Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Técnico-Pedagógico’ Category

Study@Técnico Webinar Series

terça, novembro 8th, 2022

Internacionalização● 2022

Study@Técnico Webinar Series

Implementação da Prática

Decorrente da necessidade de aumento de estudantes e tendo em conta que a pirâmide demográfica em Portugal se encontra invertida, a estratégia do Técnico Lisboa passa pela forte aposta no recrutamento de estudantes de outros países do mundo com importante enfoque nos estudantes ao abrigo do Estatuto de Estudante Internacional.(Decreto-Lei n.º 36/2014: Regulamenta o estatuto do estudante internacional a que se refere o n.º 7 do artigo 16.º da Lei n.º 37/2003, de 22 de agosto, que estabelece as bases do financiamento do ensino superior, Alterado pelo/a Artigo 2.º do/a Decreto-Lei n.º 62/2018 – Diário da República n.º 150/2018, Série I de 2018-08-06, em vigor a partir de 2018-08-07)

Assim, seguindo a estratégia de internacionalização da Escola e decorrente da necessidade de chegar a diversos públicos num período em que as atividades presenciais ficaram limitadas, o Admissions Office desenvolveu uma série de webinars em língua inglesa, com a designação: Study@Técnico Webinar Series com vista à disseminação do Técnico Lisboa através de ferramentas que permitem a visualização e consulta da informação independentemente do fuso horário ou localização do interessado.

Study@Técnico Webinar Series foi assim criado com o propósito da disseminação da oferta formativa a nível internacional com vista à captação e recrutamento de novos Estudantes Internacionais Regulares (estudantes nacionais de países terceiros).

A estrutura do Study@Técnico Webinar Series consistiu numa série de 11 webinars, de forma a incluir todos os Departamentos do IST e a Estrutura Transversal IST-Ambiente, uma vez que é a única responsável por oferta formativa.

Tendo em consideração a definição dos períodos de candidatura para o concurso de Estudantes Internacionais Regulares, definida por decreto reitoral, foi delineada uma calendarização semanal para a realização dos webinars, de forma a permitir a divulgação atempada, contemplando o período prévio e o início da 1ª fase das candidaturas.

O projeto foi estruturado através das seguintes ações:

  • Construção de um plano de comunicação

         Redes sociais

         Campanha via email (prospects, leads, candidatos, parceiros institucionais)

  • Seleção e organização da informação a transmitir em cada webinar
  • Preparação de apresentações

 Vídeo

 Voz

 Apresentação gráfica

  • Redação de script individual para cada webinar
  • Recolha de testemunhos de alumni
  • Definição do horário dos webinars
  • Definição de duração máxima de um webinar: máximo 50 minutos
  • Pesquisa e definição de programa de streaming
  • Agendamento de teste de equipamento com cada departamento e estrutura transversal
  • Definição de template de apresentação a utilizar pelos departamentos A realização da Study@Técnico Webinar Series teve a seguinte calendarização:
  1. 17 de novembro 2021 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Civil

Engineering, Architecture and Georesources

  1. 7 de dezembro 2021 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Nuclear Science and Engineering
  2. 12 de janeiro 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Bioengineering
  3. 14 de janeiro de 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Engineering and Management
  4. 18 de janeiro 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Mathematics
  5. 20 de janeiro de 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Electrical and Computer Engineering
  6. 25 de janeiro de 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Chemical Engineering
  7. 27 de janeiro de 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Physics
  8. 1 de fevereiro de 2022- Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Mechanical Engineering
  9. 15 de fevereiro de 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. IST Environment
  10. 22 de fevereiro 2022 – Webinar “Study @ Técnico Lisboa” ft. Department of Computer Science and Engineering

Study@Técnico Webinar Series foi integralmente pensado, estruturado e executado pela equipa do Admissions Office – Área de Assuntos Internacionais. As apresentações foram realizadas com recurso a Power Point e Canva. Para a realização das apresentações foram recolhidas imagens, fotográficas e de vídeo, captadas nos diferentes campi e nos locais mais emblemáticos da cidade de Lisboa. Para este efeito foram utilizados equipamentos pessoais, nomeadamente máquina fotográfica e telemóveis para gravação de vídeo e voz. Para a edição de vídeo foram utilizados programas free source, tal como para o streaming, realizado através do programa free source Streamyard e do canal de Youtube do Admissions Office. Para a divulgação dos eventos utilizámos as Redes Sociais da Área de Assuntos Internacionais e do Admissions Office. Todos os docentes colaboraram na utilização dos seus computadores portáteis, para a apresentação da informação relativa às áreas científicas, assim como concordaram em assinar uma declaração de cedência de imagem.

Resultados Alcançados

O objetivo principal do Study@Técnico Webinar Series é o acesso a informação especifica da oferta formativa de cada Departamento e do Técnico Lisboa, em língua inglesa, num formato dinâmico e acessível em qualquer lugar e a qualquer hora.

Durante o streaming, em direto, a audiência notou-se reduzida, no entanto em todos os Webinars houve perguntas de possíveis candidatos interessados. Uma vez que o Admissions Office disponibilizou os webinars no próprio dia da sua realização na plataforma Youtube as visualizações têm aumentado todos os dias, traduzindo-se já em números muito significativos.

Webinar 1 Ft. Departamento Engenharia Civil

         Visualizações – 188

         Likes – 12

Webinar 2 ft Departamento de Ciências Nucleares

         Visualizações- 108

         Likes – 11

Webinar 3 ft Departmento de Bioengenharia

         Visualizações – 101

         Likes – 7

Webinar 4 ft. Departamento de Engenharia e Gestão

         Visualizações – 126

         Likes – 5

Webinar 5 ft Departamento de Matemática

         Visualizações – 116

         Likes – 4

Webinar 6 ft Departamento Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

         Visualizações – 118

         Likes – 8

Webinar 7 ft Departamento de Engenharia Química

         Visualizações – 142

         Likes – 5

Webinar 8 ft Departamento de Física

         Visualizações – 47

         Likes – 3

Webinar 9 ft Departamento de Engenharia Mecânica

         Visualizações – 46

         Likes – 3

Webinar 10 ft IST Ambiente

         Visualizações – 47

         Likes – 2

Webinar 11 – Departamento de Engenharia Informática

         Visualizações – 30

         Likes – 3

Dados à data de 07/03/2022.

Ao longo do Study@Técnico Webinar Series foram introduzidas várias melhorias:

  • Alteração da webcam utilizada, de forma a melhorar a imagem dos oradores
  • Adaptação do script para uma melhor compreensão do público-alvo
  • Edição, corte e criação de novos vídeos com vista à diversificação de disseminação da informação
  • Introdução de “QuizTrivia” de forma a tornar o conteúdo mais apelativo para o Público-alvo
  • Utilização de ring light para iluminação dos oradores
  • Redução a apenas um orador por departamento para evitar falhas e sobreposição de informação
  • Aconselhamento de conteúdo das apresentações dos Departamentos para que a oferta formativa seja apresentada de forma mais atrativa

Avaliação e Monitorização

Ao longo do Study@Técnico Webinar Series foram introduzidas vária melhorias:
• Alteração da webcam utilizada, de forma a melhorar a imagem dos oradores
• Adaptação do script para uma melhor compreensão do público-alvo
• Edição, corte e criação de novos vídeos com vista à diversificação de disseminação da informação
• Introdução de “QuizTrivia” de forma a tornar o conteúdo mais apelativo para o Público-alvo
• Utilização de ring light para iluminação dos oradores
• Redução a apenas um orador por departamento para evitar falhas e sobreposição de informação
• Aconselhamento de conteúdo das apresentações dos Departamentos para que a oferta formativa seja apresentada de forma mais atrativa.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A presença online do Técnico Lisboa é imprescindível nos dias de hoje e ainda mais crucial para a atração e recrutamento de Estudantes Internacionais Regulares. Na última década o IST fez- se representar num conjunto de fóruns internacionais, alguns a decorrerem duas vezes ao ano, onde existia oportunidade para contactar com estudantes e familiares e fazer uma prospeção direta. Com a pandemia esta representação esteve limitada a eventos digitais, obrigando a uma readaptação, resiliência e capacidade de resposta em tempo real. Em simultâneo, e em grande parte resultante dos efeitos consequentes da pandemia, os portais de divulgação internacional cresceram exponencialmente, em termos de diversidade e de valor. Este serviço aumentou cerca de 200%, tornando difícil a manutenção dos compromissos com os canais onde o IST marcava presença. Assim, em resposta às limitações impostas, o Admissions Office criou esta nova prática, realizada de forma sustentável, sem investimento financeiro adicional e totalmente concretizada com recursos próprios, através dos seus escassos Recursos Humanos.

Trata-se da primeira ação conjunta com todos os departamentos e uma estrutura transversal para atração e recrutamento de Estudantes Internacionais, em livestream e com publicação para consulta de potenciais interessados, integralmente em língua Inglesa.

Independentemente de ser possível retomar as presenças em feiras, colégios e eventos no estrangeiro, a experiência resultante dos dois últimos anos mostrou-nos que o digital veio para ficar e será um canal aberto para a continuidade da divulgação do IST fora de portas.

Acreditamos que o Study@Técnico Webinar Series veio para ficar.

Sistema de Avaliação de Impacto da Formação

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano● 2022

Sistema de Avaliação de Impacto da Formação

https://drh.tecnico.ulisboa.pt/formacao-profissional

Implementação da Prática

Um dos 3 eixos de ação do Núcleo de Formação e Desenvolvimento (NFD), da Dire9ao de Recursos Humanos (DRH) e a avaliação continua das suas atividades formativas.

0 sistema de avaliação das forma9oes era ate ao início de setembro de 2021 composto exclusivamente pela aplicação dos Questionários de Satisfação aos Formandos e aos Formadores.

Sabendo que um dos objetivos do NFD e promover a qualificação de todas as pessoas que trabalham no 1ST através de oferta formativa que responda as necessidades profissionais, foi necessário desenvolver um questionário que permitisse avaliar o impacto da formação na atividade profissional dos/as formandos/as.

