Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Ligação à Sociedade’ Category

Rede de Parceiros do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Transferência de Tecnologia - Núcleo de Parcerias Empresariais (NPE)

 

Website

Sumário*:

A Rede de Parceiros do Técnico (RPT), foi criada em 2015, para responder aos desafios de reforçar os laços com a indústria, tendo como objetivo principal o estabelecimento e desenvolvimento de alianças estratégicas com as empresas melhor posicionadas para, em conjunto, aumentar o valor oferecido à Sociedade. As atividades da rede organizam-se nas dimensões: Proximidade e desenvolvimento de talento; Aceleração de inovação; Impacto societal e Cooperação estratégica.

A RPT conta atualmente com 24 empresas ativas e mais de 125 atividades. Todas as atividades são planeadas semestralmente para cada uma das empresas e alinhadas com as atividades e o calendário académico. O sucesso associado a esta iniciativa deve-se ao trabalho colaborativo entre várias equipas do Técnico e à disponibilização de espaços nos diferentes campi.

 

Para mais informação consulte aqui.

* Boa Prática de divulgação restrita

Pan – European Seal Young Professionals Programme

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Transferência de Tecnologia – Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI)

 

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico (IST) aderiu ao “Pan-European Seal Young Professionals Programme” (PES) como uma das universidades parceiras em 2020, através da assinatura de um Memorando de Entendimento com o European Patent Office (EPO) e com o European Union Intellectual Property Office (EUIPO), tendo já participado em três edições do Programa desde então. Encontra-se neste momento a decorrer o processo de seleção da quarta edição do Programa por parte do EPO e do EUIPO (ano letivo 2023/2024).

O PES é um programa de estágios promovido pelo EPO e pelo EUIPO em parceria com as melhores universidades Europeias, que visa dar a oportunidade a estudantes e recém-graduados, em início de carreira, de trabalhar durante um ano numa destas duas instituições de Propriedade Intelectual de enorme renome e relevância no cenário internacional.  O Programa é dirigido a candidatos das mais variadas áreas do conhecimento como, Ciência e Engenharia, Administração de Empresas, Direito, Relações Internacionais e Comunicação, Economia e Finanças.

O Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI) da Área de Transferência e Tecnologia (ATT) organiza a participação do IST neste Programa, divulgando o mesmo junto da comunidade do IST e coordenando e gerindo as candidaturas dos estudantes e recém-graduados, preparando, depois de recebidas e analisadas as candidaturas, duas shortlists distintas, de acordo com os critérios de admissão do EPO e do EUIPO e de acordo com a preferência dos candidatos, que são posteriormente enviadas a cada um dos institutos.

De uma forma geral, os estágios têm início em setembro de cada ano e as ações realizadas (ou a realizar) seguem a seguinte calendarização:

  • Janeiro – Envio de e-mail aos estudantes sobre o programa e sessão de lançamento e esclarecimento para a Comunidade do IST (NPI/ATT);
  • Janeiro a fevereiro – Receção das candidaturas do IST (NPI/ATT);
  • Fevereiro/março – Envio das shortlists dos candidatos ao EPO e ao EUIPO (NPI/ATT) e comunicação dos resultados aos candidatos;
  • Fevereiro/março – Envio de candidaturas dos alunos notificados pelo NPI/ATT ao EPO e ao EUIPO (Candidatos);
  • Maio/junho/julho – Entrevistas e seleção dos candidatos (pelo EPO e EUIPO);
  • Setembro – Início do estágio

Resultados Alcançados

O PES é promovido e implementado no IST desde 2020 e durante este período tem-se identificado uma grande adesão e entusiasmo por parte dos estudantes e recém-graduados do IST.

Em 2020, o IST recebeu 21 candidaturas e foram selecionados pelo IST os 21 estudantes candidatos, tendo 6 deles sido integrados como estagiários (2 no EUIPO e 4 no EPO).

Em 2021, o IST recebeu 60 candidaturas e foram selecionados 39 estudantes, tendo 9 deles sido integrados como estagiários (2 no EUIPO e 7 no EPO), sendo que 4 dos estagiários do EPO fizeram o “year 2” do programa em 2022, isto quer dizer que foram selecionados internamente por aquele instituto, pela qualidade da sua prestação.

Em 2022, o IST recebeu 53 candidaturas e foram selecionados 17 estudantes, tendo 8 deles sido integrados como estagiários (3 no EUIPO e 5 no EPO).

Em 2023, o IST recebeu 25 candidaturas e foram selecionados 16 estudantes, estando a decorrer o processo de seleção pelo EPO e pelo EUIPO.

Em 2023, o EPO definiu que apenas podiam candidatar-se alunos que prevejam entregar a dissertação/tese antes do início do estágio (setembro do ano para o qual concorreram), justificando a diminuição do número de candidaturas.

Os objetivos delineados para a dinamização desta atividade no IST têm como foco a capacitação dos estudantes e recém-graduados numa área de atividade frequentemente desconhecida dos mesmos, promovendo ao mesmo tempo uma experiência numa entidade de renome internacional (EUIPO ou EPO) e num ambiente profissional multicultural.

Em 2021, no âmbito da comemoração do Dia da Propriedade Intelectual, a 26 de abril, o programa foi dado a conhecer à comunidade do IST e alguns testemunhos de participantes no programa foram disponibilizados através de uma notícia[1].

Estes 4 testemunhos recolhidos confirmam a importância, o potencial e a concretização dos objetivos do programa.

[1] https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/pan-european-seal-programme-uma-oportunidade-de-aprendizagem-permanente-em-torno-da-propriedade-intelectual/

Avaliação e Monitorização

Ao longo das 4 edições em que o IST participa neste programa, foram feitos alguns ajustes à forma de implementação do mesmo, tendo em conta a experiência dos anos anteriores. Os estudantes começam por candidatar-se ao Programa junto do IST com o preenchimento de um formulário, que tem sido alterado, ao longo deste período, no sentido de ir mais ao encontro daqueles que são os critérios de seleção aplicados pelo EPO e pelo EUIPO.

Este ano, pela primeira vez, foi feita uma sessão de esclarecimento em janeiro com o objetivo de esclarecer e incentivar a mais candidaturas por parte dos estudantes. A ideia desta sessão, partiu também da experiência dos anos anteriores, em que se verificaram algumas dúvidas no processo de candidaturas.

A sessão foi dinamizada pelo NPI, tendo sido convidados dois atuais estagiários do EPO. A sessão (realizada por Zoom uma vez que os estagiários se encontram em Munique) teve uma participação ativa da audiência, com perguntas sobre a envolvência, o trabalho no EPO e a vida em Munique.

Numa perspetiva de melhor avaliar a implementação do Programa, até ao momento, e a sua relevância para a comunidade do IST, pretende-se formular um questionário para antigos participantes do programa, para obter mais objetivamente um feedback sobre a sua experiência nestas organizações. Numa edição passada (2020/2021) foi, inclusivamente, realizada uma reunião com os participantes colocados no EPO, com o objetivo de perceber como estavam a correr os estágios e como tinha sido a experiência do processo de seleção, da qual resultou a notícia mencionada no ponto anterior.

Está planeada a criação de um questionário a ser enviado anualmente aos candidatos colocados em futuras edições, para que se possa obter mais feedback sobre a experiência vivenciada e as suas opiniões.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Através da participação neste programa, é dada a oportunidade aos estudantes e recém graduados de trabalharem, durante 1 ano, num contexto multicultural, aprendendo sobre uma área (Propriedade Intelectual) sobre a qual existe um grande desconhecimento, ganhando experiência profissional e aprendizagem “on-the-job”, remunerada, com o acompanhamento de um tutor e aconselhamento profissional. Poderão, a partir desta experiência decidir prosseguir as suas carreiras na área da Propriedade Intelectual, em todas as suas variadas vertentes. De qualquer forma, não sendo este o caminho a percorrer, quer em futuros projetos de investigação em que sejam integrados, quer enquanto estudantes de doutoramento, quer no mundo empresarial, terão adquirido experiência de extrema relevância para o seu futuro profissional, beneficiando qualquer instituição com que estejam a colaborar.

Por outro lado, estes estudantes irão adquirir conhecimentos e metodologias de trabalho que, posteriormente, na possibilidade de ingressarem no mercado de trabalho nacional, poderão ajudar a uma evolução e a uma aproximação daquilo que é o desenvolvimento desta área ao nível internacional, contribuindo para a economia nacional.

A participação neste Programa está também aberta a outras universidades nacionais que pretendam candidatar-se a parceiras, e que cumpram os critérios definidos pelo EPO e pelo EUIPO. A entrada do IST para esta rede pode também ser um testemunho importante para a promoção deste tipo de iniciativas que beneficiam, os estudantes, funcionando como uma porta de entrada no mercado de trabalho, a comunidade universitária, pelo conhecimento adquirido e networking estabelecidos e a sociedade em geral, pelo desenvolvimento desta área no nosso país.

Dia Aberto do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Comunicação, Imagem e Marketing

 

Implementação da Prática

Apesar já serem organizadas várias atividades de portas abertas parcelarmente por departamentos ou núcleos de estudantes, o Instituto Superior Técnico não tinha uma atividade que incluísse toda a Escola e que convidasse a conhecer a atividade de Ensino e Investigação como um todo.

Em 2022 foi organizado pela primeira vez o Dia Aberto do Técnico, para o qual foi construído um programa de forma colaborativa com os departamentos de ensino, unidades de investigação e serviços de ligação ao exterior, com coordenação da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM).

