Instituto Superior Técnico

Observatório de Boas Práticas do IST

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Um documento viajado é um documento privilegiado: o Empréstimo Interbibliotecas na Biblioteca do Instituto Superior Técnico

segunda, setembro 28th, 2020

Educação Superior 2020

Isabel Marques Vaz Marcos; Filomena Lopes dos Santos (BIST)

Implementação da Boa Prática

O Serviço de Empréstimo Interbibliotecas (EIB) é uma atividade fundamental das bibliotecas universitárias, porque permite a disponibilização de documentos cujo acesso está circunscrito geograficamente a uma unidade orgânica, não se encontrando acessível à distância de um clique.

Através de redes de cooperação, estabelece-se um serviço, em que cada biblioteca é simultaneamente utilizadora e fornecedora, permitindo o desenvolvimento de boas práticas, cujo beneficiário é o utente que necessita da informação.

O Serviço EIB do IST desenvolve-se em dois eixos, pedidos internos e pedidos externos, tendo como objetivos:

Proporcionar aos utilizadores do IST o acesso a fundos bibliográficos que não existem na Biblioteca, recorrendo a outras bibliotecas nacionais e estrangeiras;

Proporcionar a outras bibliotecas nacionais e estrangeiras o acesso aos fundos bibliográficos existentes na Biblioteca do IST.

É um dos serviços mais antigos que a Biblioteca disponibiliza à Comunidade IST, mas só foi estruturado e regulamentado em 2003. É um tipo de cooperação entre bibliotecas que exige a existência de um regulamento que formalize os procedimentos de empréstimo dos documentos ou cedência em formato digital (se possível), que estruture a forma de envio, os prazos de empréstimo, os modos de pagamento e as penalizações em situações de incumprimento.

Para funcionar é necessário que se estabeleça um conjunto de procedimentos, que vão desde a formulação do pedido (através de dois formulários existentes na página web da Biblioteca) até à entrega da documentação ao utilizador final. No caso de pedidos para outras bibliotecas, o documento é pedido, rececionado, emprestado ao utilizador com indicação dos prazos de devolução e, posteriormente, reenviado à procedência. Nos pedidos externos, o documento é identificado no catálogo, emprestado e enviado por correio (interno ou CTT) à biblioteca que o solicitou. Os artigos de periódicos quando pedidos, são digitalizados e enviados por email.

Resultados Alcançados

Não obstante a maior acessibilidade de recursos em formato digital, que naturalmente fez diminuir ao longo dos anos o número de documentos emprestados por EIB, registaram-se em 2018 e 2019 empréstimos na ordem do meio milhar: 479 (2018) e 485 (2019).

Destes totais, a maioria dos pedidos são internos (utilizadores da Biblioteca do IST): 357 (2018) e 304 (2019). Em 2019, a diminuição de cerca de 12%, poderá explicar-se pelo esforço da Biblioteca em adquirir a bibliografia pedida pelos nossos estudantes.

Quanto às grandes tipologias documentais, constatou-se que mais de 65% são livros impressos e que os restantes 35% são artigos de publicações periódicas.

Os meios utilizados no envio destes documentos emprestados são: o correio interno para as escolas da Universidade de Lisboa; via CTT para outras universidades nacionais e estrangeiras; correio eletrónico para artigos digitalizados.

Perfil dos utilizadores internos

No que respeita ao perfil dos utilizadores internos, verificámos nestes dois anos os seguintes valores percentuais:

Alunos – 44,3% (2018); 54,4% (2019)

Docentes/Investigadores – 29,9% (2018); 18,5% (2019)

Funcionários – 21,2% (2018); 19,8% (2019)

Exposições – 4% (2018); 4,3% (2019)

Bolseiros – 0,6% (2018); 3% (2019)

Constata-se que são os alunos aqueles que solicitam mais documentos por EIB, tendo-se registado em 2019 um aumento de 10%. Quanto aos docentes/investigadores, verificou-se a situação inversa, com uma descida próxima dos 10%. Os valores percentuais dos funcionários mantêm-se estáveis, na ordem dos 20%, e é também significativa a percentagem de documentos que são emprestados para exposições.

Instituições

A maioria das instituições são nacionais e variadas na sua identidade. Em termos de pedidos internos, constata-se o recurso às escolas de arquitetura, de engenharia e a instituições com uma forte componente nas ciências sociais e humanas (solicitações feitas maioritariamente pelo grupo dos funcionários). No que respeita às instituições estrangeiras, a maioria são de países da Europa. Os pedidos externos de instituições estrangeiras são muito residuais.

Custos

Um dos objetivos do serviço EIB é que os seus custos sejam minimizados e que, se possível, possa ser gratuito. Nos últimos anos, a preocupação pela gratuidade fez aparecer um conjunto de protocolos entre as universidades, em que as instituições estabelecem permutas de empréstimos sem custos. Nos pedidos internos, sempre que um documento é solicitado é norma procurar uma instituição que não cobre o valor do empréstimo. Quando tal não é possível, porque o documento só foi localizado numa instituição que cobra, a despesa é suportada pelo utilizador. No caso dos professores e investigadores o valor pode ser suportado pelo Departamento ou por um projeto. Nas instituições estrangeiras o pagamento é feito através de vouchers, procedimento instituído pela International Federation of Library Associations and Institutions-IFLA.

Em 2018 e 2019 o custo do serviço foi de 10 vouchers.

Avaliação e Monitorização

Todo e qualquer serviço prestado pela Biblioteca deve ser avaliado pelos utilizadores para conhecer o grau de satisfação e/ou insatisfação, assim determinar os pontos fortes e fracos e apostar na melhoria contínua.

Considerou-se importante conhecer a satisfação dos utentes internos e externos do serviço em cinco itens: procedimentos, tempo de resposta, prazos de empréstimo, custos e qualidade global.

No que respeita aos pedidos dos utilizadores internos, os principais resultados foram os seguintes:

  • Procedimentos para processamento do pedido de empréstimo – 86,9% com avaliação positiva (53,3% muito satisfeitos e 33% satisfeitos)
  • Tempo de resposta do pedido – 86,7% com avaliação positiva (60% muito satisfeitos e 26,7% satisfeitos)
  • Prazos de empréstimo – 60% satisfeitos. É de realçar que 33,3% estão pouco satisfeitos, porque consideram que os prazos deveriam ser alargados
  • Custos e formas de pagamento do serviço – 60% satisfeitos. Neste item é significativa a percentagem de utentes que não sabe/não responde (33,3%), provavelmente por ignorarem que o serviço poder ter custos (empréstimos feitos ao abrigo de protocolos).
  • Qualidade global do serviço – 86,7% com avaliação positiva (60% muito satisfeitos e 26,7% satisfeitos)

No que respeita aos pedidos externos, as instituições inquiridas responderam o seguinte:

  • Procedimentos para processamento do pedido de empréstimo – 92,9% com avaliação positiva (64,3% muito satisfeitos e 28,6% satisfeitos)
  • Tempo de resposta do pedido – 100% com avaliação positiva (64,3% muito satisfeitos e 35,7%)
  • Prazos de empréstimo – 100% com avaliação positiva (57,1% muito satisfeitos e 42,9% satisfeitos)
  • Custos e formas de pagamento do serviço – 64,3% satisfeitos. Neste item é significativa a percentagem de utentes que não sabe/não responde (35,7%)
  • Qualidade global do serviço – 100% com avaliação positiva (71,4% muito satisfeitos e 28,6% satisfeitos)

Sendo um serviço dinâmico, as propostas de melhoria identificadas são sempre validadas e, posteriormente, introduzidas no serviço.