Esta ferramenta permite assim avaliar o contributo efetivo dos conteúdos formativos no desempenho profissional do/a formando/a, bem como contribuir para o alinhamento e melhor planeamento de Formação oferecida pelo NFD.

A aplicação dos questionários de Avaliação de lmpacto aos/as participantes das a9oes decorridas em 2021 decorreu em três períodos, 3, 6 ou 12 meses ap6s a realização da ação, mediante a temática da formação e aplicabilidade mais ou menos imediata dos conteúdos aprendidos, de modo a que o distanciamento temporal estipulado permitisse a obten9ao de um feedback efetivo sabre o impacto da aprendizagem na valorização humana e técnico profissional dos participantes, individualmente e na instituição.

A constru9ao do questionário pretendeu assegurar as seguintes dimensões: apreciação geral, motivação para a frequência na ação de formação; impacto pessoal e profissional; vantagens e desvantagens na frequência da formação.

Os questionários, an6nimos, foram realizados através de formulários do Google e o seu envio efetuado, via e-mail, de forma personalizada, para todos/as os/as participantes das a9oes de formação. A informação recolhida foi tratada confidencialmente. O processo de avaliação teve início em janeiro de 2022, tendo sido aplicados questionários de impacto a todas as ações elegíveis do 1° e 2° Ciclos

Resultados Alcançados

A implementação do Sistema de Avaliação de Desempenho, no NFD-DRH, permitiu recolher dados que validam o impacto positivo da formação frequentada, bem coma identificar pontos de melhoria a serem futuramente implementados nas formações.

A aplicação dos questionários de Avaliação de lmpacto decorreu entre janeiro e fevereiro de 2022, a um universo de 9 ações elegíveis respeitantes ao 1° e 2° ciclos de formação em 2021, nas quais tinham participado 120 formandos/as. A taxa de resposta obtida foi de 59,2% (n=71), abaixo do desejado provavelmente devido ao procedimento ter sido recentemente adotado, podendo carecer de período de adaptação e familiarização com esta tipologia de avaliação par parte dos/as formandos/as.

No que se refere as principais motivações demonstradas pelos/as formandos/as, de uma forma geral, verificou-se o aumento e atualização de conhecimentos, a otimização de utilização de determinadas ferramentas para uso profissional.

0 desenvolvimento de competências, conhecimento de novas ferramentas, a partilha de experiências e aumento do desempenho profissional, foram evidenciadas pelos/as formandos/as, de uma forma transversal, coma as principais vantagens na frequência da formação.

De um modo geral os formandos/as, numa escala em que 7 – Concordavam Totalmente e 1 – Discordavam Totalmente, verificou-se que a maioria concordou que a formação foi eficaz (6) e que os resultados da formação corresponderam as suas expetativas (5,9).

No âmbito profissional, a maioria dos/a formandos/os, numa escala em que 7 – Concordavam Totalmente e 1 – Discordavam Totalmente, constatou-se que, adquiriram novas competências (5,1) e os conhecimentos adquiridos facilitaram a sua prática profissional, assim coma, foram indispensáveis para melhorar o seu desempenho (4,8, respetivamente) e a sua atuação ao nível profissional melhorou (4,5). E importante referir que, 85% (n=60) dos/as formandos/as indicaram que frequentariam novamente as

ações de formação e que 96% (n=68), recomendariam a frequência da formação aos colegas. Consideram-se estes dados muito relevantes e significativos, sabre o desenvolvimento das ações de formação, assim coma para o planeamento da formação pelo NFD-DRH.

Como melhoria, temos apenas a constatar o aumento da carga horaria de algumas formações.

Avaliação e Monitorização

Todas as ações de formação do NFD-DRH são sujeitas a um processo de avaliação composto pela aplicação de um Questionário de Satisfação no final da formação e pela aplicação do Questionário de Avaliação do lmpacto Formativo.

Através da análise dos Questionários de Avaliação do lmpacto Formativo, verifica-se o impacto das sessões de follow-up, quando aplicável, assim coma o contributo efetivo dos conteúdos formativos, na sua generalidade, no desempenho profissional do/a formando/a e uma aferição de necessidades formativas para a construção do piano de Formação oferecido pelo NFD.

Como referido, a aplicação dos questionários de Avaliação de lmpacto trata-se de um processo continua em que decorridos 3 períodos, 3, 6 ou 12 meses ap6s a realização da ação, mediante a temática da formação, de modo a que o distanciamento temporal estipulado permita a obtenção de um feedback efetivo sabre o impacto da aprendizagem nos participantes, individualmente e na instituição.

Neste sentido, par forma a aplicar os questionários contemplando os períodos indicados, e realizado um planeamento, assim que termina uma ação de formação, com a previsão de aplicação do mesmo e sempre que necessário são realizados reforços, para a obtenção do máximo de respostas face ao total de formandos/as que frequentaram cada ação.

Concluído o processo de recolha de dados, considerando-se viável uma taxa de resposta mínima de 50%, dos/as participantes na ação de formação, e realizado um tratamento estatístico e emitido um relat6rio de analise sabre os dados.

Estes dados permitirão realizar ações de melhoria continua sabre as ações e procedimentos adotados, assim coma, incluir temáticas prioritárias no piano de formação do NFD.

No seguimento de resultados apresentados, pode-se constatar que as formações desenvolvidas têm contribuído para o aumento de conhecimentos, assim coma atualização dos mesmos pelos/as trabalhadores/as do 1ST, pelo que se apresentam motivados para frequentarem ações de formação, assim coma algumas ações deverão ter mais edições.

Outro aspeto a salientar são as sugestões de melhoria, em que se evidencia um aumento da carga horaria em algumas ações, assim coma a exploração de outras temáticas e/ou realização de níveis avançados sabre o realizado.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A implementação do sistema de Avaliação de lmpacto foi aplicado a formação profissional no 1ST e pela primeira vez, pelo NFD- DRH, resultante de uma visão inovadora face a formação profissional que permite a aferição efetiva do impacto da formação no desempenho profissional de todas as pessoas que trabalham no 1ST, tratando-se de um processo de melhoria continua garantindo um sistema de monitorização e avaliação da qualidade, bem coma contribuir para o alinhamento e melhor planeamento de Formação oferecida pelo NFD.

0 sistema de avaliação de impacto das formações profissionais e totalmente replicável par qualquer estrutura que ofere9a formação profissional e não profissional, devendo ser considerados os seguintes pontos para uma correta transposição da prática:

– capacidade de adaptar o modelo de avaliação de impacto as caraterísticas do processo a analisar e ao tempo esperado de aplicabilidade;

– contribui para a melhoria de desempenho profissional, assim coma, celeridade na concretização de tarefas.

– partilha das dificuldades ou barreiras sentidas pelo(as) formando(as) na integração dos conhecimentos/ procedimentos na sua atividade, que permitem a melhoria continua dos processos/ ações de formação;

– contribui para a realização do piano formativo, através da identificação de levantamento de necessidades formativas.

Sistema de Follow-Up da Formação

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano ● 2022

Sistema de Follow-Up da Formação

https://drh.tecnico.ulisboa.pt/formacao-profissional

Implementação da Prática

Um dos principais pontos críticos identificados na formação profissional é o facto de frequentemente não existir a possibilidade de aplicar de imediato os novos conteúdos aprendidos, e de que quando tal ocorre muitos conteúdos necessitarem de ser revisto ou recordados, o que resulta numa barreira à real aplicação do conhecimento adquirido durante a formação.

Com o objetivo de mitigar a perda de conhecimento existente no hiato “momento de aprendizagem – momento de utilização da aprendizagem”, o NFD – DRH incluiu, em 40% das suas formações decorridas entre março de 2021 e janeiro de 2022, sessões de follow-up.

O modelo das sessões de follow-up é customizado para cada formação, podendo decorrer uma ou mais sessões após o término do processo de ensino, num espaço temporal que varia entre uma semana a vários meses após o término da formação.

O desenho do modelo das sessões de follow-up depende assim da temática da formação, do tempo esperado para a aplicação prática do conhecimento, da avaliação do/a formador/a durante o decorrer da formação e do feedback dos formandos, quer durante a formação, quer durante a análise dos Questionários de Avaliação, resultando num determinado número de sessões que pretendem garantir que os formandos/as conseguem efetivamente aplicar autonomamente o conhecimento aprendido, criando momentos em que poderão surgir dúvidas, questões ou dificuldades que irão ser suplantadas durante o(s) momento(s) de follow-up.

Estas sessões decorrem preferencialmente no mesmo modelo em que a formação decorreu, presencial ou on-line, e são de participação voluntaria independentemente de a formação profissional ser ou não Certificada.

As sessões de follow-up não requerem recursos materiais extra, mas constituem um encargo ao nível dos recursos humanos, nomeadamente dos/as formadores/as que têm necessariamente que investir mais horas para preparar as sessões.

Resultados Alcançados

O sistema de follow-up das formações profissionais do NFD-DRH, aplicado em formato experimental durante o 1º Ciclo de Formação (março a julho de 2021), tornou-se definitivo a partir do 2º Ciclo de Formação (setembro 2021 a janeiro 2022). Inicialmente, aquando do desenho do plano de formação do 1º Ciclo era objetivo do NFD-DRH aplicar sessões de follow-up a todas as formações realizadas, no entanto e à medida em que as ações de formação foram sendo identificadas e planeadas com os(as) formadores (as) observou-se que em parte delas não faria sentido implementar o follow-up dos conhecimentos, sem prejuízo de o mesmo poder ser desenvolvido posteriormente e face a potenciais necessidades manifestadas pelos formandos.

Assim, entre março de 2021 e janeiro de 2022, o NFD-DRH ofereceu 35 ações de formação de curta duração, das quais 40,0% (n=14) tiveram pelo menos uma sessão de follow-up. Nas 35 formações participaram 175 formandos, dos quais 88,6% (n=155) assistiram às sessões de follow-up.

A taxa de participação dos formandos nas Sessões de Follow-Up confirma a premissa que motivou a inclusão destas sessões nas formações de curta duração, constituindo-se como uma importante validação que suporta o alargamento dos follow-ups a outras formações, em particular às formações de longa duração.