O dia aberto consistiu em sete horas de programação que incluíram visitas a laboratórios, visitas a museus, palestras com investigadores, visionamento de documentário de investigador, dezenas de atividades experimentais e um concerto, bem como oferta de restauração propondo um espírito de desfrute do espaço do Técnico com entrada livre.

Essa iniciativa já começou a ser replicada, estando (no momento desta candidatura) a ser preparada a segunda edição.

A iniciativa teve coordenação geral de Joana Lobo Antunes (ACIM), com direção executiva de Pedro Garvão Pereira (ACIM) e contou com a colaboração ativa na organização da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, da Área de Transferência de Tecnologia, do Núcleo de Serviços Gerais, do Núcleo de Manutenção, do Núcleo de Design e Multimédia, dos Audiovisuais do GOP, para além do Núcleo de Apoio ao Estudante e Gabinete de Comunicação e Relações Públicas, bem como dos restantes membros da ACIM. Colaboraram ainda com presença em atividades o Gabinete de Admissões, Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional, Núcleo de Desenvolvimento Académico, Biblioteca, Embaixadores do Técnico, Direção de Infraestruturas Computacionais, Reprografia, LTI-DEQB, Núcleo de Segurança, Higiene e Saúde, Editora IST Press, Grupo de Cantares Tradicionais do Instituto Superior Técnico, Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico, Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico.

Resultados Alcançados

Para a produção do 1º Dia Aberto do Técnico foram envolvidos os serviços acima indicados, os dez departamentos, as 23 unidades de investigação e os núcleos de estudantes com atividades experimentais ou demonstrações (Aerotec, FST Lisboa, Game Dev Técnico, Rob 9-16, IEEE IST Student Branch, PSEM, Técnico Solar Boat, TLMoto, Fórum Civil e Fórum Mecânica) bem como o projeto Técnico Sustentável. Foi também relevante agirmos em coprodução com a Associação de Estudantes do Técnico, que cederam a tenda alocada para a job shop e programaram uma secção de “mini-cientistas”.

Tivemos nos 1.000 m2 de tenda a Feira de Ciência com a mostra de 50 projetos. Fizemos 58 slots de um total de 23 visitas em laboratórios e museus, decorreu a palestra “Explica-me como se tivesse cinco anos” com a professora Isabel Ribeiro para estudantes do 1º ciclo, exibimos o filme “PaleoMoz” com a presença do realizador e investigador, houve momento musical para parabéns e bolo de aniversário e um concerto de música clássica, bem como uma área de refeições com seis carros de streetfood.

Acolhemos um total de 1300 visitantes, incluindo:

  • 164 crianças de 5 anos e 1º ciclo para a palestra “Explica-me como se tivesse 5 anos – como fazer um robot?”, com a prof. Isabel Ribeiro
  • 420 crianças de 1º ciclo de 7 escolas e creches das imediações do Técnico na Feira de Ciência
  • 700 visitantes das restantes faixas etárias e públicos à Feira de Ciência.

Ficámos com o registo desse dia em arquivo no site de 2022[1], reservando o https://diaaberto.tecnico.ulisboa.pt/ para ser usado a cada ano o mesmo link, mantendo os materiais de divulgação atualizados em permanência.

[1] https://diaaberto2022.tecnico.ulisboa.pt/

Avaliação e Monitorização

Este primeiro ano não foi feito um inquérito aos visitantes, apenas uma análise de avaliação do evento e satisfação aos participantes do Técnico (serviços, departamentos de ensino, unidades de investigação, núcleos de estudantes e organização).

Todos concordaram com a importância da organização de um dia comum, que serve não apenas para a comunicação do Técnico com o exterior, mas também para a comunicação interna entre estruturas que nunca se cruzam mesmo habitando o mesmo espaço. Foi apontado pela quase totalidade dos participantes a importância para o sentimento de pertença a algo ainda mais relevante para a sociedade quando visto na globalidade.

Foi também apontado como muito relevante conseguir-se mostrar aos visitantes a variedade, diversidade e quantidade de áreas científicas incluídas no Técnico, e sublinhamos um comentário de um visitante do 1º ciclo que afirmou “como é que vocês são todos colegas se fazem coisas tão diferentes?”.

Os participantes foram unânimes em apoiar a continuidade da iniciativa, que tem 2ª edição marcada para dias 19 e 20 de maio – na altura em que escrevemos esta candidatura temos cerca de 700 visitantes de escolas inscritos (um incremento de quase 100% do ano anterior) e mais de 1000 visitantes individuais (incremento de 50% em relação ao ano anterior).

Em 2022 a opção foi a de fazer apenas um dia, durante a semana, no dia do aniversário do Técnico. Em 2023 a opção foi a de desfazer o dia das escolas e o das famílias, recebendo à exta feira grupos escolares e no sábado famílias e visitantes individuais. Faremos o balanço no final do evento, que poderemos apresentar mais à frente.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O formato Dia Aberto é já bem conhecido e implementado em inúmeras faculdades e unidades de investigação em todo o mundo. Em contexto universitário, em geral o conceito “Dia Aberto” refere-se apenas a marketing institucional, pretendendo ser uma montra da oferta formativa. No Técnico, decidimos fazer um formato que privilegia a mostra de ciência das várias áreas de atuação da Escola, não deixando de ter uma banca institucional para que quem tenha interesse possa encontrar quem faça esses esclarecimentos. O que notamos foi que havia mais interesse pela produção do conhecimento, a interação com estudantes e investigadores e a apreensão do bom ambiente vivido pela Escola.

Este evento apenas foi possível organizar dada a dinâmica já bem implementada pelo grupo de comunicação das unidades de investigação (Boa Prática Observist 2021) e pelo grupo de comunicação dos departamentos de ensino (Boa Prática Observist 2022), cujo trabalho continuado permite acionar os mecanismos de alavancar uma participação coletiva robusta, que seria de difícil implementação até à data.

A Área de Comunicação, Imagem e Marketing tem vindo a implementar várias estratégias digitais de comunicação com o exterior pela comunicação da ciência e tecnologia, nomeadamente o programa de divulgação científica “Explica-me como se tivesse cinco anos” (Boa Prática ObservIST 2021) e as campanhas para redes sociais (Boa Prática ObservIST 2021 e 2022), pelo que foi ambição passar ao formato presencial. Sabendo que perderíamos impacto do alcance de pessoas, ganharíamos na proximidade e empatia com os visitantes, e consideramos que a continuação de um formato misto é a chave para alcançar maior notoriedade e continuar a robustecer a reputação do Técnico enquanto produtor de ciência e conhecimento. A Escola tem enorme prestígio nacional e internacional na área do Ensino, e foi identificada como área possível de crescimento a da divulgação científica. A implementação de uma prática de Dias Abertos é imprescindível para esta implementação no terreno.

110 histórias, 110 objetos – projeto de divulgação do Técnico

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Impacto Societal | 2023

Área de Comunicação, Imagem e Marketing

 

Implementação da Prática

O projeto “110 histórias, 110 objetos” conta a história do Instituto Superior Técnico através das estórias dos seus bens com reconhecido valor cultural, científico, histórico e/ou pedagógico, maioritariamente propriedade de investigadores, museus e coleções, departamentos ou unidades de investigação. O projeto promove a valorização do património material e imaterial da Escola, apostando em forte divulgação nacional e internacional através do digital, cobrindo temas de ciência, ensino superior e assuntos relacionados com a vida académica, seus usos e costumes ao longo dos últimos 112 anos.

O projeto concretizou-se até agora na produção do formato multimédia (podcast, texto, imagem, website dedicado), tendo começado a 23 maio de 2021 e com término previsto para 30 de outubro de 2023. É lançado um episódio por semana, sobre um objeto, com publicação do áudio no Anchor e Spotify, com divulgação através do site do Técnico e das redes sociais Facebook, Twitter, Instagram e Linkedin, bem como no site do Público que é parceiro media do projeto. O episódio consiste num áudio de 10 a 18 minutos de duração, fotografia do objeto, texto de 2000 caracteres para o site, texto curto para redes sociais, design adequado para os formatos das redes. Os recursos humanos dedicados foram uma pessoa para produção do programa (Filipa Soares) uma pessoa para produção de textos (Sílvio Mendes), fotografia e design pela equipa do Núcleo de Design e Multimédia, subcontratação do jornalista e produtor áudio Marco António/366 ideias, apoio à produção do Pedro Garvão e Natália Rocha, e coordenação geral Joana Lobo Antunes.

Resultados Alcançados

Foi montado o site do projeto[1], onde estão compilados todos os episódios e áudios extra (entrevistas completas e outro material que enriqueça o conhecimento do objeto em causa) e disponibilizada a ficha técnica. Serve de primeiro arquivo do programa, de acesso aberto e livre a qualquer pessoa que pretenda saber mais sobre cada objeto. Temos ainda um arquivo áudio junto dos servidores informáticos do Técnico, onde estão a ser guardados e preservados todos os ficheiros brutos de depoimentos recolhidos no âmbito deste programa, sem edição, para memória futura. A cada semana de lançamento do programa é divulgado o episódio como notícia do site do Técnico, com destaque de capa do site. São também usadas as redes sociais do Técnico (Facebook, Instagram, Twitter e Linkedin) para partilhar o episódio. Frequentemente é replicado por outras redes sociais, pessoais ou institucionais.

O jornal Público tem uma produção própria de podcasts, ligada a diversos temas de atualidade, sociedade, política, cultura, ciência e outros (www.publico.pt/podcasts). Alberga ainda podcasts “Rede Público”, em parcerias ou independentes (produzidos por outras pessoas ou entidades), sendo em qualquer dos casos, mas divulgados em parceria com o jornal Público. O “110 histórias | 110 objetos” foi um dos podcasts selecionados como independentes para a Rede Público, sendo por isso divulgado em permanência no seu site de podcasts, onde é divulgado o texto e imagem (igual ao do site original) como notícia na versão online do jornal, e difundido através das redes sociais do jornal[2].