O Serviço EIB está identificado no Manual de Procedimentos como um processo (Processo 6), estando sujeito a monotorização e revisão periódica. Qualquer reformulação ao funcionamento do serviço é comunicada e introduzida no documento.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O modelo de biblioteca universitária atualmente existente é um modelo híbrido que se move entre o físico e o tecnológico digital. Neste modelo poder-se-á repensar o serviço EIB e questionar a sua permanência como um serviço fundamental para a Biblioteca. Sendo um serviço que utiliza a Internet, mas que está para além dela, é cada vez mais um serviço de referência que apoia a comunidade académica nos processos de ensino, aprendizagem e investigação.

O EIB é um serviço que:

  • Identifica as necessidades de informação dos utilizadores e procura disponibilizar o seu acesso
  • Explora todos os meios para obtenção da informação em formato digital
  • Quando tal não é possível, localiza a sua existência noutras bibliotecas
  • Enceta um conjunto de esforços para disponibilizar esta informação em tempo útil
  • Procura que o serviço tenha o menor impacto económico tanto para a instituição que serve, como para o utilizador final
  • Disponibiliza a informação, contribuindo assim para a criação de novo conhecimento e a sua transferibilidade noutros contextos.

A identificação dos diversos perfis dos utilizadores do serviço e a avaliação que por estes foi feita, permitem-nos considerar este serviço como uma boa prática, com potencialidades de continuar a desenvolver a sua matriz inicial (empréstimo de documentos através de cooperação bibliotecária) e, simultaneamente, crescer em outras vertentes.

Destacamos:

Ao reforçar as redes de comunicação entre as bibliotecas, permite a extensão desta colaboração noutros contextos: realização de Conferências, Encontros, etc.

Apoio a eventos de cariz cultural e estabelecimento de parcerias: exposições, clubes/comunidade de leitores, apoio a museus, etc.

Com a internacionalização da escola, poder apoiar os estudantes cuja língua materna é menos comum (línguas eslavas, japonesa, chinesa, etc.), estabelecendo contactos com as bibliotecas das universidades de origem

No compromisso social com a comunidade local poder estabelecer redes de parceria com escolas secundárias e bibliotecas municipais.

 

Reuniões de Fecho do semestre na LEIC

segunda, setembro 28th, 2020

Educação Superior 2020

Nuno Mamede, Vasco Manquinho e Inês Lynce (docentes DEI)

Implementação da Boa Prática

No fim de cada semestre, e antes de se iniciar o próximo semestre, ocorre uma reunião, convocada pelo coordenador da licenciatura, com os responsáveis por todas as unidades curriculares para fazer o balanço do semestre findo.

Os responsáveis e os delegados produzem um relatório sobre cada unidade curricular. Os relatórios dos docentes incluem 5 tópicos:

  • Resultados das avaliações.
  • Trabalhos de programação com avaliação (número de alunos por grupo, tempo de resolução pelos docentes e tempo de resolução previsto para os alunos).
  • Resultados da introdução das experiencias pedagógicas (indicar experiencias pedagógicas que tinham decorrido na cadeira e comentar brevemente).
  • Pontos fortes (pontos fortes desta execução).
  • Pontos a melhoras (problemas ocorridos na disciplina e problemas gerados pela interacção com as outras disciplinas).
  • Propostas de solução para os problemas (soluções para os problemas referidos anteriormente)
  • Comentários e Sugestões gerais (indicar 2 – 3 medidas a implementar na próxima execução da disciplina) (Se a sua uc tem precedência de uma anterior, quais os conhecimentos que estes devem ter adquirido? Preencher apenas se for regente da uc-x e esta uc tiver como precedência a uc-y)

Os relatórios dos delegados incluem 3 tópicos:

  • Pontos fortes (pontos fortes desta execução).
  • Pontos a melhorar (problemas ocorridos nesta execução).
  • Comentários/sugestões gerais (soluções para os problemas referidos anteriormente).

Em cada semestre ocorrem 3 reuniões, uma por cada ano curricular onde se debate o resultado de experiencias pedagógicas, as dificuldades sentidas, e se propõem estratégias para resolver os problemas detetados.

Em cada uma destas reuniões são entregues aos responsáveis pelas unidades curriculares os relatórios produzidos pelos delegados.

Resultados Alcançados

Estas reuniões têm contribuído para a melhoria no desempenho dos estudantes nestas duas licenciaturas, mas não é possível quantificar o seu impacto.

Avaliação e Monitorização

Estas reuniões têm permitido detetar os problemas com muita antecedência, sendo possível aplicar medidas corretivas logo na próxima execução dessas unidades curriculares.

A principal vantagem desta prática é provocar reflexão logo após a execução das unidades curriculares, o que permite um registo nos relatórios dos docentes e dos delegados mais rico de ideia e mais detalhado do que fosse feito um a dois meses mais tarde no âmbito dos QUC.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta prática não exige gasto de recursos e pode ser replicado em todas as licenciaturas. Também não exige um aumento das tarefas associadas aos docentes e aos delegados, pois os relatórios elaborados podem, e devem, ser desaproveitados nos QUC.

 

Social Innovation Lab – SILAB

segunda, setembro 28th, 2020

Educação Superior 2020

Ana Carvalho e Miguel Amaral (docentes DEG)

Practice Implementation

The Social Innovation Lab (SILAB) at IST was created to address current gaps in the educational system by focusing mainly on frugal innovation (do more with less) and social impact, aiming to solve problems experienced by vulnerable communities in the world. The SILAB involves makers, researchers and students from different backgrounds who develop their projects under supervision of professors and specialists and it encompasses: (i) a new educational model integrating an economic and human dimension of technology; (ii) a mobility program where students develop in-site solutions that potentiate the well-being of local communities; (iii) an international network of partners, and (iv) a physical laboratory where different stakeholders can interact and generate products that meet the needs of base-of-the-pyramid communities.

The planned activities involve (i) a summer school @ IST in partnership with Parul University, where Indian Students will come to IST to be part in lectures, teamwork, seminars, cultural activities and visits to organizations involved in social innovation/responsibility; (ii) a hackathon with national and international participants, focused on creating socially innovative solutions to worldwide problems; (iii) a competition for construction of recycled 3D printers, stimulating critical awareness to recycling and circular economy, while developing soft skills and motivating participants to causes and projects with social impact, (iv) a fundraising campaign for the Xavier Green School in India, aimed at selling drawings from indian students in order to reconstruct and refurbish the school’s computer lab, and (iv) a fundraising for the Zoya Rana Foundation, aimed at selling artwork made by Indian arts students who dream of advancing their careers. This foundation aims at supporting arts students and demistifying the prejudice against organ donation that is present in various (particularly religious) communities in India.

Results Achieved

The SILAB has been implementing the new educational model, throughout the past three years, through the development of socially innovative projects in curricular courses.

In the Industrial Engineering and Environment course, students have been assessed solely through a semester-long project, consisting of improving senior mobility. All together, 22 projects have been presented. One of these is DETU, a platform that helps senior mobility in public transportation, which won the Impact Category award on Grace Academy – an world-wide annual prize for students that present the best projects on Corporate Social Responsibility. Additionally, to validate the DETU platform, the SILAB invited a group of senior citizens to not only test the prototype but also visit the IST – Alameda campus, namely the Civil Engineering Museum and the Institute for Systems and Robotics at IST. The success of the event demonstrated the importance of integrating the community with univerisities and students by promoting an interchange of information and experience that is beneficial for society. Other projects involved bracelets that give information of traffic lights through sensors, in order to give them more time to cross streets or a service that provides monthly physical exercises that seniors can do at home to keep fit.