Avaliação e Monitorização

Todas as ações de formação do NFD-DRH são sujeitas a um processo de avaliação composto pela aplicação de um Questionário de Satisfação no final da formação e pela aplicação do Questionário de Avaliação do Impacto Formativo.

Com exceção das sessões de Follow-Up que se realizam até uma semana após o término da formação, os Questionários de Satisfação são por norma aplicados antes da realização da Sessão de Follow-Up, , pelo que o impacto das sessões de follow-up poderá apenas ser avaliado, e comparado, através da análise dos Questionários de Avaliação do Impacto Formativo.

Os Questionários de Satisfação do 1º Ciclo obtiveram uma taxa de resposta de 78,9% (n=303) e os do 2º Ciclo obtiveram uma taxa de resposta de 87,8% (n=159), comparando os indicadores de satisfação globais, entre as formações com e sem Sessões de Follow-Up, foi possível observar que o nível médio de satisfação geral com as formações é superior nas formações com follow-up (6,3 valores, numa escala em que 1 era o valor mais baixo e 7 era o valor mais elevado) do que nas formações sem follow-up (6,0 valores).

Carácter Inovador e Transferibilidade

O sistema de sessões de follow-up foi aplicado à formação profissional no IST e pela primeira vez, pelo NFD- DRH, resultante de uma visão inovadora face à formação profissional que alia a oferta de formação de curta duração (one-shoot trainings) a um sistema de monitorização e avaliação da qualidade que pretende garantir o impacto da formação no desempenho profissional de todas as pessoas que trabalham no IST.

O sistema de follow-up das formações profissionais é totalmente replicável por qualquer estrutura que ofereça formação profissional e não profissional, devendo ser considerados os seguintes pontos para uma correta transposição da prática:

– capacidade de adaptar o modelo de follow-up às caraterísticas da temática da formação e ao tempo esperado de aplicabilidade dos conteúdos apreendidos;

– partilha das dificuldades ou barreiras sentidas pelo(as) formando(as) na integração dos conhecimentos na sua atividade profissional, que permitem a antecipação de potenciais dificuldades e a aprendizagem da sua solução;

– aplicação de avaliação de impacto da formação, que permite verificar a necessidade de realização de nova(s) sessão(ões) de acompanhamento;

– capacidade de autoavaliação e monitorização dos pontos críticos mais frequentes durante os follow-ups, na presença sistemática do mesmo conjunto de dúvidas ou dificuldades, a forma como os

mesmos são lecionados durante a formação deverão ser revistos ou deverão ser adicionados momentos de monitorização do conhecimento durante o processo de aprendizagem.

Programa de Bolsas de Estudo, NDA

terça, novembro 8th, 2022

Capital Humano● 2022

Programa de Bolsas de Estudo, NDA

Seleccionada Boa Prática do ano 2022

ND

Implementação da Prática

O Instituto Superior Técnico através do Núcleo de Parcerias Empresariais desenvolveu protocolos de colaboração, com empresas, ao abrigo da Lei do Mecenato, e criou no ano letivo 2015/2016 o Programa de Bolsas de Estudo, que visa apoiar estudantes com potencial académico que, por carência socioeconómica, não disponham de meios para custear os encargos financeiros associados à frequência dos vários ciclos de estudos.

Os dados disponíveis revelam que muitos alunos se encontram impedidos de frequentar o ensino superior ou o abandonam, não obstante o seu mérito académico, por insuficiência de meios económicos. Os mecenas desejam contribuir, no âmbito da sua ação de responsabilidade social, para a promoção da igualdade de oportunidades no ensino superior.

Neste contexto, reconhecem o Técnico como uma instituição de ensino superior prestigiada que mantém elevados padrões éticos e de qualidade no ensino que ministra, partilhando dos mesmos objetivos – promover a igualdade de oportunidades e a justiça social, na medida em que há fatores socioeconómicos e culturais que interferem direta e indiretamente no insucesso académico.

Constatando que alguns estudantes com um desempenho académico relevante poderiam não conseguir prosseguir os estudos devido às suas dificuldades financeiras, considerou-se que o Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA) poderia, dada a sua proximidade com os estudantes e o corpo docente envolvido, nomeadamente no programa de tutorado (PT), assumir a responsabilização da divulgação e gestão do Programa de Bolsas de Estudo.

A operacionalização deste programa implica a elaboração dos protocolos de colaboração e regulamentos, envio para validação do gabinete jurídico e marcação da cerimónia de assinatura dos mesmos; solicitação ao Núcleo de Projetos Nacionais a abertura de projeto e pedido da emissão da respetiva fatura; abertura dos concursos à comunidade estudantil, e divulgação, que passa por solicitar ao Núcleo de Design e Multimédia a criação de um cartaz, e simultaneamente, através do portal comunicação, a difusão desta informação a toda a comunidade do Técnico; verificação dos documentos de elegibilidade; seriação e envio das informações aos mecenas para atribuição das bolsas de estudo; elaboração da ata com o resultado da seriação; agendamento e organização da cerimónia para assinatura do contrato de bolsa, e convites endereçados aos presidentes dos departamentos dos cursos dos alunos aos quais foram atribuídas as bolsas de estudo; contacto com o Gabinete de Comunicação e Relações Públicas para a cobertura jornalística do evento; de destacar ainda o acompanhamento psicopedagógico aos bolseiros ao longo do período em que são beneficiários das bolsas de estudo e o acompanhamento das atividades de voluntariado em que estão envolvidos ao longo de todo o período de atribuição da bolsa de estudo.

Atualmente, neste projeto estão envolvidos dois elementos da equipa do NDA. A calendarização desta atividade depende do contacto efetuado pelo mecenas, mas caso o protocolo já tenha sido assinado, o concurso para as bolsas detém várias fases: a receção de candidaturas que decorre em outubro; a seleção dos candidatos em novembro; a comunicação dos resultados em fins de novembro, e a assinatura do contrato de bolsa em dezembro, de cada ano letivo. É importante referir que a divulgação dos resultados da seriação está dependente das informações providenciadas pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, relativamente ao valor que os candidatos auferem de bolsa da Direção Geral de Ensino Superior (DGES), dado que o programa de bolsas de estudo do Técnico permite ao bolseiro auferir simultaneamente, de outro apoio, desde que este não ultrapasse o valor da propina.

Resultados Alcançados

Conforme se pode verificar no gráfico nº 1 tem havido um crescimento do número de mecenas desde da implementação do Programa de Bolsas de Estudos no Técnico. Do início do Programa até ao ano letivo 2021/2022 houve um aumento de 20% no número de mecenas.

Gráfico nº 1: % Mecenas por ano letivo

No gráfico nº 2 podemos aferir o número crescente de bolsas distribuídas por anos letivos, sendo que atualmente o número é cerca de 4 vezes mais, do que o número inicial.

Gráfico nº 2: Nº de bolsas por ano letivo

No gráfico nº 3 pode ser analisada a distribuição do número de bolsas pelos cursos do Técnico, onde podemos destacar os cursos com maior número de bolsas atribuídas até ao ano letivo 2021/202: Engenharia Química com 22 bolsas, Engenharia Civil com 36, Engenharia Eletrotécnica e de Computadores com 38 e Engenharia Informática e de Computadores com 43 bolsas de estudo.

Gráfico nº 3: Nº de bolsas de estudo por cursos

A seguir apresentamos dados qualitativos através dos testemunhos de alguns dos bolseiros e onde se salienta o impacto que o Programa de Bolsas de Estudo tem nas vidas dos bolseiros e das suas famílias.

Bolsas de Estudo Hovione Solidária na Educação

Depois de um semestre “bastante difícil”, “foi de certa forma um impulso para eu voltar aquilo que era a minha normalidade, voltar a dar o meu melhor”, partilhou a aluna GC expressando a sua gratidão para com os mecenas.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/cinco-estudantes-do-tecnico-apoiadas-pelo-programa-de-bolsas-hovione-solidaria-na-educacao/

“Quero ainda frisar que são apoios como este que fazem toda a diferença na vida de estudantes como eu e os meus colegas bolseiros ao permitir que continuemos a estudar na área que gostamos, lutando pelos nossos sonhos e objetivos, até que um dia nos tornaremos profissionais de excelência nas áreas em que nos estamos a formar e possamos servir grandes empresas como é o caso da Hovione”, disse IM, assumindo o orgulho por ser bolseira da empresa.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/cinco-estudantes-do-tecnico-apoiadas-pelo-programa-de-bolsas-hovione-solidaria-na-educacao/

Bolsas de Estudo Martim Lancastre: “Acreditamos que apostar na educação das pessoas é a melhor forma de valorizar a vida” (Mecenas)

O bolseiro JCL agradeceu este “incentivo” que lhe “permite estudar e não ter que me preocupar com a parte financeira o que é muito bom”.  Assumindo-se determinado, manifestou a sua vontade de querer “honrar o nome da bolsa, pelo seu valor, não só monetário, mas sobretudo pela história que tem por trás”.

Fonte: https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/bolsas-de-estudo-martim-lancastre-acreditamos-que-apostar-na-educacao-das-pessoas-e-a-melhor-forma-de-valorizar-a-vida/

Avaliação e Monitorização

A avaliação do processo de candidatura é efetuada através do feedback que os estudantes vão fornecendo por email, e através das interações para validação das candidaturas. Neste sentido, foram criadas as FAQ’s de apoio à submissão da candidatura e no próprio formulário de candidatura online foi incluída informação adicional de forma a tornar a candidatura mais clara.

Com relação aos bolseiros, a avaliação é efetuada semestralmente com elaboração de um relatório que pretende sistematizar os resultados académicos, para ser entregue aos mecenas e para referência do IST. Esta monitorização implica por parte do bolseiro a manutenção de uma média não inferior a 13,5 valores, e dependendo do regulamento de bolsa, a aprovação às unidades curriculares inscritas, bem como, estarem comprovadas a continuidade das razões financeiras que justificaram a atribuição da Bolsa no ano anterior.

Com o acompanhamento regular dos bolseiros podemos identificar à priori situações de baixo rendimento académico, sendo necessário um acompanhamento psicopedagógico com o objetivo de apoiar os bolseiros no cumprimento das condições necessárias para a renovação da sua bolsa.