Desta maneira, os conteúdos do programa chegam a uma audiência mais vasta do que apenas a da comunidade Técnico.

Recebemos com frequência o retorno não apenas dos protagonistas dos programas bem como dos nossos seguidores, sendo usual o agradecimento pela disponibilização de histórias que de outra forma se perderiam. Os episódios mais populares até à data foram os que tocaram de forma emocional nas memórias das pessoas da comunidade: o dos tampos dos grandes auditórios e o da cana dos foguetes.

[1] https://110.tecnico.ulisboa.pt

[2] www.publico.pt/podcast-110-historias

Avaliação e Monitorização

Pelas métricas disponibilizadas pelo Spotify e Apple podcast, sabemos que 86% dos nossos ouvintes estão baseados em Portugal, distribuindo-se os restantes 14% por 57 países, dos quais se destacam Brasil, Reino Unido, Países Baixos e Estados Unidos da América. Durante o ano de 2022, o podcast “110 histórias | 110 objetos” esteve entre os 5% mais partilhados a nível global. Carregamos um total de 731 minutos de conteúdo novo no último ano, correspondendo a mais 88% que os outros criadores de Sociedade e Cultura. Sabemos também que a maioria dos nossos ouvintes chega ao conteúdo por link direto, indicando que o plano de comunicação diversificado apontando para o áudio está a ser eficaz a levar audiência ao produto.

Continuaremos a monitorizar as audiências pelas métricas do Spotify, bem como continuamente a investir no plano de comunicação através dos meios do Técnico (site e redes sociais) e do Público (site e redes sociais).

No ano 2021 o podcast foi selecionado como um dos 4 finalistas ao Prémio PODES, como melhor podcast português na categoria Narrativa, e em 2022 foi vencedor do Melhor Podcast do ano na Categoria Ciência, Tecnologia e Educação.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Com este projeto, nascido quando se assinalavam os 110 anos da Instituição, ambicionou-se fazer história oral do Técnico, ator essencial do ensino e investigação em Portugal ao longo de todo este período. Através da valorização do património pretendemos também valorizar os homens e mulheres cientistas, professores, engenheiros, estudantes, técnicos, auxiliares, que fizeram parte da História da Arte e Ciência, da Cidade, do País e do mundo.

O formato digital permite acessibilidade social, física e intelectual a um espólio que não é visitável nem conhecido de outra forma. Permite que em qualquer ponto do globo se possa conhecer as histórias e os objetos, os factos históricos e o lastro emocional, de eventos, iniciativas e projetos ancorados no Técnico. O investimento em extensa divulgação tem permitido alcançar audiências em mais de 21 países. O uso de áudio e também texto e imagem, permite o usufruto das histórias em formatos adequados para diferentes públicos, permitindo acessibilidade visual e auditiva.

Para além da concretização do formato multimédia, que candidatamos a este prémio, o projeto irá continuar a existir em livro a ser editado na IST Press, bem como uma exposição onde os objetos serão visitáveis durante 1 ano num local público e acessível. A exposição servirá para que se possa conhecer ao vivo, num novo espaço em Lisboa, e com entrada livre, todo o espólio que foi alvo de programa podcast, seja para os seus ouvintes habituais e conquistando novos públicos. O livro irá compilar todos os textos e imagens dos 110 objetos, indicando ligação para o formato digital onde os leitores poderão encontrar o respetivo áudio. Desta forma, contamos abordar em diversos formatos a possibilidade de encontro com públicos que de outra forma ficariam privados de conhecer este património.

Estão ainda a ser preservados em arquivo digital todas as gravações em bruto das entrevistas conduzidas para a elaboração do podcast e material associado. Com isso, pretendemos ficar com o registo de todas as histórias e recordações das centenas de pessoas entrevistadas sobre a memória do Instituto Superior Técnico.

Centrado nos objetos, esta é também a história das pessoas, dos lugares, dos acontecimentos históricos e culturais que foram vividos pela comunidade do Técnico mas com uma ligação indelével à história do país e da ciência mundial. É uma forma de registar histórias e testemunhos que de outra forma se perderiam. Com o sucesso deste projeto, esperamos que se tenham criado as condições para que a ACIM possa continuar a apostar nestes formatos para implementar projetos de alcance e impacto para a divulgação do Instituto Superior Técnico.

Mobility Open Day (MOD)

quarta, novembro 29th, 2023

Boa Prática Reconhecida | Educação | 2023

Luís A. Moreira - Área de Assuntos Internacionais - 
Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional (NMCI)

 

Implementação da Prática

A internacionalização do Técnico Lisboa é não só uma prioridade como uma realidade crescente em toda a sua dinâmica. A crescente vontade da comunidade da instituição em acrescentar um teor internacional ao seu percurso, seja ele académico ou profissional, tem resultado no aumento do número de interessados nas várias oportunidades existentes.

Neste sentido, o Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional (NMCI) criou o Mobility Open Day (MOD), um evento destinado a toda a comunidade do Técnico Lisboa com a finalidade de a sensibilizar relativamente a todos os programas de mobilidade internacional que o NMCI implementa. Este evento prolonga-se por dois dias: um dia no Campus Taguspark, outro no Campus Alameda.

O MOD baseia-se num dia aberto do NMCI em que toda a equipa está em diversos stands a apresentar os programas de mobilidade com os quais trabalha, esclarecendo a comunidade e promovendo a sua participação. Por outro lado, existem, em simultâneo as Mobility Talks, em que o NMCI convida membros da comunidade que já experienciaram experiências de mobilidade internacional, incluindo alumni, permitindo um contacto direto entre si e os estudantes/staff interessados.

Para tornar o evento mais atrativo, ao entrarem no espaço do evento é dado aos participantes um cartão (adaptado ao tema do MOD) que poderão completar ao participarem nas Mobility Talks e ao dirigirem-se aos stands da equipa do NMCI. No fim, poderão ir até ao stand do Checkpoint, onde, ao entregarem o seu cartão com os comprovativos de passagem nos diversos stands, poderão habilitar-se a ganhar prémios.

O evento deverá acontecer na primeira semana do 2º período de aulas, que, geralmente, ronda a segunda quinzena do mês de novembro. Como referência, em 2022 o evento aconteceu nos dias 23 e 24 de novembro: dia 23, quarta-feira, no Taguspark, e no dia seguinte, quinta-feira, na Alameda.

Neste evento estiveram representadas as seguintes oportunidades:

  • Erasmus Estudos;
  • Almeida Garrett;
  • Mobilidade Estudos Europa (HMDA, MTIH, UNITE!)
  • Estágios Internacionais;
  • Mobilidade Fora da Europa;
  • Mobilidade de Pessoal Docente, Técnico e Administrativo;
  • Cursos de Curta Duração;
  • Joint Programmes;
  • Embaixadores Internacionais;
  • Mobility Talks;
  • Entre outros.

A nível de recursos, é um evento que depende maioritariamente de recursos já existentes na instituição, precisando apenas de investimento adicional para a concretização de alguns aspetos logísticos, atratividade e divulgação.

Resultados Alcançados

Com a implementação do Mobility Open Day, foi possível aplicar um questionário a parte dos participantes como forma de entender quais os programas e destinos de mobilidade que se cruzam com os seus interesses para que, futuramente, o Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional possa adaptar a sua oferta de oportunidades e, assim, atrair estes participantes e aumentar os números de mobilidade nacional e internacional da instituição.

Foram recolhidos, no total, 527 inquéritos, distribuídos entre alunos (441), pessoal técnico e administrativo (74), investigadores bolseiros (6) e pessoal docente (4). Apesar da clara preferência dos inquiridos por realizar as suas mobilidades dentro da União Europeia (aproximadamente 80% divididos nos dois dias do evento), foi também notória a vontade de participar numa mobilidade internacional para países asiáticos, norte e latino-americanos.

Consultando os resultados, os países que mais interessaram os participantes do Mobility Open Day foram a Alemanha, Itália, Dinamarca, Japão e Estados Unidos da América, sendo prioritária a criação de acordos com instituições de ensino superior sediadas nestes países.

Esta informação foi já utilizada pelo NMCI no desenvolvimento a candidaturas a programas de financiamento, o que permitirá o Técnico Lisboa oferecer um maior número de fluxos (incoming e outgoing) de mobilidades internacionais financiadas para instituições de ensino superior que se encontrem fora dos países parceiros do Programa Erasmus+. Será também utilizada no âmbito do Programa Erasmus+, criando novas parcerias e aprimorando os acordos interinstitucionais já existentes.

A recolha direta dos resultados obtidos permitiu que, pela primeira vez, a equipa do NMCI pudesse trabalhar com dados concretos, adaptando a sua oferta e o seu plano de trabalhos às necessidades e preferências desta amostra da comunidade do Técnico Lisboa.

O sucesso da edição de 2022 permite-nos concluir que este evento é relevante para toda a comunidade, estudantes e staff, e que é mais uma ferramenta para o aumento da internacionalização do IST.

Avaliação e Monitorização

Avaliação e monitorização do Mobility Open Day segue objetivos claros, garantindo a sua máxima de informar a comunidade da instituição sobre as oportunidades de mobilidade internacionais às quais podem aderir, incentivando a sua participação.