On the other hand, in the Technology Based Entrepreneurship course, students from different nationalities and backgrounds (Industrial Engineering and Management, Electronics Engineering, Computer Science and Engineering) were involved also in a semester-long project but addressing the topic “Social Innovation: Developing goods/services to address the needs of vulnerable individuals and communities in the world”. Students tackled challenges coming from different regions in India. Throughout the process students had the chance to learn about a completely different context, benefit from external mentoring from five different Indian universities, and develop solutions for real complex problems within specific communities with the potential of generating social impact. Students were involved in the E.Awards event at IST and one team won an honorable award (500€). This team developed E-MITRA, an app for illiterate farmers that facilitates the participation in public supporting schemes. At the end of the semester, students were given the opportunity to travel to India to attend a Summer School and to implement, hands-on, what they had been working on. This accomplishment served as validation of the SILAB model and good practice to be replicated, namely the involvement of students in challenges with social impact over a semester (or more) and the mobility of students to validate and implement these concepts in loco. Additionally, these types of projects enhance, among other things, soft skills, learning-by-doing, project-based learning, networking at an international level and real social impact through interventions with vulnerable people and communities.

Evaluation and Monitoring

The SILAB operational model encompasses evaluation and monitoring processes and activities. There is an internal evaluation and follow-up process, developed continuously by SILAB’s stakelholders (teachers, students, researchers, companies, NGOs) and also an external validation by end-users involved in the various projects and external entities (acting as observers, not directly involved in the projects). Accordingly, the SILAB circulates all the information on the outputs among its network and schedules follow up meetings every 2 month swith internal partners and every 4 months with external partners. KPIs include: the number of projects undertaken, number of events organized, number of student mobility programmes occurred, number of new partners, number of members involved in each project, number of individuals / communities served. More than the frequency and quantitative appraisal of all these activities, there is considerable effort in evaluating their social impact (from a more qualitative standpoint). The SILAB organizes an annual meeting with all partners to present and discuss the KPIs and to discuss current and future strategies..

Inovativ Character and Transferability

Engineering Schools have been enabling students to develop the skills needed to identify technology-based business opportunities and implement them within new and established organizations. Many of these technologies bring new ideas that meet social needs, create social relationships and form new collaborations – social innovations. However, these specific social challenges are still not being explicitly included at the core of many engineering courses curricula and, in general, on educational strategies at engineering schools globally.

The SILAB discusses the importance of Higher Education Institutions (HEI) connecting engineering with social impact; and uses SILAB as an innovative case-study to show how it can be done. The SILAB is a pilot for a new educational model that can be successfully implemented by other HEI. The innovative character of SILAB is the fact that it constitutes an integrating model of several activities that already exist in several universities in the world, but which are traditionally separatel, namely: (i) in the classroom (Curricular Units – CU); (ii) outside the classroom (in the laboratory, at IST events); and (iii) outside the university and the country (in fieldwork and interaction with local and international partners). This integrating model implicitly observes several dimensions: CUs, IST, and HEI (the way in which engineering can be taught), which can boost strong international networks at an individual and institutional level (as it is already occurring with the SILAB).

In terms of transferability, one of the objectives is to serve as a pilot and source of good practices for establishing a network of SI Labs at both national and international level. The creation of more labs can function as a decentralized network and become a world-wide grid of students, professors, universities, companies, and social enterprises promoting solutions towards the well-being of the population in the world. This goal requires that one keeps a mindset of “looking from the outside in” to guarantee systematization of the processes being implemented in order to validate and improve the model (which is what the SILAB has been doing). With regard of sustainability, SILAB has institutional support from IST, as well as from other national and international partners (Universities, companies, NGOs), moreover it relies on a frugal philosophy, which grants all the resources needed to fulfill the project’s mission and vision in the long run.

 

Prémios do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos: Prémios Professor Alberto Abecasis Manzanares e Professor João Arménio Correia Martins

segunda, setembro 28th, 2020

Educação Superior 2020

Maria Manuela Portela, António Pinto da Costa (docentes DECivil)

Implementação da Boa Prática

Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos, DECivil, globalmente, com o objetivo de incentivar os alunos a se distinguirem pelo seu bom desempenho académico e a recordar figuras marcantes na afirmação do departamento no âmbito da Engenharia Civil:

– Prémio Professor Alberto Abecasis Manzanares, cuja primeira edição teve lugar no ano letivo de 2002/2003. Desde então ocorreram dez edições, a última das quais relativa a 2019, referente ao letivo de 2017/2018. O prémio, que se concretiza mediante a atribuição de um diploma nominal complementado, sempre que possível, por um valor monetário simbólico, pretende contribuir para uma mais sólida formação em matérias da área científica de Hidráulica, Ambiente e Recursos Hídricos, sendo atribuído aos três alunos com melhores notas num grupo de disciplinas da licenciatura, desde que superiores a 14 valores.

– Prémio Professor João Arménio Correia Martins, cuja primeira edição teve lugar no ano letivo de 2008/2009, tendo a sexta e última edição ocorrido em 2019. O prémio, que assenta também num diploma nominal, complementado por um valor monetário simbólico, tem por objetivo contribuir para incentivar os alunos a obterem uma sólida formação científica e técnica na área da Mecânica Estrutural e Estruturas, em particular no domínio da Mecânica Computacional, distinguindo a melhor dissertação nesse domínio.

Os regulamentos dos anteriores prémios podem ser consultados no site do DECivil, sendo que em cada nova edição são também publicitados os editais particularizando aspetos da mesma.

Menciona-se que a presente candidatura mereceu a concordância do departamento, o qual se associa à mesma.

Resultados Alcançados

Ao distinguirem os alunos pelo seu desempenho, os Prémios Professor Alberto Abecasis Manzanares e Professor João Arménio Correia Martins incentivam uma aprendizagem de qualidade, objetivo que orientou a sua criação. Uma vez que têm sido muito regularmente atribuídos, constituem já uma referência para os alunos, conferindo a sua atribuição prestígio a quem a recebe.

Desde a sua instituição, ou seja, ao longo das suas já dez edições, o Prémio Professor Alberto Abecasis Manzanares já distinguiu 35 alunos. O número de alunos distinguido pelo Prémio Professor João Arménio Correia Martins, cuja última edição foi a sexta, é menor (7) pelo facto de, não só o Prémio ser mais recente, mas também por, no passado, apenas em duas das suas edições terem havido alunos ex aequo e numa edição não ter havido atribuição por não serem cumpridos os critérios de elegibilidade.

Não sendo a atribuição dos prémios anteriores automática, mas requerendo antes processos de candidatura por parte de candidatos elegíveis (nos termos dos respetivos regulamentos), o número de alunos premiados até à data revela, por si só, o interesse que as iniciativas têm suscitado, sendo que tal número é obviamente inferior ao de candidaturas.

A par com o incentivo à aprendizagem, os anteriores prémios contribuem muito significativamente para preservar a memória do IST, mantendo viva a memória de professores seus que muito contribuíram para o prestígio da Escola e também para as melhores práticas profissionais.

Avaliação e Monitorização

O processo inerente à atribuição de qualquer um dos dois prémios em menção pressupõe uma candidatura, podendo dar-se o acaso de não haver atribuição por (1) não estarem reunidas as condições de elegibilidade ou (2) por falta de qualidade dos candidatos, nos termos dos respetivos regulamentos.

