Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

Archive for the ‘Técnico-Pedagógico’ Category

Lab2Market

terça, outubro 12th, 2021

Transferência de Tecnologia● 2021

Área de Transferência de Tecnologia

https://tt.tecnico.ulisboa.pt/innovators/lab2markettecnico/

Implementação da Prática

Implementado em 2015, o Lab2Market@Técnico é um programa de aceleração de inovação no âmbito do qual se atribui 250h de consultadoria e formação, dada por consultores especializados em inovação, com o objetivo de encontrar a melhor forma de valorizar as tecnologias desenvolvidas por professores, investigadores, estudantes de doutoramento e mestrado do IST. As inscrições são feitas através de um formulário onde devem realizar a descrição do projeto, área de tecnologia, links relevantes, nível de TRL e contatos da equipa. Na seleção dos projetos é valorizado: – Habilidade e adequação da equipa*; – Viabilidade e inovação do projeto; – Potencial econômico; – Estado de desenvolvimento de tecnologia e tempo de comercialização. O programa decorre entre Janeiro e Junho, considerando desde a fase de candidaturas até ao Pitch final das equipas. Após a seleção das equipas que irão participar no programa, é realizado um workshop de team building na problemática de abordagem ao mercado, assim como uma primeira reunião individual com cada equipa e o orientador que a irá acompanhar durante todo o programa, no sentido de serem analisadas quais as necessidades de cada equipa e aquilo em que se deverão focar nas 9 semanas em que o programa decorre. Nas primeiras 4 semanas as equipas trabalham na identificação do mercado adequado ao seu projecto e qual a sua vantagem competitiva. As últimas 5 semanas são dedicadas à procura e contacto com potenciais clientes. O Lab2Market tem permitido às equipas identificar o estado da sua tecnologia em relação às necessidades do mercado, bem como desenvolver uma estratégia de Go-To-Market ou entender estratégias B2B/ B2C, bem como a simples hipótese de considerar tirar a ideia do laboratório. Esta prática tem conseguido igualmente apoiar as equipas que pretendam candidatar-se a fundos europeus, melhorando a proposta da sua candidatura.

Resultados Alcançados

O Lab2Market@Técnico conta já com 5 edições, e podemos considerar que existem vários indicadores que fazem do programa um caso de sucesso, entre os quais destacamos:

– O aumento de inscrições (de 21 para 51) nas sessões de apresentação do programa, o que nos indica que o crescente interesse da comunidade IST neste tipo de iniciativas; Esta sessão teve em 2020 e em 2021 uma transmissão live no Facebook, onde obtivemos mais de 1000 visualizações;

– O aumento do número de candidaturas ao programa, tendo na edição de 2021 tido um aumento de cerca de 50% face à edição de 2020 (a evolução do período do programa foi de 5 para 15);

– O aumento da diversidade dos Centros de I&D, nomeadamente a candidatura ao programa de investigadores dos vários centros de investigação existentes no IST;

– Aumento do número de candidaturas de projetos com pedidos de patente em curso, o que consideramos que possa resultar de um passa palavra de participantes em edições anteriores, bem como da comunicação realizada.

Considerando os indicadores acima mencionados como métricas de sucesso, gostaríamos de destacar mais um e que esperamos que no futuro possa ser o mobilizador de crescimento. O sucesso, na óptica de transferência para o mercado, dos projetos de algumas das equipas que participaram no programa. Destes projetos salientamos o projeto Voxel da Prof. Marta Fajardo, que participou no programa em 2015, e posteriormente candidatou-se ao programa Horizonte 2020 e tendo obtido um financiamento de € 3,99 milhões. Outro caso de sucesso foi a FabInventors, projeto do Nuno Frutuoso estudante de Doutoramento, que, entretanto, já se tornou uma spin-off do Técnico e que recentemente conquistou o 3.º lugar no “BoostUP”, uma competição europeia organizada pelo EIT Manufacturing. Ao longo das 5 edições que o programa tem, têm sido implementadas algumas ações de melhoria no sentido de proporcionar às equipas uma melhor experiência e de forma a que consigam tirar o maior proveito da sua participação. Em 2018 restringiu-se as candidaturas a projetos nas áreas de Blockchain, Machine Learning e Smart Cities, no entanto verificou-se que limitar as candidaturas a áreas específicas poderia impedir que outros projetos de elevada relevância se pudessem candidatar. Assim, em 2019 qualquer equipa com um projeto de investigação ou ideia inovadora no universo IST poderia candidatar-se, o que se revelou um aumento de mais de 50% no número de candidaturas. Na edição de 2020, no sentido de ajudar as equipas a melhor perceber quais as suas necessidades e quais os objetivos pretendidos com a participação no programa, bem como ajudar os orientadores, que acompanham as equipas ao longo das semanas de trabalho, a focar nas necessidades mais importantes durante o processo de orientação, foi realizado com as equipas e orientadores um workshop Business Model Canvas. A realização do workshop foi um sucesso tendo obtido um feedback bastante positivo tanto da parte das equipas como dos respetivos orientadores.

Avaliação e Monitorização

De forma a avaliarmos junto dos participantes do programa se o mesmo correspondeu às suas expectativas, bem como identificar melhorias a serem implementadas em futuras edições, foi realizado em 2020 um inquérito aos participantes da respectiva edição. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios sendo que mais de 60% dos inquiridos indicou que o programa tinha ido de encontro às suas expectativas; mais de 70% indicou voltaria a participar no programa e mais de 80% dos inquiridos indicou que recomendaria a participação no programa a outras pessoas do seu departamento.

Após análise do feedback dado pelas equipas verificou-se que, alguns dos participantes sentiam que ficava em falta uma maior aproximação ao mercado e contato com possíveis clientes/ investidores. Apesar de na 2ª fase do programa, o objectivo ser a realização destes contatos e a procura e identificação de possíveis clientes, é também ela uma fase mais morosa que requer aguardar por um feedback ao contato estabelecido.

Nesse sentido, e após análise da possibilidade de aumentar a duração do programa, junto dos orientadores, bem como a análise ao calendário escolar de forma a considerar a implicação que tal teria junto das equipas, foi aprovado que a edição do Lab2Market 2021 teria a duração de 9 semanas, sendo a nova semana acrescida na 2ª fase do programa que assim terá a duração de 5 semanas ao invés das 4 semanas realizadas em edições anteriores.

Uma outra melhoria a ser implementada em 2021 será um acompanhamento mais próximo das equipas que participam e da continuidade dos seus projetos. Os resultados desta melhoria serão mensurados numa próxima edição.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Apesar de identificarmos presentemente outros programas similares como o programa ScienceIN2Business® realizado pela TecLabs da Faculdade de Ciências da ULisboa, ou o Programa Collider realizado com universidades da Catalunha, consideramos o Lab2Market um programa inovador no IST, bem como a nível das universidades nacionais por ter sido um dos pioneiros neste formato de atuação na altura em que foi lançado

O Lab2Market é uma iniciativa única no universo Técnico e conforme já mencionado anteriormente a realização deste programa tem permitido às equipas que participam terem uma maior percepção do mercado em que a sua tecnologia poderá ser aplicada, bem como validar se a mesma se adequa às necessidades existentes no mercado. Poderemos até dizer que para muitas equipas é a primeira abordagem ou contato que a sua tecnologia tem fora do laboratório. Consideramos que esta prática pode (e deve) ser replicada e realizada por outras universidades nacionais e internacionais, principalmente as que estejam ligadas à área da engenharia, no sentido de dar mentoria e alavancar a transferência de tecnologia dos vários projetos de investigação existentes nos laboratórios e com grande potencialidade de saírem do Laboratório.

Grupo ComunicaCiência, para a divulgação e comunicação da ciência do Instituto Superior Técnico interna e externamente

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

Joana Lobo Antunes

 https://acim.tecnico.ulisboa.pt/comunicaciencia/projetos/

Implementação da Prática

. O grupo ComunicaCiência é coordenado pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e junta todos os responsáveis de comunicação das 23 unidades de investigação associadas ao Instituto Superior Técnico e da Área de Transferência de Tecnologia. Foi criado em Setembro de 2019, com a introdução de novas práticas para a Comunicação de Ciência do Instituto Superior Técnico.

A criação e dinamização deste grupo pretende aproximar a estrutura de comunicação de cada uma das unidades, com as suas diferentes realidades, à estrutura de comunicação central do Técnico, bem como fomentar um espírito de corpo comum. Desta forma, este grupo concretiza-se através de:

  1. encontros mensais com todos os membros do grupo, coordenado pela ACIM.
  2. formações em comunicação de ciência
  3. concepção e desenvolvimento de actividades conjuntas de divulgação e promoção da ciência

 

Os encontros mensais ocorrem regularmente desde Setembro 2019, e começaram por

acontecer rotativamente entre todas as UI de forma a dar a conhecer fisicamente os locais de trabalho de cada um. Com a pandemia, as reuniões passaram a ser online, mas mantevese a cadência e regularidade.