A realização de inquéritos permite recolher o feedback dos participantes e quais as suas necessidades tal torna o Mobility Open Day um evento em constante melhoria e evolução. A implementação destes inquéritos resultou e continuará a resultar na criação de novos acordos interinstitucionais com instituições de ensino superior que e/ou redes que permitam a realização de mobilidades dentro dos parâmetros mencionados pelos participantes do MOD, resultando num futuro crescimento do número de mobilidades, tanto incoming como outgoing, associadas ao Técnico Lisboa.

Ademais, a criação de oportunidades de mobilidade internacional para doutorandos e investigadores foi também resultante da sua demonstração de interesse neste evento, sendo claro objetivo do NMCI continuar a aumentar o interesse e participação deste público em programas de mobilidade internacional.

Em termos de melhorias nas práticas executadas, a equipa do NMCI detetou um especial interesse da comunidade do IST a respeito das Mobility Talks, que superou, em muito, a adesão esperada. Como resultado disso, será criado um espaço de maior dimensão na próxima edição do evento, e a sua agenda, com horários das sessões e os programas nos quais os testemunhos participaram, deverá ser divulgado mais atempadamente.

Acrescente-se que a captação de testemunhos será otimizada na próxima edição, utilizando um método mais automatizado para cruzar a informação dos testemunhos, considerando o programa de mobilidade no qual participaram e a sua disponibilidade durante o evento. Tal permitirá a criação de uma agenda mais rica e diversa, que será, decerto, benéfico para a implementação do Mobility Open Day.

No contexto das potenciais melhorias identificadas existirá também, na próxima edição, a presença e participação de patrocinadores e de entidades externas relevantes para a internacionalização do Técnico Lisboa, o que resultará no crescimento do evento em termos de quantidade de participantes, por um lado, e de qualidade efetiva, por outro.

A nível do inquérito, este será, também, alvo de aprimoramento, de modo a que se consiga extrair conteúdo cada vez mais pertinente para o atual cenário das mobilidades internacionais no âmbito do Técnico Lisboa.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O Mobility Open Day permite um contacto mais direto da equipa do Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional com a comunidade do Técnico Lisboa, apresentando todas as oportunidades de mobilidade internacional nas quais podem participar independentemente do seu vínculo com o IST.

Permite, também, criar um ponto de contacto entre interessados em realizar um período de mobilidade internacional com quem já o fez através das Mobility Talks. Este contacto direto entre pares tem um impacto altamente positivo na motivação da comunidade do Técnico Lisboa e na sua internacionalização como um todo, sendo este um aspeto inovador a destacar.

A sustentabilidade do MOD é inquestionável considerando a natureza de constante atualização – por um lado, todas as edições permitirão a divulgação dos programas de mobilidade existentes de momento; por outro, no que às Mobility Talks diz respeito, os testemunhos prestados serão sempre baseados em experiências recentes, o que permite uma adaptação automática do discurso. Acrescente-se ainda que, a nível dos inquéritos realizados em cada edição, estes fornecerão dados atualizados nos quais a equipa do NMCI se baseará para estabelecer a sua estratégia de trabalho interna.

O sucesso do MOD é, por isso, resultado de variados fatores que constituem o seu conceito inovador – o contacto direto com técnico-administrativos com capacidade de dar respostas a nível burocráticos à comunidade e o contacto com testemunhos que falarão das suas experiências na primeira pessoa torna-se numa junção de abordagens que cobram em grande parte as questões da comunidade do Técnico Lisboa a respeito de programas de mobilidade internacional. Isto, a juntar ao facto de ser possível extrair dados concretos sobre as suas necessidades e preferências a respeito da sua participação nestes programas, faz do MOD um evento fulcral em termos de promoção da internacionalização do Técnico Lisboa e uma iniciativa a ser considerada em termos de replicabilidade por outros serviços da instituição.

Esta abordagem permite que a equipa do NMCI esclareça de modo mais direto as questões da comunidade da instituição, contribuindo diretamente para um público mais consciente relativamente à internacionalização do ensino superior, levando a um melhor esclarecimento e a uma melhoria dos processos associados à participação em mobilidades internacionais.

Infantário APIST

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano● 2022

Infantário APIST

 https://apist.tecnico.ulisboa.pt/

 Implementação da Prática

A APIST – Associação do Pessoal do Instituto Superior Técnico foi criada em 1984 como associação sem fins lucrativos, sendo os sócios à data estatutariamente definidos como todos aqueles que apresentem um vínculo de natureza laboral ao Técnico e mais tarde alargado também a bolseiros. Tem como objetivo contribuir para uma melhor qualidade de vida e bem-estar dos seus associados e familiares através da promoção de atividades culturais, desportivas e recreativas e de iniciativas de apoio no âmbito económico e social, entre as quais o apoio à primeira infância constituído pela criação do Infantário que inclui a Creche (0-3 anos) e o Jardim de Infância (pré-escolar 3-5 anos).

O infantário da APIST, localizado dentro do campus da Alameda do Instituto Superior Técnico foi uma estrutura criada para a prossecução dos objetivos traçados nos Estatutos no sentido de facultar aos funcionários do Instituto Superior Técnico a oportunidade e segurança de ter mais perto de si os seus educandos, contribuindo assim para um maior equilíbrio entre a vida familiar e profissional, bem como a estabilidade emocional de todos.

Com capacidade para acolher mais de 100 crianças, o infantário procura ser uma primeira escolha para pessoas da comunidade Técnico (docentes, investigadores, funcionários, alumni, pais e avós) que procuram um local onde colocar os seus educandos. Nesse sentido, as pessoas com ligação ao Técnico têm prioridade de entrada, representando mais de 50% da ocupação do infantário. Mediante a existência de vagas, são aceites inscrições externas, sem ligação ao Técnico.

O Infantário da APIST tem vindo ao longo dos anos a assumir sempre a continuidade do trabalho iniciado nos anos 80, tendo em 2014 aberto a Creche e constituindo-se assim como uma resposta completa à primeira infância. Atualmente, o Infantário da APIST é composto pelas respostas sociais de Creche e Jardim de Infância, contendo 7 salas. A Creche abrange a faixa etária entre os 4 meses e os 3 anos sendo composta por três salas (Berçário, Sala de 1 ano e Sala dos 2 anos). O Jardim de Infância é composto por quatro salas com crianças entre os 3 e os 5 anos de idade.

O funcionamento da Creche e Jardim de Infância é assegurado por uma equipa educativa constituída por 7 Educadoras e 12 Auxiliares, que desenvolvem o trabalho diário com as crianças que frequentam o Infantário, supervisionado por uma Coordenação Pedagógica, que integra a direção administrativa da Creche e do Jardim de Infância juntamente com os membros da Direção da APIST da Área do Infantário, cuja gestão é coadjuvada pelo apoio administrativo. As refeições (reforço manhã, almoços e lanches) são confecionadas nas instalações do infantário por uma empresa especializada, sendo a ementa elaborada por nutricionistas especificamente para as faixas etárias abrangidas.

Das instalações do infantário fazem parte dois parques infantis e a horta pedagógica, que se situam juntos dos dois edifícios principais no Jardim Sul, permitindo assim às crianças usufruir de um espaço exterior dentro do Instituto Superior Técnico para brincarem ao ar livre e explorar o mundo exterior com regularidade e em segurança.

Além da atividade educativa normal desenvolvida pela equipa pedagógica são regularmente realizadas diversas visitas a locais de interesse lúdico, pedagógico e temático para as crianças. É igualmente oferecido um conjunto de atividades curriculares de frequência semanal composto pela Música (para todas as salas), ginástica e inglês (apenas para o Jardim de Infância). Como atividades extracurriculares as crianças podem frequentar futebol, ministrado pelo Técnico Futebol Clube, dança criativa, capoeira, psicomotricidade, gymboree e ténis. As atividades de ginástica, futebol e ténis são realizadas no pavilhão e campo polidesportivo da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico – AEIST, criando assim uma maior ligação do infantário à instituição, contribuindo também para a dinamização dos espaços existentes nas suas instalações. Em março é realizada a Semana Aberta do Infantário da APIST, uma iniciativa que possibilita a visita dos familiares das crianças à sua escola, que se transforma de acordo com o tema do projeto educativo proporcionando o envolvimento conjunto em experiências imersivas. Adicionalmente e quando apropriado, as crianças das salas do Jardim de Infância visitam os laboratórios do Instituto Superior Técnico, participam em iniciativas abertas como por exemplo a semana da Física, e em atividades de investigação propostas por docentes ou investigadores, criando-se assim sinergias muito salutares e uma verdadeira relação de todas as idades.

O final do ano letivo é celebrado com uma grande festa envolvendo toda a comunidade educativa, seguindo-se a dinamização de atividades de tempos livres tendo as crianças da sala dos 2 anos e do jardim de infância a possibilidade de frequentar a praia no período da manhã durante duas a três semanas. O Infantário disponibiliza também um serviço de ATL para a comunidade Técnico e a todos os que, em altura de férias escolares, procuram um local onde deixar os seus educandos. O Infantário da APIST mantém-se aberto durante o Verão, não funcionando apenas na quinzena de agosto em que o Técnico se encontra encerrado.

A existência do Infantário dentro das instalações do Técnico é uma mais-valia para os seus colaboradores sejam técnicos, administrativos, professores ou investigadores, promovendo o seu bem-estar e motivação pela maior conciliação da vida profissional, pessoal e familiar, além de uma maior ligação entre colaboradores, filhos e o Instituto Superior Técnico. A relação é visível no facto de existirem crianças filhas de crianças que frequentaram no passado o Jardim de Infância, bem como alunos do Técnico visitarem e participarem em atividades do Infantário, uma vez que os próprios o frequentaram enquanto crianças.

A história deste espaço completa em breve 40 anos, sendo um marco para o Instituto Superior Técnico e uma referência incontornável para a comunidade Técnico.