Para cada prémio, a avaliação das candidaturas é feita por um júri para o efeito nomeado pelo DECivil e tem em conta os parâmetros definidos no regulamento, como antes mencionados, e eventualmente particularizados no correspondente edital, estritamente focados na avaliação do desempenho escolar dos candidatos em unidades curriculares pré selecionadas ou decorrentes das respetivas dissertações de mestrado, conforme o prémio.

O júri do prémio elabora uma ata da reunião a qual é publicitada no sítio do DECivil na internet.

O sucesso da iniciativa passa por assegurar a sua continuidade que, assim, constitui a principal medida de monitorização da implementação da mesma. Com exceção do período em que houve necessidade de adequar os regulamentos a alterações curriculares, tal continuidade tem sido assegurada.

Carácter Inovador e Transferibilidade

A par com os prémios anteriores e embora a sua criação não tenha sido diretamente devida ao DECivil, mencionam-se mais dois prémios cuja atribuição tem sido promovida pelo DECivil e decorrido em simultâneo com dos prémios objeto da presente candidatura: o Prémio Arquiteto Álvaro Machado, o primeiro Professor de Arquitetura no IST, tendo sido instituído pelas suas duas filhas para homenagear a memória de seu Pai, e o Prémio Edgar Cardoso, instituído pela Fundação Edgar Cardoso.

Estes dois prémios distinguem também vultos do DECivil e pretendem contribuir para melhorar o desempenho académico dos seus estudantes. O primeiro prémio distingue o melhor aluno que, em cada ano civil, conclua o Mestrado Integrado em Arquitetura. O segundo prémio distingue contribuições científicas, tecnológicos ou de projeto na área das “pontes e estruturas especiais”. A última atribuição destes dois prémios realizou-se em 2019, conjuntamente com a dos prémios da responsabilidade do DECivil, valorizando, deste modo, tal conjunto de iniciativas e chamando a atenção para a sua relevância.

O conjunto dos prémios atribuídos pelo DECivil, em que se incluem os dois prémios objeto da presente candidatura, constitui uma iniciativa pioneira, pelo seu número (quatro) e pelo seu duplo propósito (valorizar a aprendizagem e preservar a memória do IST). Com efeito e como mencionado, à semelhança de outros departamentos, premeiam a excelência e incentivam os alunos a persegui-la. Importa ainda mencionar que não se tratam de prémios diretamente criados pelo DECivil, tendo antes nascido da iniciativa individual de docentes do departamento, atentos aos pequenos desafios que podem ser lançados aos alunos na procura do seu melhor desempenho académico, mas também como forma de criar proximidade entre os alunos e figuras marcantes da Escola e, assim, preservar a memória do IST. Não obstante este último aspeto, O DECivil rapidamente acolheu os prémios e institucionalizou a sua atribuição.

Os prémios são divulgados pelo departamento que, em cada nova edição, publicita os respetivos regulamentos, editais e formulários de candidatura. A atribuição dos prémios tem decorrido em fora públicos que lhes concedam visibilidade e prestígio, como têm sido as sessões de abertura do ano letivo ou mesmo sessões especificamente agendadas para a sua atribuição, conferindo, deste modo, prestígio aos prémios e suscitando outros alunos a desenvolverem esforços no sentido de alcançarem condições de elegibilidade.

 

DEI às 4as

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Maria Inês Camarate de Campos Lynce de Faria (Docente DEI)

 

Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.

Mais informações contacte:

Ines.lynce@tecnico.ulisboa.pt

Prospeção de novos docentes (“Scouting”)

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Rodrigo Seromenho Miragaia Rodrigues (docente DEI)

 

Prática de Acesso Exclusivo da Comunidade IST.

Mais informações contacte:

rodrigo.miragaia.rodrigues@tecnico.ulisboa.pt

 

NAPE Skills Factory

sábado, julho 27th, 2019

Capital Humano 2019

Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE)

Implementação da Boa Prática

O NAPE Skills Factory consiste num ciclo semestral de workshops promovido pelo Núcleo de Apoio ao Estudante, que procura desenvolver as competências e complementar os conhecimentos adquiridos pelos alunos do Técnico ao longo do curso, enriquecendo o seu percurso académico. Este ciclo de workshops decorre habitualmente nos meses de outubro e março de cada ano letivo, incluindo temas diversificados que vão de encontro aos interesses da comunidade académica, nomeadamente dirigidos ao desenvolvimento de soft skills, mas também hard skills.

Os workshops são destinados a toda a comunidade académica do Técnico, incluindo bolseiros, docentes e não docentes, estando também abertos à restante comunidade da ULisboa, consoante disponibilidade de vagas. A participação é gratuita, havendo uma caução associada ao processo de inscrição para aumentar a responsabilização. No final de cada workshop é atribuído um certificado de participação.

Os formadores destes workshops são especialistas convidados pelo NAPE em função dos temas dos Workshops, contando até à data com a participação de alunos, professores, investigadores e empresas exteriores ao Técnico nas mais diversas áreas.

As salas de cada Workshop são adaptadas às necessidades do mesmo, sendo o NAPE o responsável por fazer este levantamento e posterior contacto com o Gabinete de Organização Pedagógica para marcação das salas.

Resultados Alcançados

O NAPE Skills Factory realizou a sua primeira edição em março de 2015 e a sua mais recente (9ª edição) em março de 2019, totalizando 9 ciclos de workshops e mais de 120 formações dadas ao longo destes últimos 5 anos.

O número de participantes tem crescido ao longo dos últimos anos, sendo que temos atingido uma marca consistente de 250 participações desde o ano letivo 2016/2017. Este número de participações traduz-se também numa rápida taxa de resposta à nossa divulgação, uma vez que preenchemos grande parte das vagas nos primeiros três dias de divulgação.

Outro aspeto relevante a referir está relacionado com a visibilidade que o NAPE Skills Factory tem vindo a ganhar dentro e fora do Técnico, uma vez que a maioria destes Workshops são oferecidos por grandes empresas e organizações, reforçando ainda mais a qualidade e o interesse no nosso público alvo.

Em termos de taxa de sucesso, os resultados são bastante satisfatórios, uma vez que mais de 80% das nossas formações foram avaliadas entre o 4 e o 5 (numa escala de 1 a 5).

Na última edição envolvemos a Área de Transferência e Tecnologia do Técnico, articulando o contacto com a Rede de Parceiros do Técnico. Consideramos que esta foi uma contribuição muito positiva, já que foram dois dos nossos Workshops com avaliações muito elevadas.

Avaliação e Monitorização

Apesar de existir uma linha condutora do projeto, cada edição do NAPE Skills Factory é independente. Como tal, temos a liberdade de edição após edição, olhar para as antecedentes e planear a próxima com um maior detalhe e rigor.

Isto só é possível devido aos inúmeros canais de comunicação a que o NAPE recorre para obtenção de feedback sobre cada edição. Estes incluem a percentagem de vagas preenchidas, os inquéritos de feedback preenchidos pelos participantes sobre cada sessão, a monitorização de cada workshop, em tempo real, por parte de um ou mais Guias do NAPE e, pontualmente, o feedback dado pelos próprios Formadores.