Até agora foram ministradas formações em: criação de conteúdos para redes sociais, gestão de redes sociais, escrita de comunicados de imprensa, ligação aos media, comunicação visual de ciência. Dado que a maioria dos responsáveis de comunicação não têm formação específica na área, estas formações têm permitido a sua capacitação.

As actividades conjuntas de divulgação até agora materilizaram-se no programa “Explica-me como se tivesse 5 anos” e na campanha nas redes sociais de mulheres na ciência.

As unidades representadas no ComunicaCiência são:

Centro de Análise Funcional, Estruturas Lineares e Aplicações (CEAFEL)

  • Centro de Análise Matemática, Geometria e Sistemas Dinâmicos (CAMGSD)
  • Centro de Astrofísica e Gravitação (CENTRA)
  • Centro de Ciência e Tecnologia do Ambiente e do Mar (MARETEC)
  • Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN)
  • Centro de Engenharia e Tecnologia Naval e Oceânica (CENTEC)
  • Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST)
  • Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+)
  • Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA)
  • Centro de Física Teórica das Partículas (CFTP)
  • Centro de Matemática e Aplicações (CEMAT)
  • Centro de Química Estrutural (CQE)
  • Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA)
  • Centro em Território, Urbanismo e Arquitetura (CiTUA)
  • Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB)
  • Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC)
  • Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID)
  • INESC Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN)
  • Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN)
  • Instituto de Sistema e Robótica (ISR)
  • Instituto de Telecomunicações (IT)
  • Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS)
  • Laboratório de Instrumentação e Física de Partículas (LIP)

Resultados Alcançados

Das três actividades desenvolvidas, desenharam-se os seguintes objectivos:

  1. Promover o networking e o conhecimento de todos os responsáveis de comunicação de UI, de forma a promover uma maior interacção entre as unidades resultando em uso mais eficiente dos recursos. RESULTADOS: a maioria das pessoas deste grupo não conhecia as restantes 22; neste momento todos se conhecem e têm-se criado redes de entreajuda nas mais variadas áreas.
  2. Partilhar boas práticas que possam ser replicadas noutras unidades de investigação.

RESULTADOS: a apresentação de projectos de cada UI permite às restantes adaptar e adoptar para as suas realidades. Promoveu-se a possibilidade de entreajuda e colaboração entre as UI, para a realização de iniciativas e resolução de problemas semelhantes. Destas partilhas resultou um documento comum de boas práticas de criação e gestão de eventos online.

Estamos também a desenvolver documento comum de boas práticas de gestão de redes sociais.

  1. Dotar os responsáveis de competências comunicacionais de base. RESULTADOS: as formações nesta área têm tornado mais ágil a ligação das UI à comunicação do Técnico e promovido uma melhor ligação à sociedade. Algumas UI passaram a usar mais e melhor as redes sociais para a comunicação dos seus resultados e outputs.
  2. Desenvolver projectos com impacto na ligação à sociedade. RESULTADOS: Deste grupo resultaram as iniciativas do programa “Explica-me como se tivesse 5 anos”, e a campanha de Mulheres da Ciência. O primeiro será também objecto de candidatura separada e aí detalhado. O segundo consistiu numa campanha nas redes sociais para celebrar o dia internacional das mulheres na ciência, tendo surgido numa reunião do grupo e tendo sido concretizado com a participação das UI, design do NDM e coordenação ACIM. O projeto deu origem a 49 fotos e histórias de mulheres cientistas do Técnico e espelhou 13 Unidades de Investigação do Técnico (INESC-ID (+ GAIPS); CAMGSD-IST; CERIS; LIP; CERENA; C2TN; CENTEC; CERIS; IT; IN+; ISR; INESC MN; CQE), para além das 9 antigas alunas que estão a trabalhar na Ciência mas noutras instituições, recolhidas pela TT Técnico.
  3. Melhorar a comunicação interna no que respeita à comunidade científica e instrumentos ao seu dispor. RESULTADOS: Aumentou a visibilidade das iniciativas das UI junto da comunidade do Técnico.

Avaliação e Monitorização

A participação da maioria dos membros nos encontros regulares mensais é uma medida do interesse que encontram nas reuniões e nos assunto aí discutidos. As reuniões ocorrem sempre na quarta quinta-feira de cada mês, entre as 10h e as 12h.

O projeto “Mulheres na ciência” teve um alcance total de 45.000 pessoas no Facebook, número muito acima ao valor médio anual das publicações (cerca de 7.000). O conjunto de publicações no Twitter originou 333 likes, 66 partilhas, 1508 “engajamentos” e um total de 48955 impressões, valor que representa quase metade das médias mensais de impressões em 2020: 115755.

No Instagram as galerias de imagens tiveram alcance total de 26530 (média 2020: 4633), uma média de 438 likes cada (média 2020: 307) e originaram uma média de 108 visitas ao perfil por cada post (média 2020: 57).

No Linkedin as 49 publicações geraram um total de 138420 impressões 2683 reações e 4083 cliques.

Somando todas as impressões e alcance destas quatro redes sociais chegamos a um número total de 241150 pessoas alcançadas pela campanha.

Para além disso, foi feito o desafio de partilha da história de outras investigadoras recorrendo à hashtag #MulheresNoTécnico, tendo tido um impacto significativo nas redes, em particular no Twitter, onde se acumularam 42 participações (monitorizadas).

Fizemos um inquérito para avaliação e monitorização da actividade deste grupo aos participantes. Responderam ao inquérito 21 pessoas (41% do total de pessoas que está na mailing list do grupo Comunica Ciência).

A maioria dos inquiridos (96%) avaliam muito positivamente a utilidade do Grupo, com nota acima de 4 em 5; a utilidade das formações foi classificada acima de 4 valores por 95% dos inquiridos. Já a melhoria a relação entre as UI e a Área de Comunicação, Imagem e Marketing do Técnico recolheu nota acima de 4 para 81% dos respondentes.

Relativamente aos efeitos do trabalho que desenvolvem na área da comunicação de ciência.

Desde que integraram o grupo, 90% dos inquiridos sentem-se mais confiantes para criar / dar continuidade a atividades de comunicação de ciência na sua UI e 76% (16) sentem que os investigadores das suas UI passaram a participar mais em atividades de comunicação de ciência. Relativamente aos efeitos do trabalho que desenvolvem na área da comunicação de ciência, a maioria atribui a nota 4 a essa melhoria (48%), ficando a nota 3 (33%) e nota 5 (14%) com as parcelas seguintes mais votadas. 43% (9) classificam com a nota 4 o aumento da presença da sua UI nos media desde que integraram o grupo, enquanto que 7 (33%) lhe atribuem a nota 3. 14% (3) deram a nota máxima a esse aumento.

O trabalho de equipa, a aprendizagem de técnicas de comunicação de ciência e o conhecimento mútuo entre as várias plataformas e UI do Técnico foram os motivos mais apontados pelas respostas à pergunta aberta “O que de mais útil retirou/retira da participação neste grupo?”. Como sugestões para a o futuro do grupo (em pergunta aberta), surgem o envolvimento dos Departamentos do Técnico e o relacionamento com outros grupos de investigação da Universidade de Lisboa como principais sugestões.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador deste projecto é a existência de um grupo que agregue todas as unidades de investigação do Técnico para agilizar a comunicação e promover a criação de novos programas. O grupo funciona com carácter regular há 17 meses, apenas com interrupção em Agosto.

Segundo os participantes, o funcionamento do grupo em regularidade, abordando temáticas de interesse e promovendo a motivação das UI para investirem em comunicação de ciência, tem sido uma inovação no Técnico. A existência deste grupo e a agilidade da sua comunicação interna tem permitido a coordenação de actividades conjuntas em tempo útil, potenciando e ligando com outras unidades Técnico (como a Área de Transferência de Tecnologia e o Núcleo de Design e Multimédia). As formações do grupo têm oferecido um conjunto de ferramentas uteis às UI de forma a poderem aumentar o impacto das suas actividades.

A continuidade das actividades do Comunica Ciência põe as Unidades de Investigação e o Instituto Superior Técnico a encarar a comunicação não apenas como forma de promoção institucional e divulgação de carreiras técnico-científicas mas também como actor na promoção da literacia e cultura científica.

A dinâmica deste grupo pode ser transferida para outras realidades do Técnico, e fora dele, que beneficiem da junção de profissionais com funções semelhantes em núcleos distintos. A ACIM está de momento a montar o mesmo tipo de grupo com os responsáveis de comunicação dos departamentos do Técnico e irá em seguida dinamizar o grupo de todos os núcleos com redes sociais institucionais na Faculdade.

Visita Virtual ao Técnico

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

NAPE – Núcleo de Apoio ao Estudante

https://www.youtube.com/watch?v=EfbnLrJj5OY

Implementação da Prática

. A visita virtual ao Técnico foi concebida para ultrapassar a impossibilidade de acesso aos espaços do Técnico no 2º semestre de 2019/2020, com o consequente cancelamento das habituais visitas dinamizadas pelos Guias do NAPE, devido às restrições da pandemia. Com várias visitas individuais e de grupo escolar agendadas e canceladas, feiras de ensino transpostas para formato online, muitas dúvidas de candidatos ao Técnico a chegar por diferentes canais e a necessidade de preparar o acolhimento dos novos alunos, foi necessário encontrar uma alternativa online para dar a conhecer os campi, as condições, serviços e apoios disponíveis.

