serviços do Técnico, permitindo aos estudantes regulares o envolvimento neste processo e o contacto com novas realidades, o desenvolvimento de soft-skills e a melhoria da sua vivência académica, beneficiando de uma experiência sociocultural única. Para além dos benefícios inerentes ao programa, os estudantes incoming levam consigo o know-how do mesmo, podendo ser replicado nas suas instituições de ensino superior. O facto de recebermos estes estudantes das mais diversas origens, permite-nos também aprender com outros contextos e iniciativas das outras instituições.

Assim, e no que concerne à transferibilidade da prática, o sucesso não poderia ser maior ou melhor atestado pela continuidade da mesma e envolvimento dos diversos atores da comunidade académica: NMCI, NAPE e CM.

Programa Mentorado do Técnico

quinta, julho 26th, 2018

Capital Humano ● 2018

Margarida Barros, Ana Isabel Ferreira, Filipe Amaral, Ana Luísa Carvalho, Samuel Ramos, Filipa Guimarães, Mafalda Magro, Samuel Franco, Pedro Prata, Francisco Sá, Joana Fonseca, Alina Dahmen, Luís Alves, Mágui Lage, Pedro Galvão Pereira, Sara Correia (NAPE); Ana Moura Santos (docente DM); Ana Marcelino, Carla Boura (NAGT)

Implementação da Boa Prática

Um dos principais objetivos do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) consiste na promoção do sucesso escolar através do apoio próximo aos alunos.

O Programa Mentorado do Técnico visa o acolhimento e a integração de todos os novos alunos na nossa Escola, funcionando este como um acompanhamento personalizado, onde cada aluno do IST de anos avançados (Mentor) compreende muito bem as especificidades dos obstáculos que vão surgindo no caminho dos novos alunos (Mentorandos). O apoio do Mentor é bastante diversificado, abrangendo questões académicas, pessoais e, também, profissionais. A experiência do Mentor é, sem dúvida, uma ferramenta muito útil para o esclarecimento de dúvidas, o relacionamento com colegas e professores, entre outras questões.

O Programa Mentorado encontra-se em funcionamento tanto no campus Alameda como no campus Taguspark, ao cargo do Núcleo de Apoio Geral do Taguspark (NAGT), apresentando algumas diferenças devido às diferentes realidades apresentadas em cada um dos campi. No entanto, estes mantêm os mesmos moldes e objetivos.

No campus Alameda, os Mentores são alunos que se voluntariam, sendo os principais requisitos a sua prestação como Mentores em anos anteriores e a disponibilidade para frequentarem um conjunto de formações iniciais, de carácter obrigatório e absolutamente necessárias, onde são fornecidas todas as informações sobre o programa, seus objetivos, bem como estratégias de resolução de problemas que possam surgir no decorrer do mesmo. Relativamente ao campus Taguspark, existem alunos que são convidados a participar, tendo em conta o seu curriculum e sucesso académico, nomeadamente a sua aprovação às unidades curriculares de Álgebra Linear e Cálculo Diferencial I. A indicação de professores, como por exemplo a Prof.ª Ana Moura Santos, também é contabilizada, já que se conseguem identificar alunos com apetências para o apoio escolar.

Resultados Alcançados

De ano para ano, o número de alunos que participam neste Programa tem aumentado significativamente, tendo atualmente um total de 560 Mentores, número que superou as estimativas iniciais. Em termos de aproveitamento curricular por parte dos novos alunos, este tem também aumentado. Relativamente aos dados recolhidos no campus Taguspark, esta melhoria verificou-se em todos os cursos aí lecionados ao longo dos últimos sete anos, sendo em alguns casos a redução do insucesso escolar em mais 50%.