Tudo isto contribui para que possamos obter uma melhoria constante. Com efeito, no final de cada edição, avaliamos se cada um dos workshops poderá ou não repetir-se na seguinte, de acordo com o feedback obtido. Por seu lado, no início de cada edição estas considerações são avaliadas em conjunto com outras propostas, normalmente sugeridas por participantes, para elaborar a lista de temáticas pretendidas. Para além disto, o feedback dos participantes e dos Guias do NAPE sobre cada workshop é sempre avaliado e transmitido à entidade que o organizou, de forma a que, caso a colaboração se repita, possa ser igualmente positiva ou melhorar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O NAPE Skills Factory veio responder aos interesses comuns dos estudantes do Técnico, que frequentam cursos nas mais diferentes áreas científicas, contribuindo para o desenvolvimento de competências em áreas complementares à sua formação académica.

Face à oferta existente no Técnico, o NAPE Skills Factory diferencia-se por ser um ciclo de Workshops que oferece simultaneamente formações técnicas (hard skills), formações no âmbito do desenvolvimento pessoal (soft skills) e formações distintas e exclusivas (out-of-the-box-skills).

A capacitação e o caráter inclusivo da participação nos nossos Workshops são dos fatores de principal destaque, uma vez que levamos a toda a comunidade um conjunto de formações do mais elevado nível sem quaisquer custos associados para os participantes, quer de alunos dentro e fora do Técnico, quer dos restantes membros da Escola (funcionários, professores e bolseiros).

O sucesso desta prática resulta do enquadramento, planeamento e estratégia da equipa de Guias do NAPE, que selecionam cuidadosamente cada organização na construção de cada edição, promovendo ativamente a ligação à sociedade.

 

 

 

 

 

 

Orientation Week – Semana de Acolhimento dos Alunos de Mobilidade

sábado, julho 27th, 2019

Internacionalização 2019

Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional (NMCI); Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE – IST)

Implementação da Boa Prática

A Semana de Acolhimento (SA) dos estudantes de mobilidade (EM) incoming decorre no 1º e no 2º semestre, na semana anterior ao início das aulas.

Os EM incoming recebem previamente o programa da SA e promove-se a sua aproximação pela criação de grupos nas redes sociais.

À chegada ao Técnico, os EM incoming são recebidos pelo NAPE e Mentores de Mobilidade (MM), estudantes regulares que apoiam o processo de integração e adaptação ao Técnico, que esclarecem questões, realizam a visita ao Campus e dinamizam atividades culturais e de desenvolvimento de competências. De seguida o NAPE encaminha os EM para o NMCI para finalizarem o seu processo administrativo.

No 1º semestre a SA tem lugar no Salão Nobre da parte da tarde, com a presença do NMCI, NAPE, GOP, Tesouraria, AEIST e agências bancárias. Segue-se um coffee-break de convívio. No 2º semestre os EM são rececionados nos próprios serviços.

Durante a SA é organizada a Culture Clash, cujo objetivo é a integração dos EM na Escola e na sociedade – o NMCI aborda várias fases de adaptação ao país, modo de vida, cultura e gestão do dia a dia; o NAPE disponibiliza apoio personalizado na utilização do Fénix.

Os EM do Campus TagusPark têm uma sessão de boas-vindas local.

Na sexta-feira de manhã organiza-se a Cerimónia de Boas-Vindas, com apresentações do Vice-Presidente para os Assuntos Internacionais, NMCI, NAPE e PSP. Após a fotografia de grupo, seguem-se visitas aos Departamentos, o discurso de boas-vindas pelo Presidente do Técnico e um almoço oferecido pela Escola.

Os EM podem inscrever-se na Orientation Week, um programa de atividades de integração sociocultural da responsabilidade do NAPE, que inclui:

– Sexta-feira – Portuguese Evening (serão de gastronomia, música e história Portuguesa), Sunset Party ou Boat Party;

– Sábado – City Rally pela cidade e jantar de grupo com comida típica, seguido de uma Night Out num clube noturno de referência de Lisboa;

– Domingo – Aula de Surf, Belém Tour, Sintra Trip ou Beach Day.

Resultados Alcançados

A participação dos estudantes de mobilidade na Semana de Acolhimento aumentou significativamente devido ao envolvimento de toda a Escola neste processo.

Um dos resultados a destacar é a integração dos Coordenadores de Mobilidade (CM) na Cerimónia de Boas-Vindas e na organização de uma visita ao Departamento e Laboratórios seguida da sessão de apresentação do Programa de Mestrado, tendo total liberdade para definirem as atividades que considerarem mais adequadas.

Estas atividades têm apresentado resultados muito positivos: por um lado os estudantes têm a possibilidade de conhecer o CM antes do início das aulas, facilitando posteriores contactos entre ambos e diminuindo a distância que possa existir entre estudante e professor; por outro lado, os estudantes têm a oportunidade de conhecer o Departamento e as instalações que irão frequentar durante todo o período em que forem estudantes do Técnico, bem como os seus restantes colegas, visto que muitos CM optam por juntar a Sessão de Boas-Vindas aos estudantes incoming com a Sessão de Boas-Vindas aos estudantes de mestrado regulares, promovendo a sua integração na Escola e fomentando o espírito internacional do Técnico.

Do ponto de vista de integração dos estudantes, o fim-de-semana completo de atividades permite não só que os estudantes interajam e criem laços entre si com aqueles que serão os seus colegas durante o período que passam no Técnico, como também que conheçam a cidade que os acolherá durante o mesmo e ainda alguns sítios emblemáticos que, talvez de outra forma, não tivessem a oportunidade de conhecer.

A taxa de participação dos estudantes é muito elevada, havendo inclusive repetições de participação por parte de estudantes que permanecem no Técnico por mais do que um semestre, demonstrando que este programa é bastante valorizado por parte dos estudantes incoming.

A Orientation week permite ainda que os estudantes conheçam os Guias do NAPE e os seus Mentores, a quem podem recorrer ao longo do período que permanecem no Técnico para os apoiar em qualquer assunto relacionado com a sua adaptação e desenvolvimento.

O excelente feedback obtido por parte dos estudantes e os seus constantes elogios comprovam o impacto positivo desta prática, reconhecida por toda a comunidade como um sucesso, devendo ser por isso ser perpetuada nos semestres vindouros.

Avaliação e Monitorização

Várias melhorias foram sendo introduzidas ao longo dos anos até se chegar ao modelo atual.

Inicialmente a organização era exclusiva do Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional, tendo sido posteriormente integrada na Semana de Acolhimento dos novos estudantes com a participação de toda a Escola.

A Cerimónia de Boas-Vindas foi também substancialmente melhorada. Os CM (ou seus representantes) passaram a participar neste evento, onde são formalmente apresentados aos estudantes, levando os estudantes aos seus departamentos, onde organizam uma Sessão de Boas-Vindas.

Este modelo de receção aos estudantes de mobilidade foi pioneiro e teve início em setembro de 2016, pelo que foi necessário avaliar junto dos CM o impacto e pertinência desta Cerimónia. Foi enviado um Questionário aos 21 CM convidados, obtendo-se os seguintes resultados:

  • 7 CM indicaram que a Cerimónia decorreu muito bem e que a mesma deverá ser mantida por ter apresentado melhorias significativas face aos anos anteriores;
  • 2 CM valorizaram, em particular, o espaço dado para a realização da conversa individual com o seu grupo de estudantes, e que permitiu que os Coordenadores se apresentassem e dessem as primeiras informações gerais aos novos estudantes;
  • outros CM salientaram a fotografia de grupo, o ritmo e ambiente do evento.