Iniciou-se então o planeamento das gravações em Julho de 2020, tendo sido elaborado um Guião com os principais pontos de interesse e informações mais relevantes, que foi revisto pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM), para validar as informações transmitidas pelos bolseiros do Técnico, que iriam apresentar os dois campi do Técnico. A articulação com o Núcleo de Design e Multimédia (NDM) foi também essencial, envolvendo apoio técnico especializado, vários equipamentos de captura de imagem e som e o respetivo trabalho de edição, que incluiu a legendagem do vídeo na língua inglesa. As gravações foram realizadas nos dias 21, 23 e 27 de julho nos espaços exteriores e interiores selecionados, tendo sido concluída a produção do vídeo a 10 de setembro, atempadamente para apoiar a transição dos novos estudantes para um ano letivo atípico.

Resultados Alcançados

. Os objetivos associados à produção deste vídeo foram alcançados de acordo com a calendarização prevista durante o período desafiante em que foi concebido pela necessidade de transpor todas as atividades do NAPE para a modalidade online, resultando numa resposta alternativa em tempo útil e eficaz para os candidatos e novos estudantes poderem conhecer o campus que pretende frequentar de modo eficiente.

O vídeo foi disponibilizado na Comunidade IST TV do Youtube e publicado no Facebook do Técnico, tendo sido utilizado como recurso inicialmente na Cerimónia de Boas-Vindas aos novos estudantes em 33 sessões Zoom na Semana de Acolhimento dos 2º Ciclos e em 18 sessões do 1º Ciclo, incluindo nas 2 sessões paralelas de receção dos estudantes de mobilidade no 2º e no 2º semestre do ano letivo 2020/2021. Posteriormente, este recurso permitiu otimizar o processo de divulgação no exterior, levando o Técnico a Escolas, feiras virtuais de oferta formativa, como a Inspiring e a Unlimited Future, e ainda permitiu complementar os atendimentos personalizados realizados por videochamada.

Atualmente, o vídeo está publicado na página da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (http://acim.tecnico.ulisboa.pt/nucleo-de-apoio-ao-estudante-nape/), potenciando a acessibilidade num contexto de especial elevada procura na web.

Avaliação e Monitorização

A avaliação e monitorização desta iniciativa tem como principal referência o alcance, a variedade de situações em que pode ser utilizada como recurso e o feedback obtido por parte da população à qual se dirige.

Na Cerimónia de boas-vindas aos novos estudantes 2020/2021, o vídeo foi projetado para mais de 2000 alunos regulares, sendo cerca de 90% dos alunos de 1º ciclo (1443 alunos) e mais de 350 alunos de mobilidade e internacionais em 53 sessões Zoom, tendo sido obtido feedback muito positivo neste âmbito também da parte dos docentes envolvidos. Na Feira Virtual da Inspiring Future o vídeo foi visualizado diariamente ao longo do ano letivo 2020/2021, tendo tido um alcance superior a 10 000 visitantes do stand do Técnico. Nos eventos da Unlimited Future o vídeo foi disponibilizado a cerca de 400 visitantes do nosso stand virtual. Já nas redes sociais, nomeadamente na página do facebook do Técnico (https://www.facebook.com/watch/?v=791784401610143), o vídeo conta com cerca de 5,6 mil visualizações.

Uma das mais valias da produção deste vídeo é de facto a grande variedade de aplicações. Pode ser utilizada como recurso em atendimentos personalizados (ISTO É Conversa – [https://nape.tecnico.ulisboa.pt/en/candidatos-ao-tecnico-e-divulgacao/isto-e/isto-e-conversa/]), em resposta a pedidos de informação via RT, em feiras virtuais (e futuramente presenciais) de Ensino e Formação, em feiras realizadas em Escolas, e em cerimónias institucionais, como já aconteceu. Estando disponível em plataformas online como o youtube, o vídeo pode ser acedido de modo facilitado a qualquer momento e de qualquer ponto do mundo, alcançando candidatos e estudantes que por motivos geográficos ou constrangimentos da pandemia não se podem deslocar ao Técnico.

Considerando o público a que se destina, a apresentação dos campi em que funcionam as atividades letivas por parte de alunos, permite uma maior aproximação e identificação dos pares, estabelecendo-se uma relação amigável e demonstrando disponibilidade para receber e apoiar novos alunos.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta iniciativa, motivada pela necessidade de ultrapassar constrangimentos das deslocações presenciais aos campi do Técnico, é inovadora e uma demonstração de como se podem gerar oportunidades em períodos de crise. Com este recurso disponível, é possível agora utilizá-lo num grande conjunto de situações e contextos de modo permanente, quer para divulgação do Técnico, quer para apoio aos candidatos, podendo ainda potenciar a procura de esclarecimentos e apoio do NAPE, quer para acolhimento e integração de novos alunos, nacionais e estrangeiros.

A visita está legendada em inglês, sendo possível replicar esta prática e explorar as suas potencialidades de modo diferenciado adaptando-a a outros públicos e contextos. O objetivo desta iniciativa foi, num primeiro momento, apresentar o campus Alameda e o campus Taguspark e poderá ser generalizável para outras finalidades, sendo recomendável a produção de conteúdos semelhantes que permitam apresentar laboratórios, projetos ou departamentos com interesse para os destinatários, em que poderão ser envolvidos professores e alunos, de modo a enriquecer e a estabelecer desde logo um sentido de comunidade no Técnico.

ISTO É _Podcast

terça, outubro 12th, 2021

Comunicação● 2021

NAPE – Núcleo de Apoio ao Estudante

https://nape.tecnico.ulisboa.pt/candidatos-ao-tecnico-e-divulgacao/isto-e/podcast/

Implementação da Prática

. Devido aos constrangimentos que advieram da situação pandémica com o primeiro confinamento em março de 2020, e a necessidade de transpor para modalidades remotas as atividades de divulgação do Técnico, a conceção do Podcast ISTO É teve como objetivo levar o Técnico aos seus potenciais candidatos. Com a suspensão de feiras e visitas presenciais a escolas secundárias, o podcast ISTO É, dá voz aos estudantes para responder a questões habituais dos candidatos, relacionadas sobretudo com oferta formativa e vivências académicas. A qualquer hora e em qualquer lugar, todos os interessados no Técnico podem utilizar o Youtube, Instagram TV ou Spotify para acompanhar os 22 Episódios de 10/15 minutos. Além do episódio sobre os campi, programas de mobilidade, spin-offs e outras oportunidades, oferecidas pelo Técnico; do episódio sobre o NAPE (Programa Mentorado, semana de acolhimento, Workshops); e do episódio dedicado aos núcleos de estudantes, projetos e atividades extracurriculares; foram lançados 18 episódios sobre a Oferta Formativa do 1º Ciclo. De abril a julho, procurando otimizar a resposta durante o período crítico para a tomada de decisão dos candidatos, os episódios foram publicados nas redes sociais do NAPE de modo progressivo, de acordo com o planeamento e calendarização inicial. Previamente, foram criteriosamente definidos também os temas e conteúdos a abordar, bem como os estudantes, projetos e núcleos a convidar. Além dos Guias do NAPE, que planearam o projeto, divulgaram a iniciativa e redigiram os guiões dos episódios, validados pela Área de Comunicação, Imagem e Marketing, foram também envolvidos 53 outros alunos, nomeadamente Mentores e Embaixadores, bem como 40 Docentes do Técnico e ainda 23 núcleos, perfazendo um total de 4 horas e 25 minutos de material resultante.

Resultados Alcançados

Considerando a antecedência com que são planeadas as iniciativas de Divulgação do Técnico, foi notável conseguir conceber e montar este projeto desta dimensão em cerca de duas semanas em março de 2020, e começar o lançamento de episódios em Abril para antecipar o grande volume de contactos e pedidos de candidatos do Ensino Secundário em fase de tomada de decisão.

Em termos de alcance dos Podcasts, contabilizam-se 4200 visualizações na plataforma Apple Podcasts do Spotify (sendo 42% de utilizadores entre os 18 e os 22 anos), mais de 20 mil visualizações no canal Youtube, e quase 16 mil visualizações no Instagram.

O feedback recebido, direta e indiretamente, demonstra que o alcance dos podcast também foi maior do que com as alternativas presenciais, nomeadamente em termos geográficos mesmo com as habituais deslocações a escolas secundárias e feiras em vários pontos do país. O link para os episódios passou também a ser disponibilizado como parte da resposta a alunos interessados no Técnico, que contactaram o NAPE com dúvidas sobre estudar no Técnico.

Avaliação e Monitorização

A avaliação e monitorização desta iniciativa tem como principal referência o alcance obtido – mais de 40 mil visualizações distribuídas pelas suas 3 plataformas, a variedade de situações em que pode ser utilizada como recurso de modo permanente e o feedback obtido por parte da população à qual se dirige, quer direta, através de comentários e “likes”, quer indiretamente em diversos contextos como indicadores da sua utilidade e impacto.