Uma das diferenças entre os campi na implementação deste Programa prende-se com o tipo de acompanhamento e monitorização efetuado ao longo do ano letivo. No campus Taguspark, é da função dos Mentores reportarem as notas dos testes e projetos dos seus Mentorandos aos responsáveis do Programa nesse campus (Drª Carla Boura). Se os Mentorandos apresentarem uma ou duas unidades curriculares por concluir, o Mentor é alertado para um apoio mais incisivo. Se o Mentorando apresenta três ou mais unidades curriculares não concluídas, este é chamado para uma entrevista com a Drª Carla Boura, onde se despista o problema e, consoante o resultado, se realiza um plano de estudo ou uma reunião com tutor e coordenador, de modo a encontrar uma solução e/ou encaminhamento para outro serviço.

Já no campus Alameda, o Programa é coordenado pela equipa de Guias do NAPE e implementado pelos Mentores, sendo que cabe a estes a monitorização do aproveitamento escolar dos seus Mentorandos, bem como a sinalização de situações mais graves aos Guias, que farão um acompanhamento mais personalizado do Mentor e Mentorando, propondo estratégias e aconselhando o aluno acerca do que fazer, indicando, se necessário, outros gabinetes da estrutura organizacional do IST.

Este Programa possui um conjunto de atividades ao longo do ano letivo que têm como objetivo o estreitamento de relações entre Mentor e Mentorando, bem como dotar os Mentores de mais conhecimentos que lhes permita serem cada vez melhores no exercício das suas funções.

Avaliação e Monitorização

Ao longo do ano letivo realizam-se diversas atividades que promovem, não só o contacto entre Mentores e Mentorandos, mas também nos permitem assegurar a boa implementação do Programa Mentorado. Como incentivo à participação ativa no Programa, foi implementado um sistema de pontos que permite ao Mentor ter acesso ao Certificado de Participação ou ao Suplemento ao Diploma. São apresentados exemplos de atividades desenvolvidas:

  • As Formações Iniciais consistem em sessões de preparação dos Mentores para a Semana das Matrículas, abrangendo o funcionamento da mesma, os possíveis cenários envolvendo os Mentorandos e as boas práticas que se devem manter ao longo do ano.
  • As Formações Complementares são workshops planeados em parceria com diversas empresas e organizações que permitem o enriquecimento pessoal e curricular do Mentor dentro da temática das soft skills – Liderança, Negociação, Coaching, Personal Branding, Comunicação, Entrevista de Emprego, entre outros.
  • As Sharing Sessions são breves encontros semestrais entre os Mentores e Guias do NAPE com o intuito de fazer o ponto de situação geral, identificar as principais dificuldades que possam surgir e fomentar a partilha de situações e opiniões sobre o Programa.
  • De modo a se obter feedback da parte dos Mentores, são também realizados três Relatórios ao longo do ano letivo.
  • O Mentorado Outdoor Challenge é um evento “out of the box”, que tem como principais objectivos a prática de atividades desportivas e o enriquecimento dos laços entre o Mentor e os Mentorados. São exemplos deste tipo de atividade a ida ao Bounce, a aula de Surf, a aula de bodyboard, a Canoagem e a Atividade de Arborismo.
  • O Rally Mentorado é uma atividade com vários desafios, que conta com a participação de Mentores e Mentorandos e que visa dar a conhecer a cidade de Lisboa e o campus aos novos alunos.
  • As Atividades Extra consistem, por exemplo, nas atividades que envolvem alunos de mobilidade – visita aos Departamentos, City Rally, entre outras.
  • Atividades que fomentem o espírito de Voluntariado Social.

Para que o Mentor obtenha o Certificado de Participação deverá assistir às Formações Iniciais, participar na Semana das Matrículas e responder aos três Relatórios ao longo do ano. Para se obter o Suplemento ao Diploma, o Mentor deverá estar apto a receber o Certificado e fazer um determinado número de pontos, conjugando as atividades referidas da maneira que desejar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa Mentorado do Técnico Lisboa é uma referência a nível nacional dentro desta temática.

O facto de existirem alunos de anos mais avançados a receber e acolher os novos alunos não só veio facilitar a transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior, mas também melhorar o aproveitamento escolar e diminuir da taxa de desistências curriculares. Atualmente, já várias universidades seguem o exemplo do Programa Mentorado do IST, sendo este um verdadeiro sucesso.