O aumento do número de candidaturas nos diferentes programas de bolsas de estudo, nos últimos 6 anos, é o reflexo do esforço da divulgação que se traduz na criação de cartazes, utilização do portal de comunicação do Técnico no Fénix, comunicação nas redes sociais como Facebook e Instagram. É também de salientar a presença do NDA na semana de acolhimento aos novos alunos, onde é efetuada a divulgação dos Programas de Bolsas de Estudo e também das Bolsas da DGES.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Como aspetos inovadores da prática podemos destacar o impacto que este projeto tem na vida dos bolseiros e respetivas famílias, ao apoiar estudantes com mérito académico e com dificuldades financeiras, que de outra forma poderiam abandonar o seu percurso académico.

Importa referir ainda que o cálculo aplicado no Técnico para aferir o rendimento per capita do agregado familiar é de 22 vezes o indexante dos apoios sociais (IAS) em vigor no início do ano letivo, acrescido do valor da propina máxima anualmente fixada para o respetivo ciclo de estudos do ensino superior público. Enquanto que nas bolsas da DGES o valor aplicado do IAS é de 18 vezes, permitindo assim apoiar estudantes que não teriam auxílio financeiro público.

Realçamos ainda o voluntariado como forma de o bolseiro retribuir à comunidade o apoio recebido, ao realizar atividades num total de 30 horas por semestre, em instituições de cariz social ou no Técnico, desenvolvendo desta forma também as suas competências sociais, intra e interpessoal.

A criação, pelo NDA, das salas de estudos online, onde os bolseiros são monitores voluntários e partilham experiências de aprendizagem em ambiente académico, constitui outra das atividades inovadoras e com potencial de benchmarking, passível de ser replicada para outras instituições.

No decorrer do programa de voluntariado os bolseiros prestam também apoio individualizado a alunos dos Países de Língua Oficial Portuguesa e a alunos com Necessidades Educativas Especiais, sendo este apoio acompanhado pela equipa técnica do NDA. Este contributo é relevante para a formação dos bolseiros para a cidadania global, sensibilizando-os para a solidariedade social e inclusão.

Projeto Pensar Verde – Técnico

terça, novembro 8th, 2022

Investigação, Desenvolvimento e Inovação ● 2022

Projeto Pensar Verde – Técnico

https://www.facebook.com/pensarverdeist https://www.instagram.com/pensarverde_ist/

 Implementação da Prática

O projeto “Pensar Verde – IST” visa ao desenvolvimento de um plano integrado de pequenas iniciativas para o espaço exterior do Campus Alameda do Instituto Superior Técnico. As iniciativas promovidas têm como objetivo tornar campus um espaço sustentável, biodiverso, acessível, confortável e comunicativo, com especial consideração do quadro atual, onde é importante proporcionar espaços exteriores acolhedores, como medida de mitigação dos fatores de risco associados à pandemia por SARS-CoV-2 (COVID-19). Outro objetivo do projeto piloto é testar e monitorizar as iniciativas com vista ao desenvolvimento de um plano de valorização dos espaços exteriores dos campi IST. O projeto Pensar Verde é constituído pelas seguintes iniciativas: 1 – Hortus IST  Coordenação: Silvia Di Salvatore (MARETEC/LARSyS) 2 – Horta Pedagógica APIST Coordenação: Infantário APIST 3 – Coberturas Verdes Coordenação: Cristina Matos Silva (CERIS) 4 – Parede Verde Coordenação: Ana Galvão (CERIS) 5 – Jardins Confortáveis e Comunicativos Coordenação: Silvia Di Salvatore (MARETEC/LARSyS), Rosa Felix (CERIS).

Resultados Alcançados

1 – Hortus IST    O Hortus IST, criado em março de 2021, é um jardim da Biodiversidade e da Permacultura, constituído por um prado biodiverso florido, semeado com um conjunto de espécies silvestres portuguesas, e uma horta seguindo os princípios da permacultura com aplicação de aspetos da agricultura natural e sinérgica. O Hortus foi pensado como um espaço de partilha aberto a toda a comunidade do IST e o resultado, após um ano da sua implementação, é a existência de um grupo de mais de 20 colaboradores entre alunos, docentes, investigadores e funcionários. Foi ainda estabelecida uma colaboração estável com o Centro de Apoio para o Sem Abrigo (CASA), com doações semanais de hortaliças produzidas no Hortus. 2 – Horta Pedagógica APIST, é um conjunto de pequenas hortas geridas pelas educadoras e pelas crianças do Jardim de Infância da APIST, no Jardim Sul do campus, com o objetivo de aproximar os mais pequenos da natureza, e numa perspetiva pedagógica de conhecer e acompanhar o ciclo de desenvolvimento dos legumes e vegetais, compreender e experimentar cuidar e ser responsável pelo seu desenvolvimento, e promover a descoberta e o gosto por uma alimentação saudável. Como resultado, salienta-se um envolvimento constante desta comunidade para cuidar da horta, o interesse e a satisfação de acompanhar o seu desenvolvimento, e ainda a apreciação dos produtos da horta por parte da generalidade das crianças. 3 – Coberturas Verdes Integradas no projeto GENESIS https://www.projectgenesis-ist.com/, e instaladas no terraço junto do anfiteatro exterior do Pavilhão de Civil, trata-se de tabuleiros teste de coberturas verdes extensivas em clima mediterrâneo, abrangendo o seu comportamento hidrológico e térmico, bem como a incorporação de resíduos de construção e demolição em substratos técnicos e o consequente efeito no desenvolvimento da vegetação. 4 – Parede Verde Esta iniciativa é constituída pela instalação de uma parede verde irrigada por águas cinzentas, que constituem uma fonte alternativa à água potável, promovendo a economia circular e uma utilização sustentável de recursos hídricos. A parede verde foi pensada para servir de projeto de demonstração desta tecnologia, que é muito possivelmente a única a operar em Portugal. Destina-se não só a demonstrar perante a comunidade escolar e a sociedade, mas também será objeto de estudo por parte de estudantes de mestrado na realização da dissertação final, e irá também receber uma estudante internacional para a realização de parte do seu doutoramento. 5 – Jardins Acessíveis, Confortáveis e Comunicativos Após proposta no âmbito do Pensar Verde para melhorar a acessibilidade do Jardim de Mecânica I, usado para o estacionamento abusivo de motociclos, e do canteiro lateral usado para o estacionamento de carros, foram criadas zonas específicas de estacionamento de motociclos que permitiram voltar a ter um jardim acessível com condições para “estar ao ar livre”.

Avaliação e Monitorização

Cumprimento do objetivo inicial de servir de piloto para o desenvolvimento de uma estratégia de melhoramento do espaço exterior do campus, que se concretizou com o pedido por parte dos organismos centrais, para dar apoio no desenvolvimento de um plano para aumentar a biodiversidade do campus. Cumprimento do objetivo inicial de servir de laboratório vivo para contribuir para estabelecer uma ponte entre o conhecimento gerado no Campus e a Sociedade, demonstrando como é possível em ambiente urbano contribuir para a circularidade de recursos/resíduos, nomeadamente no âmbito do “comunicar ciência”, com a participação do Hortus e do Parede Verde no Dia do Técnico 2022. Identificação da necessidade de desenvolvimento de um projeto de sinalética para melhorar a visibilidade das iniciativas e a comunicação junto da comunidade IST.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Este conjunto de experiências científicas, com ligação ao ensino e à investigação de vários centros de I&D do IST, constituem um laboratório vivo, experimentando e monitorizando práticas e métodos para a gestão integrada de recursos, para otimizar a gestão dos espaços exteriores dos campi universitários, com o caráter inovador do envolvimento transversal de toda a comunidade acadêmica, entre alunos, docentes, investigadores e funcionários. A integração pretendida entre as experiências previstas transcende igualmente o espaço do campus, podendo servir de ponto de demonstração para o espaço urbano, nomeadamente: – recebemos o pedido do Centro de Acolhimento de Emergência Municipal, instalado no Campo de Santa Bárbara, onde são acolhidos cerca de 200 pessoas em situação de sem abrigo, para replicar o nosso modelo de horta sinérgica no pátio do centro, para dinamizar uma atividade diurna para esta comunidade, e a criação de um pequeno mercado para a venda do produtos da horta com o objetivo de aproximar esta população ao bairro. – com o Centro de Acolhimento de Emergência Municipal foi ainda realizada uma colaboração no âmbito da cadeira de Projeto I do Mestrado Integrado em Arquitetura do IST. Os alunos desenvolveram projetos para o pátio do centro, no âmbito do exercício final do 1º semestre e ainda será realizada uma exposição dos trabalhos. Esta experiência teve o resultado de aproximar os alunos a uma realidade social muito especial que futuros arquitetos não podem ignorar. – foi estabelecida a colaboração estável com o Centro de Apoio para o Sem Abrigo (CASA), com doações semanais de hortaliças produzidas no Hortus.

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

terça, novembro 8th, 2022

Promoção da saúde mental e inclusão na comunidade académica do Técnico● 2022

Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão

http://mentalhealthclub.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

O “Clube de Estudantes do Técnico sobre Saúde Mental e Inclusão” foi criado em 2020 como uma resposta à preocupação acerca deste assunto transmitida por elementos da comunidade académica do Técnico ao Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA). Assim sendo, o Clube nasceu como um ponto de encontro de caráter transversal para a promoção da saúde mental e inclusão no Técnico, através da organização de atividades de sensibilização e apoio ao estudante.

De entre as atividades desenvolvidas, destaca-se o projeto “BrainStorms”, iniciado durante a fase inicial da pandemia COVID-19 em co-promoção com elementos do NDA. Este projeto consiste num ciclo de conversas informais via Zoom (18 até à data), onde se abordam questões a nível de saúde mental e inclusão, que se percecionam problemáticas no seio da comunidade do Técnico (e.g., igualdade de género, sentimento de pertença, aulas a distância, gestão das emoções em tempos de pandemia). As sessões contam com oradores convidados com experiência nas várias questões abordadas e são transmitidas através do canal de Youtube do Clube. Neste contexto, é de notar a parceria estabelecida com o programa FAIL! (MIT (EUA); 2017), focado na gestão positiva do fracasso em ambientes académicos e profissionais.