Periodicamente é feita a monitorização do número de visualizações dos episódios lançados para ajustar a divulgação efetuada, nomeadamente em alturas mais críticas para a preparação da transição para o ensino superior, tais como a aproximação do limite do prazo das candidaturas ao Ensino Superior, onde procuramos reforçar através dos nossos canais de divulgação (redes sociais e outras plataformas) a importância dos futuros candidatos tomarem uma decisão o mais informada possível, relembrando todos os materiais produzidos pelo NAPE que têm ao dispôr para que tal aconteça, tais como o nosso podcast e colocando-nos sempre à disposição para nos contactar diretamente caso surjam outras questões que lá não vejam respondidas.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A conceção de um Podcast permitiu adaptar a divulgação do Técnico e da respetiva oferta formativa a um modelo mais digital, atual e familiar para a faixa etária à qual se dirige. Este é um projeto inovador, principalmente considerando a abrangência dos conteúdos e áreas, projetos, núcleos e serviços representados. Outras Instituições de Ensino Superior lançaram pela mesma altura podcasts, tendo este projeto sido diferenciador pela dimensão e agentes envolvidos. A replicação desta iniciativa deverá ser repensada considerando a necessidade de manter atualizadas informações, nomeadamente pela introdução do Novo Modelo de Ensino e pela reestruturação dos Mestrados e Licenciaturas, sendo necessário acautelar os recursos necessários e a uniformização da comunicação com o respeito das normas e estratégia de comunicação do Técnico.

Exonline: Utilização da plataforma openedX para a avaliação (testes, exames, fichas)

terça, outubro 12th, 2021

Educação Superior ● 2021

Ana Moura Santos, Alexandra Moutinho, Carlos Santos Silva

exams.elearning.tecnico.ulisboa.pt

Implementação da Prática

A plataforma de avaliação online EXONLINE(https://exams.elearning.tecnico.ulisboa.pt/) tem como base a plataforma Open edX que disponibiliza os cursos MOOC Técnico (https://courses.elearning.tecnico.ulisboa.pt/). A plataforma pode ser utilizada na avaliação de qualquer Unidade Curricular (UC) do Técnico, por qualquer estudante registado através do método de autenticação Técnico ID. Esta plataforma permite a construção de avaliações com diferentes níveis de complexidade, adequados a exames na área STEM (Science, Technology, Engineering e Mathematics), recorrendo a diferentes tipos de perguntas: perguntas de escolha múltipla, perguntas de resposta aberta, perguntas de avaliação numérica, perguntas de avaliação de expressões matemáticas ou ainda perguntas de identificação de pontos em figuras. A plataforma permite ainda a utilização de bancos de perguntas e a geração de parâmetros aleatórios numa pergunta destinada a um dado aluno, o que resulta na geração de exames únicos para cada estudante. Outra funcionalidade do sistema é a submissão de ficheiros com respostas abertas. Finalmente, a plataforma permite a correção automática dos exames com acesso imediato às pautas dos resultados.

Para facilitar a criação de exames foram desenvolvidos um Manual do Docente e vídeos tutoriais e feitas acções de formação para docentes. Para facilitar a inscrição e utilização da plataforma durante o exame, foi desenvolvido um Manual do Aluno.

Para a utilização da plataforma, basta enviar um email para exonline@tecnico.ulisboa.pt. É criada uma instância de avaliação para a UC. O docente parametriza as avaliações, inscreve os alunos e deve criar uma avaliação de exemplo que permite aos alunos verificar se estão registados na plataforma e ganhar experiência na utilização da plataforma.

A plataforma está disponível desde Março de 2020 e foi utilizada em dois semestres na avaliação de 47 UCs com 6853 alunos.

Resultados Alcançados

A plataforma ExonlineX foi utilizada no 2º semestre de 2019-2020 para a realização de testes e exames em 25 UCs dos 1º e 2º ciclos de diferentes cursos, com um total de 4150 alunos, cobrindo diferentes áreas e dimensões:

─ Unidades curriculares transversais como Gestão (1280 alunos) e Cálculo II (672 alunos);

─ Unidades curriculares de massas do 1º ciclo como Mecânica Aplicada II (370 alunos), Tecnologia Mecânica (220 alunos) e Controlo de Sistemas (240 alunos) do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica (MEMec);

─ Unidades curriculares de várias licenciaturas e mestrados, com universos que variaram entre 5 e 150 alunos, onde a plataforma foi utilizada para fichas, testes parciais, exames finais e exames de Época Especial.

No 1º semestre de 2020/2021 a plataforma foi utilizada para a a realização de testes e exames em 22 UCs dos 1º e 2º ciclos de diferentes cursos, com um total de 2693 alunos:

─ Unidades curriculares transversais como Gestão (474 alunos) e Cálculo I-II (395 alunos);

─ Unidades curriculares de massas do1º ciclo como Mecânica Aplicada I (456 alunos) 2º ciclo como Gestão de Energia (224 alunos) do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica (MEMec);

─ Unidades curriculares de várias licenciaturas e mestrados, com universos que variaram entre 30 e 143 alunos, onde a plataforma foi utilizada para fichas, testes parciais, exames finais e exames de Época Especial.

O número de docentes envolvidos no desenvolvimento de avaliações é em média de 2 por UC.

Avaliação e Monitorização

Foi realizado um inquérito de satisfação aos alunos e docentes relativamente ao uso da plataforma.

De acordo com as respostas de 20 docentes a um questionário de satisfação sobre a utilização da plataforma no 2ºS de 2019/2020 :

─ 75% revelaram estar Satisfeitos ou Muito Satisfeitos com a plataforma;

─ 65% consideram utilizar a plataforma para futuras avaliações mesmo em contexto de avaliações presenciais;

─ 50% acharam a sua utilização fácil ou muito fácil;

─ 65% utilizaram as funcionalidades para a geração de exames diferenciados para os alunos;

─ 50% preferiram incluir perguntas de resposta aberta por forma a corrigir manualmente o exame.

As respostas relativas à utilização durante o 1º semestre de 2020/2021 (com 16 respostas) revelou:

– 37% acharam a sua utilização fácil ou muito fácil;

– 56 %utilizaram as funcionalidades para a geração de exames diferenciados para os alunos

– apenas 12.5% não considera utilizar a plataforma novamente

De acordo com as respostas dos alunos inquiridos no contexto da UC Controlo de Sistemas do MEMec em 2019/2020 sobre a utilização da plataforma:

─ 57% demoraram menos de 1 minuto a entrar na plataforma

─ 73% tiveram acesso ao teste em menos de 5 minutos;

─ 51% acharam a leitura do exame na plataforma fácil;

─ 70% acharam que a dificuldade da avaliação era comparável com a avaliação escrita.

Testemunhos

“Poupamos vigilantes externos e marcação de mais de 20 salas e horas de secretariado; poupamos cerca de 10 000 folhas de papel com enunciados e os respetivos custos de impressão; poupamos o custo de conversão e digitalização dos testes em folhas de cálculo por empresa externa. No futuro, o rápido apuramento de notas vai ser ainda mais importante dados os períodos letivos mais curtos após o PERCIST. É também muito útil a parametrização dos exames, diferenciando-os de aluno para aluno” (UC Gestão, João Soares – Departamento de Engenharia e Gestão)

“A possibilidade de gerar fórmulas através de um script em Phyton permitiu-nos usar cálculo simbólico e introduzir parâmetros aleatórios nas perguntas, como coeficientes ou escolhas de funções a partir de listas.  A plataforma funcionou de forma estável, sem atrasos significativos na submissão das respostas.  O apoio da equipa da plataforma permitiu resolver os problemas pontuais que surgiram durante a realização dos testes.”  (UC Cálculo II, Sílvia Anjos, José Natário, Gabriel Pires e Pedro F. dos Santos – Departamento de Matemática)

Carácter Inovador e Transferibilidade

A utilização da plataforma OpenEDX exclusivamente para avaliação é inovadora. Que seja do nosso conhecimento, entre todas as plataformas Open EdX utilizadas por Instituições de Ensino Superior a nível mundial, foi a 1ª vez que uma plataforma deste tipo se adaptou  para se especializar em avaliações online remotas.

Neste momento, a utilização está limitada a utilizadores do Técnico (via autenticação via Técnico ID), mas a plataforma poderia ser utilizada de forma livre por outras instituições (já houve solicitações externas ao Técnico, nomeadamente para a utilização em escolas secundárias). Desta forma, foi possível escalar, planear e tornar mais seguras as avaliações online remotas, quando foi necessário fechar o campus por causa da pandemia. Ou seja, em resposta à situação global de pandemia causada pela COVID-19, foi oferecida a possibilidade aos docentes do Técnico utilizarem a plataforma MOOC Técnico nas avaliações intermédias e exames finais remotos das disciplinas.

As sessões que se preparam para dar suporte aos professores que viriam a optar por usar o Exonline nas suas avaliações deram origem ainda a vários vídeos de apoio ao utilizadores, bem como manuais. Os manuais, que foram sendo atualizados, passaram a estar acessíveis no site SARTre (http://SARTre.tecnico.ulisboa.pt/) criado pelo Conselho Pedagógico para orientação de práticas pedagógicas online.