Resultados Alcançados

O infantário da APIST conta já com mais de 30 anos de existência e ao longo do seu funcionamento tem-se adaptado e evoluído por forma a ir ao encontro das necessidades dos colaboradores do Instituto Superior Técnico, bem como do meio em que se encontra envolvido.

Se inicialmente o infantário foi criado para preencher uma necessidade apenas junto dos colaboradores do Instituto Superior Técnico tornou-se com o tempo evidente que abrir vagas para as crianças de moradores e trabalhadores da freguesia do Areeiro seria um contributo importante para a zona envolvente, além de ser uma mais-valia para o infantário a atração de um maior número de inscrições de crianças por forma a assegurar a sua sustentabilidade. Tal demonstra-se pelo facto de o infantário ser uma das ofertas consideradas na lista da freguesia do Areeiro para a primeira infância, que se diferencia pela qualidade e excelência na sua área de atuação, sendo uma resposta de referência.

O Infantário acolhe mais de 100 crianças e todas as vagas da Creche têm sido ocupadas, assim como as do Jardim de Infância, sendo neste caso reservadas vagas para eventuais alunos ou docentes estrangeiros que venham trabalhar temporariamente para o Instituto Superior Técnico acompanhados da sua família.

Além das vagas, também as atividades têm sido adaptadas em conformidade com o número de inscritos e procura por parte dos seus Encarregados de Educação, procurando manter uma oferta de atividades extracurricular diversificada que corresponda aos interesses dos utilizadores:

Ano

Letivo

Gymboree Psicomotricidade Dança Karaté Ténis Exp. Dramática Capoeira Futebol
2021/2022 x x x       x x
2020/2021 x x x       x x
2019/2020 x x x x x   x  
2018/2019 x x x x x      
2017/2018 x x x x x x    
2016/2017 x   x x x      

Sendo uma preocupação constante do infantário abordar e consciencializar as nossas crianças para temas atuais, em 2021 e sob o tema do projeto educativo “Ambiente e cidadania – cuidar da terra é tarefa de todos” a APIST associou-se ao “Projeto Pensar Verde – Técnico Sustentável” disponibilizando a utilização da Horta Pedagógica para atividades do projeto, criando-se assim mais uma vez uma ligação às atividades desenvolvidas dentro do Técnico. O envolvimento sensorial promovido por estas ações resultou num aumento notório do interesse das crianças pelos vegetais contribuindo para uma maior disposição para uma alimentação saudável. Este projeto permitiu em julho de 2021 doar 20kg de hortaliças, cultivadas no Hortus IST, ao CASA – Centro de Apoio ao Sem Abrigo.

Além de atividades de cariz sustentável, o infantário procura também incentivar o espírito solidário nas crianças e familiares, desenvolvendo atividades sociais e comunitárias que permitam apoiar situações de maior vulnerabilidade. Assim, todos os anos é realizada uma doação financeira resultante do pedido aos pais para apoio a projetos como o “Dia do Pijama”, o “Nariz Vermelho” e “Associação Salvador”. São ainda realizadas ofertas de brinquedos na época de Natal para o Jardim de Infância “Nosso Mundo na Apelação”, consciencializando pais e crianças para as dificuldades que outros enfrentam. São também apoiados projetos do Instituto Superior Técnico como o DARIST com oferta de bens móveis para bebés e crianças.

Avaliação e Monitorização

Avaliar, monitorizar e procurar melhorar o que o infantário poderá oferecer aos seus alunos, encarregados de educação e comunidade Técnico é uma constante preocupação da APIST bem como da Coordenação do Infantário.

São várias as formas de avaliação interna e externa que nos permitem identificar essas oportunidades de melhoria, nomeadamente:

– monitorização do cumprimento dos objetivos e da implementação do Projeto Pedagógico da Creche e do Projeto Educativo do Jardim de Infância, inovação pedagógica e didática, procedendo à sua revisão sempre que necessário;

– processos de ensino e de aprendizagem estabelecidos para promover o sucesso dos alunos e a sua plena realização enquanto indivíduos e enquanto alunos;

– documentos de suporte à atividade formativa e pedagógica;

– formação e avaliação anual do corpo educativo em articulação com os representantes dos trabalhadores;

– Inquérito de avaliação anual da satisfação dos encarregados de educação com os serviços prestados e articulação com os representantes dos pais;

– cumprimento de regras (legislação e regulamentação interna da escola e de trabalhadores);

– informação entre os membros da comunidade escolar.

Com vista a melhorar a comunicação com os Encarregados de Educação, bem como por forma a otimizar os processos, foi adquirida em 2020 uma plataforma especializada de gestão escolar, a aplicação Educabiz, que passou a ser utilizada pelos vários intervenientes e foi particularmente relevante no período da Pandemia. Esta plataforma permite a integração de dados para consulta por parte dos pais, gestão pedagógica (registos, avaliação de competências, assiduidade das crianças, etc.) e gestão administrativa, incluindo a componente de faturação.

Além de anualmente ter de entregar ao Técnico um plano de atividades e o seu relatório de gestão, a APIST e, por conseguinte, o infantário tem também, todos os anos, uma auditoria externa.

Enquanto instituição de apoio à infância o infantário tem contacto recorrente com Entidades reguladoras e presta informação à Segurança Social e ao Ministério da Educação, através de reportes anualmente, apresentando mapas estatísticos dos utentes, relação de recursos humanos, precário e outros elementos sobre o seu funcionamento, bem como ao GEP e Carta Social.

A elevada procura do Infantário da APIST, demonstrada pela lista de espera existente, é um indicador de reconhecimento da sua necessidade, interesse e pertinência, sendo considerada diferenciadora das respostas concorrentes da envolvência.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O infantário da APIST tem sido ao longo dos anos uma resposta de carácter inovador. Desde o momento da sua criação que a oferta constituída através do Jardim de Infância e mais tarde da Creche no interior de um estabelecimento de ensino superior é praticamente única no país. Existem ofertas também para a primeira infância na Universidade, mas funcionam nas suas proximidades.

Além disso, o Infantário da APIST tem apostado em criar uma ligação às várias atividades desenvolvidas dentro do Instituto Superior Técnico tais como a participação de salas do Jardim de Infância em projetos desenvolvidos por investigadores, tomando por amostra certo número de crianças e desde que a atividade tenha relevo para estas, como por exemplo na área da matemática, seja participando nas semanas dos cursos, ou ainda pela utilização das instalações do Instituto Superior Técnico para a prática de atividades desportivas, ou ligando-se a projetos como o Pensar Verde do Técnico Sustentável.

Consideramos que se trata de um serviço de responsabilidade social que traz vantagens à universidade e ao Instituto Superior Técnico do ponto de vista da satisfação dos colaboradores, aumentando também a sua produtividade através da segurança e tranquilidade oferecida pelo facto de os filhos se encontrarem bem cuidados e num ambiente feliz de aprendizagem e desenvolvimento.

Umas das práticas diferenciadoras que tem vindo a ser realizada no infantário desde 2017 é a atividade “Parents and kids night out”, que consiste em uma vez por mês, promover junto dos pais a oportunidade de poderem deixar os seus educandos no infantário entre as 19:00 e as 0:00 para usufruírem de momentos em casal, tendo a certeza que os seus filhos terão um tempo de diversão num ambiente seguro. A atividade é aberta a todas as crianças que frequentam ou frequentaram o infantário, aos seus irmãos e aos educandos de colaboradores do Técnico, tendo elevada adesão.

Recomendações

Todos os anos o Instituto Superior Técnico recebe investigadores e professores internacionais que procuram uma resposta temporária e segura para os seus educandos. Considerando que o facto do Técnico ter um infantário dentro das suas instalações já por si é uma vantagem, é nossa proposta analisar a possibilidade de ter vagas cativas para estes colaboradores internacionais como forma de atração e retenção de talento, dando assim ao Instituto Superior Técnico uma vantagem competitiva comparativamente a outras instituições.

A possibilidade de poder prever outras vantagens e apoios para os colaboradores do Técnico (ex. cheque infância), bem como a otimização do funcionamento e melhoria das condições de instalações do Infantário, também deverá ser algo a ser analisado futuramente.

Considerando a grande importância da promoção da conciliação entre a vida profissional e familiar, num ritmo de vida cada vez mais acelerado em que vivemos, consideramos que é da maior relevância o investimento institucional nesta prática, que poderá e deverá ser replicada por outras instituições.

Programa de Bolsas de Estudo, NDA

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano● 2022

Programa de Bolsas de Estudo, NDA

Seleccionada Boa Prática do ano 2022

ND

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico através do Núcleo de Parcerias Empresariais desenvolveu protocolos de colaboração, com empresas, ao abrigo da Lei do Mecenato, e criou no ano letivo 2015/2016 o Programa de Bolsas de Estudo, que visa apoiar estudantes com potencial académico que, por carência socioeconómica, não disponham de meios para custear os encargos financeiros associados à frequência dos vários ciclos de estudos.

Os dados disponíveis revelam que muitos alunos se encontram impedidos de frequentar o ensino superior ou o abandonam, não obstante o seu mérito académico, por insuficiência de meios económicos. Os mecenas desejam contribuir, no âmbito da sua ação de responsabilidade social, para a promoção da igualdade de oportunidades no ensino superior.

Neste contexto, reconhecem o Técnico como uma instituição de ensino superior prestigiada que mantém elevados padrões éticos e de qualidade no ensino que ministra, partilhando dos mesmos objetivos – promover a igualdade de oportunidades e a justiça social, na medida em que há fatores socioeconómicos e culturais que interferem direta e indiretamente no insucesso académico.