Para além disto, o Clube promoveu a implementação de um programa de mentorado para estudantes de PhD junto com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação, e tem colaborado com diversos grupos da esfera Técnico tais como o QueerIST, o Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP), a AEIST ou o Núcleo de Estudantes Africanos do IST na organização de palestras. Mais recentemente, o Clube está ainda a promover um ciclo de sensibilização acerca de comportamentos aditivos (substâncias, jogo, FOMO, sexo; Março-Abril 2022) e sessões periódicas de partilha e meditação guiada.

Resultados Alcançados

O objetivo do Clube tem sido o desenvolvimento de iniciativas focadas na melhoria da qualidade de vida cognitiva e/ou emocional e promoção de uma melhor saúde mental na comunidade do Técnico. Embora a organização e formato das atividades a desenvolver se viu afetada pela pandemia, foi possível desenvolver um número significativo de iniciativas via Zoom.

Assim, o impacto positivo da constituição do Clube na comunidade Técnico viu-se materializado através do desenvolvimento das atividades que se seguem:

– Abordagem de 18 assuntos relacionados com a saúde mental, resiliência, adaptabilidade ou pertença ao Técnico, entre outros, através das sessões do projeto “BrainStorms”, disponíveis no canal de Youtube do Clube (https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ). Entre elas, destacam-se as sessões de “Estes tempos não são para fracos” com Ana Moniz; “Sanidade mental e ensino à distância: Missão impossível?” com Teresa Espassandim; “Desconfinar, mas devagar: Resiliência, Qualidade de Vida e Saúde Mental” com Catarina Rivero, “Comunicar com Inclusão” com Yolanda Tati e Joana Lobo Antunes, “Técnico no feminino – Mulheres na Engenharia” com Isabel Ribeiro, “LGBTQ? E há +? Identidade e Saúde Mental” com Delso Batista ou “Sou uma fraude!? – Lidar com a Síndrome do Impostor” com Andreia Santos.

– Colaboração com o programa FAIL! (https://fail-sharing.org), criado no MIT (EUA) em 2017, e cujo foco é promover a desestigmatização do fracasso em ambientes académicos e profissionais e na sociedade em geral. Foram organizadas três sessões no contexto das “Brainstorms” com Arlindo Oliveira, Zita Martins e Miguel Duarte como oradores convidados;

– Implementação do programa de mentorado para estudantes de PhD em colaboração com o NAPE, o Clube de Estudantes de Doutoramento e a Área de Pós-Graduação;

– Realização de atividades conjuntas com outros núcleos/grupos da comunidade do Técnico tais como o QueerIST, Grupo de trabalho para estudantes com necessidades educativas especiais do Técnico, Women in Physics (WIP) ou Núcleo de Estudantes Africanos do IST;

– Estabelecimento de uma parceria com a AEIST que visa desenvolver atividades focalizadas na saúde mental (e.g., ciclo de partilha, sessões de meditação guiada).

Avaliação e Monitorização

O Clube está atualmente formado por estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento assim como alumni e/ou investigadoras/es do Técnico, com formação em diversas áreas (e.g., informática, física, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia química). As/os voluntárias/os são responsáveis pela organização das atividades em termos de: (i) conceptualização; (ii) contacto com potenciais parceiras/os e/ou especialistas nos assuntos a abordar; (iii) calendarização e definição do formato (on-line, híbrido ou presencial); (iv) elaboração da estratégia de comunicação e divulgação da atividade nas redes do Clube e site do Técnico; (v) realização efetiva da atividade (criação de links, moderação); (vi) avaliação do impacto quantitativo da atividade (engajamento por parte da comunidade, número de participantes, respostas ao formulário posterior às sessões); e (vii) avaliação do impacto qualitativo (discussão entre os membros do grupo acerca dos principais pontos positivos e identificação de estratégias a melhorar no futuro).

Neste contexto, os principais impactos positivos do Clube têm sido confirmados através dos seguintes pontos:

– Número de seguidores nas redes sociais do Clube: Instagram (539; https://www.instagram.com/saudementalist/), Facebook (177; https://www.facebook.com/Student-Club-on-Mental-Health-and-Inclusion-IST-101432234814705/), Twitter (87; https://twitter.com/SaudeMentalIST) e LinkedIn (14; https://www.linkedin.com/groups/12474728/);

– Número de subscritores no canal de YouTube do clube (227; https://www.youtube.com/channel/UCdYHtc0et6xXe3ZH88zhZtQ) e número de visualizações das sessões do “BrainStorms” (>3775);

– Estabelecimento de parcerias materializadas na realização (passada e futura) conjunta de atividades/programas com mais do que 10 núcleos/grupos/associações da esfera Técnico (e.g., NDA, NAPE, CommUnity by EIT InnoEnergy, Clube de Estudantes de Doutoramento, Área de Pós-Graduação, Núcleo de Estudantes Africanos, Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente, Núcleo de Minas, WIP, AEIST, QueerIST).

Carácter Inovador e Transferibilidade

A vida académica consegue traduzir-se numa fase de alto peso emocional, de alta pressão social e pressão adicional autoimposta. Neste sentido, iniciativas que se proponham a promover a manutenção da nossa saúde mental e a desmistificar distúrbios psicológicos são muito importantes e essenciais no ambiente académico do Técnico. Sabe-se também que o isolamento constitui uma agravante para os problemas associados à saúde mental que é necessário mitigar. Assim, através da formação do Clube, tem sido possível chegar mais facilmente aos vários elementos da comunidade académica e incentivar reflexões que melhorem o bem-estar individual e coletivo. Para além disto, até à data, não existia nenhuma organização de estudantes dedicada especificamente às questões associadas à saúde mental e à forma como esta se associa com a noção de inclusão. Para além do impacto na comunidade do Técnico, a criação do Clube vem a manifestar-se como uma estratégia com potencial para ser replicada em outras instituições de ensino superior. De facto, atividades como o projeto “Brainstorms” ou o programa de mentorado para estudantes de PhD, tipicamente vindos de fora do Técnico e sem uma rede de apoio e suporte suficientemente abrangente, têm potencial para serem reproduzidos em outras instituições de ensino superior.

Recuperar, organizar e disponibilizar informação digital na Bibliotecado IST: uma realidade em movimento

terça, outubro 12th, 2021

Educação Superior ● 2021

Isabel Vaz Marcos, Helena Laranjeira de Sousa

https://bist.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

O desenvolvimento das tecnologias e redes de comunicação tem provocado alterações profundas na sociedade, impulsionando o nascimento de novos paradigmas e modelos de comunicação educacionais. Neste contexto, a disponibilização de informação em formato digital ganha um peso exponencial no sucesso da aprendizagem. O processo de evolução das bibliotecas tem acompanhado o desenvolvimento desta tendência. A passagem da cultura impressa para a cultura digital impôs aos serviços a aquisição de novas competências para a conceção e disponibilização de conteúdos digitais, que a par dos recursos impressos ofereçam aos utilizadores um contato rápido e direto com a informação, sem que esta esteja circunscrita no tempo e lugar. A Biblioteca do IST foi pioneira na aquisição de revistas em formato digital. Há registos da existência de mais de 500 títulos antes do início da B-on (2004) e, mesmo depois, subscreveram-se revistas de editores que não integravam o consórcio. No decorrer do tempo, a B-on foi crescendo com a inclusão de mais periódicos e o IST foi cancelando as assinaturas. A necessidade de reunir num único ponto de acesso toda a informação fez com que a Biblioteca implementasse a prática de agregar e referenciar no catálogo os recursos comuns, permitindo que um utilizador ao realizar uma pesquisa, aceda de forma imediata à informação, deixando de ser relevante a base onde está alojada. Ao longo dos anos, foram delineados outros projetos de biblioteca digital que também estão em curso: disponibilizar na página web da Biblioteca outros catálogos e recursos digitais de acesso livre; criação de um ponto de acesso único para as dissertações defendidas no IST; digitalização de teses e dissertações anteriores a 2007, com vista a sua disponibilização em acesso aberto.Recentemente, em 2016, em articulação com os serviços da Reitoria, foi adquirido o Portal EDS, que permite agregar toda a informação disponível na Biblioteca do IST e nas restantes escolas da Universidade de Lisboa.

Resultados Alcançados

Projeto Gestão de Recursos Digitais

Atualmente existem 21776 títulos de periódicos em formato digital e em acesso integral. Deste total, 21712 são disponibilizados pela B-on e 64 são adquiridos pelo IST. É subscrita também uma base de dados na área da matemática. No que respeita a e-books, existem 20798 recursos, maioritariamente da Springer e do IEEE (Conference proceedings), todos em acesso integral.

Nesta primeira fase do projeto a fusão das bases ocorreu somente nas revistas (1340) e livros (1575) adquiridos pela Biblioteca e também existentes na B-on e outras bases, em que toda a informação foi coletada no catálogo bibliográfico (exemplo: Physical review letters). Tendo obtido autorização da Springer para disponibilizar o acesso integral aos restantes e-books, uma vez que são subscrições perpétuas, está prevista na fase seguinte do projeto a sua disponibilização no catálogo.

Projeto: Biblioteca Digital: outros recursos

A constatação da existência de um conjunto significativo de recursos grátis e com conteúdos informacionais fidedignos, levou a criação na página da Biblioteca de um separador organizado por diversas tipologias de fontes de informação, com a finalidade de orientar os utilizadores na busca de recursos. Partindo das necessidades de informação diagnosticadas, destacámos links para: Revistas de acesso livre; Portais de teses; Repositórios; Bibliotecas nacionais; Bibliotecas estrangeiras; Referências online; Recursos diversos. É uma pagina em manutenção, sendo reavaliada periodicamente.