No 1º semestre de 2020/2021, muitos docentes optaram por fazer as suas avaliações contínuas e até exames nesta plataforma, sendo previsível que esta tendência se mantenha num futuro próximo com a entrada em vigor no próximo ano letivo 2021/2022 do novo Modelo de Ensino e Práticas Pedagógicas.

O projeto foi ainda convidado a estar presente com sessões de formação na 2ª Edição das Jornadas Interinstitucionais de Desenvolvimento Pedagógico (https://www.jornadasidp.pt/2ª-edição/), em novembro de 2020, e no Programa de Desenvolvimento e Formação PDF (http://pdf.tecnico.ulisboa.pt) em fevereiro de 2021.

Técnico – Campus Sustentável

segunda, setembro 28th, 2020

Infraestruturas 2020

Mário de Matos (Campus Sustentável)

Implementação da Boa Prática

O projeto “Técnico – Campus Sustentável” começou no início do ano de 2012 e tem sido, desde então, promovido pelos órgãos centrais do Instituto Superior Técnico (IST) como polo dinamizador da implementação gradual de uma política de sustentabilidade ao nível universitário.

A gestão do uso dos recursos energéticos e hídricos é acompanhada por uma equipa permanente que propõe cotidianamente, de forma articulada com a gestão operacional do IST, ações concretas de melhoria do desempenho energético e hídrico das instalações, num esforço coletivo de redução dos consumos.

O projeto foi idealizado com o objetivo de melhorar a eficiência energética/hídrica nos campi através da implementação de um regime efetivo de gestão do uso dos recursos, energia e água, com resultados significativos ao nível da redução dos encargos com a fatura do IST. Por outro lado, o projeto pretende desde sempre envolver toda a comunidade de estudantes e investigadores, através da aplicação prática no campus de competências internas e procurando estimular o conhecimento existente sobre matérias relacionadas com a eficiência, e a implementação de um campus sustentável.

As principais ações implementadas foram: primeiro a realização de Auditorias Energéticas e Hídricas, muito aprofundadas, a todos os edifícios dos campi do IST, que incluíram um estudo e avaliação de medidas de conservação de energia e de preservação do consumo da água; depois, a instalação de Sistemas de Monitorização permanente com sub-monitorização sempre que tal se justifique, dos consumos de eletricidade, gás natural e água; e, por último, o estabelecimento de uma política efetiva de gestão da energia e do consumo da água, centrada na análise sistemática dos dados fornecidos pelos sistemas de monitorização que são confrontados com a informação recolhida em auditoria e diagnóstico no terreno. Estas tarefas são executadas por recursos humanos internos com qualificações específicas na área da gestão da energia e auditoria energética.

Resultados Alcançados

As Medidas de Conservação de Energia implementadas desde 2012 no campus da Alameda, o maior dos campi do Instituto Superior Técnico (IST), permitiram alcançar no último ano de 2019 uma poupança de 25% no consumo de energia quando comparado com os valores dos consumos médios anuais de há 10 anos. O campus da Alameda consome agora, para desenvolver as mesmas atividades, menos um quarto (1/4) da energia elétrica que consumia há uma década atrás, apesar do número de alunos matriculados ter subido no mesmo período, e não tendo havido medidas de investimento importante na melhoria de equipamentos energéticos, devido às restrições orçamentais nas universidades. Em relação ao ano de referência de 2011 a redução é de 22%. O ano de 2011 foi assumido como o ano base (baseline) para contabilização dos resultados do projeto, por ser o ano precedente ao arranque do projeto “Técnico – Campus Sustentável” e porque apresentava um consumo inferior a todos os anos do quinquénio anterior.

Apesar de um aumento médio superior 30% nos custos do tarifário entre 2011 e 2019, a fatura da energia elétrica do campus da Alameda foi em 2019 inferior em 230 mil Euros à fatura do ano de 2012 (primeiro ano completo com o IVA na eletricidade a 23%), sem perda de serviço.

Por outro lado, as variações anuais inferiores a 1%, obtidas em anos consecutivos durante o triénio 2016-2018 no campus da Alameda, demonstram inequivocamente que o consumo de energia neste campus está controlado, a poupança é persistente, e os resultados alcançados na melhoria do desempenho energético do campus estão consolidados para o atual nível de investimento nas infraestruturas e equipamentos energéticos.

Desde o início do projeto, contabilizando apenas o campus da Alameda foi evitado o consumo de 15,9GWh em eletricidade, equivalentes a 3.420tep em energia primária, e representando um total de 7.477tCO2eq em emissões de GEE associadas que foram evitadas.

Em relação à melhoria da eficiência hídrica no campus da Alameda, desde o início do projeto “Técnico – Campus Sustentável”, os resultados obtidos com a fatura anual demonstram uma redução progressiva muito acentuada dos consumos de água no IST. Os resultados na fatura revelam que o consumo anual de água em 2019 foi cerca de 61% inferior face ao consumo de referência do ano de 2011.

Em 2019 o consumo total de água no campus da Alameda foi de 53.986m3, contrastando com valores superiores a 130 mil metros cúbicos por ano no início desta década. Assim, para o ano passado a poupança financeira anual associada à redução do consumo foi superior a 315 mil Euros.

Contabilizando desde o início do projeto, e uma vez mais tomando a baseline de 2011, as poupanças de água são de 473.507m3, representando valores financeiros superiores a um milhão e meio de euros nas faturas de abastecimento de água ao campus da Alameda.

Nos últimos 4 anos, tem-se verificado que os consumos de água continuam a decrescer consecutivamente, mas a um ritmo menos pronunciado.

Avaliação e Monitorização

A avaliação dos resultados é atestada por comparação dos valores faturados ao Instituto Superior Técnico (IST) pelas empresas distribuidoras de água e energia. Escolhido o ano de 2011 como o ano base (baseline) para contabilização dos resultados (ano anterior ao início do projeto “”Técnico – Campus Sustentável), as faturas relativas aos consumos anuais ulteriores são confrontadas com os valores dos consumos de baseline. A monitorização é realizada por medição dos consumos através dos Sistemas de Monitorização instalados, com a verificação dos resultados por comparação com as faturas globais.

Para determinação dos custos financeiros evitados com a fatura da eletricidade, aos preços praticados pelo comercializador em cada ano para o custo unitário do consumo de energia (blended cost per kWh) é aplicado o consumo do ano de 2011, determinando-se a diferença para a fatura atual do ano respetivo. Aplica-se o mesmo método para as outras formas de energia. Aos preços de cada ano correspondentes ao custo global por metro cúbico de água consumida é aplicado o consumo do ano de 2011, sendo considerados como custos financeiros evitados os que resultam da diferença para a fatura atual em cada ano do projeto.

Constituem propostas de melhoria com elevado impacto, que já foram identificadas, a otimização e atualização permanente do website do projeto, tal como a realização de novas campanhas de informação e sensibilização da comunidade académica, as quais seriam estabelecidas com uma periodicidade regular, divulgando o compromisso do IST com o aumento da sustentabilidade. Por um lado, para relembrar a todos a atualidade da necessidade de racionalizar o uso da água e da energia, e, por outro, alcançando os utilizadores mais recentes dos campi do IST, iniciando uma consciência coletiva logo desde a entrada dos novos alunos a cada ano académico.

Outra proposta de melhoria relevante já identificada seria a integração plena dos recursos humanos afetos ao projeto, incorporando-os em definitivo na estrutura orgânica do IST enquanto núcleo operacional autónomo, com competências e responsabilidades próprias, desempenhando as suas funções como até aqui. É uma proposta de continuidade efetiva e consolidação dos objetivos do projeto a médio e longo prazo na instituição. Permitiria combinar e harmonizar metas de funcionamento e desenvolvimento dos campi com uma constante otimização da eficiência no uso dos recursos, de uma forma mais eficaz, produzindo melhorias tangíveis evidentes.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Foram colocados contadores em locais onde antes não eram registados consumos, e foi definido um plano de leituras regulares dos consumos de energia e da água por edifício. Esta tarefa permitiu iniciar um processo de avaliação rigoroso dos indicadores energéticos e carbónicos específicos de cada edifício e iniciar uma política de gestão dos consumos baseada numa monitorização permanente.

Medidas de Conservação de Energia associadas a níveis de investimento nulos ou admitidos pela gestão operacional dos campi foram implementadas. Incluíram a divulgação de melhores práticas com orientações sobre economia de energia, tendo envolvido os gestores dos edifícios, técnicos da manutenção e outros funcionários do Instituto Superior Técnico (IST). Recorrendo a uma monitorização contínua em tempo real do consumo de energia, foi conferida uma maior atenção a todos os equipamentos energéticos que funcionavam desnecessariamente e foram estabelecidas rotinas de comando mais rigorosas nos horários de funcionamento dos equipamentos, assim como um controle e a inspeção aos sistemas de AVAC individuais dispersos pelos campi, em coordenação com o Núcleo de Manutenção do IST.