De forma a monitorizar a evolução da receção aos estudantes o NAPE implementou uma série de instrumentos de avaliação nomeadamente inquéritos de satisfação aos estudantes participantes na semana de acolhimento, que estes preenchem a partir do último dia das suas atividades e num prazo de uma a duas semanas. Posteriormente é efetuada uma análise do número de participantes em cada uma das atividades da Oweek, nas quais existe controlo do número de presenças, para fins estatísticos. Também é possível avaliar, com base na interação diária com os estudantes, o seu interesse e satisfação com as diversas atividades desenvolvidas no âmbito da sua integração.

Na generalidade os estudantes avaliam as atividades com nota entre 4 e 5 numa escala de 1 a 5, onde 5 representa total satisfação e 1 total insatisfação. No último semestre obtivemos uma taxa de participação dos estudantes incoming acima de 70%.

No inquérito de satisfação existe também um campo de sugestões e comentários, que são tidos em conta na planificação das atividades da Orientation week seguinte, bem como perceber as suas preferências, os aspetos que correspondem às suas expectativas e aqueles a melhorar.

Carácter Inovador e Transferibilidade

O carácter inovador reside no facto de integrar os EM nas atividades oficiais de acolhimento e boas-vindas que o Instituto Superior Técnico organiza anualmente, contribuindo assim para um maior sentimento de pertença à comunidade IST e para uma melhor integração no ambiente e na estrutura da Escola, por parte dos estudantes incoming, que todos os anos chegam à Escola no 1º e 2º semestre.

A SA, Welcome Ceremony e Welcome Sessions são um exemplo de práticas que foram transferidas do modelo de acolhimento ao estudante regular, desenvolvido pelo Conselho Pedagógico do IST e pelo NAPE, e adaptadas aos estudantes de mobilidade.

Esta necessidade decorreu não só do significativo aumento de estudantes incoming nos últimos anos, mas sobretudo da vontade que a Escola tem de uniformizar e integrar todos os estudantes, independentemente da sua nacionalidade, tipo de ingresso ou tempo de permanência no IST.

No que diz respeito às atividades incluídas na Oweek e proporcionadas aos estudantes, estas demonstram uma preocupação acrescida com a sua integração e adaptação a uma escola e a uma cidade que, não sendo as suas, o serão durante o semestre que se lhes avizinha.

Existe uma constante procura em inovar e melhorar o programa, de acordo com feedback recebido e a nossa própria experiência, daí que em todas as edições seja feito um levantamento exaustivo de todas as possibilidades, no que diz respeito às atividades, percursos, refeições e experiências que podem ser oferecidas aos estudantes incoming.

Esta prática é uma mais-valia para todos os intervenientes, sendo uma oportunidade de realizar um trabalho de colaboração entre serviços do Técnico, permitindo aos estudantes regulares o envolvimento neste processo e o contacto com novas realidades, o desenvolvimento de soft-skills e a melhoria da sua vivência académica, beneficiando de uma experiência sociocultural única. Para além dos benefícios inerentes ao programa, os estudantes incoming levam consigo o know-how do mesmo, podendo ser replicado nas suas instituições de ensino superior. O facto de recebermos estes estudantes das mais diversas origens, permite-nos também aprender com outros contextos e iniciativas das outras instituições.

Assim, e no que concerne à transferibilidade da prática, o sucesso não poderia ser maior ou melhor atestado pela continuidade da mesma e envolvimento dos diversos atores da comunidade académica: NMCI, NAPE e CM.

Formação de Utilizadores em Literacia da Informação

sábado, julho 27th, 2019

Educação Superior 2019

Isabel Pacheco Marques Vaz Marcos, Rui Manuel Pereira Coelho (BIST)

Implementação da Boa Prática

A formação de utilizadores em literacia da informação tem como objetivo proporcionar à comunidade académica do IST competências para a autossuficiência na utilização da informação, que possibilitem a que de forma ética se pesquise, selecione, avalie e potencie novo conhecimento.

A formação de utilizadores é desenvolvida em dois eixos: virtual e presencial.

Formação virtual: no 1.º sem. de 2018 foram elaborados 8 tutoriais disponibilizados no Site da Biblioteca.

Formação Presencial: as sessões de formação iniciaram-se no 2º sem. de 2017/18. Calendarizaram-se 8 formações com um número máximo de 8 inscrições por sessão (devido à capacidade da sala). Respeita-se o calendário de exames e pausas letivas.

As tarefas executadas nas ações de formação:

Planeamento do calendário semestral;

Elaboração do guião de cada sessão;

Programa e inscrições ─ divulgação dos programas e formulários de inscrição (formulário Google) no item Formação de Utilizadores do site da Biblioteca. A abertura das inscrições é feita de forma gradual, na segunda-feira da semana anterior a cada sessão.

Acompanhamento das inscrições ─ monitorização das inscrições (por RT e conta de e-mail do formador); se atingido o número-limite é aberta nova sessão para o período da tarde e atualizada a informação na Internet.

Divulgação ─ notícia no site da Biblioteca; preparação de materiais diversos (cartazes, flyers) afixados pelas várias bibliotecas e outros espaços do campus Alameda e TagusPark.

Antes da sessão ─ Dois dias antes envio de e-mail aos inscritos a lembrar o evento e solicitando confirmação da presença; preparação de materiais a entregar (programa da sessão, folhas, controlo de presenças, inquérito de satisfação)

Depois da sessão ─ encerramento das inscrições, atualização da informação na página web, remoção dos materiais de divulgação, preparação e envio de declarações de presença, análise aos inquéritos de satisfação

Recursos materiais: sala, tela, projetor, pc, materiais de divulgação

R.H- 5 pessoas

Resultados Alcançados

Foram realizadas nove sessões de formação (previsão inicial: oito).

Foram realizadas ainda duas sessões extra, para dar resposta ao maior número de inscritos: Introdução ao Mendeley (14 março); Utilizar a B-on (09 maio).

Além do programa regular, dirigido a toda a comunidade académica, no final do ano de 2018 foram realizadas três sessões “Pesquisar no EBSCO Discovery Service (EDS) da U.L.”, em exclusivo para a equipa da Biblioteca.

Nas 9 sessões realizadas no âmbito do programa regular participaram 39 formandos: 22 alunos, 11 docentes/investigadores e 6 não docentes.

Para um número total de 56 inscritos nas sessões compareceram 39 formandos (taxa de participação de cerca de 70%).

Os alunos que participaram nas sessões pertencem a 10 cursos diferentes, sendo os mais representados Engenharia Civil (23% do total), Engenharia de Sistemas de Transportes (18%) e Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (14%).

A análise de alguns dados recolhidos através do Google Analytics permite verificar que entre o primeiro e segundo semestres do ano de 2018 se registou um crescimento no número de visualizações das páginas do site da biblioteca relacionadas com os “Tutoriais”: 412 no 1.º semestre e 461 no 2.º semestre; Página “Formação de Utilizadores”: 371 no 1.º semestre e 596 no 2.º semestre.

No final do segundo semestre do ano letivo 2017/2018 fez-se um balanço do Projeto, tendo sido planeadas diversas ações de melhoria, concretizadas no 1.º semestre do ano letivo 2018/2019.

Procurando aumentar a visibilidade da formação de utilizadores foi realizado um maior investimento na sua divulgação: reformulação gráfica dos cartazes; impressão de maior número de cartazes e afixação num maior número de locais; elaboração de novos flyers; colocação de notícia no site institucional do Técnico (inicialmente a notícia era apenas colocada na página da Biblioteca).