Projeto: Dissertações de mestrado defendidas no IST

Esta coleção de trabalhos académicos é composta atualmente por 16694 títulos em formato impresso e digital. Até 2006, a documentação existe apenas em papel. Com a implementação do Processo de Bolonha (2006-2007) as dissertações passaram também a estar disponíveis em formato digital e, em 2013, deixaram de existir em suporte impresso. Esta mudança de suporte originou alguma dispersão da informação e o principal objetivo deste projeto é reunir e disponibilizar, a partir de um ponto de acesso único, todos estes conteúdos informacionais.

Projeto de Digitalização de teses e dissertações defendidas no IST

A existência de mais do que um exemplar em formato papel de um numero significativo de teses e dissertações e o desejo de poder disponibilizá-las em acesso aberto, levou a que em 2017 tivesse início um projeto de digitalização destes documentos. Foi montado um processo que passou pelo desmembramento dos exemplares duplicados, digitalização e constituição de um documento em PDF com OCR. Até final de 2019, foram digitalizados 4500 trabalhos académicos. A etapa seguinte do projeto passará por solicitar aos autores autorização para disponibilizar no catálogo da Biblioteca o acesso ao texto integral. Uma vez obtida esta autorização, será criado um registo bibliográfico com a hiperligação ao documento, aumentando desta forma a oferta de conteúdos digitais.

Avaliação e Monitorização

A monotorização e avaliação apresentada está baseada em dados estatísticos de visualização e de utilização.

Projeto Gestão de Recursos Digitais

A contratualização da B-on é feita de forma global, no contexto da ULisboa, não tendo acesso a dados estatísticos específicos da comunidade IST. Os números anuais ultrapassam mais de um milhão de pesquisas e downloads e, considerando a dimensão do IST no contexto das 18 escolas, é expectável que uma percentagem significativa dos acessos provenha dos IPs do IST. Quanto às restantes bases de dados e títulos de revistas subscritas (64), somamos, em 2020, mais de 47471 pesquisas e downloads. Estes dados estatísticos foram solicitados diretamente às editoras. Em termos de monitorização, no final de cada ano civil é necessário contactar as editoras, solicitar os orçamentos, contactar os departamentos e iniciar o processo de contratação. Durante o ano é necessário verificar com alguma regularidade os links, as abrangências temporais dos periódicos e responder a pedidos de ajuda.

Projeto: Biblioteca Digital: outros recursos

A partir do Google Analytics é possível obter um resumo da navegação da página web da biblioteca a partir dos seus vários itens. Desta forma, verificámos que, em 2020, ocorreram cerca de 9000 acessos as estas bases. Durante a pandemia foram disponibilizados recursos gratuitos de editoras como a Taylor Francis, Cambridge, Springer, etc. Contabilizámos cerca de 1000 pesquisas efetuadas a partir da Página da Biblioteca, não tendo sido possível acrescentar os acessos diretos feitos através dos links divulgados no Facebook e Instagram.

Projeto: Dissertações de mestrado defendidas no IST

A manutenção da qualidade deste serviço exige monitorização constante a vários níveis:manter a qualidade dos conteúdos informacionais que constam na Página; assegurar a qualidade e uniformização dos dados bibliográficos dos registos, a fim de facilitar a recuperação da informação; verificar anualmente a oferta formativa de mestrados; articular os mestrados em parceria.

No que respeita à avaliação, constatou-se uma progressiva procura de utilização deste serviço. Em 2019, registaram-se cerca de 7200 acessos e, em 2020, foram contabilizados mais de 9100 acessos.

Projeto de Digitalização de teses e dissertações defendidas no IST

O grande desafio deste projeto é a recuperação de informação de contacto que que permita solicitar aos autores a autorização para disponibilizarem o trabalho académico em acesso aberto.

 

Carácter Inovador e Transferibilidade

No contexto das instituições universitárias, a constituição de uma biblioteca digital deverá satisfazer a sua comunidade ao nível dos conteúdos e do acesso à informação e deverá ser capaz de garantir a preservação dos documentos a longo prazo. Esta realidade já está em curso e constitui um dos objetivos estratégicos de desenvolvimento da Biblioteca do IST.

A constituição da Biblioteca digital está a ser equacionada em três dimensões:

1.Consolidação de um acervo digital com informação atual, adequada às necessidades existentes, pertinente e fiável, fundamental para o sucesso da aprendizagem e para o progresso do conhecimento.

  1. Devido ao elevado custo desta informação junto das editoras, é necessário ter capacidade negocial e estabelecer consórcios de cooperação junto de parceiros internos e externos (compras conjuntas entre instituições)
  2. Organizar e inserir estas coleções digitais em sistemas agregadores que facilitem a pesquisa e o acesso, rentabilizando o tempo do utilizador: catálogo de Biblioteca e o Portal Agregador da ULisboa, Ebsco Discovery Services (EDS)

2.Potenciar a divulgação da produção científica da comunidade IST que não entra nos circuitos comerciais

  1. Teses, dissertações e outros trabalhos académicos
  2. Trabalhar a partir de conteúdos digitais existentes no Fenix e digitalizar informação retrospetiva, só existente em formato papel
  3. Utilizar uma interface que conjugue objetos e meta dados e que permita a navegação, nomeadamente a pesquisa
  4. Utilizar o OCR para permitir a pesquisa de conteúdos
  5. Trabalhar em parceria com a DSI no âmbito do Repositório Institucional-Sotis
  6. Divulgar o património antigo bibliográfico e documental do IST
  7. Definir políticas internas e criar um documento, Best practice guidelines for digital collections, que defina os procedimentos de seleção de coleções, sua digitalização e divulgação
  8. Definir as coleções a digitalizar (valor histórico e patrimonial)
  9. Garantir a qualidade da digitalização e utilizar o OCR
  10. Garantir a preservação
  11. Projetos em curso
  12. Revista Técnica. Projeto em duas fases. A 1ª fase está concluída: digitalização de todos os números e divulgação através do catálogo da Biblioteca e da página web da AEIST. Na 2ª fase recuperar os conteúdos de cada número e individualizar o seu tratamento documental de forma a facilitar a recuperação desta informação
  13. Professores antigos do IST. Recolher, organizar, digitalizar e divulgar trabalhos de alguns dos professores mais importantes.

Faraday News

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

Moisés Piedade, Carlos F. Fernandes, Carlos A.M. Gouveia, Natália Rocha, Henrique Nogueira

https://tt.tecnico.ulisboa.pt/innovators/lab2markettecnico/

Implementação da Prática

. O Museu Faraday (MF) conta com mais de 800 peças já identificadas e catalogadas. Estas peças cobrem as áreas de eletrotecnia, instrumentação, aparelhos de áudio, vídeo, rádio e TV. Aparelhos científicos, documentos, informação variada deixada pelos utentes da Escola ao longo dos anos e proveniente de coleções privadas, para além de serem cruciais para a sua memória coletiva, constituem “objetos” com interesse museológico. A equipa do MF pensou lançar um jornal que versasse sobre os vários tópicos à Museologia, Ciência/Tecnologia e Artes, com referência às diversas atividades desenvolvidas no MF: visitas guiadas, exposições, demonstrações, etc. Assim foi criado o Faraday News (FN), e, no dia 6/2/2020, foi lançado o primeiro exemplar. O FN é uma publicação bilingue, disponível em formato digital. Os artigos cobrem vários domínios (engenharia, humanidades, belas artes, informática e ciências da computação, matemática, física), ligados na área da Museologia. Os textos podem apresentar resultados de pesquisas científicas ou em desenvolvimento, revisões bibliográficas ou teóricas sobre os temas abordados pela revista, resenhas inéditas de livros, teses, dissertações e outras produções, que tenham relevância académica, notas com resultados preliminares e parciais de pesquisas ou ainda em desenvolvimento, entrevistas feitas com profissionais, etc.

A estrutura básica não é rígida, com uma flexibilidade que garanta a dinâmica de uma revista moderna e simultaneamente uma adequação aos tempos que vivemos. Mas em termos gerais a revista apresenta um esqueleto básico composto pelas seguintes rúbricas: Editorial, Um Olhar (de fora ou de dentro), Biografia, Artigo Técnico, Arte/Ciência e Eventos. O corpo editorial tem como diretores os Profs. Moisés Piedade e Carlos Fernandes, sendo o Prof. Carlos Gouveia (docente da FLUL) o responsável pela revisão de textos, a assistente editorial Dr.ª Natália Rocha (SE dos Museus do Técnico) e o Designer Henrique Nogueira na composição gráfica.

Resultados Alcançados

Este jornal é de uma certa forma uma extensão e materialização na escrita do trabalho que é desenvolvido no MF, tal como a Doutora Marta Lourenço descreveu no seu testemunho publicado no primeiro número do FN. Tal como o MF, esta publicação “prolonga a vida dos objetos”, contando as suas histórias passadas na ciência e na tecnologia, e reinventando-os em histórias do presente.

É um jornal periódico que, através da publicação de artigos de cariz teórico/experimental/ensaístico, enquadra múltiplas perspetivas de questões inerentes à Ciência/Tecnologia e Artes de modo a chegar a um público diversificado. Por esse motivo, utiliza uma linguagem acessível, mas sempre com rigor científico e literário.

O FN existe em formato digital e está acessível através de várias vias: em listas de contactos (do Museu Faraday, do International Committee of ICOM for University Museums and Collections (UMAC), no site https://museufaraday.ist.utl.pt/FaradayNews. É publicado nas páginas nas redes sociais Facebook (@servicoeducativomuseustecnico) e Instagram (@museustecnico) do Serviço Educativo dos Museus do Técnico. Também tem sido divulgado nos websites do Instituto Superior Técnico e da Universidade de Lisboa.

Com temas centrados em vários aspetos da Engenharia, Matemática, Física e Informática, o FN procura manter uma transversalidade que possibilite uma ligação estreita com um público que tem interesse específico na atuação do MF, do Instituto Superior Técnico e da Universidade de Lisboa, mantendo presente a memória coletiva de um património gigantesco.