A monitorização permanente dos consumos de água, associada a uma intervenção imediata sempre que necessário, assim como uma cuidada manutenção das redes de distribuição no interior dos campi, permitiram evitar qualquer situação atípica de perdas ou consumos excessivos. Pequenos investimentos cabimentados pelo orçamento de gestão corrente do Núcleo de Obras do IST tornaram possível a realização de pequenas reparações cirúrgicas para suprimir as fugas relevantes na rede de distribuição de água no interior dos campi.

Por último, a inspeção rotineira por parte dos operacionais de segurança do Núcleo de Higiene, Saúde e Segurança do IST no final da atividade diária nos campi, e o subsequente reporte imediato à coordenação centralizada, tem vindo a possibilitar a correção oportuna de situações de desperdício por má utilização ou negligência.

A dedicação integral, e em exclusividade, de uma equipa interna com competências profissionais específicas na área da gestão da energia e auditoria energética, que são as adequadas para o desenvolvimento das atividades do projeto, com o contributo da articulação das intervenções com os núcleos operacionais do IST referidos acima foi o fator determinante para o sucesso dos resultados alcançados até agora com o projeto “Técnico –- Campus Sustentável”.

 

GENEE – Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa

segunda, setembro 28th, 2020

Capital Humano 2020

NAPE-TP-Núcleo de Apoio ao Estudante Tagus Park

Implementação da Boa Prática

O Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa – GENEE foi criado e implementado pela responsável pelo Núcleo de Apoio ao Estudante do Taguspark) em 2017/18. O GENEE tem como objetivos principais a promoção e desenvolvimento de apoio aos Estudantes Necessidades Educativas Especiais (ENEE). Este grupo tem como missão contribuir para um Técnico universal de todos e para todos e é regido pelos valores: igualdade de direitos e oportunidades. O GENEE tem como objetivos principais: 1) regulamentação, 2) acessibilidade física e tecnológica, 3) integração e acolhimento, 4) projetos de investigação, e 5) empregabilidade. O grupo reúne-se mensalmente, de forma alternada entre os campi Alameda e Taguspark, com realização de atas e partilha documentos numa drive – ver https://drive.google.com/drive/folders/1LHXSmGHddzLUSlbef13g0gtfYonqatOV?usp=sharing

Até à data realizaram-se as seguintes ações que suportam os objetivos gerais do GENEE:

Orçamento participativo – 2017 (Aquisição de Portas elétricas para o campus do Taguspark).

Inquérito Técnico Inclusivo – Identificação do conhecimento, das práticas e das necessidades dos docentes do Técnico Lisboa em relação às Necessidades Educativas Especiais no Ensino Superior – 2018 (ver anexo 1)

OpenEya/Fotos aulas – Implementação do programa para captação fotográfica e de vídeo para estudantes NEE, no anfiteatro A5 do campus Taguspark – 2018

Uniformização de procedimentos – entre os serviços dos campi Alameda e Taguspark, tais como: questionário para estudantes NEE (bilingue PT/EN), lançamento dos apoios dos ENEE no Fénix, tabela conjunta dos ENEE existentes no IST, abertura de processos e documentos solicitados, estatuto de doença crónica e/ou permanente ser atribuído uma única vez, lançamento dos apoios já existentes antes do inicio do semestre – 2019

Poster e Panfletos informativos bilingues (Mobilidade/Inclusão/Apoios) – 2019 (ver anexo 2)

Alteração do Regulamento para ENEE (DR nº 170/2019) – 2019 (ver anexo 3)

Acordo com o Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI – Almada) – para formação de assistentes pessoais para apoio a estudantes do IST (em particular Taguspark) – 2019 Acordo com Câmara Municipal de Oeiras – para transporte adaptado do campus do Taguspark para centros de reabilitação – 2020

Os recursos usados são a título de exemplo: salas de reunião, shuttle, drive e o software OpenEya. Recursos Humanos (por ordem de chegada ao Grupo): Carla Boura – NAPE-TP, Hugo Nicolau – DEI, Ana Moura Santos – CP, Carolina Ferreira – NAPE-AL, Cristina David – AG, Lídia Silva – AG, Rita Whal – NDA, Isabel Gonçalves – NDA, Henrique Vinagre – LEIC-TP, Patrícia Simões – NDA, Ana Marques – NAPE, Alano Silva – Mestrado Aeroespacial.

Resultados Alcançados

Desde o início da constituição do GENEE que se desenvolveram várias ações que permitiram cumprir os objetivos propostos, sendo alguns deles objetivos de curto (Alteração do Regulamento para ENEE, panfletos informativos bilingues, uniformização de procedimentos) e outros de médio/longo prazo (Estudo Técnico Inclusivo). Outras ações importantes, como implementação do software OpenEya, acordo transporte adaptado e CAVI, trazem também contributos para objetivos a médio prazo.  Estão a decorrer, para cumprimento de objetivos a médio/longo prazo as seguintes ações: Diários Aumentados Digitalmente (tese de mestrado que visa a monitorização da qualidade de vida alguns estudantes que usufruem de apoio/acompanhamento através dos serviços – teremos os resultados em Junho); Ensinar a Ensinar (projeto que visa a construção de pequenos vídeos informativos e tutoriais sobre as várias necessidades – estão neste momento em construção 3 vídeos sobre Asperger, Distrofia Muscular e Hiperatividade, estando prevista a sua primeira apresentação a 17 de novembro de 2020, num evento na área da Informação da Rede NEE da Ulisboa), Bibliotecas Acessíveis: reunião de arranque do projeto no dia 13/03 com a presença da Luísa Coheur (CG-TP), Isabel Marcos (Biblioteca Complexo Interdisciplinar) e Silvia Di Salvatore (Técnico Sustentável).

O trabalho realizado até ao momento tem contribuído para o desenvolvimento da perceção da importância de ações na área NEE no Instituto Superior Técnico, contribuindo para o desenvolvimento de projetos que têm como objetivo incentivar e unificar esforços da comunidade Técnico (alunos, funcionários não docentes e docentes) que visem a melhoria das condições de vida no IST e que promovam a igualdade de direitos e oportunidades.

Avaliação e Monitorização

Desde a sua implementação o GENEE tem sido avaliado e monitorizado de forma sistemática através de relatório anual de atividades (de cariz interno e inserido no *relatório anual do NAPE-TP, desde 2018. Este ano irá realizar-se o 1º relatório anual do GENEE como grupo) onde se enumeram as ações e projetos desenvolvidos e/ou em desenvolvimento. Para além destes relatórios, desenvolveu-se o Inquérito Técnico Inclusivo que teve como público alvo todos os docentes do Técnico e do qual se obtiveram 101 respostas, resultando num documento constituído por apresentação de resultados, análise de dados e conclusões. Este documento teve como objetivo o desenvolvimento de um estudo mais aprofundado nesta área, tentando delinear as próximas ações e um possível caminho futuro; e um questionário de satisfação anual distribuído a todos os estudantes ENEE do qual se obtiveram 29 respostas de um universo de 99 alunos com estatuto NEE. Este questionário foi divido em duas partes, uma primeira parte com a caracterização geral da população e dos apoios existentes no IST e uma segunda parte com a mesma caracterização por campus (Alameda e Taguspark). O Focus Group (a metodologia consiste em reunir um grupo de pessoas aleatório e colocá-las a debater os objetivos, sendo esta sessão assistida e gravada em de vídeo) será realizado anualmente e terá inicio no final de 2020. Como consequência destas ações de monitorização resultaram os projetos Diários Aumentados Digitalmente, Ensinar a Ensinar e Bibliotecas Acessíveis.

GENEE

Avaliação/Monitorização Ano Nº Participantes
Inquérito Técnico Inclusivo 2018 101
Questionário Estudantes NEE 2019 29
Relatório Anual 2020 *
Focus Group 2020

Carácter Inovador e Transferibilidade

Foi o primeiro Grupo deste cariz no Técnico Lisboa. Foi inspirado na Rede NEE da Universidade de Lisboa e juntou vários serviços, colegas discentes,

docentes e alunos para o desenvolvimento da qualidade de vida dos ENEE nos campi. A motivação do grupo está assente na sua missão e valores tendo todo o trabalho realizado até agora sido um extra aos objetivos específicos de cada uma das pessoas aqui representada. Iniciando-se uma cultura de sensibilização da comunidade académica e serviços académicos em relação a esta área.

Com a integração de ENEE na constituição do GENEE abriu-se a porta para os principais atores do projeto terem uma participação ativa nas mudanças necessárias, bem como a uniformização dos procedimentos nos campi Alameda e Taguspark. Com uma constituição ainda de funcionários docentes e discentes, o GENEE permite atuar sobre diferentes serviços e vertentes numa área que promove a qualidade do ensino e bem-estar dos ENEE na Instituição, bem como a criação de oportunidades para outros alunos, docentes e funcionários. Futuramente o GENEE espera poder estender a sua ação a funcionários e atuar ao nível de toda a comunidade IST.

Ao nível da sustentabilidade, neste momento o GENEE está a analisar procedimentos que permitam a sua formalização no contexto da Instituição.