A aplicabilidade deste programa é transversal a vários contextos, quer intra IST, entre departamentos, núcleos e gabinetes, como até em empresas e organizações externas.

 

Programa de Acompanhamento dos Novos Docentes e Investigadores do IST (Shaping the Future)

quarta, julho 26th, 2017

Capital Humano ● 2017

Isabel Cristina Gonçalves (NDA) 

Implementação da Boa Prática

O programa PAX – IST Shaping the Future foi desenvolvido pelo Conselho Científico do IST com o objetivo de promover a adaptação dos professores auxiliares e investigadores em início de carreira à cultura do IST, bem como de os apoiar na construção da sua identidade profissional e na construção de um plano de desenvolvimento. Pretende-se possibilitar aos professores a liderança de equipas e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino – aprendizagem produtivos.

Este programa envolve as seguintes vertentes: formação fundamental , formação complementar (selecionada de entre a fornecida pelo Núcleo de Desenvolvimento Académico aos docentes do IST), observação de aulas e um programa de mentoring pela parte de docentes sénior do IST (validados pelos Presidentes de Departamento).

A primeira edição da formação fundamental realizou-se a 9, 10, 11 setembro 2015, no Centro de Caparide do Ministério da Educação, com o seguinte programa:

DIA 1 – COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPAS

  • Inteligência emocional: uma introdução
  • Saber dar feedback e comunicar assertivamente
  • Empatia e motivação de equipas
  • Liderança académica

DIA 2 – GESTÃO DE CARREIRA E COMPETÊNCIAS CIENTIFICAS

  • Gestão de tempo e de projetos
  • Financiamento competitivo
  • Ética na ciência
  • Desenvolvimento de carreira

DIA 3 – COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS

  • Inteligência emocional em sala de aula
  • Auto – regulação e aprendizagem
  • Envolver os alunos: alinhamento construtivo
  • Avaliar aprendizagens e educar para o empreendedorismo

A segunda edição realizou-se também em Caparide, nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2016 e a terceira edição realizar-se-á, previsivelmente nos dias 6, 7 e 8 de setembro de 2017. Todo o programa de formação complementar, observação de aulas e programa de mentoring têm sido executados de acordo com o previsto no Fluxograma criado para a monitorização e acompanhamento deste Programa. Vídeo com a mensagem de Boas Vindas do Presidente do IST aos mentores participantes na primeira edição.

Resultados Alcançados

Não é possível descrever ainda os resultados obtidos em relação aos objetivos globais previstos, estando embora já disponíveis os dados da avaliação da 1ª edição da formação fundamental,   bem   como   da   2ª edição da mesma. A 1ª edição da Formação dos Mentores esteve a cargo de uma empresa externa -Sofia Calheiros e Associados, e realizou-se a 12 de setembro de 2015, em Caparide e foi avaliada (satisfação global) pelos 14 participantes como muito boa, atingindo um valor de 91,5%. Os aspectos mais positivos considerados foram os seguintes: Relacionamento com colegas que não conhecia; Atividade  prática; Conhecimentos  de  ciências  sociais/métodos; Dinâmica  da  formação, clareza e pureza da formação; Conhecer o GROW; Partilha entre mentores; Conhecer colegas mentores;  Autoavaliação; Dia  escolhido,  local,  organização,  temática,  colegas  presentes  e formadores.

Os  aspectos  a  melhorar  incluíam: Mais  próximo,  com  melhores  transportes, marcado durante asemana com 6 meses de antecedência; Conhecer de antemão os objetivos traçados para os mentees; Aumentar a duração da ação; Aumentar a duração da ação, para mais   um   dia.   Existem   também   dados   relativos   às   primeiras   observações   de   aulas.