Pretende-se, neste espaço jornalístico, promover um encontro entre o público e a investigação de ponta nas diversas áreas que formam o campo de estudo das Engenharias, particularmente, da Engenharia Eletrónica, aprofundando conhecimentos e motivando caminhadas para aqueles que têm vontade de saber mais. Os artigos seguem estilos e géneros diferentes, permitindo construir pontes entre obras, épocas, modos de ver o mundo e discursos. Os autores buscam o diálogo entre as suas investigações – com frequência fazendo uso de uma extensa bibliografia especializada, dando a possibilidade de ampliar horizontes do nosso público leitor. É interessante perceber que diferentes abordagens podem resultar em resultados e pontos de vista que se complementam. O trabalho desenvolvido pelo FN reforça a dimensão didática e pedagógica do MF e o espírito inquieto e ativo que está patente nas inúmeras exposições realizadas, na conservação de acervo e no apoio aos investigadores e às visitas guiadas. O FN pretende assim criar mais um palco onde os vários caminhos do saber se cruzam periodicamente.

. Carácter Inovador e Transferibilidade

Um ano depois do lançamento desta revista, novas edições começam a ser planeadas com uma frequência que se vai ajustando aos recursos disponíveis. O resultado obtido ao final do primeiro ano de existência é considerado muito positivo e correspondeu às expectativas criadas e aos objetivos iniciais da criação da revista. Por um lado, a revista representa um meio de chamada de atenção para assuntos que constituem naturalmente o domínio do MF e, por outro lado, permite atingir um público mais eclético e vasto, por ser um canal de difusão na forma digital. Esta publicação constitui um espaço ao dispor dos diversos autores que de alguma forma se identificam com o MF e que generosamente contribuem com os seus artigos. O trabalho final fica mais rico e disponível à curiosidade de todas as gerações. É, sem dúvida, uma forma de interação interessante na transmissão de conhecimento, complementando os conteúdos salientados no MF, com a dinâmica resultante da publicação de artigos por autores que se debruçam sobre as mais variadas áreas temáticas.

Além da pertinência destes elementos, a retroação dos leitores também é o parâmetro com mais peso de ponderação nesta avaliação.

O facto de ser bilingue faz com que este periódico seja acessível em todas as partes do globo: Além de permitir um acesso muito mais alargado, a distribuição em formato digital tem como vantagens importantes o ser mais ecológico e sustentável e permitir uma partilha e divulgação mais eficientes com outros sítios/parceiros.

Neste momento a retroação recebida é através do correio eletrónico e dos comentários nas redes sociais. É de fato muito importante que os leitores se apercebam da forma como este novo espaço de comunicação está a ser encarado e que sugiram formas de o melhorar. Por exemplo, criando uma rubrica onde os leitores possam dar a sua opinião, os seus desejos sobre o conteúdo da revista, um comentário sobre um artigo ou sobre o editorial ou eventos realizados. Enfim, um meio que induza a participação de todos. Estamos e continuaremos à procura de novas ideias e sugestões, bem como de comentários e críticas. Nesse sentido, pensamos que em edições futuras da revista surja espaço para artigos informativos e úteis para todos os leitores. De realçar que a existência do FN não seria possível sem todas as contribuições recebidas por todos os que, de forma altruísta, têm colaborado com a escrita de artigos e não só.

Avaliação e Monitorização

O FN é um espaço aberto a todos os profissionais, estudantes e investigadores com interesse em refletir sobre temas relacionados com o mundo da Ciência/Tecnologia e Artes. Neste sentido, a revista privilegia textos que se destaquem pela sua capacidade de teorização, inovação e originalidade. A revista FN, sem perda de rigor, permite que os seus leitores possam usufruir do conhecimento científico que, muitas vezes, não está ao alcance da compreensão de todos, por ser divulgado de um modo demasiado técnico. Outros aspetos relevantes são a sua divulgação ser bilingue e, por ser em formato digital, permitir que, uma vez publicados, os artigos possam ficar permanentemente disponíveis.

Ao dirigir-se a um público alargado de todos os níveis de ensino, o acesso aberto imediato e gratuito ao seu conteúdo, sempre com um rigor superior, proporciona uma maior democratização do conhecimento. A sua leitura estimula não apenas o conhecimento, mas sobretudo uma reflexão, mais do que nunca essencial, sobre os caminhos percorridos ao longo de dois séculos de inovação eletrónica.

A nível da transferibilidade podemos considerá-la um exemplo de boa prática que pode ser replicada pelos outros Museus do Instituto Superior Técnico ou da Universidade de Lisboa.

Explica-me como se tivesse 5 anos – Conversas sobre ciência no Técnico para crianças e adultos curiosos

terça, outubro 12th, 2021

Selecionada “Boa Prática do Ano”, 2021

Comunicação● 2021

Joana Lobo Antunes

https://explicame.tecnico.ulisboa.pt/

Implementação da Prática

“Explica-me como se tivesse 5 anos” é um projeto de comunicação de ciência realizado pelo ComunicaCiência, grupo que reúne os responsáveis de comunicação das 23 unidades de investigação (UI) associadas ao Técnico, do programa CMU e a Área de Transferência de Tecnologia (TT), com coordenação da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM).

Em maio de 2020 o país entrou em confinamento, as escolas fecharam, o teletrabalho tornou-se obrigatório e as famílias tiveram de reorganizar as suas vidas em casa. Em termos de comunicação de ciência, surgiu uma vasta oferta de atividades online direcionadas para jovens e adultos. Porém, essa oferta não existia para um público infantil, sobretudo pensando nas manhãs de sábado, quando essas crianças se viram de repente privadas das atividades ao ar livre a que estavam habituadas.

Surgiu então a ideia de produzir um programa para estimular o interesse das crianças pela ciência, assente num ciclo de conversas com investigadores de todas as áreas científicas do Técnico, onde se aborda o trabalho científico desenvolvido na instituição, usando uma linguagem simples e acessível a uma criança de cinco anos.

O programa é transmitido em direto e tem duração de 1 hora. Inicia com uma apresentação de cerca de 20 minutos sobre um determinado tema e de seguida são respondidas perguntas feitas pelos espetadores. Foi criado um website do programa (https://explicame-tecnico.ulisboa.pt) e elaborou-se uma checklist para cada episódio, desde a pré-produção à pós-produção, percorrendo a divulgação, ensaios, o direto e recolha de feedback e resultados alcançados. Para cada episódio são realizados geralmente dois a três encontros virtuais com o/a convidado/a, de modo a afinar o tema da conversa, ensaiar a apresentação e fornecer algumas orientações técnicas que melhorem a qualidade e eficiência da comunicação. As conversas são realizadas no Zoom, com transmissão em direto na página Facebook do Técnico, ficando os vídeos depois disponíveis no Facebook e no Youtube.

O programa estreou no dia 23 de maio 2020, inicialmente com frequência quinzenal, passou a mensal no início de 2021. Foram emitidos até à data 16 episódios. A equipa de produção executiva inclui André Gonçalves (IN+), Bárbara Teixeira (ISR), Joana Lobo Antunes (ACIM, coordenação), Pedro Garvão (ACIM), Sílvio Mendes (ACIM) e Susana Muinos (CERENA).

Resultados Alcançados

Foram até à data emitidos 16 programas, estando já agendados os próximos três.

As unidades de investigação já representadas no programa foram:

  • Centro de Análise Funcional, Estruturas Lineares e Aplicações (CEAFEL) – Ana Moura Santos
  • Centro de Análise Matemática, Geometria e Sistemas Dinâmicos (CAMGSD) – Ricardo Schiappa
  • Centro de Astrofísica e Gravitação (CENTRA) – Ana Mourão
  • Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN) – Marta Almeida
  • Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST) – Tânia Ramos
  • Centro de Física Teórica das Partículas (CFTP) – Ivo de Medeiros Varzielas
  • Centro de Química Estrutural (CQE) – Zita Martins
  • Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA) – Moisés Pinto
  • Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB) – Vasco Bonifácio
  • Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID) – Arlindo Oliveira
  • INESC Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN) – Susana Freitas
  • Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) – Gonçalo Figueira
  • Instituto de Sistema e Robótica (ISR) – Isabel Ribeiro
  • Instituto de Telecomunicações (IT) – Yasser Omar
  • Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS) – Mónica Amaral
  • Laboratório de Instrumentação e Física de Partículas (LIP) – Pedro Abreu

Estão já agendadas sessões com

  • Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA) – Pedro Brogueira
  • Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+) – João Ventura
  • Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC) – Rogério Colaço

Todos os episódios somados atingem um total de mais de 67 mil visualizações, num valor médio de 4200 por programa, sendo o Episódio 1 o mais visto, com 9500 visualizações. Os vídeos geraram Os vídeos geraram um alcance estimado de 181859, mais de 1300 gostos (média: 105), 838 comentários (média de 64) e 312 perguntas enviadas para que os investigadores pudessem responder (média de 22 por programa. O Episódio 7 não foi mantido em “on” a pedido do orador, que prepara um livro sobre esses temas.

Avaliação e Monitorização

Da análise dos comentários publicados nas transmissões em direto, temos feedback muito positivo dos seguidores, salientando a qualidade do programa tanto em conteúdo científico como em clareza de exposição. Da análise aos inquéritos de satisfação das 16 sessões, 85% dos respondentes disseram que a conversa tinha sido muito interessante e 15% interessante, e a mesma proporção considerou que o/a cientista tinha sido clara na sua exposição, sendo que 98% acharam que houve clareza na resposta às perguntas. A maioria ficou a querer saber mais sobre o tema (98%) ou sobre o Técnico (83%) e a querer visitar o campus quando for possível (77%).

Fizemos um inquérito de avaliação endereçado aos investigadores que já fizeram apresentações para recolher também as suas opiniões. Tivemos 11 respostas (em 16 possíveis), o que representa 69% do universo de participantes. Dos inquiridos 91% considerava que o seu trabalho podia ser comunicado de forma simples e acessível, o que demonstra uma grande predisposição para a comunicação do seu trabalho já anterior ao programa. De facto, 64% dos participantes já tinham comunicado para audiências tão jovens. No entanto, 82% consideram que ter participado no “Explica-me” os deixou com mais interesse em participar em atividades de comunicação de ciência no futuro e 80% gostariam de voltar a participar numa edição do programa.