Constatando que alguns estudantes com um desempenho académico relevante poderiam não conseguir prosseguir os estudos devido às suas dificuldades financeiras, considerou-se que o Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA) poderia, dada a sua proximidade com os estudantes e o corpo docente envolvido, nomeadamente no programa de tutorado (PT), assumir a responsabilização da divulgação e gestão do Programa de Bolsas de Estudo.

A operacionalização deste programa implica a elaboração dos protocolos de colaboração e regulamentos, envio para validação do gabinete jurídico e marcação da cerimónia de assinatura dos mesmos; solicitação ao Núcleo de Projetos Nacionais a abertura de projeto e pedido da emissão da respetiva fatura; abertura dos concursos à comunidade estudantil, e divulgação, que passa por solicitar ao Núcleo de Design e Multimédia a criação de um cartaz, e simultaneamente, através do portal comunicação, a difusão desta informação a toda a comunidade do Técnico; verificação dos documentos de elegibilidade; seriação e envio das informações aos mecenas para atribuição das bolsas de estudo; elaboração da ata com o resultado da seriação; agendamento e organização da cerimónia para assinatura do contrato de bolsa, e convites endereçados aos presidentes dos departamentos dos cursos dos alunos aos quais foram atribuídas as bolsas de estudo; contacto com o Gabinete de Comunicação e Relações Públicas para a cobertura jornalística do evento; de destacar ainda o acompanhamento psicopedagógico aos bolseiros ao longo do período em que são beneficiários das bolsas de estudo e o acompanhamento das atividades de voluntariado em que estão envolvidos ao longo de todo o período de atribuição da bolsa de estudo.

Atualmente, neste projeto estão envolvidos dois elementos da equipa do NDA. A calendarização desta atividade depende do contacto efetuado pelo mecenas, mas caso o protocolo já tenha sido assinado, o concurso para as bolsas detém várias fases: a receção de candidaturas que decorre em outubro; a seleção dos candidatos em novembro; a comunicação dos resultados em fins de novembro, e a assinatura do contrato de bolsa em dezembro, de cada ano letivo. É importante referir que a divulgação dos resultados da seriação está dependente das informações providenciadas pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, relativamente ao valor que os candidatos auferem de bolsa da Direção Geral de Ensino Superior (DGES), dado que o programa de bolsas de estudo do Técnico permite ao bolseiro auferir simultaneamente, de outro apoio, desde que este não ultrapasse o valor da propina.

Resultados Alcançados

Conforme se pode verificar no gráfico nº 1 tem havido um crescimento do número de mecenas desde da implementação do Programa de Bolsas de Estudos no Técnico. Do início do Programa até ao ano letivo 2021/2022 houve um aumento de 20% no número de mecenas.

Gráfico nº 1: % Mecenas por ano letivo

No gráfico nº 2 podemos aferir o número crescente de bolsas distribuídas por anos letivos, sendo que atualmente o número é cerca de 4 vezes mais, do que o número inicial.

Gráfico nº 2: Nº de bolsas por ano letivo

No gráfico nº 3 pode ser analisada a distribuição do número de bolsas pelos cursos do Técnico, onde podemos destacar os cursos com maior número de bolsas atribuídas até ao ano letivo 2021/202: Engenharia Química com 22 bolsas, Engenharia Civil com 36, Engenharia Eletrotécnica e de Computadores com 38 e Engenharia Informática e de Computadores com 43 bolsas de estudo.

Gráfico nº 3: Nº de bolsas de estudo por cursos

A seguir apresentamos dados qualitativos através dos testemunhos de alguns dos bolseiros e onde se salienta o impacto que o Programa de Bolsas de Estudo tem nas vidas dos bolseiros e das suas famílias.

Bolsas de Estudo Hovione Solidária na Educação

Depois de um semestre “bastante difícil”, “foi de certa forma um impulso para eu voltar aquilo que era a minha normalidade, voltar a dar o meu melhor”, partilhou a aluna GC expressando a sua gratidão para com os mecenas.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/cinco-estudantes-do-tecnico-apoiadas-pelo-programa-de-bolsas-hovione-solidaria-na-educacao/

“Quero ainda frisar que são apoios como este que fazem toda a diferença na vida de estudantes como eu e os meus colegas bolseiros ao permitir que continuemos a estudar na área que gostamos, lutando pelos nossos sonhos e objetivos, até que um dia nos tornaremos profissionais de excelência nas áreas em que nos estamos a formar e possamos servir grandes empresas como é o caso da Hovione”, disse IM, assumindo o orgulho por ser bolseira da empresa.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/cinco-estudantes-do-tecnico-apoiadas-pelo-programa-de-bolsas-hovione-solidaria-na-educacao/

Bolsas de Estudo Martim Lancastre: “Acreditamos que apostar na educação das pessoas é a melhor forma de valorizar a vida” (Mecenas)

O bolseiro JCL agradeceu este “incentivo” que lhe “permite estudar e não ter que me preocupar com a parte financeira o que é muito bom”.  Assumindo-se determinado, manifestou a sua vontade de querer “honrar o nome da bolsa, pelo seu valor, não só monetário, mas sobretudo pela história que tem por trás”.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/bolsas-de-estudo-martim-lancastre-acreditamos-que-apostar-na-educacao-das-pessoas-e-a-melhor-forma-de-valorizar-a-vida/

Avaliação e Monitorização

A avaliação do processo de candidatura é efetuada através do feedback que os estudantes vão fornecendo por email, e através das interações para validação das candidaturas. Neste sentido, foram criadas as FAQ’s de apoio à submissão da candidatura e no próprio formulário de candidatura online foi incluída informação adicional de forma a tornar a candidatura mais clara.

Com relação aos bolseiros, a avaliação é efetuada semestralmente com elaboração de um relatório que pretende sistematizar os resultados académicos, para ser entregue aos mecenas e para referência do IST. Esta monitorização implica por parte do bolseiro a manutenção de uma média não inferior a 13,5 valores, e dependendo do regulamento de bolsa, a aprovação às unidades curriculares inscritas, bem como, estarem comprovadas a continuidade das razões financeiras que justificaram a atribuição da Bolsa no ano anterior.

Com o acompanhamento regular dos bolseiros podemos identificar à priori situações de baixo rendimento académico, sendo necessário um acompanhamento psicopedagógico com o objetivo de apoiar os bolseiros no cumprimento das condições necessárias para a renovação da sua bolsa.

O aumento do número de candidaturas nos diferentes programas de bolsas de estudo, nos últimos 6 anos, é o reflexo do esforço da divulgação que se traduz na criação de cartazes, utilização do portal de comunicação do Técnico no Fénix, comunicação nas redes sociais como Facebook e Instagram. É também de salientar a presença do NDA na semana de acolhimento aos novos alunos, onde é efetuada a divulgação dos Programas de Bolsas de Estudo e também das Bolsas da DGES.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Como aspetos inovadores da prática podemos destacar o impacto que este projeto tem na vida dos bolseiros e respetivas famílias, ao apoiar estudantes com mérito académico e com dificuldades financeiras, que de outra forma poderiam abandonar o seu percurso académico.

Importa referir ainda que o cálculo aplicado no Técnico para aferir o rendimento per capita do agregado familiar é de 22 vezes o indexante dos apoios sociais (IAS) em vigor no início do ano letivo, acrescido do valor da propina máxima anualmente fixada para o respetivo ciclo de estudos do ensino superior público. Enquanto que nas bolsas da DGES o valor aplicado do IAS é de 18 vezes, permitindo assim apoiar estudantes que não teriam auxílio financeiro público.

Realçamos ainda o voluntariado como forma de o bolseiro retribuir à comunidade o apoio recebido, ao realizar atividades num total de 30 horas por semestre, em instituições de cariz social ou no Técnico, desenvolvendo desta forma também as suas competências sociais, intra e interpessoal.

A criação, pelo NDA, das salas de estudos online, onde os bolseiros são monitores voluntários e partilham experiências de aprendizagem em ambiente académico, constitui outra das atividades inovadoras e com potencial de benchmarking, passível de ser replicada para outras instituições.

No decorrer do programa de voluntariado os bolseiros prestam também apoio individualizado a alunos dos Países de Língua Oficial Portuguesa e a alunos com Necessidades Educativas Especiais, sendo este apoio acompanhado pela equipa técnica do NDA. Este contributo é relevante para a formação dos bolseiros para a cidadania global, sensibilizando-os para a solidariedade social e inclusão.

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

terça, novembro 8th, 2022

Promoção da saúde mental e inclusão na comunidade académica do Técnico● 2022

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

http://mentalhealthclub.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

O “Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão” foi criado em 2020 como uma resposta à preocupação acerca deste assunto transmitida por elementos da comunidade académica do Técnico ao Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA). Assim sendo, o Clube nasceu como um ponto de encontro de caráter transversal para a promoção da saúde mental e inclusão no Técnico, através da organização de atividades de sensibilização e apoio ao estudante.

De entre as atividades desenvolvidas, destaca-se o projeto “BrainStorms”, iniciado durante a fase inicial da pandemia COVID-19 em co-promoção com elementos do NDA. Este projeto consiste num ciclo de conversas informais via Zoom (18 até à data), onde se abordam questões a nível de saúde mental e inclusão, que se percecionam problemáticas no seio da comunidade do Técnico (e.g., igualdade de género, sentimento de pertença, aulas a distância, gestão das emoções em tempos de pandemia). As sessões contam com oradores convidados com experiência nas várias questões abordadas e são transmitidas através do canal de Youtube do Clube. Neste contexto, é de notar a parceria estabelecida com o programa FAIL! (MIT (EUA); 2017), focado na gestão positiva do fracasso em ambientes académicos e profissionais.