Transferibilidade – Este grupo, bem como as boas práticas que promove, através do Ensinar e Ensinar, já está integrado na rede ENEE da ULisboa. O trabalho desenvolvido e a desenvolver pode ser replicado em qualquer universidade, empresa e/ou associação e em qualquer país – sendo o seu modelo extremamente abrangente. Dando como exemplo o Inquérito Técnico Inclusivo realizado aos Docentes, que foi enviado para a Rede NEE e na sequência do qual houve uma declaração de intenção de todas as Universidades adotarem o mesmo formato de questionário (o ISEG foi uma das Instituições que adotou este formato de questionário, no âmbito do seu observatório pedagógico).

Num exercício de Benchmarking a ter em conta a importância da divulgação do GENEE através da rede de comunicação institucional, a criação de um espaço de debate e partilha de experiências idênticas entre várias entidades (de modo a criarem-se novas soluções e/ou métodos), através de congressos, seminários e workshops nesta área. A realização de parcerias com Associações e empresas que tenham projetos nesta área. A abertura por parte das universidades e/ou empresas para o desenvolvimento de projetos inovadores (principalmente na área da tecnologia) em prol das Necessidades Educativas Especiais.

Visitas ao Técnico

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

Núcleo de Apoio ao Estudante

Implementação da Boa Prática

O Técnico oferece a possibilidade de realizar visitas em duas modalidades: Visitas Individuais (até 10 elementos) e Visitas de Grupo Escolar. No âmbito do Programa de Divulgação do Técnico, o NAPE organiza as visitas no campus Alameda, dinamizadas por Guias do NAPE, que por vezes são acompanhados por Embaixadores do Técnico. O envolvimento de alunos do Técnico nesta prática promove uma abordagem mais eficaz, na medida em que há uma maior proximidade, por identificação do candidato com o aluno e vice-versa, facilitando o esclarecimento de dúvidas sobre a escolha da oferta formativa. As Visitas Individuais têm a duração média de 1h e destinam-se a potenciais candidatos ao Técnico, habitualmente, alunos do Ensino Secundário com dúvidas específicas sobre alternativas de formação, serviços e infraestruturas de apoio ou atividades extracurriculares, que necessitam de acompanhamento individualizado para consolidar as suas escolhas. Dado o caráter personalizado, são também procuradas por estudantes com necessidades específicas (ENEE) e alunos internacionais. Já as Visitas de Grupo Escolar surgem da necessidade das Escolas motivarem os seus alunos para a frequência do Ensino Superior e para a Ciência, constituindo muitas vezes o primeiro contacto dos alunos com o contexto universitário. Estas visitas incluem uma apresentação institucional com duração variável, dependendo do número de espaços a visitar e do número de alunos a receber. Para cobrir as áreas de interesse identificadas, é necessário contactar os Departamentos, Laboratórios, Projetos ou Núcleos de Alunos, aferindo a disponibilidade para receber as escolas. Para agendar uma visita, o aluno, encarregado de educação ou professor preenchem um formulário próprio disponível na página do NAPE e os pedidos são posteriormente analisados e agendados pela equipa. Também os restantes campi (CTN e Taguspark) disponibilizam visitas em modalidades relacionadas com o respetivo contexto.

Resultados Alcançados

A possibilidade de visitar o Técnico tem atraído cada vez mais escolas e alunos interessados, tendo-se dado resposta, no passado ano letivo (2018/2019), a 14 escolas, 539 alunos e 43 professores, além dos 292 participantes em visitas individuais.

No final de cada visita, é preenchido um inquérito de satisfação que avalia diversos parâmetros como a rapidez e facilidade da marcação da visita, os espaços visitados e prestação dos Guias do NAPE, tendo todos estes parâmetros uma classificação entre Bom e Excelente. Os alunos que fornecem feedback de visitas individuais destacam sobretudo a possibilidade de colocar dúvidas sobre os cursos e o Técnico, a boa preparação dos Guias para responder a um grande leque de questões, bem como utilidade da visita para consolidar a sua decisão de se candidatarem ao Técnico. Estes inquéritos permitem a constante melhoria desta prática, resultando em alterações a procedimentos já implementados, como a optimização do processo de marcação de visitas. Através das mesmas avaliações, foi possível perceber que seria útil aos alunos/potenciais candidatos ter um contacto mais próximo com atividades letivas e professores, razão pela qual está em curso um projeto que visa implementar um programa estruturado de atividades organizadas pelos Vogais de Divulgação dos Departamentos e Coordenadores de Curso, incluindo também a Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico, núcleos de alunos, projetos e serviços do Técnico.

Avaliação e Monitorização

No final de cada visita, é aplicado um inquérito de avaliação da satisfação. Para as visitas individuais solicita-se o preenchimento de cada participante. No caso dos grupos escolares, é o professor acompanhante a responder por todo o grupo. De modo complementar regista-se o feedback dos Guias que apoiaram a visita. Os dados obtidos são analisados periodicamente para aferir a necessidade de implementar alterações.

Para recolher os pedidos de marcação, são disponibilizados no site do NAPE, formulários para visitas individuais e de grupo escolar. As respostas dão entrada no sistema de email RT e são transferidas para a respetiva base de dados, onde podem ser geridos e monitorizados. No caso das marcações individuais, o processo interno passa por preencher a folha com os dados do participante, confirmar a data e horário da visita através da consulta do mapa de disponibilidade dos Guias, e fazer um contacto telefónico prévio para confirmar a presença. Já para as visitas de grupo escolar, o processo é mais complexo, porque requer o contacto com Departamentos/Projetos do Técnico, no sentido de se aferir a disponibilidade para receber os alunos e assegurar apresentações ou atividades. Assim, foi criada uma folha de cálculo com os dados do pedido e uma checklist para as diferentes fases do processo e dos contactos a estabelecer com a escola e com os intervenientes. A construção deste registo permite saber, a qualquer momento, em que ponto se encontra cada marcação e que informação foi transmitida a cada parte. Implementaram-se também prazos de resposta aos pedidos, tendo o conjunto destas medidas contribuído para uma clara melhoria das avaliações sobre o processo de marcação.

Em curso, está ainda a criação de, em conjunto com os responsáveis de cada Departamento, um catálogo com os diferentes laboratórios/projetos visitáveis.

Do ponto de vista do visitante, esta ferramenta permitirá a pré-seleção de temas dentro das áreas de interesse. Internamente, facilitará a marcação de visitas, permitindo conhecer os laboratórios e projetos existentes, respetiva lotação máxima, horários em que está disponível, entre outras informações essenciais. Frequentemente, as escolas e os alunos pedem informações sobre iniciativas abertas do Técnico. Não havendo um espaço centralizado com este tipo de informação, está a ser construída uma base de dados com intuito de permitir, no futuro, compilar e divulgar as diferentes ações destinadas a alunos do Ensino Básico e Secundário.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A grande dimensão do Técnico e o elevado número de interessados coloca constrangimentos à realização de um Dia Aberto, prática comum na maioria das instituições de Ensino Superior e, por isso, procurada pelos alunos do Ensino Secundário. Assim, a possibilidade de realizar uma visita ao Técnico, ao longo de todo o ano letivo, visa responder às solicitações de candidatos e escolas de modo personalizado, abrangendo um grande número de destinatários e adaptando a abordagem às respetivas necessidades. As visitas de grupo escolar organizadas pelo NAPE permitem conjugar os diversos interesses manifestados pelos alunos numa mesma sessão, envolvendo Departamentos, Projetos e/ou Núcleos de estudantes de modo a enriquecer a experiência do público-alvo. De referir o carácter inovador e diferenciador da dinamização de visitas por parte de Guias do NAPE – além da vantagem da proximidade da faixa etária, que permite ao candidato projetar-se num futuro aluno do Técnico, também o aluno do Técnico vê facilitada a relação e comunicação com os visitantes pelo facto de ter estado recentemente no papel de candidato. Sendo objetivo do NAPE a divulgação do Técnico, principalmente junto de potenciais candidatos e fazendo estes uma avaliação positiva do impacto da visita na sua escolha de curso/instituição, justifica-se o investimento e melhoria constante desta prática, que pode ser facilmente reproduzida noutro contexto com o fim de dar a conhecer a instituição e captar alunos.