Relativamente às sessões de preparação, trabalho de apoio que é feito com os investigadores para ajudar a enquadrar a presentação final, 64% considerou que conseguiria fazer uma atividade deste tipo, de forma individual, sem as sessões de preparação. Contudo, a grande maioria considera que as sessões de preparação contribuíram para melhorar as suas aptidões de comunicação. Relativamente à qualidade do programa e seu futuro, 100% dos inquiridos considera que “o Explica-me como se tivesse 5 anos é u ma boa forma de divulgação da ciência realizada no Técnico”.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A ideia deste programa surgiu de forma espontânea no meio da pandemia e foi materializada de forma colaborativa e orgânica, com voluntarismo, curiosidade e vontade de comunicar a ciência do Técnico, tirando partido dos recursos disponíveis (Zoom, Drive, Self-Service e a experiência de cada elemento da produção).

Explicar ciência a uma criança é um exercício que requer critério na escolha do vocabulário, explicar conceitos complexos com linguagem simples. Isso precisa de ser ensaiado com os convidados, entre uma a três vezes, de modo a prepará-los para esse público infantil do qual podem sair perguntas inusitadas, ainda que com sentido.

Esses ensaios preparativos têm ainda o acréscimo de estabelecer novos vínculos entre diferentes unidades do Técnico e gerar conhecimento mútuo sobre o seu funcionamento. Ou seja, para além do objetivo de comunicar a ciência do Técnico numa linguagem simples e acessível, este programa promove uma maior auto-conhecimento do universo Técnico e uma aproximação entre os seus atores, e entre os investigadores e a Comunicação do Técnico.

O programa começou a ser construído de forma despretensiosa e como protótipo: a cada episódio faz-se uma análise crítica (a partir das impressões dos intervenientes e do feedback recebido no direto e nos formulários de opinião), aperfeiçoa-se o que pode ser melhorado e enriquece-se um documento colaborativo onde são anotados todos os passos que precisam ser feitos, desde a pré-produção à pós-produção. Esta metodologia permitiu que, por um lado, cada um fosse ocupando o seu próprio espaço e empoderando-se das ferramentas, e por outro, ao deixar tudo documentado, permite que haja alternância entre os colaboradores sem prejuízo do conhecimento sobre o que precisa de ser executado. O facto de o programa prescindir de espaços físicos ou encontros presenciais para ser realizado, permite que seja feito a partir de qualquer lugar e por tempo indeterminado, percorrendo todas as unidades de investigação do Técnico.

Após a emissão em direto, os programas ficam disponíveis no Facebook e no Youtube. Estão a ser equacionadas outras plataformas, como por exemplo o Spotify para difusão das conversas em formato podcast.

O carácter inovador deste projeto é a existência de programa de divulgação da ciência do Instituto Superior Técnico que englobe todas as unidades de investigação, de forma ter uma representatividade de áreas científicas unidas em torno de um objectivo comum.

Da análise das atividades de ligação à sociedade de outras faculdades em Portugal, verificamos que o modelo que concebemos e implementámos, de um programa para crianças regular nas redes sociais, é único e por isso inovador dentro da nossa instituição e no país.

Pretendemos continuar a explorar a ligação à sociedade da investigação que se faz no Técnico não apenas mantendo a regularidade deste formato como alargando a outros projetos sempre com a mecânica de envolvimento de todas as UI.

Projecto Piloto “Mecânica I faz a diferença!”

terça, outubro 12th, 2021

Outra: Desenvolvimento Sustentável● 2021

Silvia Di Salvatore e Inês Ribeiro

ND

Implementação da Prática

O projeto piloto “Mecânica I faz a diferença!” (MFD), iniciativa do projeto Técnico Sustentável da Plataforma IST-Ambiente, com a colaboração dos núcleos de estudantes AmbientalIST e NEEA, decorreu no Pavilhão de Mecânica I do Campus Alameda do IST entre Novembro de 2019 e Março de 2020, teve como principal objetivo a introdução de um procedimento de separação e recolha diferenciada de resíduos sólidos urbanos (RSU) e o desenvolvimento de um modelo, com medidas de gestão operacional e estratégias de comunicação. O pavilhão onde decorreu o projeto é um edifício onde funcionam vários centros de investigação, laboratórios, uma biblioteca, uma sala de estudo e um anfiteatro, com uma população permanente de cerca 100 pessoas e uma população móbil de cerca de 50 pessoas.

O projeto piloto MDF foi desenvolvido em 4 fases:

Fase 1 – Monitorização. Nesta fase (Novembro 2019) foi realizada a monitorização dos resíduos do pavilhão geridos segundo o procedimento vigente no IST, com pesagens e estimativas volumétricas e qualitativas diárias dos resíduos indiferenciados produzidos no pavilhão, onde estavam instalados cerca de 100 caixotes em gabinetes e salas.

Fase 2 – Desenvolvimento do Modelo MFD, com medidas de gestão operacional com base Fase 1: 
- Remoção caixotes gabinetes e salas.
- Colocação de ecoilhas em espaços comuns do edifício (indiferenciado, plástico, papel, vidro e compostavel).
- Instalação de compostor no jardim do pavilhão. 
- Desenvolvimento Plano de Comunicação.

Fase 3 – Implementação:

– Lançamento de um Inquérito sobre Hábitos Sustentáveis em Ambiente de Trabalho junto de docentes, investigadores, funcionários e alunos do pavilhão.

– Desativação dos caixotes, colocação de 16 ecoilhas, e introdução de novo procedimento de recolha diária para os RSU indiferenciados e orgânicos, e semanal para os recicláveis.

Fase 4 – Avaliação.

Resultados Alcançados

Resultados da Fase 1

Os dados obtidos revelaram que no pavilhão (i) são produzidos em média cerca de 76 kg de resíduos indiferenciados por semana, (ii) 30% do total dos resíduos é das instalações sanitárias, e (iii) no total de resíduos indiferenciados, observou-se uma percentagem alta de resíduos plásticos e uma presença constante de resíduos orgânicos.

Resultados da Fase 2

– O Modelo MFD foi desenvolvido a partir de procedimentos já aplicados com sucesso em outras universidades, foi definido com base na fase de monitorização e nas características do espaço em análise, com as seguintes medidas: (i) a desativação de todos os caixotes de lixo indiferenciado dos gabinetes e das salas, (ii) a colocação de ilhas de separação de resíduos, constituídas por um conjunto de caixotes (indiferenciado, plástico, papel e cartão e vidro) em pontos estratégicos dos espaços comuns dos edifícios, tendo-se escolhido caixotes de cartão de 100 l, com características próprias para a recolha de resíduos, (iv) alteração do procedimento de recolha, passando a ser diária para os resíduos indiferenciados e orgânicos, e semanal para os resíduos plásticos e papel, (v) havendo uma considerável presença de orgânico nos resíduos do pavilhão, optou-se pela integração de pequenos baldes em algumas das ilhas, para permitir a separação dos resíduos orgânicos compostáveis e (vi) foi instalado um compostor no jardim do pavilhão, cedido pelo programa “Lisboa a Compostar” da CML. Juntamente com estes aspetos de gestão, desenvolveu-se um Plano de Comunicação constituído pela seguintes medidas integradas:

– Foi desenvolvido um inquérito sobre “Hábitos Sustentáveis em Ambiente de Trabalho” para todos os trabalhadores do pavilhão com o objetivo de caracterizar os hábitos da população do pavilhão e de consciencializar as pessoas sobre assuntos de sustentabilidade ambiental, para maximizar o sucesso do novo procedimento.

– Constituiu-se uma equipa de acompanhamento do projeto, formada pelos coordenadores do projeto, pelo gestor do edifício e a coordenadora das funcionárias de limpeza do pavilhão, com a função de (i) efetuar um levantamento das necessidades com vista a determinação do número de ilhas a implementar no pavilhão, (ii) desenvolver sessões de esclarecimento com os secretariados dos centros existentes no pavilhão, e ações de formação para todos os funcionários de limpeza sobre o novo procedimento (iii) garantir uma presença e acompanhamento constante na implementação do projeto.

– Foi desenvolvido um projeto gráfico com: (i) a elaboração de cartazes informativos de fácil leitura para os caixotes, onde confluíram texto e imagens com as principais regras de separação, (ii) a redação de plantas com a localização das ilhas para facilitar o controlo e a manutenção, (iii) a elaboração de cartazes, por parte dos alunos do núcleo AmbientalIST, para sensibilizar para a redução de gastos de papel e água nas instalações sanitárias.

Avaliação e Monitorização

Na sequência da monitorização do novo procedimento, observaram-se excelentes resultados, com 58% de resíduos recicláveis separados após introdução do modelo.  O inquérito aos utilizadores do pavilhão permitiu conhecer a população alvo de intervenção. Nomeadamente, foi possível concluir que, numa escala de 1 a 5, em média, os respondentes indicam que separam os resíduos (vidro, garrafas de plástico, baterias e resíduos químicos do trabalho) com regularidade (M=3.99; DP=1.31) e têm uma atitude pró-ambiental no trabalho muito positiva (M=4.41; DP=0.67). Os utilizadores deste pavilhão indicam ainda uma forte necessidade de se manterem informados sobre as questões pró-ambientais no seu local de trabalho (M=4.04, DP=0.81), reconhecendo no entanto que as atuais instalações do IST não são suficientes para a separação de resíduos (M=1.84, DP=1.02).

Carácter Inovador e Transferibilidade

O projeto piloto MFD permitiu testar o modelo desenvolvido, perceber as dificuldades e identificar os pontos essenciais para uma implementação de sucesso a larga escala em toda a instituição. A realização de estudos paralelos e integrados no plano de comunicação, nomeadamente o inquérito sobre os hábitos sustentáveis e a monitorização, permitiu não só comunicar eficazmente resultados, mas também efetuar análises ambientais e económicas do projeto, com resultados possíveis de extrapolar para todo o IST.

Este projeto serviu como laboratório de uma experiência colaborativa no campus Alameda, na qual participaram ativamente alunos, investigadores e funcionários docentes e não docentes. Foi também envolvida toda a comunidade do pavilhão através do plano de comunicação seguido, assegurando um sentimento de pertença que foi crucial para atingir estes resultados.