Avaliação e Monitorização

O Programa “Shaping the Future“, que entra agora na sua terceira edição, não dispõe ainda de uma  avaliação  de  impacto  nas  dimensões  inicialmente  identificadas  (liderança  de  equipas  e projetos de investigação relevantes a nível nacional e internacional, bem como a promoção de processos de ensino –aprendizagem produtivos), nem os dados estariam facilmente acessíveis ao fim de um período de tempo tão breve. Os dados de avaliação relativos às 1ª e 2ª edições da Formação Fundamental, bem como os dados relativos às Observações de Aulas e Formação de Mentores  são,  contudo,  muito  positivos,  e  corroboram  a  informação  qualitativa  recolhida  junto dos  participantes  (através  do coaching por  parte  da  equipa  do  Núcleo  de  Desenvolvimento Académico e de encontros entre os novos docentes e investigadores com elementos dos órgãos de gestão do IST, incluindo o Presidente, Prof. Arlindo Oliveira  e os Presidentes do Conselho Científico (CC) e Pedagógico (CP). A monitorização das atividades do Programa conduziu, ao longo destes três primeiros anos, à introdução de algumas melhorias ao nível dos procedimentos, nomeadamente:

  • Construção e   produção   de   fluxogramas   e mapas   de   procedimentos específicos,  a disponibilizar  aos  docentes  envolvidos  no Programa  e  aos  Presidentes  de Departamento, que facilitem a execução prática de todos os aspetos considerados na legislação interna relativa   a   este   Programa;
  • Identificação mais  sistemática  e  atempada dos  novos  docentes  e  investigadores  do  IST, que reúnem para uma sessão de boas vindas em março de cada ano, sendo o Programa apresentado nessa altura em todas as dimensões relevantes (incluindo a formação fundamental obrigatória de setembro);
  • Desenvolvimento e Publicação de uma Página do Programa, com acessos para a comunidade  IST  e  acessos  específicos  para  os  participantes  em  cada  uma  das  edições  da formação  fundamental,  onde  se  disponibilizam também  os  materiais  de  apoio;
  • Identificação atempada dos mentores, que são também os Presidentes das Comissões de Acompanhamento dos PAX  (Professores Auxiliares  em  Período  Experimental),  por sugestão  do  CC  e  do  CP; -Sinalização, para  os  Presidentes  de Departamento,  dos timmings e  procedimentos  relativos  a este Programa, nomeadamente a constituição da Comissão de Acompanhamento, as datas de entrega  dos  Relatórios  Intercalares  e  o tipo  de  feedback  a  dar  aos  PAX; Agilização  dos procedimentos  internos  para atribuição  dos startup funds e  concretização dos  períodos  de sabática fora do país previstos nos regulamentos internos.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Programa PAX IST Shaping the Future é enquadrado pelos seguintes documentos: Programa de  Acompanhamento  dos  Professores  e  Investigadores  Auxiliares  em  Período  Experimental, pelo Programa de Formação Adicional dos Professores e Investigadores Auxiliares em Período Experimental do Instituto Superior Técnico, pelo programa de startup funds e pelo Regulamento Relativo  ao  Regime  de   Vinculação   e   Avaliação   da   Atividade  Desenvolvida  no   Período Experimental  pelos  Professores  do  Instituto  Superior  Técnico  (documentos  publicados  e  que descrevem o Programa aprovado pelos órgãos de gestão da escola). Este programa inspira-se nas boas práticas de Escolas de referência para o IST, nomeadamente Standford e o MIT.

É um Programa inovador no Espaço de Ensino Superior Português e passível de ser replicado, tendo gerado  interesse  junto  de  outras  Escolas  da  Universidade  de  Lisboa  e  outras  Universidades

portuguesas.  Existem,  contudo,  alguns  constrangimentos  à transferibilidade deste  Programa para outras Instituições de Ensino Superior (IES): o envolvimento dos órgãos de gestão das IES é  fundamental,  bem  como  a  existência  de  uma  cultura  académica  que  sustente  este  tipo  de práticas; a existência de recursos financeiros e humanos que permitam operacionalizar as várias dimensões deste Programa é também crucial para o seu bom funcionamento.