 

Survival Guide

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

NAPE -Núcleo de Apoio ao Estudante

Implementação da Boa Prática

“O Survival Guide” foi criado com o objetivo de facilitar o acolhimento e a integração de estudantes internacionais regulares e de mobilidade, dada a elevada procura de respostas enquanto ainda se encontram nos seus países de origem. Neste sentido, compilou-se num documento digital único, conciso, apelativo e de fácil consulta a informação útil ao planeamento da estadia em Lisboa, guiando os passos fundamentais necessários antes da sua vinda, no momento da sua chegada e após se instalarem, nomeadamente ao nível do alojamento, transportes, dia-a-dia no Técnico e atividades culturais. Assim, este guia subdivide-se em 4 secções “Prior to Departure”, “Upon Arrival”, “Life in Técnico” e “Cultural Activites”. A execução deste manual exige uma constante pesquisa, já que o mesmo é atualizado semestralmente e inclui várias hiperligações úteis, tais como para o site do Metro de Lisboa, horário do shuttle, páginas dos diferentes serviços do Técnico, entre outras. Este documento é partilhado com os estudantes no primeiro contacto que o Núcleo de Apoio ao Estudante estabelece com os estudantes, pelo menos com 1 mês de antecedência em relação à sua chegada ao Técnico, proporcionando desde logo um canal de comunicação acessível e uma aproximação à instituição. O link para a edição online do Survival Guide está publicado no site do NAPE (https://nape.tecnico.ulisboa.pt/en/novos-alunos/alunos-internacionais/) e no site da Orientation Week (https://oweek.tecnico.ulisboa.pt/), sendo um recurso valorizado pelos estudantes para a sua “sobrevivência” e melhor adaptação à faculdade e cidade

Resultados Alcançados

O objetivo de partilha do manual “Survival Guide” tem tido um alcance de 100%, na medida em que em cada semestre é enviado a todos os alunos de mobilidade e internacionais antes da sua chegada ao Técnico, atingindo atualmente um número superior a 1000 por ano letivo, sendo a primeira base de apoio destes alunos. O contacto direto com os novos alunos na Semana de Acolhimento do 1º e do 2º semestre é o principal indicador que nos tem permitido aferir o impacto do “Survival Guide” neste processo de transição.

O feedback positivo e consistente que recebemos sobre sua utilidade demonstra a eficácia deste recurso de apoio no acolhimento e integração dos alunos – os próprios têm a iniciativa de nos parabenizar pelo seu envio verbalmente e por escrito no sentido de terem visto grande parte das questões relacionadas com a vinda para Portugal e para o Técnico respondidas no mesmo. Adicionalmente, os alunos contribuem ativamente para a atualização constante do guia com a adiçao das novas questões. Além do apoio prático, o “Survival Guide” cumpre a missão de criar uma ligação com o NAPE ainda antes dos alunos de sairem do seu País, facilitada pela linguagem mais próxima e “friendly” utilizada. Esta abordagem contribui para o desenvolvimento de uma relação estreita com a nossa equipa e a confiança que depositam no nosso programa de atividades, que se propõe a melhorar a sua experiência no Técnico.

Avaliação e Monitorização

No início da fase de preparação de cada Semana de Acolhimento dos novos alunos de Mobilidade e Internacionais um dos primeiros passos é a revisão, alteração e otimizaçao do “Survival Guide“, seguindo-se a organização da recepção dos alunos bem como da Orientation Week (programa de atividades dedicado à integração sócio-cultural dos alunos). Este processo envolve uma pesquisa exaustiva, brainstorming por parte da equipa e, fundamentalmente, a aplicação de todos os inputs resultantes do feedback dos alunos no semestre anterior, que são a nossa melhor ferramenta de monitorização e avaliação.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta prática é única no Técnico, tendo sido implementada com o objetivo de colmatar as necessidades deste grupo de alunos em particular, que se encontram deslocados do seu país para estudar no Técnico, e poder facilmente ser replicada e implementada em todas as outras faculdades, adaptando o conteúdo aos contextos e vivências de cada uma.

 

Alumni Talks

segunda, setembro 28th, 2020

Comunicação 2020

NAPE – Núcleo de Apoio ao Estudante; TT – Área de Transferência de Tecnologia

Implementação da Boa Prática

As Alumni Talks são uma iniciativa que surgiu em 2014 com o intuito de dar resposta à necessidade dos alunos finalistas contactarem com profissionais das mais diversas áreas e empresas, com os quais possam aprender e trocar experiências relativamente aos seus percursos profissionais e académicos, bem como a sua entrada no mercado de trabalho, esclarecendo as questões subjacentes que surgem nessa fase.

Assim, aliando a necessidade de um momento de partilha e a informalidade preferida pelos alunos, surgiu a ideia de criar um pequeno-almoço como molde para este evento. Numa Alumni Talk os alunos são distribuídos pelas diferentes mesas, cada uma com um ou dois alumni convidados, para que durante cerca de 1h30 e num ambiente casual e intimista, possam partilhar diversas experiências. Os alumni não só conseguem dar resposta às

questões dos alunos, como também ajudá-los a melhor traçar o rumo que pretendem dar ao seu início de carreira.

Decorrido o período em que alunos e alumni estão sentados a disfrutar do seu pequeno almoço, segue-se um momento de networking. Todos os alunos têm a oportunidade de interagir com qualquer alumni, inclusivamente aqueles que não estavam sentados na sua mesa, podendo estabelecer os contactos profissionais que os alunos tanto valorizam.

Até ao momento foram já realizadas15 edições, subordinadas a diversos temas de interesse identificado pela comunidade, com periodicidade tipicamente semestral e com uma edição extra, comemorativa do Dia da Mulher, em que o evento é exclusivamente destinado ao sexo feminino.

Esta é uma ação colaborativa entre o Núcleo de Apoio ao Estudante e a Área de Transferência e Tecnologia, sendo assim possível a ligação aos alunos e aos alumni. O evento exige alguma logística com responsabilidades partilhadas do ponto de vista da gestão dos convites e inscrições, através da avaliação da motivação descrita num breve texto no momento da inscrição. É também necessário realizar a distribuição prévia alunos/Alumni por mesas e antecipar toda a produção de material gráfico necessário à divulgação do mesmo junto da comunidade académica. No evento são exigidos alguns recursos no que diz respeito ao número de pessoas alocadas para apoiar o mesmo, bem como a contratação de uma empresa de catering para realizar o serviço, com recurso a patrocínio.

Resultados Alcançados

Existem vários indicadores que comprovam os excelentes resultados alcançados com esta prática, de entre os quais se destacam: – o crescimento do interesse por parte dos alunos, resultante do sucesso das edições anteriores e do passa-a-palavra da qualidade do evento (que originou mais inscrições do que vagas disponíveis); – a inscrição repetida dos mesmos alunos que já tendo participado demostraram interesse em conhecer novos Alumni; – o crescente interesse também por parte dos alumni em participar, naquele que sabiam ser um evento marcante na vida e no percurso dos alunos finalistas do Técnico;  – e ainda o feedback obtido por parte destes alunos, no sentido de terem aproveitado a oportunidade e o contacto com os alumni para impulsionarem a sua entrada no mercado de trabalho, tendo até mesmo em alguns casos resultado em propostas de emprego.

Desde a 1.ª Edição até à última, o número de alunos interessados ultrapassou os 750, tendo este um evento com uma taxa de comparência elevada, em média superior a 70%. Contámos também com a presença de mais de 60 ilustres Alumni, sendo que todos eles demonstraram a sua vontade em voltar a participar.

Avaliação e Monitorização

Desde o início que houve a preocupação em perceber o impacto, interesse e utilidade deste evento para a comunidade, pelo que sempre foram implementados formulários de feedback e satisfação, enviados a todos os participantes, com o objetivo de, estatisticamente, avaliar a sua relevância. Estes dados quantitativos e qualitativos são sempre analisados após cada evento e antes do planeamento do seguinte, nomeadamente as questões de resposta aberta onde se pede aos alunos que dêem sugestões de melhoria e/ou de eventuais alumni com quem gostariam de ter a oportunidade de conversar numa próxima edição.

Neste inquéritos de satisfação, é inquirida a opinião dos alunos relativamente a alguns fatores tais como: a duração do evento, a qualidade do pequeno-almoço, se recomendariam o evento a colegas, se este contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal, se gostariam de ter escolhido a mesa onde se sentariam, isto é, o alumni com quem teriam oportunidade de tomar o pequeno almoço e ainda se têm sugestões a implementar em edições futuras. Em média, todos os eventos, sem exceção tiveram um índice de satisfação geral muito positivo.

No que respeita aos alumni, e ainda que a recolha de feedback seja realizada com um carácter mais informal, o feedback é extremamente positivo, não só pela possibilidade de regresso ao Técnico (e ao Salão Nobre, que tantas gerações marcou), como pela possibilidade de partilhar as suas experiências com os atuais alunos e ainda contribuir para a transição Técnico – mercado de trabalho dos nossos estudantes. Estes eventos têm possibilitado a alguns dos nossos estudantes visitas a algumas empresas onde os nossos alumni trabalham, oportunidades de estágios de verão ou mesmo ofertas de emprego, e ainda desmistificar tabus sobre o mercado de trabalho.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta iniciativa, pioneira no contexto universitário e nas áreas do Técnico, foi lançada pela primeira vez em 2014, numa ótica de não só promoção da empregabilidade e tomada de decisão informada, bem como do convite ao regresso à escola dos nossos Alumni para partilha das suas experiências. A boa experiência, originou a criação de um conjunto de outros projetos lançados pelos núcleos de estudantes do IST, com o objetivo de promover a partilha de experiências entre Alumni e Alunos do IST.

As Alumni Talks são também facilmente transferíveis para outras faculdades/universidades, na área STEM ou outras, especialmente as que estejam interessadas em fomentar os princípios inerentes à criação deste evento. Eventualmente, poderá adequar-se a cadência com que as mesmas ocorram, atendendo à dimensão da população estudantil e comunidade alumni.