Para além disto, o Clube promoveu a implementação de um programa de mentorado para estudantes de PhD junto com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação, e tem colaborado com diversos grupos da esfera Técnico tais como o QueerIST, o Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP), a AEIST ou o Núcleo de Estudantes Africanos do IST na organização de palestras. Mais recentemente, o Clube está ainda a promover um ciclo de sensibilização acerca de comportamentos aditivos (substâncias, jogo, FOMO, sexo; Março-Abril 2022) e sessões periódicas de partilha e meditação guiada.

Resultados Alcançados

O objetivo do Clube tem sido o desenvolvimento de iniciativas focadas na melhoria da qualidade de vida cognitiva e/ou emocional e promoção de uma melhor saúde mental na comunidade do Técnico. Embora a organização e formato das atividades a desenvolver se viu afetada pela pandemia, foi possível desenvolver um número significativo de iniciativas via Zoom.

Assim, o impacto positivo da constituição do Clube na comunidade Técnico viu-se materializado através do desenvolvimento das atividades que se seguem:

– Abordagem de 18 assuntos relacionados com a saúde mental, resiliência, adaptabilidade ou pertença ao Técnico, entre outros, através das sessões do projeto “BrainStorms”, disponíveis no canal de Youtube do Clube (https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ). Entre elas, destacam-se as sessões de “Estes tempos não são para fracos” com Ana Moniz; “Sanidade mental e ensino à distância: Missão impossível?” com Teresa Espassandim; “Desconfinar, mas devagar: Resiliência, Qualidade de Vida e Saúde Mental” com Catarina Rivero, “Comunicar com Inclusão” com Yolanda Tati e Joana Lobo Antunes, “Técnico no feminino – Mulheres na Engenharia” com Isabel Ribeiro, “LGBTQ? E há +? Identidade e Saúde Mental” com Delso Batista ou “Sou uma fraude!? – Lidar com a Síndrome do Impostor” com Andreia Santos.

– Colaboração com o programa FAIL! (https://fail-sharing.org), criado no MIT (EUA) em 2017, e cujo foco é promover a desestigmatização do fracasso em ambientes académicos e profissionais e na sociedade em geral. Foram organizadas três sessões no contexto das “Brainstorms” com Arlindo Oliveira, Zita Martins e Miguel Duarte como oradores convidados;

– Implementação do programa de mentorado para estudantes de PhD em colaboração com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação;

– Realização de atividades conjuntas com outros núcleos/grupos da comunidade do Técnico tais como o QueerIST, Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP) ou Núcleo de Estudantes Africanos do IST;

– Estabelecimento de uma parceria com a AEIST que visa desenvolver atividades focalizadas na saúde mental (e.g., ciclo de partilha, sessões de meditação guiada).

Avaliação e Monitorização

O Clube está atualmente formado por estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento assim como alumni e/ou investigadoras/es do Técnico, com formação em diversas áreas (e.g., informática, física, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia química). As/os voluntárias/os são responsáveis pela organização das atividades em termos de: (i) conceptualização; (ii) contacto com potenciais parceiras/os e/ou especialistas nos assuntos a abordar; (iii) calendarização e definição do formato (on-line, híbrido ou presencial); (iv) elaboração da estratégia de comunicação e divulgação da atividade nas redes do Clube e site do Técnico; (v) realização efetiva da atividade (criação de links, moderação); (vi) avaliação do impacto quantitativo da atividade (engajamento por parte da comunidade, número de participantes, respostas ao formulário posterior às sessões); e (vii) avaliação do impacto qualitativo (discussão entre os membros do grupo acerca dos principais pontos positivos e identificação de estratégias a melhorar no futuro).

Neste contexto, os principais impactos positivos do Clube têm sido confirmados através dos seguintes pontos:

– Número de seguidores nas redes sociais do Clube: Instagram (539; https://www.instagram.com/saudementalist/), Facebook (177; https://www.facebook.com/Student-Club-on-Mental-Health-and-Inclusion-IST-101432234814705/), Twitter (87; https://twitter.com/SaudeMentalIST) e LinkedIn (14; https://www.linkedin.com/groups/12474728/);

– Número de subscritores no canal de YouTube do clube (227; https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ) e número de visualizações das sessões do “BrainStorms” (>3775);

– Estabelecimento de parcerias materializadas na realização (passada e futura) conjunta de atividades/programas com mais do que 10 núcleos/grupos/associações da esfera Técnico (e.g., NDA, NAPE, CommUnity by EIT InnoEnergy, Clube de Estudantes de Doutoramento, Área de Pós-Graduação, Núcleo de Estudantes Africanos, Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente, Núcleo de Minas, WIP, AEIST, QueerIST).

Carácter Inovador e Transferibilidade

A vida académica consegue traduzir-se numa fase de alto peso emocional, de alta pressão social e pressão adicional autoimposta. Neste sentido, iniciativas que se proponham a promover a manutenção da nossa saúde mental e a desmistificar distúrbios psicológicos são muito importantes e essenciais no ambiente académico do Técnico. Sabe-se também que o isolamento constitui uma agravante para os problemas associados à saúde mental que é necessário mitigar. Assim, através da formação do Clube, tem sido possível chegar mais facilmente aos vários elementos da comunidade académica e incentivar reflexões que melhorem o bem-estar individual e coletivo. Para além disto, até à data, não existia nenhuma organização de estudantes dedicada especificamente às questões associadas à saúde mental e à forma como esta se associa com a noção de inclusão. Para além do impacto na comunidade do Técnico, a criação do Clube vem a manifestar-se como uma estratégia com potencial para ser replicada em outras instituições de ensino superior. De facto, atividades como o projeto “Brainstorms” ou o programa de mentorado para estudantes de PhD, tipicamente vindos de fora do Técnico e sem uma rede de apoio e suporte suficientemente abrangente, têm potencial para serem reproduzidos em outras instituições de ensino superior.

Grupo de Comunicação dos Departamentos do Técnico para a divulgação e organização de iniciativas de promoção do Ensino do Técnico.

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

Grupo de Comunicação dos Departamentos do Técnico para a divulgação e organização de iniciativas de promoção do Ensino do Técnico.

https://acim.tecnico.ulisboa.pt/

 

Implementação da Prática

O Grupo de Comunicação dos Departamentos é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta os vogais de comunicação/ligação à sociedade dos 10 Departamentos de Ensino do Instituto Superior Técnico. Foi criado em setembro de 2021, com a introdução de uma nova estratégia de comunicação da oferta formativa do Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada um dos Departamentos, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum.

Este grupo segue a mesma mecânica e dinâmica do Grupo de Comunicação das Unidades de Investigação, iniciado em 2019 e distinguido como Boa Prática ObservIST em 2021. Assim, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. conceção e desenvolvimento de atividades conjuntas de divulgação e promoção do ensino.

Os encontros mensais ocorrem regularmente desde Setembro 2021, onde tem sido possível receber contributos dos vários departamentos na implementação dos novos conteúdos sobre os cursos no website e na preparação de eventos futuros como o Dia Aberto e o Verão na ULisboa.

 

Departamentos:

– Departamento de Bioengenharia (DBE)

– Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares (DECN)

– Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil)

– Departamento de Engenharia e Gestão (DEG)

– Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC)

– Departamento de Engenharia Informática (DEI)

– Departamento de Engenharia Mecânica (DEM)

– Departamento de Engenharia Química (DEQ)

– Departamento de Física (DF)

– Departamento de Matemática (DM)

Resultados Alcançados

Das três atividades desenvolvidas, desenharam-se os seguintes objetivos:

  1. Promover o networking e o conhecimento de todos os responsáveis de comunicação dos Departamentos, de forma a promover uma maior interação entre as unidades resultando em uso mais eficiente dos recursos. RESULTADOS: a maioria das pessoas deste grupo não conhecia as restantes responsáveis de comunicação dos departamentos, neste momento todos se conhecem.
  2. Aproximar a estratégia de comunicação central do Técnico das necessidades de comunicação dos Departamentos. RESULTADOS: Partilha dos objetivos e ações da ACIM, com sensibilização para a participação nas respetivas ações desenvolvidas pela ACIM: eventos de divulgação virtual (ISTO É Técnico), levantamento dos laboratórios disponíveis para visitas escolares, formações sobre os cursos para as equipas que divulgam o Técnico e ainda identificação de objetos para o podcast 110 Histórias | 110 Objetos.
  3. Partilhar boas práticas que possam ser replicadas noutras unidades de investigação. RESULTADOS: a apresentação de projetos de cada Departamento (ex. Laboratórios Abertos, Semanas Temáticas, etc), permite às restantes adaptar e adotar para as suas realidades. Promoveu-se a possibilidade de entreajuda e colaboração, para a realização de iniciativas e resolução de problemas semelhantes.
  4. Partilha de experiências na utilização de ferramentas diárias. RESULTADOS: reestruturação das páginas públicas dos Departamentos, com a criação de páginas próprias em novo template, em substituição das atuais versões em Fénix. Colaboração com os Serviços Informáticos.
  5. Desenvolver projetos com impacto na ligação à sociedade. RESULTADOS: Deste grupo resultam os preparativos para o Dia Aberto do Técnico e iniciam-se os preparativos para o Verão na ULisboa 2022.

Avaliação e Monitorização

A participação da maioria dos membros nos encontros regulares mensais é uma medida do interesse que encontram nas reuniões e nos assuntos aí discutidos.

Os vários contributos ao longo das reuniões demonstraram também a pertinência do grupo, além da agilidade na organização de iniciativas de grande dimensão que envolvem todos os departamentos.