Foram introduzidos alguns ajustamentos nos planos das sessões e nos tutoriais na sequência de observações ou dúvidas apresentadas. No início do 1.º semestre do ano letivo 2018/2019 foram revistos todos os tutoriais, para tornar mais dinâmica a sua leitura pelos utilizadores.

Um dos problemas detetados nas sessões de formação foi a eliminação temporária de alguns lugares na sala de leitura da Biblioteca do Técnico – Torre Sul motivada pela deslocação de algumas cadeiras para a sala da formação nos dias de realização das sessões. Para resolver este problema, a Biblioteca adquiriu novas cadeiras que ficaram em permanência na sala utilizada para as sessões de formação.

Avaliação e Monitorização

Inquéritos de satisfação

A avaliação das formações constitui sempre um aspeto fundamental que permite conhecer os pontos fortes e fracos e apostar na melhoria contínua. No final de cada secção de formação é pedido a cada participante o preenchimento de um pequeno questionário para avaliar o seu grau de satisfação. Este é composto por quatro questões fechadas (adequação temática, conteúdo informacional, organização e divulgação) e uma questão aberta (sugestões). Todos os questionários são objeto de tratamento estatístico, elaborando-se posteriormente um relatório. Esta metodologia de avaliação permite aos serviços monitorizar o plano de formação na sua globalidade.

Autoavaliação do formador

No final de cada sessão são sistematizadas todas as observações e dúvidas colocadas pelos participantes. Sempre que necessário são feitos ajustamentos aos tutoriais e/ou aos planos de cada sessão.

Sempre que alguma dúvida fica por esclarecer durante a sessão o formador assume o compromisso de estudar a questão colocada e procurar a resposta, que posteriormente será transmitida ao formando, preferencialmente por e-mail.

Propostas de melhoria identificadas e introduzidas

A análise aos inquéritos de satisfação preenchidos pelos participantes das sessões de formação realizadas no ano civil de 2018 permitiu concluir que o aspeto menos bem sucedido está relacionado com a divulgação das sessões de formação, sendo proposto um reforço nas ações de divulgação.

Aumentou-se o número de cartazes que foram afixados num maior número de locais do campus Alameda e iniciou-se a divulgação destes eventos na Página Web do IST.

No segundo semestre do ano letivo 2018/2019 foi proposta (e aceite) uma parceria com o Núcleo de Desenvolvimento Académico, concretizada nomeadamente com a participação da Biblioteca no workshop “Dissertação de Mestrado – Aceitas o desafio?”, realizado em 11 de março de 2019, no decorrer do qual foram apresentados os recursos e serviços da BIST, com destaque para a formação de utilizadores. Estão delineadas outras ações conjuntas.

Estão ainda programadas:

Criação no Facebook de uma página da Biblioteca;

Reuniões com os presidentes dos Departamentos, incentivando a divulgação através dos docentes;

Colaboração com a Associação de Estudantes (AEIST);

Articulação com o NAPE na semana de integração dos estudantes para o próximo ano letivo.

Carácter Inovador e Transferibilidade

Os programas de utilizadores em literacia da informação são uma realidade inquestionável em grande parte das instituições universitárias, uma vez que para fazer face a uma sociedade em que a informação é vital para o seu desenvolvimento, os estudantes necessitam de adquirir competências que os capacitem para um bom desempenho académico e profissional.

A formação de utilizadores é uma prática nova na Biblioteca do Instituto Superior Técnico. Anteriormente há apenas registo de alguns tutoriais, desconhecendo-se a existência de anteriores experiências de formação em sala. Por este motivo, considera-se que este programa é uma boa prática com um grande potencial de desenvolvimento e de transferibilidade para outros espaços.

Destacam-se:

Oferta de ações de formação que podem estar integradas nas UCs a pedido dos docentes, podendo realizar-se em sala de aula desde que estejam asseguradas as condições técnicas mínimas necessárias;

Realização destas ações nas instalações dos restantes campi do Instituto Superior Técnico;

Diversificar a tipologia das formações, nomeadamente no apoio à publicação científica e nas políticas do acesso aberto, para abarcar outros públicos, como os investigadores e professores;

No compromisso social com a comunidade local envolvente adaptar algumas destas formações para um público mais jovem, particularmente os estudantes do ensino secundário.

 

 

De Bom a Excelente, um workshop de Soft Skills com história

sábado, julho 27th, 2019

Educação Superior 2019

Selecionada “Boa Prática do Ano” 

Isabel Cristina Gonçalves, Gonçalo Moura (NDA.GATu)

Implementação da Boa Prática

Introdução

O Sistema de Identificação de Alunos de Baixo Rendimento Académico (BRAC) surgiu em 2009 na sequência da preocupação do Conselho Pedagógico com o baixo rendimento académico dos estudantes dos primeiros anos, que potencia situações de prescrição académica. Para além da Ficha do Tutor não existia outra forma de identificar e intervir junto destes alunos, e mesmo a Ficha do Tutor padecia do forte condicionalismo de depender do seu preenchimento e envio por parte do Tutor.

O BRAC pode ser referido como um sistema de identificação prematuro dos estudantes com dificuldades académicas, atuando de forma preventiva e permitindo ao Instituto Superior Técnico (IST) apoiar desde o início os estudantes que demonstrem maiores problemas de adaptação, evitando, por exemplo, que os mesmos prolonguem os resultados académicos insuficientes até à sua terceira inscrição. O sistema BRAC desenvolve-se em 5 momentos diferentes que originam listagens de contactos distintas. Após a extração destas listagens, os estudantes são contactados por email por parte do Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA).

Paralelamente a este sistema, foi criada a possibilidade de extrair uma listagem de estudantes cujo rendimento académico é regular ou excelente. Através do Fénix é possível extrair as listagens de estudantes com dificuldades académicas, bem como a dos estudantes que conseguem obter aprovação a todas as Unidades Curriculares (UCs) a que estiveram inscritos num dado semestre. Esta última listagem é a base para convidar os estudantes a participarem no Workshop De Bom a Excelente (DBE).

Workshop De Bom a Excelente

No ano letivo 2008/09 foi realizada a primeira edição do Workshop DBE, sendo este incluído e lecionado, ao longo de 7 sessões no âmbito da Unidade Curricular, Seminário de Aeroespacial II. Nas primeiras edições, o DBE foi lecionado ao longo de 7 aulas, das quais 3 eram dedicadas ao enquadramento teórico (incluindo uma sobre competências gerais necessárias à investigação em ciência e à redação de relatórios científicos), 3 às apresentações dos trabalhos dos alunos e uma final de encerramento e avaliação da atividade. O principal objetivo desta atividade era promover as competências de relacionamento interpessoal dos estudantes, nomeadamente as competências de trabalho em equipa (tomando como referencial teórico os conceitos da inteligência emocional), as competências de pesquisa científica e as competências de elaboração de apresentações orais mais eficientes. Esta parceria, neste “formato DBE” terminou no ano letivo 2011/12, tendo sido lançada a iniciativa para todos os estudantes do IST identificados, como foi referido anteriormente, nas listagens extraídas do sistema fénix.

Atualmente, o Workshop DBE existe em dois formatos distintos, sendo um pensado especificamente para os estudantes de 1º ciclo e outro pensado para os estudantes de 2º ciclo.

Os estudantes são convidados a participar nos workshops, em função do ciclo que frequentam. A seleção destes estudantes é efetuada em função dos mesmos obterem aprovação a todas as Unidades Curriculares a que estiveram inscritos. A média de cada estudante não é tida em conta neste processo de seleção.