Prevê-se a aplicação de um inquérito de monitorização da atividade deste grupo no final do ano letivo, que façam também o balanço das iniciativas que estão a ser preparadas como o Dia Aberto e o Verão na ULisboa.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto é a existência de um grupo que agregue todos os Departamentos do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de novos programas. A existência deste grupo e a agilidade da sua comunicação interna tem permitido a coordenação de atividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico. A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. A ACIM já implementou o mesmo tipo de grupo com os responsáveis de comunicação das unidades de investigação e com os serviços do Técnico que trabalham com estudantes.

Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico

terça, novembro 8th, 2022

Comunicação● 2022

Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico

https://tecnico.ulisboa.pt/pt/sobre-o-tecnico/institucional/redes-sociais

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico tem contas nas principais redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e Youtube), que contam com milhares de seguidores. Para além das contas oficiais da Escola, existem ainda inúmeras contas nessas mesmas redes sociais de Departamentos de Ensino, Unidades de Investigação, Grupos de Investigação, Núcleos de Alunos, projetos e iniciativas da comunidade e unidades de serviço centrais da Escola, entre outros.

Havendo inúmeros produtores de conteúdos ao longo dos tempos, também nas contas oficiais, a Comunicação do Técnico sentiu a necessidade de criar uma iniciativa abrangente que refletisse a estratégia de comunicação da Escola, dotando os atuais e futuros produtores de conteúdos das ferramentas adequadas para a sua implementação de forma uniformizada.

A iniciativa foi concretizada, em outubro de 2021, em três vertentes:

– Escrita e divulgação do “Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico”, disponível online para dentro e fora do Técnico.

– Criação de um diretório da presença do Técnico nas Redes Sociais, bem como de site dedicado ao tema das Redes Sociais no Técnico com toda a informação relativa ao assunto. A página tenta refletir tanto a diversidade de páginas, comunidades e públicos-alvo como a unidade e coerência que as mesmas partilham entre si. Foi feita baseada em benchmarking de práticas semelhantes em faculdades internacionais.

– Formações regulares para capacitação da comunidade para a criação e gestão de contas nas redes sociais.

Para a implementação desta atividade, foram alocados dois recursos humanos da ACIM – Joana Lobo Antunes (coordenação) e Sílvio Mendes (elaboração e organização dos conteúdos), com apoio do Núcleo de Design e Multimédia para paginação e design do guia e do website associado.

Resultados Alcançados

Esta iniciativa da Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico, com forte pendor colaborativo entre uma alargada comunidade do Técnico, materializou-se em quatro vertentes fundamentais:

  1. A publicação online e gratuita a toda a comunidade do Técnico, mas também disponível para a comunidade externa, do “Guia para as Redes Sociais do Instituto Superior Técnico”. O documento assume-se como um ponto de reflexão da comunidade do Técnico em torno de objetivos, expetativas, modos de trabalho, responsabilidades, definição de mensagens, de imagem e de públicos-alvo, de boas práticas na gestão e produção de conteúdos. Dirige-se aos responsáveis por páginas, tais como profissionais de comunicação, professores, investigadores, técnicos e administrativos e/ou outras pessoas que façam ou pretendam vir a fazer gestão de conteúdos para as redes sociais. A produção do Guia teve em consideração os diferentes recursos, públicos-alvo, capacidades e necessidades de cada página e estabelece uma base útil a todas, focando-se também no que todas têm em comum. A sua redação foi também um trabalho colaborativo, incluindo contributos da comunidade científica e académica, tendo sido discutido nas reuniões regulares do Comunica Ciência, Comunica Departamentos e Comunica Serviços.
  2. Criação de um diretório da presença do Técnico nas Redes Sociais e de um site dedicado ao tema com toda a informação relativa ao assunto, inspirada nas melhores práticas internacionais, como são o caso das Universidade de Berkeley e do MIT. O diretório de páginas nas redes sociais com carimbo Técnico está dividido em seis categorias (Contas oficiais do Técnico; Ensino no Técnico; Investigação no Técnico; Estudantes do Técnico; Serviços do Técnico; Artes, Desporto, Lazer e Alumni) e estará em constante atualização. Compila páginas nas redes sociais de mais de 150 estruturas / iniciativas / páginas da comunidade Técnico.
  3. A oferta de formação. A Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico assegura também um Plano regular de formações em redes sociais direcionadas à comunidade do Técnico. Realizou já, em colaboração a Direção de Recursos Humanos, duas sessões em outubro: 11 de outubro de 2021, 10h | Redes Sociais: Estratégia, Identidade, Envolvimento; 18 de outubro de 2021, 10h | Redes Sociais: Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin e Youtube. Para além disso, foi dada também uma formação no âmbito da iniciativa PhD Open Days, a 24 de novembro de 2021: Workshop: “Social Media for Researchers”; Para 2022 está prevista uma nova ronda de formação nos mesmos moldes, para a comunidade.
  4. Apoio direto na gestão das redes sociais já existentes. A ACIM disponibiliza-se para acompanhar constantemente a comunidade em questões como: análise da necessidade de criação de novas páginas e ajuste da melhor estratégia de comunicação de cada uma delas; necessidade de criar uma conta ou analisar a conta que já criaram, em termos de necessidades, públicos-alvo, objetivos, recursos, etc..

Avaliação e Monitorização

Esta iniciativa integrada que incluiu Guia para as Redes Sociais, Diretório e Ações de formação / apoio está em constante atualização é o resultado de um longo processo que incluiu a consulta e recurso aos melhores exemplos bibliográficos internacionais e nacionais. O processo de construção e redação do mesmo incluiu duas reuniões com responsáveis de comunicação de cada uma destas estruturas: Unidades de Investigação, Departamentos e Serviços do Técnico. Essas reuniões de partilha e recolha foram também um modo de recolha de opiniões sobre a utilidade do guia e inclusão no mesmo das necessidades visões de cada um. Foi um fórum de partilha e discussão sobre identidade e ação nas redes sociais que deu origem a algumas alterações: mudanças de nomes das páginas, de logotipos, anulamento de páginas redundantes, maior colaboração entre as páginas, com campanhas concertadas, etc. Na sequência das sugestões de colaboração apresentadas no Guia, surgiu também uma colaboração em modo TakeOver com o Sinfo 29, Semana de Informática organizada por alunos do Técnico. A divulgação do próprio guia nas redes sociais teve um considerável impacto, alcançado mais de 8000 impressões no Twitter, 10000 pessoas alcançadas no Facebook e 4500 no Instagram (e mais de 3000 nas Storys). Recolheu também aplausos em grupos de profissionais no Facebook, como o SciCom.Pt de comunicação de ciência comentários (81 likes). Alguns comentários: “António Granado: Excelente trabalho! Parabéns!!”; “Pedro Jerónimo: Bravo! Vai ser muito útil para uma empreitada que tenho em mãos 🙂 Obrigado”; “Muito obrigada por este trabalho fantástico. Sou testemunha da diferença que um gabinete dedicado à comunicação de Ciência faz numa instituição como o Técnico. Parabéns!”. As inscrições para as formações esgotaram antes do prazo, o que demonstra um grande interesse da comunidade do Técnico pelo tema, havendo já interesse em repetir a formação. A avaliação das formações, frequentadas por 24 participantes, foram extremamente positivas: 6,3 e 6,1 de avaliação geral (numa escala de 1 a 7), num inquérito aplicados pela DRH. No que ao diretório diz respeito, temos recebido pedidos de atualização da lista com páginas que entretanto surgiram ou não estavam consagradas na lista inicial.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projeto assenta numa publicação cuja utilidade é transversal a todas as áreas científicas, académicas e de toda a comunidade do Técnico. A compilação, em formato de guia acessível, torna-se numa importante ferramenta para todos os atores que façam ou pretendem vir a fazer comunicação, em especial nas redes sociais. Para além do  guia, é disponibilizado em biografia o acesso às melhores práticas internacionais nessa matéria, assim como aos dados de utilização das redes e alguns estudos que analisam o comportamento do público na sua relação com as ciências sociais.

A produção do guia assentou também numa consulta regular das expetativas, necessidades e visões dos vários elementos do Técnico. O resultado final é também um produto colaborativo e ajustado à realidade da Instituição.

Os resultados deste projeto acrescentam ao quotidiano da instituição um conjunto de orientações estratégicas com potencial de criar uma sintonia entre as várias páginas Técnico nas redes sociais, criando e aprofundando novas plataformas de diálogo entre os vários gestores de páginas nas redes sociais. Para além do Guia e de um diretório no site do Técnico com todas as páginas da comunidade, a ACIM disponibilizou um plano de formações em redes sociais, em que apresenta algumas das ideias mais relevantes para as boas práticas na área. O empoderamento e aumento de competências da comunidade é uma das grandes apostas deste projeto. Foi também disponibilizado um serviço de apoio direto a membros do Técnico que ponderem criar uma conta ou analisar a conta que já criaram, em termos de necessidades, públicos-alvo, objetivos, recursos.

Esta iniciativa pode servir de inspiração para outras semelhantes, que apostem num maior envolvimento da comunidade, através de produção de guias / documentos de orientações estratégias comuns. Criar uma sintonia estratégia e um alinhamento de vozes de comunicação da complexa e extensa comunidade do Técnico é uma ideia a aplicar em diversos setores do quotidiano que pode ter um profundo impacto na imagem externa da Escola.

Como resultado da divulgação desta iniciativa, têm surgido convites externos para formações e ou seminários sobre o tema em locais como a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e Universidade do Porto. Esta visibilidade coloca também o Técnico como referência nacional na reflexão e definição de estratégia para a comunicação nas redes sociais.