Relativamente à estrutura de cada workshop esta divide-se da seguinte forma:

DBE 1º Ciclo

SESSÃO I

  • Apresentação
    • Promover o Conhecimento entre os Participantes
    • Atividade Prática: Apresentação
  • Inteligência Emocional
    • Conceito, Importância e Pertinência
  • Competências Transversais
    • Conceito, Importância e Pertinência
    • Assertividade & Feedback
    • Atividade Prática: Role Playing

SESSÃO II

  • Desenvolvimento Vocacional
    • Carreira VS Profissão
    • Maturidade Vocacional
    • Exploração Vocacional

SESSÃO III

  • Expressão Oral
    • Erros mais Comuns em Apresentações: Debate
    • Preparação
    • Design
    • Apresentação
  • Exercício Ícone de Sucesso: Explicação

SESSÃO IV

  • Exercício Ícone de Sucesso: Apresentação
  • Exercício Final de Autoscopia

DBE 2º Ciclo

SESSÃO I

  • Apresentação Individual
    • Promover o Conhecimento entre os Participantes
    • Atividade Prática: Apresentação
  • Inteligência Emocional (IE)
    • Conceito, Importância e Pertinência
  • Competências Transversais
    • Conceito, Importância e Pertinência
    • Assertividade & Feedback
    • Atividade Prática: Role Playing

SESSÃO II

  • IE e Trabalho em Equipa
    • Aplicação do conceito de IE ao trabalho em equipa
    • Case Study “Cirque du Soleil”
    • Preparação da atividade em grupo da sessão IV

SESSÃO III

  • IE e Liderança
    • Aplicação do conceito de IE à liderança
    • Case Study “José Mourinho”
    • Síntese: soft skills, IE, aplicações

SESSÃO IV

Exercício Ícone de Sucesso: Apresentações em grupo e discussão + feedback usando a grelha de análise das apresentações orais

1 sessão de desenvolvimento pessoal individual com o formador

Após participação em cada workshop, os estudantes têm direito a que o mesmo seja reconhecido no suplemente ao seu diploma de final de curso. Estas iniciativas são monitorizadas após o término de cada atividade de formação, sendo os dados recolhidos apresentados de seguida.

Resultados Alcançados, Avaliação e Monitorização

Ao longo de todas as edições do DBE os conteúdos foram sendo alterados e reformulados, à medida das necessidades dos estudantes e das competências que a equipa do Núcleo de Desenvolvimento Académico foi adquirindo.

Ao longo de todas as edições foi realizada uma monitorização por avaliação online ou em papel, no fim de cada atividade formativa. Porque os resultados dos últimos três anos letivos são um reflexo fidedigno de anos anteriores, e porque os mesmos se encontram mais sistematizados, passaremos a expor alguns dos dados obtidos via questionário online que incidiu sobre as seguintes categorias:

  • Desempenho dos formadores
  • Temas lecionados
  • Estrutura das ações formativas
  • Nível de satisfação global

Os dados que serão apresentados são referentes às três últimas edições de ambos os workshops, que foram direcionadas aos estudantes identificados nos anos letivos de 2015/16, 2016/17 e 2017/18. Desde há três anos que se realiza uma edição anual de cada workshop, dada a dimensão da equipa do NDA e as dificuldades sentidas em apurar listagens fiáveis em tempo útil. A taxa média global de reposta aos questionários foi de 80%.

Desempenho dos Formadores:

No que respeita ao desempenho dos formadores, em ambos os workshops, as categorias avaliadas foram referidas predominantemente como tendo uma avaliação excelente, como é possível verificar no gráfico da Figura 2 Figura 2 e da Figura 2.

 

Temas lecionados

No que respeita ao desempenho dos formadores, em ambos os workshops, as categorias avaliadas foram referidas, predominantemente como tendo uma avaliação excelente, como é possível verificar no gráfico da Figura 4 e da Figura 4.

Relativamente ao workshop DBE 2º ciclo, o interesse nos temas abordados foi a categoria que apresentou maior concentração de respostas, tendo sido avaliada como sendo “bom”. As restantes duas categorias obtiveram uma distribuição semelhante e regular pelos pontos “bom” e “excelente”.

No workshop DBE 1º ciclo as respostas apresentam uma concentração, quase uniforme, nas categorias “excelente” e “bom” nas três categorias avaliada.

Estrutura das ações formativas

Relativamente à estrutura dos workshops, estes foram avaliados quanto à duração e ao equilíbrio do conteúdo, no que respeita à teoria e prática lecionada.

No que respeita à duração temporal, 94% dos respondentes identificaram, relativamente ao workshop DBE 1 ciclo, a mesma como sendo adequada, não demonstrando necessidade de obter uma formação mais longa ou mais curta.

No que respeita ao workshop DBE 2º ciclo, 84% dos respondentes também referiram que o tempo da formação foi adequado, não sentido necessidade de proporem outra duração.

No workshop DBE 1º Ciclo, 55% dos respondentes assinalaram um bom equilíbrio entre teoria/prática, 40% um excelente equilíbrio e 4% consideram este equilíbrio suficiente.

Relativamente o workshop DBE 2º ciclo, 47% dos estudantes respondentes referiram que o equilíbrio entre teria e prática foi bom, 35% que este equilíbrio foi excelente e 18% que foi suficiente.

Nível de satisfação

Os estudantes também foram questionados relativamente ao seu nível de satisfação global com as atividades formativas, sendo estes níveis evidenciados na Figura 5. No gráfico é possível verificar que a globalidade das respostas se concentra do extremo positivo da escala de avaliação, tendo os estudantes ficado satisfeitos com as atividades de formação.

 

Carácter Inovador e Transferibilidade

Esta iniciativa, de um modo geral, apresenta resultados muito satisfatórios e parece corresponder às expectativas dos estudantes que frequentam os workshops.

É uma iniciativa que visa trabalhar e potenciar o desenvolvimento das Soft Skills dos estudantes que decidem embarcar neste desafio, cobrindo um conjunto de competências, tais como as de comunicação em público, colaboração, liderança, integração num grupo heterogéneo, espírito crítico e trabalho em equipa.

Este é um projeto, que apesar de já existir há 10 anos, não perdeu a sua pertinência e relevância. O trabalho desenvolvido nas sessões destas workshops, carecem de constante atualização e adaptação, no entanto enquadra- se nos objetivos e conteúdos do relatório produzido recentemente pela Comissão de Análise ao Modelo de Ensino e Práticas Pedagógicas do IST (CAMEPP), como sendo o treino das Soft Skills uma das áreas de investimento para a educação do futuro.

Esta atividade, com 10 anos de história no campo das Soft Skills, pretende continuar a promover competências de autorregulação (i.e. capacidade de identificar e regular a expressão emocional) e de regulação interpessoal (i.e. capacidade para identificar as emoções nos outros e de ajustar a comunicação à situação), tendo por base o conceito de integridade e fazendo uma aplicação às questões da liderança, da inserção no mercado de trabalho e na contínua melhoria do rendimento académico dos estudantes. No futuro, seria interessante alargar o programa formativo destes workshops, permitindo trabalhar mais competências, desenvolvendo-as em vários momentos do percurso académico dos estudantes. Também será fundamental compreender o impacto destas iniciativas no percurso académico e profissional dos estudantes, na ótica do aperfeiçoamento e adaptação destas atividades às necessidades emergentes do ensino superior, nacional e internacional, bem como do mercado de trabalho.